Última revisão: 26/09/2013
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Kathleen Meehan Arias
PADRÃO CI.1.10
Os programas de controle em nível organizacional permitem minimizar os riscos de desenvolvimento de infecções associadas à assistência à saúde.
Princípio Lógico
O risco de incidência de infecções associadas à assistência à saúde existe em todas as organizações. Os programas eficazes de controle de infecções que podem identificar de forma sistemática e de responder com adequação aos riscos envolvem todos os programas e instalações relevantes dentro das organizações de assistência à saúde.
Além de causarem considerável morbidade e mortalidade, as infecções associadas à assistência à saúde são reconhecidamente um dos problemas mais críticos de segurança dos pacientes.1,2 A proporção previsível desse tipo de infecção3 não é conhecida. Entretanto, as comunidades reconhecem que programas eficazes de prevenção e controle de infecções reduzem os riscos de incidência de infecções e melhoram os resultados dos serviços de saúde.4,5 Os programas atuais de controle de infecções incorporam componentes-chave, com atividades sistemáticas de investigação, programas permanentes de avaliação e melhorias, promoção de práticas com base em evidências para prevenção de infecções e colaboração em todos os níveis organizacionais para reduzir, ao grau mais baixo possível, a ocorrência de infecções associadas à assistência à saúde. O principal objetivo dos programas de controle de infecções é reduzir os riscos de contração e de transmissão.
As práticas e os protocolos variam de acordo com as instalações de assistência à saúde, pois dependem do tipo de organização, das populações atendidas e do tipo de atendimento, tratamento e serviços. Porém, os princípios de prevenção e controle de infecções são os mesmos, independentemente do tipo de instalação. Neste capítulo, o leitor encontrará orientações que facilitam o atendimento das exigências da Joint Commission para implantação e manutenção de programas eficazes de estudo, prevenção e controle de infecções nos seguintes tipos de entidade: atendimento ambulatorial, saúde comportamental, hospitais de acesso crítico, assistência domiciliar, hospitais e tratamentos de longo prazo. Além disso, ao longo do capítulo, é possível identificar componentes e elementos-chave de programas eficazes de controle de infecções, bem como orientações, ferramentas e recursos para avaliar e desenhar programas que incorporem todos esses elementos. O Quadro 2-1 apresenta os componentes essenciais de programas eficazes de prevenção e de controle para qualquer do tipo de instalação.
QUADRO 2-1 Componentes de Programas Eficazes de Controle de Infecções
Programa de estudos. |
Sistema de coleta, administração e comunicação de informações e dados críticos. |
Utilização de dados analíticos em atividades de avaliação e melhoria de desempenho. |
Sistemas de comunicação interna e externa. |
Políticas e procedimentos formais. |
Plano formal de controle de infecções. |
Cumprimento das exigências de regulamentos, padrões, orientações e acreditações. |
Plano de saúde para funcionários. |
Capacidade para identificar organismos, surtos e focos de doenças infecciosas epidemiologicamente significativos. |
Autoridade para implementar medidas de prevenção e controle de infecções. |
Programas de educação e treinamento. |
Pessoas treinadas. |
Recursos externos. |
Integração com sistemas de pronto-atendimento das emergências nas organizações e nas comunidades. |
Colaboração com departamentos de saúde. |
Fonte: Adaptado do trabalho de Scheckler W.E. et al.: Requirements for infrastructure and essential activities of infection control and epidemiology in hospitals: A Consensus Panel Report. Am J Infect Control 26:47-60, fev. 1998 e Friedman et al.: Requirements for infrastructure and essential activities of infection control and epidemiology in out-of-hospital settings: A Consensus Panel Report. Am J Infect Control 27:418-30, out. 1999.
Utilizado com autorização.
A próxima seção apresenta estratégias e intervenções práticas para auxiliar os profissionais da área de controle de infecções a atenderem os requisitos do padrão CI.1.10.
Esta seção apresenta uma lista de elementos de desempenho previstos no Padrão CI.1.10, com exemplos de estratégias de implementação e intervenção para que esses elementos sejam incorporados em programas de controle de infecções em vários tipos de instalações hospitalares.
Os programas organizacionais globais de controle de infecções envolvem programas relevantes, departamentos, serviços, atendimento a pacientes, profissionais independentes licenciados, pacientes, residentes, voluntários e visitantes, para atender a necessidades específicas das instituições de assistência à saúde. Os programas de segurança e de melhorias de desempenho são integrados aos programas de controle de infecções. O principal objetivo de todos esses programas é dar suporte às culturas de segurança que promovem tolerância zero à incidência de infecções evitáveis associadas à assistência à saúde e ao não-cumprimento das práticas de prevenção e controle. Os indivíduos que participam do controle de infecções geralmente divulgam a implementação dos programas organizacionais nos comitês, nas forças-tarefas e em outras atividades, a fim de promover iniciativas de prevenção de infecções, segurança e qualidade do atendimento em todo o conjunto da assistência à saúde.
A colaboração é um componente essencial em programas eficazes de controle de infecções. Os processos (como o cumprimento dos padrões de prevenção de infecções) e os resultados (como o desenvolvimento de infecções associadas à assistência à saúde) podem ser melhorados se os programas envolverem indivíduos de todos os níveis das equipes de atendimento à saúde. Programas de controle de infecções implantados em várias instalações hospitalares usaram com sucesso equipes multidisciplinares, compostas por grupos de atendimento e por grupos de apoio ao atendimento a pacientes, para desenhar e implementar medidas de controle de infecções e reduzir a incidência de infecções associadas à assistência à saúde.6-8
A autoridade para implementar funções de estudo, prevenção e controle de infecções deve ser atribuída a um ou mais indivíduos, de acordo com as dimensões, o tipo e a complexidade das organizações. Essa(s) pessoa(s) deve(m) ter autorização para tomar iniciativas rápidas, sem necessidade de obter permissão, sempre que for necessário adotar algum tipo de providência, em caráter de urgência, para prevenir ou controlar a aquisição e a transmissão de agentes infecciosos.
Por exemplo, qualquer funcionário da área de controle de infecções de uma instituição de assistência à saúde de longa permanência que perceber um paciente apresentando sintomas respiratórios e presença de vários bacilos ácido-resistentes na expectoração deve ter autoridade para tomar precauções imediatas para isolá-lo ou iniciar seu processo de transferência para outra entidade com capacidade para isolar doenças transmissíveis pelo ar.
Todos os programas organizacionais de segurança, melhoria de desempenho, saúde ocupacional, educação e treinamento, pronto-atendimento para emergências e ambiente de cuidado (limpeza, construção e manutenção), entre outros, devem ser integrados aos programas de controle de infecções, conforme apresenta o Capítulo 8 – “Colaborando com a Implementação de Programas de Controle de Infecções”.
As organizações de assistência à saúde devem instituir programas educativos sobre prevenção e controle de infecções para todo o pessoal, incluindo profissionais independentes licenciados, equipes, estudantes/trainees e voluntários. Esse tipo de educação pode ser implantado por meio de programas orientadores, aulas, boletins informativos, demonstrações, reuniões de equipes, programas educacionais, alertas por e-mail, etc. Os administradores e os líderes das entidades de assistência à saúde devem tomar as providências cabíveis para garantir que todos os funcionários tenham conhecimento e entendam a importância do papel que desempenham para impedir a disseminação de doenças infecciosas. O pessoal envolvido no controle de infecções deve distribuir rotineiramente informações sobre prevenção e controle de infecções para as pessoas de todas as áreas e departamentos. Isso inclui orientação sobre os seguintes temas: prevenção de infecções, normas e regulamentos, doenças infecciosas emergentes e doenças em pacientes, em residentes e na comunidade.
Além dos funcionários das instituições de saúde, as informações sobre prevenção de infecções e doenças infecciosas também devem ser divulgadas a pacientes e residentes[*], de acordo com as circunstâncias, bem como para famílias e visitantes. Por exemplo, pela distribuição de boletins informativos a pacientes, residentes e visitantes sobre a importância da higiene das mãos, como forma de prevenir disseminação de infecções nas entidades de assistência à saúde.
Equipes internas das organizações.
Autoridades de saúde pública federais, estaduais e locais, de acordo com as leis e os regulamentos em vigor.
Juntas de acreditação.
Organizações encaminhadoras ou receptoras, nos casos de transferência ou encaminhamento de pacientes quando, no momento do encaminhamento, a presença de infecção associada à assistência à saúde era desconhecida.
Nota: Quando uma organização perceber que um paciente em processo de transferência é portador de infecção ativa que exija início ou mudança de tratamento, deve comunicar esse fato à organização receptora. Toda organização receptora que reconhecer infecções não-identificadas pela organização encaminhadora (p. ex., uma ferida infeccionada) é obrigada a comunicar essa omissão à origem. Essa ação é importante para auxiliar os esforços de aperfeiçoamento da organização de origem.
Os responsáveis pela elaboração de programas de controle de infecções devem compartilhar as descobertas das pesquisas com funcionários, comitês, serviços e departamentos. As categorias de infecções a serem monitoradas dependem da análise de risco, das metas e dos objetivos de cada programa. Esse assunto será discutido com detalhes no Capítulo 3 – “Análise de Risco e Estabelecimento de Metas e Objetivos em Programas de Controle de Infecções”.
Por exemplo, o pessoal de controle de infecções de hospitais que fornecem serviços de cirurgia cardíaca pode monitorar a ocorrência de infecções nas salas cirúrgicas e informar os dados para o departamento de cardiologia. Esses dados são utilizados nas atividades de melhoria de desempenho. Nas instalações de atendimento ambulatorial, durante a estação de surtos de gripe, o pessoal que permanece no ponto de contato inicial tem condição de observar os sintomas de gripe. Caso sejam identificados pacientes sintomáticos, o pessoal de linha de frente deve notificar as equipes e os pacientes para que possam se submeter aos programas de protocolos respiratórios. Durante a estação de surtos de gripe, o pessoal das entidades de tratamento de longa permanência deve ser instruído a monitorar sintomas respiratórios em residentes e visitantes, bem como para informar os casos sintomáticos às pessoas com autoridade para tomar precauções adequadas, evitando, por conseqüência, a disseminação da infecção.
Com base nos programas de controle de infecções, deve-se proceder como segue:
Assegurar que as listas de doenças e de condições notificáveis às autoridades de saúde sejam distribuídas para os provedores de assistência à saúde das instalações hospitalares e ambulatoriais. Os provedores de serviços de assistência à saúde devem também ser instruídos de como, quando e onde informar sobre doenças que tenham sido identificadas.
Estabelecer, de acordo com as exigências em vigor, mecanismos para informar ocorrências de infecções às organizações de acreditação. Por exemplo, os programas devem possuir sistemas que permitam identificar e informar casos de eventos-sentinela relacionados a infecções. Esse assunto será abordado com detalhes no Capítulo 10 – “Segurança dos Pacientes e Controle de Infecções”.
Estabelecer mecanismos para comunicar às organizações encaminhadoras ou receptoras a identificação de infecções associadas à assistência à saúde desconhecidas à época das transferências. De maneira geral, os pacientes são transferidos para outras instalações ou enviados para provedores de tratamentos domiciliares, de longo prazo ou ambulatoriais. Por exemplo, se os provedores de serviços constatarem a presença de infecções cirúrgicas em pacientes transferidos de outras instituições de assistência à saúde, os casos deverão ser comunicados ao hospital ou centro cirúrgico onde a cirurgia foi realizada.
