Autor:
Lucas Santos Zambon
Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.
Última revisão: 05/08/2015
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Gestações indesejadas durante a adolescência são um grande problema social, e individual. Imaginando que a abstinência sexual é algo impossível de ser imaginado na sociedade moderna, apenas o uso de contracepção é viável. Dispositivos de longa duração e que são reversíveis (dispositivos intrauterinos e implantes) seriam uma ótima opção nessa fase, principalmente para poupar o uso de anticoncepcionais orais, cujo uso pode ser irregular. Tais dispositivos são efetivos, seguros e fáceis de usar.
Para examinar o padrão do uso de anticoncepcionais de longa duração e meninas dos EUA com idades entre 15 e 19 anos, foram analisados do CDC e do governo dos EUA entre 2005 e 2013.
O uso desses métodos de longa duração cresceu de 0,4% em 2005 para 7,1% em 2013 (p de tendência < 0,001). De 616.148 adolescentes procurando serviços para conseguir métodos de contracepção em 2013, 17.349 (2,8%) usaram dispositivos intrauterinos, e 26.347 (4,3%) usaram implantes. O uso destes métodos foi maior na faixa de 18-19 anos (7,6%) contra a faixa de 15-17 anos (6,5%) (p<0,001). Houve também grande variação de uso do ponto de vista geográfico, com estados tendo apenas 0,7% de uso destes métodos (Mississipi), contra 25,8% (Colorado).
Neste exemplo de estudo transversal nos EUA sobre comportamento de uso de contraceptivos de longa duração em adolescentes, podemos observar que seu uso global é baixo, havendo grandes variações entre diferentes estados. Chama atenção que seu uso aumentou ao longo dos anos.
O principal ponto deste estudo é fornecer insights para a criação de políticas públicas em nosso próprio país. Disponibilizar essas opções e ter serviços que orientem adolescentes sobre seu uso é fundamental para que haja um impacto social em termos de natalidade em adolescentes em nosso país.
Romero L et al. Vital signs: Trends in use of long-acting reversible contraception among teens aged 15-19 years seeking contraceptive services — United States, 2005-2013. MMWR Morb Mortal Wkly Rep2015 Apr 10; 64:363. (http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/mm6413a6.htm)
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