Além das infecções associadas ao atendimento à saúde (resultados), os programas de controle de infecções devem monitorar os processos de assistência à saúde, como, por exemplo, o cumprimento das práticas de prevenção de infecções (higiene das mãos, imunizações recomendadas e monitoramento da qualidade assegurada de esterilizadores). Todas as informações coletadas durante os processos de monitoramento devem ser divulgadas para as pessoas envolvidas nas atividades de avaliação e melhoria de desempenho.
Qualquer que seja o tipo de instituição de assistência a saúde, os programas de controle de infecções devem prever a implantação de sistemas para identificação e investigação de surtos. A criação de procedimentos formais que orientem o reconhecimento de surtos e que descrevam ações corretivas é extremamente relevante. Os surtos infecciosos podem ocorrer dentro das organizações de assistência à saúde ou na comunidade. Em qualquer dessas alternativas, logo após uma suspeita, é necessário comunicar e investigar os surtos. Nos Estados Unidos, as normas de saúde pública exigem que todas as suspeitas de surtos infecciosos sejam comunicadas ao departamento de saúde, em períodos preestabelecidos.
Para reconhecer surtos de infecção, o pessoal envolvido nesses processos deve ser instruído a procurar infecções incomuns, surtos de infecções ou infecções pouco comuns ao local com um tipo particular de assistência. Os surtos infecciosos são grupos do mesmo tipo de infecção ou de infecções similares ou sintomas que ocorrem em determinada população em curtos períodos. Por exemplo, deve-se suspeitar de surto em instalações de assistência à saúde quando vários funcionários, pacientes ou residentes de uma unidade pediátrica forem acometidos de diarréia durante dois dias ou quando a equipe de uma unidade pediátrica desenvolver problemas respiratórios durante a estação do vírus sincicial respiratório. A suspeita de surto comunitário ocorre quando vários pacientes ambulatoriais apresentam náuseas, vômitos e diarréia durante alguns dias. A seção “Ferramentas e Recursos”, na página 29, apresenta um exemplo de lista de verificação para suspeitas de surtos de gastroenterite em instituições de tratamentos de longa permanência.
As políticas e os procedimentos para minimizar o risco de transmissão de infecções, incluindo riscos associados a procedimentos, equipamentos e artigos médico-hospitalares, devem permanecer à disposição de todas as áreas das organizações. Algumas políticas e alguns procedimentos aplicam-se em todas as instalações de assistência à saúde, incluindo aquelas relativas a higiene das mãos; educação de funcionários; precauções; métodos para proteger, avaliar e tratar indivíduos infectados ou potencialmente infecciosos; papel dos indivíduos na prevenção e na ocorrência de transmissão de doenças infecciosas; saúde e segurança dos funcionários; prevenção de infecções identificadas nos processos de avaliação de risco; plano de controle de exposição a agentes patogênicos de origem sangüínea; manuseio e descarte de lixo hospitalar; técnicas assépticas; separação de itens limpos e itens contaminados; manutenção de ambientes sanitários; limpeza e desinfecção de itens reutilizáveis; comunicação de doenças perceptíveis; e manuseio e estocagem de materiais e equipamentos. Outros métodos e políticas dependem de fatores como tipo de serviço, procedimentos e tratamentos médicos, populações atendidas e instalações de assistência à saúde. Isso inclui políticas e métodos para serviços de alimentação, salas de cirurgia, terapia respiratória, diálise, unidades de tratamentos especiais, procedimentos invasivos e limpeza, esterilização e desinfecção de instrumentos e de dispositivos médico-hospitalares.
Esse elemento de desempenho, que se aplica somente a organizações de tratamento de longa permanência, exige que os profissionais de controle de infecções que desenvolvem manuais de políticas para entidades garantam que os departamentos mencionados anteriormente sejam incluídos no desenvolvimento e na implementação dos respectivos procedimentos e políticas.
Descrição de riscos, por ordem de prioridade.
Descrição detalhada das metas dos programas de controle de infecções.
Descrição das estratégias organizacionais para minimizar, reduzir ou eliminar riscos, por ordem de prioridade.
Descrição da forma de avaliação das estratégias.
Tanto os programas de controle de infecções quanto os planos de prevenção e controle de infecções devem ser dinâmicos e capazes de responder com rapidez a quaisquer modificações no ambiente da assistência à saúde. Isso inclui ação de forças externas, como doenças infecciosas, bioterrorismo, fornecimento obrigatório de informações sobre infecções associadas à assistência à saúde e escassez de vacinas e de outros tipos de materiais. Os planos de controle de infecções devem ser documentos sucintos e úteis, formulados antecipadamente, que apresentem listas de estratégias para o atendimento de necessidades e o cumprimento de metas e objetivos. Esse formato de “plano” inclui descrições, políticas, procedimentos, protocolos, orientações sobre práticas, caminhos clínicos, mapas de tratamentos ou combinação de todos esses componentes.[†] Os planos de controle de infecções precisam ser revisados pelo menos uma vez por ano e por ocasião da inclusão de novos serviços.
O desenvolvimento de planos de controle de infecções implica a formação de grupos de trabalho com a missão de avaliar riscos potenciais e elaborar planos com metas e objetivos para reduzir riscos identificados. Esse assunto será discutido com detalhes nos seguintes capítulos do livro: Capítulo 3 – “Análise de Risco e Estabelecimento de Metas e Objetivos em Programas de Controle de Infecções”; Capítulo 4 – “Intervenções no Controle de Infecções: O Caminho da Prevenção”; e Capítulo 8 – “Colaborando com a Implementação de Programas de Controle de Infecções”. Os planos de controle de infecções também devem incluir descrições sobre como avaliar a eficácia dos programas de controle, conforme mostra o Capítulo 5 – “Avaliação da Eficiência de Programas de Controle de Infecções”.
A seguir, são apresentadas algumas dicas úteis para a elaboração de planos de controle de infecções:
Identificação dos padrões locais, estaduais e federais, bem como outros de aspectos (padrões para acreditação, padrões e orientações sobre prevenção e controle de infecções) aplicáveis às entidades de assistência à saúde.
Desenvolvimento e estruturação de programas e planos de controle de infecções que atendam aos requisitos aplicáveis e às necessidades organizacionais.
Sumário do conteúdo dos planos formais de controle de infecções.
Garantia de que os programas e planos de controle de infecções incorporem a intenção dos elementos exigidos pela Joint Commission para execução dos itens mencionados.
Avaliação de riscos (ver o Cap. 3).
Estabelecimento e priorização de metas, assim como desenvolvimento de objetivos mensuráveis (ver o Cap. 3).
Identificação de pessoas com habilidade para redigir objetivos mensuráveis.
Identificação de estratégias para atingir os objetivos dos programas de controle de infecções (ver o Cap. 4).
Desenvolvimento de sistemas para registro de novos serviços ou procedimentos.
Estabelecimento de mecanismos para avaliar os programas e as metas de controle de infecções (ver o Cap. 5).
Definição de prazos e atribuição de responsabilidades nas revisões periódicas dos planos.
Solicitação de verificações e comentários às pessoas-chave e realização das revisões necessárias.
Estabelecimento de rede com profissionais de controle de infecções de entidades similares de assistência à saúde e compartilhamento de informações para o desenvolvimento e a manutenção de programas de controle.
A seção “Ferramentas e Recursos” apresenta um modelo com descrições e planos de programa de controle de infecções.
Usar a lista de verificação apresentada no Apêndice, para avaliar se os programas atendem aos elementos de desempenho necessários para o cumprimento das exigências da Joint Commission aplicáveis ao padrão CI.1.10. Veja a seção “Ferramentas e Recursos.
Independentemente do tipo de entidade de assistência à saúde, os princípios de transmissão, prevenção e controle de infecções são idênticos. É possível adaptar, para outras entidades de assistência à saúde, as orientações e normas dos seguintes órgãos: Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs), Association for Professionals in Infection and Epidemiology (APIC), Society for Healthcare Epidemiology of America (SHEA) e outros.
Muitos atendimentos de saúde são feitos fora dos hospitais tradicionais. A atitude de cuidar da saúde é efetivada em várias instituições, como entidades de assistência domiciliar ou de longa permanência, clínicas privadas, centros comunitários, centros de reabilitação de toxicômanos, unidades hospitalares especiais, prisões e penitenciárias. Os serviços de atendimento ambulatorial são prestados em centros cirúrgicos ambulatoriais, consultórios médicos, centros de diálise, clínicas e centros de geração de imagens. Os tratamentos domiciliares são feitos na residência dos pacientes por atendentes com várias habilidades. As instituições de tratamento de longa permanência podem prestar cuidados básicos de enfermagem ou cuidados a pacientes agudos. Esses diversos tipos de entidades de assistência à saúde defrontam-se com alguns desafios durante os processos de desenvolvimento e implementação de programas de controle de infecções.
Exatamente como ocorre em diferentes serviços ou áreas dos hospitais, essas entidades apresentam vários níveis de risco de transmissão de infecções. O desenho e o escopo dos programas de controle de infecções devem se basear na avaliação dos riscos de cada tipo de entorno. Portanto, cada organização deve avaliar seus riscos e desenhar suas estratégias programáticas com base nessas avaliações, como ilustra a Tabela 2-1, e como mostra o Capítulo 3.
Muitas práticas de prevenção e controle de infecções desenvolvidas para hospitais podem ser facilmente adaptadas para outras entidades de assistência à saúde. Entretanto, os estudos para localização de infecções associadas à assistência à saúde variam de forma significativa de acordo com a população atendida e com o tipo de entidade. Não há qualquer método-padrão, em nível nacional, para identificar e coletar, administrar e registrar dados sobre infecções associadas à assistência à saúde. Foram definidos estudos para hospitais,9,10 tratamentos de longa permanência11 e instituições para tratamentos domiciliares.12 Em muitas instalações de atendimento ambulatorial, os estudos dão mais atenção aos processos de atendimento, tais como percentual de pacientes elegíveis que recebem imunizações, que às infecções associadas à assistência à saúde.
As referências e os recursos para implantação de programas de controle de infecções em instituições não-hospitalares podem ser encontradas em “web sites” e nas seções “Leituras Recomendadas”, no final deste capítulo.
1. Gerberding J.: Hospital-onset infections: A patient safety issue. Ann Intern Med 137:665-670, Oct. 15, 2002.
2. Burke J.P.: Infection control – a problem for patient safety. New Eng J Med 348:651-656, Feb. 13, 2003.
3. Harbarth S., Sax H., Gastmeier R.: The preventable proportion of nosocomial infections: An overview of published reports. J Hosp Infection 54:258-266, Aug. 2003.
4. Haley R. W., et al.: The efficacy of infection surveillance and control programs in preventing nosocomial infections in U.S. hospitals. Am J Epidemiol 121:182-205, Feb. 1985.
5. Centers for Disease Control and Prevention: Monitoring hospital-acquired infections to promote patient safety – United States, 1990-1999. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 49:149-153, Mar. 10, 2000.
6. Ahlbrecht H., Shearen C., Degelau J., Guay D.R.P.: Team approach to infection prevention and control in the nur-sing home setting. Am J Infect Control 27:64-70, Feb. 1999.
7. Richards C., Emori T.G., Peavy G., Gaynes R.: Promo-ting quality through measurement of performance and response: prevention success stories. Emerg Infect Dis 7:299-301, Mar.-Apr. 2001.
8. Sohn A.H., et al.: Evaluation of a successful vancomycin-resistant Enterococcus prevention intervention in a community of health care facilities. Am J Infect Control 29:53-57, Feb. 2001.
9. Garner J.S., et al.: CDC definitions of nosocomial infections. In Olmsted R.N. ed.: APIC Infection Control and Applied Epidemiology: Principles and Practice. St. Louis: Mosby, 1996: pp. A-1-A-20. Available at www.apic.org/Content/NavigationMenu/PracticeGuidance/SurveillanceDefinitionsReportsand Recommendations/Surveillance_Definit.htm (acessado em 24/09/2005).
10. Horan T.C., Emori T.G.: Definitions of key terms used in the NNIS System. Am J Infect Control 25:112-6, Apr. 1997. Available at www.apic.org/Content/NavigationMenu/PracticeGuidance/SurveillanceDefinitionsRe-portsandRecommendations/Surveillance_Definit.htm (acessado em 24/09/2005).
11. McGeer A., et al.: Definitions of infection for surveillance in long term care facilities. Am J Infect Control 19:1-7, Feb. 1991. Available at www.apic.org/Content/NavigationMenu/PracticeGuidance/SurveillanceDefinitionsReportsandRecommendations/Surveillance_Definit.htm (acessado em 24/09/2005).
12. Embry F.C., Chinnes L., and the APIC Home Care Membership Section. Draft definitions for surveillan-ce of infections in home health care. Am J Infect Con-trol 28:449-453, Dec. 2000. Available at www.apic.org/Content/NavigationMenu/PracticeGuidance/SurveillanceDefinitionsReportsandRecommendations/Surveillance_Definit.htm (acessado em 24/09/2005).
Consulte as ferramentas e modelos a seguir para localizar exemplos úteis sobre como implantar programas de controle de infecções.
1. Standards Checklist: Assessing Your IC Program’s Compliance with IC.1.10’s Elements of Performance.
2. Communication method examples: New England Baptist Hospital.
a. Figura 2-1, Ferramentas para controle de infecções
b. Figura 2-2, eBug Beat News
3. Sample IC plans: From Baptist Health System and Shaw-nee Mission Medical Center
a. Figura 2-3, Baptist Health System, Plano de controle de infecções, 2005
b. Figura 2-4, Política de controle de infecções do Shawnee Mission Medical Center
4. Figura 2-5, Lista de verificação de surtos em casas de saúde
Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology: www.apic.org
Centers for Disease Control and Prevention, Division of Healthcare Quality Promotion (DHQP): www.cdc.gov.ncidod/hipdhqp/index.html
Society for Healthcare Epidemiology of America: www.shea-online.org
APIC: Text of Infection Control and Epidemiology. Second edition. Washington, DC: Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology, 2005.
Arias K.: Quick Reference to Outbreak Investigation in Health Care Facilities, Gaithersburg, MD: Aspen Publishers Inc., 2000.
Friedman C., et al.: Requirements for infrastructure and essential activities of infection control and epidemiology in out-of-hospital settings: A Consensus Panel Report. Am J Infect Control 27:418-30, Oct. 1999. Available at www.apic.org/Content/NavigationMenu/PracticeGuidance/Reports/Reports.htm (acessado em 24/09/2005).
Friedman C., Petersen K.H.: Infection Control in Ambulatory Care. Gaithersburg, MD: Aspen Publishers Inc., 2001.
Herwaldt L.A., Smith S.D., Carter C.D.: Infection control in the outpatient setting. Infect Control Hosp Epidemiol 19:41-74, Jan. 1998.
Horan-Murphy E., et al.: APIC/CHICA-Canada infection con-trol and epidemiology: Professional and practice standards. Am J Infect Control 27:47-51, Feb. 1999. Available at www.apic.org/Content/NavigationMenu/PracticeGuidance/Standards/Standards.htm (acessado em 24/09/2005).
Natzinger D.A., Lundstrom T., Chandra S., Massanari R.: Infection control in ambulatory care. Infect Dis Clin North Am 11:279-296, Jun.1997.
Rhinehart E., Friedman C.: Infection Control in Home Care. Gaithersburg, MD: Aspen Publishers Inc., 1999.
Scheckler W.E., et al.: Requirements for infrastructure and essential activities of infection control and epidemiology in hospitals: A Consensus Panel Report. Am J Infect Control 26:47-60, Feb. 1998. Available at www.apic.org/Content/NavigationMenu/PracticeGuidance/Reports/Reports.htm (acessado em 24/09/2005).
Smith P.W., Rusnak P.G.: SHEA/APIC position paper. Infection prevention and control in the long term care facilty. Am J Infect Control 25:488-512, Dec. 1997. Available at www.apic.org/AM/Template.cfm?Section=Position_Statements&Template=/TaggedPageDisplay.cfm&TPLID=13&ContentID=583 (acessado em 24/09/2005).
TABELA 2-1 Exemplos de Considerações sobre Riscos no Controle de Infecções em Vários Locais de Assistência à Saúde
Local |
População Atendida |
Consideração |
Avaliação de Risco |
Estratégia para Administração de Risco |
Tratamento de longa permanência: crônico |
Pessoas debilitadas de todas as idades |
O local de atendimento é a casa dos residentes; eles são incentivados à socialização e a fazer as refeições em grupo |
O contato muito próximo apresenta risco de transmissão de infecções |
Pessoal treinado para avaliar residentes com sinais/sintomas de infecção e para implementar medidas de controle de infecções |
Tratamento de longa permanência: agudo |
Pessoas debilitadas de todas as idades |
Residentes que usam ventiladores mecânicos |
Risco de pneumonia associada a ventiladores |
Implementação de orientações do CDC para prevenção de pneumonia associada a ventiladores |
Ambulatório: centro cirúrgico |
Pessoas de todas as idades |
Procedimentos invasivos executados; instrumentos reutilizáveis limpos e esterilizados |
Risco de infecção cirúrgica local e processamento inadequado dos instrumentos |
Implementação de práticas para reduzir o risco de infecções cirúrgicas locais e assegurar o processamento adequado de instrumentos |
Ambulatório: clínica pediátrica |
Bebês, crianças, adolescentes |
As crianças mais jovens podem não ser supervisionadas por atendentes o tempo todo |
Risco de alcançar objetos afiados, medicamentos e outros tipos de perigo |
Os materiais devem ser armazenados em local fechado e fora de alcance |
Saúde comportamental: clínica de reabilitação de toxicômanos |
Adultos; muitos são indigentes |
Os clientes podem estar usando substâncias intravenosas; surtos de tuberculose em comunidades de indigentes |
Risco de HIV, hepatite B e C, e tuberculose |
Exames médicos para identificar portadores virais, avaliação e programas de tratamento |
Tratamento domiciliar |
Todas as idades |
A família ou outros cuidadores prestam assistência à saúde |
Os cuidadores não possuem treinamento adequado |
Garantia de treinamento adequado para famílias/outros cuidadores antes da alta dos pacientes e liberação para tratamento domiciliar |
Fonte: Kathleen Meehan Arias, M.S., M.T. (A.S.C.P.), C.I.C. Utilizada com autorização.
FIGURA 2-1 Ferramenta para controle de infecções.
Esta figura é o exemplo de uma ferramenta de comunicação usada para orientar funcionários novos.
Fonte: New England Baptist Hospital, Boston, MA. Utilizada com autorização.
FIGURA 2-2 eBug Beat News.
eBug Beat News – Vol. 1, N. 5
Maureen Spencer, M.Ed., R.N., coordenadora do Controle de Infecções
COLOQUE UMA CÓPIA DO eBUGBEAT NEWS NOS QUADROS DE AVISO DE CADA DEPARTAMENTO.
Anunciaremos a disponibilidade e o plano de distribuição da vacina contra gripe assim que a farmácia receber o produto.
A estação de gripe vai de outubro a maio. A melhor época de aplicar a vacina contra gripe é entre meados de outubro e meados de novembro, embora seja possível a vacinação em dezembro ou mais tarde. A proteção da vacina dura de 5 a 6 meses.[‡]
Indivíduos com 65 anos de idade ou mais
Indivíduos que vivem em casas para convalescentes ou outro tipo de instituição para tratamentos de longa permanência
Portadores de condições cardíacas ou pulmonares crônicas ou de qualquer outro tipo de doença crônica
Mulheres que estiverem grávidas durante a estação de gripe
Crianças entre 6 e 23 meses de idade ou enfermeiros de crianças nessa faixa etária
Profissionais da área de assistência à saúde que tenham contato direto com pacientes
Indivíduos alérgicos a ovo de galinha
Indivíduos que já tiveram reações graves à vacina contra gripe
Indivíduos que estejam em estado febril na época da vacinação
Indivíduos que sofreram recentemente de síndrome de Guillain-Barré (distúrbio neurológico)
Crianças com menos de 6 meses de idade
Visite www.cdc.gov/flu ou http://flu.masspro.org para obter informações mais detalhadas sobre a vacina contra gripe.
Esse boletim apresenta informações sobre controle de infecções em artigos sobre vacina contra gripe e transmissão e prevenção de bactérias resistentes a medicamentos.
Fonte: New England Baptist Hospital, Boston, MA. Utilizada com autorização.
Durante o 42º encontro anual da Infectious Diseases Society of America (IDSA), realizado em Boston nesta semana, foram apresentados vários estudos sobre o crescimento do número de infecções em pessoas saudáveis, fora dos hospitais, pela bactéria Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM), desconhecida até poucos anos atrás.
Um tipo de cepa, resistente aos antibióticos de primeira linha, está causando uma forma emergente da bactéria conhecida por “devoradora de carne”. O mesmo tipo de bactéria está produzindo números recordes de infecções sérias na pele de crianças e surge como causa de pneumonia que pode resultar em morte.
A bactéria SARM tornou-se uma grande preocupação, uma vez que os antibióticos normais, prescritos pelos médicos há apenas alguns anos, não surtem mais o efeito desejado. Ao longo do tempo, essa bactéria pode sofrer mutações e tornar-se resistente a determinados tipos de antibióticos. Embora haja antibióticos eficazes no tratamento da SARM, os médicos estão preocupados com a possibilidade de que a bactéria possa se tornar resistente à ação desses medicamentos. As infecções resistentes a antibióticos sempre foram a grande preocupação dos hospitais, bem como entre indivíduos mais velhos e portadores de doenças crônicas. Entretanto, nos últimos anos, os médicos perceberam o crescimento dessas infecções em indivíduos saudáveis.
Um estudo apresentado no encontro da IDSA documentou 14 casos de fasciite necrosante (conhecida por bactérias “devoradoras de carne”) em Los Angeles, decorrentes da bactéria SARM, causa atípica desse tipo de doença. Nenhum dos pacientes morreu, porém todos sofreram intervenções cirúrgicas para remoção do tecido infectado; três necessitaram de cirurgia reconstrutiva (p. ex., enxerto de pele); e 10 permaneceram, durante algum tempo, na unidade de tratamento intensivo, um deles durante um mês. A princípio acreditava-se que metade dos pacientes tinha apenas abcessos de pele de menor importância. Quatro deles receberam inicialmente doses de antibióticos, aos quais as bactérias eram resistentes. Entretanto, todos os 14 pacientes por fim foram tratados com sucesso por meio dos antibióticos vancomicina e clindamicina.
As infecções resultantes da fasciite necrosante podem iniciar com pequenos cortes ou traumas e se disseminar por todo o corpo em poucas horas ou em alguns dias se não forem tratadas com cirurgia e antibióticos. A maioria dos casos dessa infecção resulta do tipo de bactéria conhecido por estreptococos do Grupo A (o mesmo tipo de microrganismo patógeno que produz infecções estreptocócicas na garganta) e cerca de um terço é fatal.
Os pesquisadores afirmam que os médicos precisam tomar consciência de que, ao observarem casos de fasciite necrosante, devem tratar os pacientes contra a ação da bactéria SARM, além de outras causas, até conhecerem o tipo de bactéria que de fato produziu a doença.
Acinetobactéria é um grupo de bactérias geralmente encontradas no solo e na água. Ela pode também se localizar na pele de pessoas saudáveis, sobretudo em indivíduos que trabalham em atividades de assistência à saúde. Embora haja vários tipos ou “espécies” de acinetobactérias, e todos possam produzir doenças em seres humanos, a Acinetobacter baumannii é responsável por cerca de 80% dos casos registrados de infecções.
De maneira geral, os surtos de infecções causadas por acinetobactérias ocorrem em unidades de tratamento intensivo e em instituições de assistência à saúde que abrigam pacientes muito doentes. As infecções por acineto-bactérias raramente ocorrem fora de ambientes hospitalares.
As acinetobactérias causam vários tipos de doença, desde pneumonia até infecções sérias no sangue ou em feridas. Os sintomas variam de acordo com a doença. Os sintomas usuais de pneumonia incluem febre, calafrios ou tosse. As acinetobactérias também podem “colonizar” ou viver em pacientes sem produzir infecções ou sintomas, em especial nos tratamentos de traqueostomia ou em feridas abertas.
As acinetobactérias não chegam a colocar em risco pessoas saudáveis. Entretanto, indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido, doenças crônicas dos pulmões ou diabete são mais suscetíveis a contrair infecções por acinetobactérias. Pacientes hospitalizados, principalmente portadores de doenças causadas por ventiladores, os com estadias hospitalares prolongadas ou aqueles com feridas abertas, também apresentam maior risco de contrair essas infecções. As acinetobactérias podem se propagar para pessoas suscetíveis por meio de contato pessoal, de contato com superfícies contaminadas ou de exposição ao ambiente.
Em geral, as acinetobactérias são resistentes aos antibióticos mais comuns. As decisões de tratamentos de infecções causadas por esse tipo de bactéria devem ser tomadas caso a caso, com base no provedor dos serviços de assistência à saúde. As infecções por acinetobactérias geralmente ocorrem em pacientes muito doentes, podendo contribuir para a morte ou mesmo causá-la.
As acinetobactérias vivem na pele e podem sobreviver no ambiente por vários dias. O rigoroso cumprimento dos procedimentos de controle de infecções, tais como manter a higiene das mãos e a limpeza dos ambientes, reduz os riscos de transmissão. Visite os sites www.cdc.gov/handhygiene e www.cdc.gov/ncidod/ISOLAT/Isolat.html para obter informações mais detalhadas sobre práticas de controle de infecções e higiene das mãos.
(Obs.: Felizmente não encontramos no NEBH nenhum caso de infecção causada por acinetobactérias associada à assistência à saúde).
FIGURA 2-3 Plano de controle de infecções
SAN ANTONIO, TEXAS
A missão do programa de estudo, prevenção e controle de infecções é a prevenção e o controle de infecções com o objetivo de promover o bem-estar dos pacientes, dos profissionais de saúde e de visitantes, pelo comprometimento com a excelência e a respeitabilidade do cuidado aos pacientes, pelo uso eficiente de recursos e pela busca permanente de melhorias.
As metas do programa são:
Identificar e avaliar infecções associadas os cuidados de saúde, por meio de:
1. Identificação de infecções esperadas e inesperadas, na fase inicial, e implementação de intervenções adequadas no momento oportuno.
Identificar a presença de infecções no momento da internação de pacientes e da contratação de profissionais para as equipes.
Identificar pacientes, transferidos ou encaminhados, portadores de infecções associadas à assistência à saúde que não tenham sido percebidas no momento da transferência ou do encaminhamento (sem considerar se o Baptist Health System é a entidade que os transfere ou recebe).
Identificar visitantes que sejam prováveis portadores de doenças transmissíveis.
2. Análise de práticas com potencial para afetar a taxa de infecções hospitalares.
Identificar e avaliar o risco de ocorrências associadas a infecções hospitalares.
3. Implantação de mudanças necessárias para reduzir infecções associadas à assistência à saúde, incluindo, mas não se limitando a:
Limitar exposição desprotegida a agentes patogênicos em toda a organização.
Incentivar a higiene das mãos.
Minimizar o risco de transmissão de infecções associadas à assistência à saúde por meio da adoção de procedimentos e do uso de equipamentos e dispositivos médico-hospitalares.
4. Recomendações para redução no risco de transmissão de infecções associadas à assistência à saúde e incentivo aos programas educacionais sobre essa prática.
5. Desenvolvimento de sistemas de comunicação com profissionais independentes licenciados, equipes, estudantes/trainees, voluntários e, de acordo com as circunstâncias, com visitantes, pacientes e famílias, sobre temas relacionados ao controle de infecções, incluindo responsabilidades para prevenir a disseminação de infecções nas dependências do hospital.
6. Manutenção da consciência e do conhecimento de orientações e recomendações publicadas por órgãos normativos e de acreditação e por organizações de profissionais de serviços de saúde para a prestação de serviços de controle de infecções com base em evidências.
7. Reconhecimento, documentação e cumprimento das normas de órgãos normativos e de acreditação sobre temas relacionados ao controle de infecções.
8. Organização de programas educacionais para funcionários, equipes, pacientes e visitantes.
9. Divulgação de informações com base em evidências.
10. Fornecimento de informações sobre seleção e administração de produtos.
11. Coordenação e integração das atividades de prevenção e controle de infecções com a equipe médica.
12. Colaboração com a área de saúde dos funcionários por meio de proteção, orientação e acompanhamento de equipes e de outros profissionais com potencial de exposição a doenças infecciosas transmissíveis ou que tenham sido expostos ou que tenham contraído esse tipo de doença.
O diretor ou o profissional de controle de infecções têm autoridade para instituir qualquer tipo de estudo e prevenção, medidas de controle ou estudos, quando houver motivos para acreditar que qualquer paciente, funcionário ou visitante possa estar em perigo. Esse tipo de autoridade e de responsabilidade inclui, mas não se limita a:
Desenvolvimento e implementação de programas preventivos e corretivos com a finalidade de minimizar riscos de infecção.
Desenvolvimento de sistemas para identificar, registrar e analisar incidências e causas de infecções nosocomiais.
Revisão e aprovação das políticas e dos procedimentos relacionados às atividades de vigilância, prevenção e controle em todos os departamentos/serviços.
Determinação do momento de implementação de isolamento, de precauções de barreiras e de realização de culturas ambientais.
Colaboração com as lideranças organizacionais para implantação de medidas de emergência com o objetivo de evitar ocorrência de infecções, tais como fechamento de unidades, transferência de pacientes, suspensão de construções, entre outras.
Participação no Comitê de Farmácia ou comunicação com os comitês médicos ou hospitalares sobre padrões de utilização de antibióticos considerados essenciais para as atividades de prevenção e controle de infecções.
Divulgação da aplicação das políticas organizacionais e departamentais relacionadas ao controle de infecções, incluindo, mas não se limitando a, procedimentos e técnicas de isolamento, procedimentos de esterilização, descarte seguro de lixo infeccioso ou contaminado e prevenção de infecções cruzadas pelo uso de equipamentos.
Desenvolvimento e implantação de sistemas de estudo e controle de infecções, por meio de identificação, registro e análise de focos infecciosos, surtos, eventos-sentinela, agentes patogênicos emergentes e estudos ou relatórios especiais.
Apresentação de propostas orçamentárias e de solicitações de recursos de informática para facilitar a execução das atividades de prevenção e controle de infecções definidas por componentes programáticos e de atividades específicas de apoio à prevenção de infecções, coleta de dados e elaboração de relatórios.
Coordenação, em conjunto com o departamento de saúde pública e outros órgãos governamentais e normativos, para registro, investigação e prevenção de infecções.
A equipe de controle de infecções, em colaboração com as lideranças do hospital, é responsável pela identificação de riscos de transmissão e de contração de agentes infecciosos, com base nos fatores que serão discutidos a seguir. A equipe de controle de infecções e o Comitê de Controle de Infecções responsabilizam-se pela avaliação de riscos, a ser realizada pelo menos uma vez por ano ou sempre que ocorrerem mudanças significativas nos fatores mencionados a seguir, utilizando informações fornecidas por indivíduos ou comitês. Esse processo deve levar em consideração temas como risco elevado, volume elevado, probabilidade de ocorrência de problemas ou novas técnicas relacionadas a tendências emergentes ou reemergentes e outros assuntos. A equipe e o comitê de controle de infecções devem desenvolver planos de ação envolvendo esses temas (ver Apêndice A – para assuntos relacionados à avaliação de riscos e listas de priorização). Os fatores que fazem parte das atividades de avaliação de risco devem incluir pelo menos o seguinte:
1. Localização Geográfica e Ambiente Comunitário
O Baptist Health System é um sistema formado por cinco hospitais que atende bairros urbanos e suburbanos de San Antonio, Estado do Texas, e áreas adjacentes. A estrutura operacional do sistema leva em consideração ameaças de morte em massa e todas as formas de ação terrorista, bem como outros tipos de eventos causados por seres humanos. O sistema está localizado a três horas da fronteira com o México e nas proximidades de duas bases militares importantes, predispondo os hospitais a certos tipos de eventos que fazem parte dos programas Hazardous Vulnerability Assessment e Infection Control Risk Assessment.
2. Características da População Atendida
O Baptist Health System atende várias comunidades com alta porcentagem de população de origem hispânica e com alta incidência de diabete e doenças vasculares. B O Texas Center for Infectious Disease está localizado dentro da área geográfica que atende pacientes com tuberculose confirmada.
3. Resultados da Análise dos Dados de Prevenção e Controle Infecções do Baptist Health System
As variações nos resultados obtidos na análise de procedimentos cirúrgicos, infecções relacionadas a dispositivos médico-hospitalares, exposição a doenças transmissíveis e incidentes ambientais são revistas periodicamente.
4. Atendimento, Tratamento e Serviços Prestados
O plano estratégico da organização contempla todos os serviços que fazem parte de seu foco. Esse plano também envolve a avaliação do estudo de serviços de alto volume e/ou alto risco, adaptando-os às medidas aplicáveis.
5. Saúde dos Funcionários
O Baptist Health System fornece um ambiente de trabalho seguro para seus funcionários por meio da coordenação do programa Infection Control and Employee Health para identificar a existência de condições infecciosas potenciais que possam colocar em risco pacientes, visitantes e equipes.
6. Prontidão para Emergências
A organização trabalha continuamente a fim de permanecer de prontidão para atendimento de emergências internas e externas, incluindo, mas não se limitando a, afluxo de pacientes infecciosos de curta ou de longa permanência.
Este documento descreve objetivos, funções e administração de programas de controle de infecções.
Fonte: Adaptada do Baptist Health System, San Antonio, Texas. Utilizada com autorização.
Meta n. 1: Limitação de Exposição Desprotegida a Agentes Patogênicos no Hospital
Prioridade do Risco |
Metas da Organização |
Meta do Controle de Infecções |
Objetivos Mensuráveis |
Estratégias |
Avaliação |
Responsabilidade |
Preparação para afluxos de pacientes infectados (Capacidade de surtos) |
Segurança de pacientes, visitantes e equipes |
Preparativos para respostas a afluxos ou risco de afluxos de pacientes infectados |
Atendimento de 90% ou mais das exigências do plano Hospital Emergency Incident Command System relacionadas aos pacientes infectados |
• Manter representação do controle de infecções na equipe de pronto-atendimento para emergências • Incluir informações de peritos nos assuntos relacionados ao controle de infecções durante as emergências • Desenvolver ferramentas específicas para avaliação de temas relacionados ao controle de infecções • Continuar participando de pesquisas sindrômicas em conjunto com o departamento de saúde local • Desenvolver ou revisar políticas ou procedimentos para afluxo de pacientes, surtos, infecções emergentes e bioterrorismo (CI 4.10.4) |
• Observar atentamente durante os treinamentos para atendimentos de emergência • Informar o Environment of Care, Infection Control Committee, o departamento de administração de emergências, as lideranças e outros comitês ou grupos sobre o cumprimento rigoroso do plano elaborado pelo Hospital Emergency Incident Command System |
• Profissionais do Departamento de Controle de Infecções • Encarregado dos serviços de segurança • Encarregado dos serviços de proteção • Equipe de catástrofes e emergências • Equipe de descontaminação • Lideranças clínicas • Outros |
Notificação e Planejamento para o Controle de Infecções como parte da construção, da reforma e das modificações nas instalações |
Segurança dos pacientes e das equipes |
O Departamento de Controle de Infecções deverá ser comunicado sobre quaisquer construção, reforma ou modificações nas instalações, antes do início dos trabalhos Inclusão de profissionais de controle de infecções nos projetos de pré-construção e reformas |
Quaisquer construção, reforma ou modificações nas instalações, equivalente ou maior que 95% – notificação ou planejamento de controle de infecções Inclusão dos profissionais de controle de infecções nas fases de projeto e de planejamento de construções, reformas ou modificações nas instalações |
• Desenvolver políticas, em conjunto com a respectiva equipe, para assegurar a inclusão de profissionais do controle de infecções no processo • Programar cursos sobre avaliação de riscos no controle de infecções para operadores de plantas, engenheiros, equipes de manutenção e telecomunicações • Agendar reuniões com a equipe de construção para discutir projetos selecionados • Monitorar o ambiente para garantir o cumprimento das exigências do programa de Avaliação de Riscos no Controle de Infecções • Dar feedback imediato nos casos de descumprimento das normas |
• Comparar o número de autorizações para construções com o número de projetos de construção previsto no programa de Avaliação de Riscos no Controle de Infecções • Elaborar relatórios trimestrais de conformidade para o Infection Control Committee, Environment of Care e outras lideranças |
• Profissionais do Departamento de Controle de Infecções • Diretor de operações da planta (ou outro título) • Empreiteiros • Diretores • Encarregado do departamento de segurança • Outros |
Meta n. 2: Ênfase na Higiene das Mãos
Prioridade do Risco |
Metas da Organização |
Meta do Controle de Infecções |
Objetivos Mensuráveis |
Estratégias (CI 4.10.2) |
Avaliação |
Responsabilidade |
Cumprimento das exigências de higiene das mãos |
Segurança dos pacientes |
Melhorar o nível de higiene das mãos |
Atingir 90% de cumprimento da exigência de higiene das mãos pela equipe até 1º de dezembro de 2005 |
• Educação • Monitoramento do cumprimento das exigências e feedback sobre as taxas da equipe e dos comitês • Equipes de melhoria de desempenho • Lembretes visuais e material escrito para a equipe, visitantes, pacientes e profissionais independentes licenciados • Aumentar a quantidade de produtos sanitários para as mãos à base de álcool |
• Monitoramento das taxas de cumprimento das exigências de higiene das mãos, por meio de observações mensais • Informar as descobertas para o Infection Control Committee, Quality, Environment of Care, equipe, lideranças e outros comitês • Informar as taxas para a equipe e para os comitês |
• Departamento ou diretor de serviços • Gerentes • Profissionais do controle de infecções • Equipe • Equipe médica • Outros |
Meta n. 3: Minimização no Risco de Transmissão de Infecções Associadas ao Uso de Procedimentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos
Prioridade do Risco |
Metas da Organização |
Meta do Controle de Infecções |
Objetivos Mensuráveis |
Estratégias (CI 4.10.3) |
Avaliação |
Responsabilidade |
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Sepses relacionada a cateter intravenoso (SCIV) |
Segurança dos pacientes |
Redução de sepses de cateter central (SCIV) em pacientes na UTI |
Redução da incidência de SCIV em UTIs = 50% em junho de 2006 |
• Feedback de dados dos estudos para equipe e médicos. Trimestralmente, informar as taxas ao Comitê de Controle de Infecções • Apresentar relatórios trimestrais ao hospital e às lideranças médicas Apresentar relatórios mensais para as unidades-alvo • Educação • Formar uma equipe de melhoria de desempenho • Fornecer materiais/produtos que facilitem o atendimento às recomendações |
• Monitoramento das alterações nas taxas de incidência • Comparação com benchmarks nacionais (NNIS) trimestralmente • Trimestralmente, informar as taxas ao Comitê de Controle de Infecções, ao hospital e às lideranças médicas • Apresentar relatórios mensais para as unidades-alvo |
• Profissionais envolvidos no controle de infecções • Liderança da UTI • Equipe de serviço especializado em segurança e medicina do trabalho (SESMT) • Equipe médica |
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Acidentes perfurocortantes em funcionários |
Segurança no ambiente de trabalho |
Redução no número de acidentes perfurocortantes em funcionários e membros de outras equipes |
Menor que a taxa de 2004 |
• Coleta de dados sobre acidentes perfurocortantes no departamento de saúde dos funcionários • Dar feedback à equipe e à liderança • Avaliar produtos de segurança atuais • Identificar as necessidades organizacionais e as compras de materiais de acordo com as exigências da Occupational Safety & Health Associacion (OSHA)/ National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) • Serviços internos e implementação (CI 4.10.5) (CI 4.10.6) • (CI 4.10.7) |
• Monitorar mensalmente acidentes perfurocortantes e classificar por tipo de lesão, item, profissão, tempo diário e outras variáveis |
• Departamento de saúde dos funcionários • Profissionais envolvidos no controle de infecções • Ambiente do tratamento • Diretores das unidades • Equipes • Equipe do SESMT • Outros |
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Brilho súbito excessivo nos instrumentos |
Segurança dos pacientes |
Minimização de brilho súbito em instrumentos estéreis |
O brilho súbito ocorre apenas na queda de instrumentos, no uso imprevisto de equipamentos, no funcionamento inadequado de equipamentos e em dispositivos implantáveis |
• Fornecer para as lideranças as orientações da CDC HICPAC sobre brilho excessivo nos instrumentos • Fornecer para as lideranças dados atuais sobre brilho excessivo • Colocar na agenda diária itens sobre o Comitê de Controle de Infecções (CI 4.10.3) |
• Monitorar registros sobre brilho excessivo e tendências ao longo do tempo • Apresentar relatórios trimestrais para o Comitê de Controle de Infecções e outros comitês |
• Sala de observação • Central de suprimentos • Lideranças • Comitê de Controle de Infecções |
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FIGURA 2-4 Política de controle de infecções do Shawnee Mission Medical Center.
Categoria: CI |
Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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Descrever o programa do Shawnee Mission Medical Center (SMMC) para a vigilância, a prevenção e o controle de infecções.
CDC: Centro de Controle e Prevenção de Doenças IACS: Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde
NHSN: National Healthcare Safety Network: formada em 2005 a partir da base de dados do NNIS (National Nosocomial Infection Surveillance System) desenvolvido pelo CDC, utilizando definições uniformes e métodos de estudos para coletar, registrar e analisar infecções associadas aos cuidados de saúde.
O Shawnee Mission Medical Center possui um programa organizacional eficaz para vigilância, prevenção e controle de infecções. A organização utiliza um processo coordenado para reduzir riscos endêmicos e epidêmicos de infecções associadas à assistência à saúde em pacientes e funcionários. Esse processo baseia-se em princípios e pesquisas epidemiológicos bem-fundamentados. O estudo incorpora atividades para identificar, analisar, registrar e controlar infecções associadas à assistência à saúde.
Nos desenvolvimentos e nas revisões anuais do programa, são considerados fatores como população de pacientes, localização geográfica, linhas dos serviços, enfoque clínico e número de funcionários. O Shawnee Mission Medical Center atende uma população variada de pacientes. Os tratamentos são realizados em vários locais, incluindo pacientes ambulatoriais, pacientes hospitalizados, tratamentos críticos, clínicas e instituições para atendimentos emergenciais. Os procedimentos cirúrgicos no SMMC englobam desde cirurgias de menor importância até cirurgias cardíacas. A idade dos pacientes varia de recém-nascidos a crianças e adolescentes, a adultos e a adultos seniores. Cada grupo etário possui fatores específicos de risco para o desenvolvimento de infecções comunitárias e associadas à assistência à saúde.
As políticas de controle de infecções são baseadas em orientações reconhecidas, leis e regulamentos em vigor e abordam medidas para evitar a transmissão de infecções entre pacientes, funcionários, equipes médicas, voluntários, visitantes e o público em geral. As políticas desenvolvidas definem medidas para a vigilância, a prevenção e o controle em todas as áreas de atendimento, apoio e prestação de serviços aos pacientes, além de identificar métodos eficazes para reduzir os riscos de transmissão de microrganismos e aumentar a segurança dos pacientes.
As políticas são revistas e revisadas pelo Departamento de Controle de Infecções e pelos departamentos colaboradores pelo menos a cada três anos. As novas políticas e as políticas que exigem revisões relevantes são aprovadas pelo Comitê de Controle de Infecções. As políticas de âmbito hospitalar incluem as de caráter geral e são aplicadas por todas as áreas do hospital. Essas políticas encontram-se na intranet e no Manual de Atendimento aos Pacientes. As políticas departamentais incluem orientações sobre tarefas ou medidas de controle de infecções específicas a cada área. Muitas práticas de controle de infecções aprovadas são integradas às políticas mantidas pelos gerentes de departamento. O Comitê de Controle de Infecções é sempre consultado nos casos de inclusões e de revisões.
Este documento descreve o programa do Shawnee Mission Medical Center para vigilância, prevenção e controle de infecções.
Fonte: Shawnee Mission Medical Center, Shawnee Mission, KS. Utilizada mediante autorização.
Categoria: CI |
Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
Página: 2 de 18 |
A implementação do programa de controle de infecções é feita por indivíduos qualificados. A supervisão desse programa é realizada por um profissional do Controle de Infecções em regime de tempo integral, uma enfermeira do Controle de Infecções em regime de tempo parcial, o epidemiologista da Assistência à Saúde e o diretor do Comitê de Controle de Infecções. A área de controle de infecções reporta-se ao gerente da administração da qualidade.
As áreas de saúde dos funcionários e de controle de infecções colaboram no desenvolvimento de políticas e criam programas educacionais para as equipes. Essas atividades são desenvolvidas em conjunto com as metas de redução de infecções.
O Comitê de Controle de Infecções colabora no desenvolvimento e na aprovação de atividades relacionadas ao controle de infecções e do programa de vigilância. Esse processo de aprovação leva em consideração os seguintes itens:
• Critérios utilizados para definir infecções associadas aos cuidados de saúde e para diferenciá-las de infecções contraídas na comunidade. Para esse propósito, foi utilizada a definição de infecções associadas à assistência à saúde da NHSN.
• Fundamento lógico para selecionar abordagens específicas ou combinação de abordagens, bem como o prazo para utilização de determinada abordagem ou combinação de abordagens. Conforme indicado a seguir, são utilizadas as metas de estudos para indicadores específicos da NHSN e do SMMC.
• Estudo da população de pacientes.
• Métodos de coleta de dados.
• Procedimentos de controle de qualidade para assegurar a acuracidade e a integridade de descobertas.
• Atribuição de responsabilidades para avaliação e acompanhamento dos dados obtidos.
• Métodos de registro e de acompanhamento.
• Apresentação de relatórios sobre infecções para órgãos de saúde pública.
• Documentação de infecções com significação epidemiológica entre os indivíduos envolvidos em atividades de assistência à saúde.
Pelo menos uma vez por ano, o Comitê de Controle de Infecções deve avaliar, revisar e aprovar o tipo e o escopo das atividades de estudos por meio da revisão dos seguintes itens:
• Análise de tendências de dados gerados pelos estudos durante o último ano.
• Eficácia das estratégias de intervenção na prevenção e no controle para reduzir os riscos de infecções associadas aos cuidados de saúde.
• Serviços instituídos, procedimentos executados, prioridades da comunidade, prioridades da saúde no mundo e problemas identificados no último ano.
O Programa de Controle de Infecções do SMMC é responsável pelo monitoramento de infecções associadas à assistência à saúde. Desde 1996, a área de controle de infecções do SMMC participa de forma ativa no programa do CDC NHSN, usando indicadores de infecções, definições e metodologias do NHSN para coleta e análise de dados. Os dados anteriores a essa data foram alimentados no software NNIS IDEAS para geração de relatórios periódicos enviados eletronicamente para o NNIS. A transição de NNIS para NHSN (2005) utilizou internet, formulários projetados especialmente para coleta de dados, novos processos para inclusão de vários outros eventos relacionados a infecções, permitindo, assim, que outras instituições de saúde integrem o sistema de estudo de dados do CDC.
Desde 1993, um programa-alvo de estudo de infecções associadas à assistência à saúde vem sendo utilizado pelo SMMC. Com base no estudo-alvo, foi possível determinar os objetivos dos resultados do controle de infecções, definir as prioridades, alocar recursos para os principais tipos de infecções e identificar as populações de pacientes com maior risco de contração de infecções associadas à assistência à saúde.
Os numeradores e os denominadores podem ser facilmente estabelecidos com foco em procedimentos de fatores de risco previsíveis que contribuem para o desenvolvimento de infecções associadas aos cuidados de saúde.
Além dos tipos de infecção especificados no plano de estudos, também fazem parte da avaliação infecções não-previstas, ocorrências simples ou surtos de infecções associadas à assistência à saúde relacionados a qualquer organismo patogênico atípico. As intervenções são determinadas pelo profissional e pela enfermeira de controle de infecções, pelo epidemiologista e pelo diretor do Comitê de Controle de Infecções.
A determinação das infecções associadas à assistência à saúde depende da avaliação de informações clínicas, laboratoriais e diagnósticas sobre o paciente. A consistência da determinação dessas infecções dentro do ambiente de atendimento à saúde é importante para comparar taxas de infecção entre períodos de avaliação. A comparação entre taxas de infecções hospitalares e taxas nacionais de infecção é imprescindível para a consistência na determinação das infecções associadas à assistência à saúde em todos os hospitais participantes.
Nos Estados Unidos, o CDC é a autoridade reconhecida para realizar pesquisas sobre infecções associadas à assistência à saúde. As definições publicadas pelo sistema CDC NHSN foram padronizadas para utilização em hospitais. Essas definições atualizadas são empregadas da forma como são apresentadas. Há uma cópia impressa delas na brochura da NHSN, na sala de Controle de Infecções.
A prevenção de infecções cirúrgicas é da mais alta prioridade. O CDC estima que uma infecção cirúrgica resulta em uma média de 12 dias adicionais de hospitalização e US$ 27.000,00 de custos extras (ao dólar de 2004). Os métodos para redução de infecções cirúrgicas estão documentados na literatura médica. É de extrema necessidade fazer o monitoramento permanente e amplo de riscos elevados específicos e procedimentos de grandes volumes. Em 2005, no SMMC, os procedimentos identificados pelo Controle de Infecções e pelos Serviços Cirúrgicos foram cirurgias cardíacas abertas, cirurgias ortopédicas de reposição total de articulações e cirurgias de fusão espinal.
A prevenção de pneumonia associada a ventiladores na unidade de cuidados críticos (UCC) é altamente prioritária em razão das altas taxas de mortalidade, das despesas associadas a permanências prolongadas na UCC e de vários fatores previsíveis que contribuem para a ocorrência desse tipo de infecção. No SMMC, a pneumonia associada a ventiladores é monitorada em caráter permanente.
Geralmente é possível evitar a pneumonia relacionada a infecções associadas aos cuidados de saúde em pacientes não-ventilados. O CDC estima que uma infecção no trato respiratório inferior resulta em 5,9 dias adicionais de hospitalização e US$ 5.000,00 de custos extras (dólar de 2000). No final de 2003, o Controle de Infecções iniciou um monitoramento trimestral amplo de pneumonia não-associada ao uso de ventiladores devido ao aumento no número de infecções associadas à assistência à saúde, sobretudo em pacientes pós-operatórios. Uma equipe liderada pela área pulmonar foi reativada, com inclusão de vários membros-chave. Várias medidas foram tomadas para investigar as causas e alterar as práticas. Essa equipe continua reunindo-se periodicamente para avaliar infecções associadas à assistência à saúde decorrentes de pneumonia não-associada a ventiladores.
Categoria: CI |
Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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Em âmbito nacional, as infecções na corrente sangüínea associadas a cateteres venosos centrais geralmente apresentam alta taxa de mortalidade, embora possam ser evitadas. De acordo com estimativas do CDC, uma infecção na corrente sangüínea pode resultar em uma média de 7,4 dias extras de hospitalização e pode atingir até US$ 50.000,00 de custos adicionais (dólar de 2000). É de alta prioridade reduzir os fatores de risco dessas infecções. No SMMC, o monitoramento das infecções na corrente sangüínea associadas a cateteres venosos centrais é feito em caráter permanente.
No SMMC, há uma nova tendência para o uso de PICC em vez do CVC de alto risco. As áreas de Controle de Infecções e de enfermagem estão coletando dados e apresentando relatórios trimestrais sobre esse tipo de infecção para possibilitar a determinação de uma taxa básica e monitorar as infecções relacionadas a PICC.
Estão sendo coletados dados sobre infecções na corrente sangüínea para permitir a determinação de uma linha básica. A área de controle de infecções analisa continuamente as tendências. O ônus do estudo é mínimo, pois os pacientes já estão sendo avaliados por infecções na corrente sangüínea associadas a PICC ou CVC. Vários comitês e indivíduos da organização recebem relatórios regulares sobre a ocorrência desse tipo de infecção.
As infecções no trato urinário associadas ao cateter de Foley apresentam morbidade e conseqüências financeiras relativas. De acordo com estimativas do CDC, uma infecção no trato urinário resulta em 1 a 13 dias extras de hospitalização e US$ 2.600,00 de custos adicionais (dólar de 2003). No ano de 2004, o monitoramento de infecções no trato urinário no SMMC foi excluído dos relatórios devido à queda drástica de casos desse tipo de infecção em 2003. A decisão de voltar a monitorar essas infecções em 2005, durante 12 meses, tem como base o aumento na incidência em 2004. Na UCC, elas são monitoradas em caráter permanente. A apresentação de relatórios é trimestral.
O controle de infecções criou bases de dados para documentar todas as infecções associadas à assistência à saúde como método para rastrear ocorrências e definir tendências. O estudo atende às exigências internas de apresentação de relatórios do Adventist Health Systems (AHS) e do Kansas Department of Health and Environment (KDHE) e aos padrões de controle de infecções da JCAHO, que exigem revisões (p. ex., como os eventos-sentinela) de infecções associadas à assistência à saúde que causarem mortes. Foram criadas planilhas Excel com informações sobre o estudo de vários tipos de infecções. Essas planilhas podem ser utilizadas para correlacionar surtos de infecções associadas à assistência à saúde. Isso inclui procedimentos cardíacos, obstétricos e de cateterização, bem como bactérias resistentes a antibióticos.
O processo de controle de infecções do SMMC tem a finalidade de reduzir riscos e de melhorar as taxas ou as tendências numéricas de infecções significativas sob o ponto de vista epidemiológico. Por essa razão, a forma de apresentação dos relatórios de controle de infecções facilita esse processo. As taxas de infecção são estabelecidas por meio de metodologia estatística reconhecida. Sempre que possível, histogramas e gráficos de controle do processo são utilizados para facilitar a identificação de tendências infecciosas e de variações.
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Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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Os resultados do estudo sobre infecções são divulgados regularmente pela área de controle de infecções ao Comitê de Controle de Infecções. Além disso, são documentados em atas de reunião. Essas atas são enviadas para o Chief Executive Officer, o Chief Nursing Officer e para a equipe médica por meio dos respectivos comitês. Os relatórios sobre taxas de infecções associadas aos cuidados de saúde são enviados com regularidade pela área de controle de infecções aos seguintes setores: Comitê de Melhoria da Qualidade, departamentos de enfermagem, membros de equipes médicas, equipes de enfermagem e pessoas interessadas em criar medidas preventivas para reduzir a incidência de infecções. Divulgações adicionais sobre as taxas de infecção, quando as taxas de benchmark forem ultrapassadas, são administradas pela área de controle de infecções, por meio de abordagens dos processos de melhoria do desempenho. Se as infecções exigirem intervenções estratégicas imediatas, a Declaração de Autoridade permite que os executores de Controle de Infecções elaborem um plano emergencial e desenvolvam ações preventivas, sem submeter o assunto ao Comitê de Controle de Infecções.
O Shawnee Mission Medical Center participa do sistema NNIS desde abril de 1996. A NNIS é uma base de dados, em nível nacional, de infecções associadas à assistência à saúde, sob controle da Healthcare Quality Promotion, patrocinada pelo CDC. A área de controle de infecções coleta os dados com base em definições, metodologia e software desenvolvidos pelo CDC. Esses dados são utilizados internamente para determinar taxas de incidência de infecções associadas à assistência à saúde e são enviados com regularidade ao CDC, para inclusão no banco de dados nacionais. Em 2005, o NNIS mudou a denominação social para National Healthcare Safety Network (NHSN) e está sob a direção da nova Division of Healthcare Quality Promotion do CDC.
Considerando que os estudos sofreram algumas alterações, a comparação de dados foi reiniciada a partir de janeiro de 2005. Os dados antigos não foram transportados. O novo sistema exige maior treinamento sobre a forma de coleta e alimentação de dados, usando a internet e ferramentas mais modernas, em vez das versões DOS antigas.
O NHSN separa as infecções associadas à assistência à saúde em componentes diferentes. A partir de 2005, a área de controle de infecções passou a ter mais opções para divulgações, que não estavam disponíveis no sistema antigo do NNIS. O sistema do NHSN entrou em total operação a partir de janeiro de 2005.
Todos os pacientes que se submeterem aos procedimentos cirúrgicos mencionados a seguir são monitorados regularmente para verificar a incidência de infecções associadas a sítios cirúrgicos: cirurgias de enxerto do desvio da artéria coronária, artroplastia total do joelho e do quadril e cirurgias para fusão espinal. Para a execução de cada tipo de procedimento, é necessário coletar informações sobre as condições subjacentes dos pacientes. Isso inclui ASA,[§] idade, sexo, duração da cirurgia, método de abordagem, classe de ferida, se a operação foi feita em caráter emergencial ou como resultado de trauma e se foram executados vários procedimentos na mesma incisão.
1. Fazer benchmark com taxas estabelecidas pelo SMMC, taxas do sistema Apollo e taxas do NHSN.
2. Identificar tendências de infecções associadas à assistência à saúde acima da linha básica.
3. Avaliar procedimentos, políticas e práticas, em busca de fatores de risco previsíveis, quando forem identificadas tendências de infecções.
4. Reduzir a ocorrência de infecções pela diminuição dos fatores de risco.
Categoria: CI |
Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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1. O Centro de Tratamento Cardíaco e a área de controle de infecções realizam contínua coleta de dados.
2. A coleta de estudos realizados após as altas segue as determinações do Centro de Tratamento Cardíaco.
3. A coleta de dados faz parte da base de dados do programa Apollo.
4. O Centro de Tratamento Cardíaco envia relatórios trimestrais para a área de controle de infecções.
5. Os relatórios trimestrais apresentam comparações entre as taxas de infecção efetivas e os dados históricos do SMMC, bem como comparações entre as taxas de infecção do SMMC e as taxas do programa Apollo e da NHSN.
1. O Centro de Tratamento Cardíaco faz revisões periódicas de dados concorrentes e retrospectivos.
2. A área de controle de infecções faz revisões periódicas de dados concorrentes e retrospectivos.
3. Base de dados do programa Apollo.
4. NHSN.
1. No SMMC, as infecções ocorrem após os procedimentos CABG.
2. Definições da NHSN de infecções associadas a sítios cirúrgicos.
3. Definições do programa Apollo de infecções associadas a sítios cirúrgicos (essas definições são semelhantes às da NHSN). Apollo é a base de dados nacional utilizada pelo Centro de Tratamento Cardíaco.
1. O Comitê de Controle de Infecções recebe relatórios trimestrais. Sempre que as taxas do SMMC forem superiores aos dados históricos e/ou às taxas da Apollo, a determinação da significância é feita pela área executora do controle de infecções e posteriormente comunicada ao Comitê de Controle de Infecções.
2. Todas as informações são compartilhadas com o Centro de Tratamento Cardíaco e com outros comitês.
3. O Centro de Tratamento Cardíaco avalia os procedimentos, as políticas e as práticas relevantes, em busca de fatores de risco evitáveis.
4. O Comitê de Controle de Infecções recebe relatórios com os resultados das avaliações.
5. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para redução dos riscos e definem prazos para implantação.
1. Estabelecer a linha básica de incidência de infecções associadas à assistência à saúde depois de cirurgias para artroplastia total do joelho e do quadril.
2. Fazer benchmark com taxas da NHSN e com taxas predefinidas pelo SMMC.
3. Identificar tendências de infecções associadas à assistência à saúde acima das taxas de benchmark da NHSN.
4. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências nas curvas de infecção.
5. Reduzir a incidência de infecções por meio da diminuição dos fatores de risco.
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Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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1. A área de controle de infecções faz a coleta de dados de forma contínua.
2. Numerador: número de pacientes que desenvolvem infecções associadas a sítios cirúrgicos depois de artroplastia total das articulações.
3. Denominador: número total de pacientes que fazem artroplastia total das articulações.
4. Estratificação de pacientes por fatores de risco, conforme recomendação da NHSN (utilizando riscos intrínsecos de acordo com a ASA, classe de ferida e duração da cirurgia).
1. Programa diário de cirurgias.
2. Relatório mensal de todos os procedimentos para artroplastia total das articulações.
3. Relatório diário de internações com base no sistema de dados.
4. Revisão de dados concorrentes ou retrospectivos, pela área de controle de infecções, de todos os pacientes que se submeteram à artroplastia total das articulações.
5. Comunicações recebidas da equipe da enfermaria ortopédica.
6. Comunicações trimestrais de altas ao longo do ano, pelos cirurgiões ortopedistas para a área de controle de infecções, por meio de uma “carta de acompanhamento das artroplastia totais”.
7. NHSN.
1. No SMMC, as infecções ocorrem após as artroplastias totais de articulações.
2. Definição da NHSN de infecção associada a sítios cirúrgicos.
1. O Comitê de Controle de Infecções recebe relatórios trimestrais. Os resultados são divulgados para os cirurgiões ortopedistas e outros comitês que tenham interesse em conhecer essas taxas.
2. Sempre que as taxas do SMMC forem superiores às da NHSN, a determinação da significância é feita pela área de controle de infecções.
3. As informações são compartilhadas com o Centro de Serviços Cirúrgicos e com o Comitê Ortopédico de Melhoria de Qualidade do Departamento Cirúrgico.
4. Se a taxa de infecção for significativa, o Centro de Serviços Cirúrgicos, a área de controle de infecções e outros departamentos avaliam os procedimentos, as políticas e as práticas relevantes.
5. O Comitê de Controle de Infecções recebe relatórios com os resultados das avaliações.
6. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para redução dos riscos e definem prazos para implantação.
1. Estabelecer uma linha básica de incidência de infecções associadas à assistência à saúde depois de cirurgias de fusão espinal.
2. Fazer benchmark com taxas da NHSN e com taxas predefinidas pelo SMMC.
3. Identificar tendências de infecções associadas à assistência à saúde acima das taxas de benchmark da NHSN.
4. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecção.
5. Reduzir a incidência de infecções por meio da diminuição dos fatores de risco.
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Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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1. A área de controle de infecções faz a coleta de dados de forma contínua.
2. Numerador: número de pacientes que desenvolvem infecções associadas a sítios cirúrgicos depois de cirurgia de fusão espinal.
3. Denominador: número total de pacientes que fazem cirurgia de fusão espinal.
4. Estratificação de pacientes por fatores de risco, conforme recomendação da NHSN (utilizando riscos intrínsecos de acordo com a ASA, classe de ferida e duração da cirurgia).
1. Programa diário de cirurgias.
2. Relatório mensal de todos os procedimentos para fusão espinal.
3. Relatório diário de internações com base no sistema de dados.
4. Revisão de dados concorrentes ou retrospectivos, pela área de controle de infecções, de todos os pacientes que se submeteram à cirurgia para fusão espinal.
5. Comunicações da equipe de enfermagem para a área de controle de infecções.
6. Comunicações trimestrais de altas ao longo do ano, feitas por ortopedistas e neurocirurgiões, para a área de controle de infecções, por meio de uma “carta de acompanhamento de fusões espinais”.
7. NHSN.
1. No SMMC, as infecções ocorrem após as cirurgias para fusão espinal.
2. Definição da NHSN de infecção associada a sítios cirúrgicos.
1. O Comitê de Controle de Infecções recebe relatórios trimestrais, bem como outros comitês que tenham interesse em conhecer os resultados.
2. Sempre que as taxas do SMMC forem superiores às da NHSN, a determinação da significância é feita pelo grupo de controle de infecções.
3. As informações são compartilhadas com o gerente do Centro de Serviços Cirúrgicos, com o diretor da Seção de Cirurgias Ortopédicas e com o Comitê Cirúrgico de Melhoria de Qualidade.
4. Se a taxa de infecção for significativa, as áreas envolvidas iniciam o processo de avaliação dos procedimentos, das políticas e das práticas relevantes, em busca de fatores de risco evitáveis.
5. O grupo de controle de infecções apresenta relatórios com os resultados das avaliações.
6. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para a redução dos riscos e definem prazos para implantação.
Todos os adultos da unidade de cuidados críticos (UCC) são monitorados em todos os sítios para identificação de sintomas de infecções associadas à assistência à saúde. Todos os pacientes da UCC são monitorados diariamente para verificar a presença de dispositivos que possam aumentar o risco de infecções, tais como cateter urinário, linha central e ventilador. Para essa população de pacientes, o SMMC calcula as taxas de infecção causadas por esses dispositivos. As infecções dessa natureza incluem pneumonia associada a uso de ventiladores, infecções na corrente sangüínea em decorrência de cateteres de venosos centrais e infecções no trato urinário associadas ao cateter de Foley.
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Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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1. Fazer benchmark com a taxa da linha básica estabelecida pelo SMMC para ocorrência de PAV em UCCs.
2. Fazer benchmark com a taxa de infecção de PAV da NHSN.
3. Identificar tendências de PAV acima da taxa de benchmark da NHSN e da taxa estabelecida pelo SMMC.
4. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecção.
5. Reduzir as infecções pela diminuição dos fatores de risco.
1. O grupo de controle de infecções faz a coleta de dados de forma contínua.
2. O Comitê de Controle de Infecções e o gerente da UCC recebem relatórios trimestrais.
3. Numerador: número de pacientes na UCC que desenvolveram pneumonia depois da colocação de ventilador.
4. Denominador: número de ventiladores por dia.
1. Número mensal de ventiladores/dia, fornecido pelo coordenador do programa de classificação Apache.[**]
2. Revisões diárias de relatórios de raios X do tórax.
3. Relatórios diários de sensibilidade, culturas e cepas de gram na expectoração, fornecidos pela área de microbiologia.
4. Relatórios diários de internações, fornecidos pelo sistema de processamento de dados.
5. Comunicação entre a UCC e o grupo de controle de infecções.
6. Comunicação entre os médicos e o grupo de controle de infecções.
7. Revisão de dados concorrentes e/ou retrospectivos.
1. Pacientes na UCC que desenvolvem pneumonia depois da colocação de ventiladores.
2. Definição de pneumonia da NHSN.
1. O Comitê de Controle de Infecções, o gerente da UCC e o coordenador do Apache da UCC recebem relatórios trimestrais, para ulterior apresentação ao Comitê da UCC.
2. Sempre que as taxas do SMMC forem superiores às da NHSN ou às de benchmark do SMMC, a área de controle de infecções determina o nível de significância.
3. Se a taxa de infecção for significativa, a área de controle de infecções, o coordenador do Apache, a seção pulmonar e o Comitê de Cuidados Críticos avaliam os procedimentos, as políticas e as práticas relevantes. A pontuação Apache é utilizada no processo de avaliação.
4. A área de controle de infecções apresenta relatórios ao Comitê de Controle de Infecções com os resultados das avaliações.
5. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para redução dos riscos e definem prazos para implantação.
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Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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1. Fazer benchmark com a taxa estabelecida pelo SMMC e com a taxa da NHSN.
2. Identificar taxas desse tipo de infecção acima das taxas de benchmark da NHSN e do SMMC.
3. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecção.
4. Reduzir as infecções pela diminuição dos fatores de risco.
1. A área de controle de infecções faz a coleta de dados de forma contínua.
2. O Comitê de Controle de Infecções e o gerente da UCC recebem relatórios trimestrais.
3. Numerador: número de episódios de infecções na corrente sangüínea associadas a uso de cateteres venosos centrais na UCC (SCVC).
4. Denominador: número de dias de todos os cateteres venosos centrais usados na UCC.
1. Número mensal de cateteres venosos centrais/dia, fornecido pelo coordenador do Apache.
2. Relatórios de hemoculturas diárias de sangue, gram de ponta de cateteres venosos centrais e suspeita de sepses relacionadas a cateter.
3. Revisão de dados concorrentes e/ou retrospectivos de pacientes na UCC com cateteres venosos centrais.
1. Paciente na UCC com cateter venoso central.
2. Definições da NHSN de infecções na corrente sangüínea.
1. O Comitê de Controle de Infecções, o gerente da UCC e o coordenador do Apache recebem relatórios trimestrais, para ulterior apresentação ao Comitê da UCC.
2. Sempre que as taxas do SMMC forem superiores às da NHSN ou às de benchmark do SMMC, o grupo de controle de infecções determina o nível de significância.
3. Se a taxa de infecção for significativa, as áreas de controle de infecções e de cuidados críticos iniciam o processo de avaliação dos procedimentos, das políticas e das práticas relevantes para identificar riscos evitáveis. A pontuação Apache é utilizada no processo de avaliação.
4. A área de controle de infecções apresenta relatórios ao Comitê de Controle de Infecções e à UCC com os resultados das avaliações.
5. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para redução dos riscos e definem prazos para implantação.
1. Fazer benchmark com a taxa estabelecida pelo SMMC e com a taxa da NHSN.
2. Identificar taxas desse tipo de infecção acima das taxas de benchmark da NHSN e do SMMC.
3. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecção.
4. Reduzir as infecções pela diminuição dos fatores de risco.
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Política n.: CI.200 | |
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1. A área de controle de infecções faz a coleta de dados de forma contínua.
2. O Comitê de Controle de Infecções e o gerente da UCC recebem relatórios trimestrais.
3. Numerador: número de episódios de infecções no trato urinário associadas ao cateter de Foley em pacientes na UCC.
4. Denominador: número de cateteres de Foley/dia usados na UCC.
1. Número mensal de cateteres/dia, fornecido pelo coordenador do Apache.
2. Relatórios microbiológicos diários de análise de urina, cepas de gram na urina e suspeita de infecção relacionada a cateter.
3. Relatórios de internações diárias fornecidos pelo sistema de processamento de dados.
4. Comunicação entre a equipe da enfermagem e a área de controle de infecções.
5. Revisão de dados concorrentes e/ou retrospectivos de pacientes na UCC com cateter de Foley.
1. Paciente na UCC com cateter de Foley.
2. Definições da NHSN para infecções no trato urinário.
1. O Comitê de Controle de Infecções, o gerente da UCC e o coordenador do Apache recebem relatórios trimestrais, para ulterior apresentação ao Comitê da UCC.
2. Sempre que as taxas do SMMC forem superiores às da NHSN ou às de benchmark do SMMC, o grupo de controle de infecções determina o nível de significância.
3. Se a taxa de infecção for significativa, o grupo de controle de infecções inicia o processo de avaliação dos procedimentos, das políticas e das práticas relevantes para identificar riscos evitáveis. A pontuação Apache é utilizada no processo de avaliação.
4. O grupo de controle de infecções apresenta relatórios ao Comitê de Controle de Infecções com os resultados das avaliações.
5. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para a redução dos riscos e definem prazos para implantação.
Além dos indicadores da NHSN, os estudos sobre infecções são realizados para os seguintes tipos de infecção:
1. Definir taxas para o SMMC.
2. Identificar taxas PICC e infecções na corrente sangüínea acima das taxas de benchmark do SMMC.
3. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecção.
4. Reduzir as infecções pela diminuição dos fatores de risco.
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1. O grupo de controle de infecções faz a coleta de dados de forma contínua.
2. O Comitê de Controle de Infecções e os gerentes da unidade de enfermagem recebem relatórios trimestrais.
3. Numerador: número de episódios de infecções na corrente sangüínea associadas ao PICC e infecções na corrente sangüínea sem dispositivos em pacientes do SMMC.
4. Denominador: número de dispositivos/dia para infecções na corrente sangüínea associadas ao PICC e número de internações para infecções na corrente sangüínea sem uso de dispositivos.
1. Relatório trimestral sobre o número de dispositivos PICC/dia fornecido pelo coordenador de terapia intravenosa, pela área de radiologia e pelos relatórios trimestrais do número de internações gerados pelo sistema de informática do hospital.
2. Relatórios microbiológicos diários de análise de hemoculturas.
3. Relatórios de internações diárias fornecidos pelo sistema de processamento de dados.
4. Comunicação entre a equipe da enfermagem e a área de controle de infecções.
5. Comunicação entre o coordenador de terapia intravenosa e a área de controle de infecções.
6. Revisão de dados concorrentes e/ou retrospectivos de pacientes com dispositivos PICC e/ou infecções na corrente sangüínea.
1. Os pacientes com infecções PICC enquadram-se na definição da NHSN para infecção na corrente sangüínea associada a uso de dispositivos. A NHSN não informa qualquer infecção PICC para fins comparativos.
2. As infecções na corrente sangüínea sem uso de dispositivos enquadram-se na definição da NHSN de infecção na corrente sangüínea.
1. O Comitê de Controle de Infecções, o coordenador de terapia intravenosa, o gerente de enfermagem e as unidades de enfermagem recebem relatórios trimestrais. Sempre que as taxas do SMMC forem superiores às de benchmark, a área de controle de infecções determina o nível de significância.
2. Se, no entender dos executores de controle de infecções, a taxa for considerada significativa, essa informação é compartilhada com o coordenador de terapia intravenosa e com o Comitê de Controle de Infecções.
3. O grupo de controle de infecções inicia o processo de avaliação dos procedimentos, das políticas e das práticas relevantes para identificar fatores de risco evitáveis. O coordenador de terapia intravenosa faz a revisão das infecções identificadas e colabora no processo de investigação.
4. O grupo de controle de infecções apresenta relatórios ao coordenador de terapia intravenosa e ao Comitê de Controle de Infecções com os resultados das avaliações.
5. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para a redução dos riscos e definem prazos para implantação.
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1. Fazer benchmark com a taxa estabelecida pelo SMMC. Em janeiro de 2005, não havia qualquer taxa comparativa da NHSN para esse tipo de infecção. Entretanto, naquela ocasião, a NHSN planejava incluir essa infecção associada à assistência à saúde em seu banco de dados, levando em consideração sua correlação com incidentes pré e pós-operatórios.
2. Identificar tendências de pneumonia acima das taxas históricas do SMMC.
3. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecção.
4. Reduzir as infecções pela diminuição dos fatores de risco.
1. A área de controle de infecções faz a coleta de dados de forma contínua.
2. O Comitê de Controle de Infecções e os gerentes das unidades de enfermagem recebem relatórios trimestrais.
3. Numerador: número de casos de pneumonia não-associada a ventiladores.
4. Denominador: total de pacientes/dia.
1. Relatórios diários de raios X do tórax fornecidos pelas áreas de radiologia e transcrição.
2. Relatórios diários de cepas de gram na expectoração e de culturas fornecidos pela área de microbiologia.
3. Relatórios diários de internações fornecidos pelo sistema de processamento de dados.
4. Comunicação entre a equipe da enfermagem e a área de controle de infecções.
5. Revisão de dados concorrentes e/ou retrospectivos.
1. Definição da NHSN de pneumonia.
2. Pneumonia não-associada a uso de ventiladores.
1. Sempre que as taxas de pneumonia forem superiores às taxas históricas do SMMC, a área de controle de infecções determina o nível de significância. A equipe de pneumologia, organizada pelo gerente de serviços pulmonares, reúne-se periodicamente para discutir medidas preventivas e assuntos relacionados à pneumonia não-associada ao uso de ventiladores.
2. Se, no entender da área de controle de infecções, a taxa de pneumonia for considerada significativa, a área de controle de infecções e outros departamentos avaliam os procedimentos, as políticas e as práticas.
3. A área de controle de infecções e o gerente de serviços pulmonares apresentam relatórios com os resultados das avaliações.
4. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para redução dos riscos e definem prazos para implantação.
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1. Fazer benchmark com a taxa estabelecida pelo SMMC (até o momento, não há qualquer taxa da NHSN para esse tipo de infecção).
2. Identificar taxas de infecções no trato urinário associadas a uso do cateter de Foley acima das taxas de benchmark do SMMC.
3. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecções.
4. Reduzir as infecções pela diminuição dos fatores de risco.
1. A área de controle de infecções faz coleta mensal de dados.
2. O Comitê de Controle de Infecções e os gerentes das unidades de enfermagem recebem relatórios trimestrais.
3. Numerador: número de episódios de infecções no trato urinário associadas a uso do cateter de Foley.
4. Denominador: total de pacientes/dia.
1. Relatórios diários de análise de urina, relatórios de cepas de gram na urina e de culturas fornecidos pela área de microbiologia.
2. Relatórios diários de internações fornecidos pelo sistema de processamento de dados.
3. Comunicação entre a equipe de enfermagem e a área de controle de infecções.
4. Revisão de dados concorrentes e/ou retrospectivos de pacientes com cateteres de Foley.
1. O paciente usava cateter de Foley.
2. Definição da NHSN para infecção no trato urinário.
1. Sempre que as taxas de infecção no trato urinário associadas a uso do cateter de Foley forem superiores às taxas estabelecidas pelo SMMC, a área de controle de infecções deve determinar o nível de significância.
2. Se a taxa de infecções no trato urinário associadas a uso do cateter de Foley for considerada significativa, a área de controle de infecções e outros departamentos devem rever os procedimentos, as políticas e as práticas.
3. A área de controle de infecções apresenta relatórios com os resultados das avaliações.
4. Os fatores de risco identificados, possíveis de serem evitados, resultam em planos de ação. Esses planos, que são incluídos nos relatórios, descrevem alternativas para redução dos riscos e definem prazos para implantação.
1. Estabelecer as taxas do SMMC.
2. Identificar taxas de infecções associadas à assistência à saúde acima das taxas de benchmark do SMMC.
3. Avaliar procedimentos, políticas e práticas em busca de fatores de risco evitáveis, sempre que forem identificadas tendências de infecções.
4. Reduzir as infecções pela diminuição dos fatores de risco.
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Política n.: CI.200 | |
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1. A área de controle de infecções faz a coleta diária de dados.
2. O Comitê de Controle de Infecções, as unidades de enfermagem e outros comitês recebem relatórios trimestrais.
3. Numerador: número de episódios de infecções.
4. Denominador: número de pacientes com colonização ou infecções por Staphylococcus aureus resistente à meticilina, Enterococci resistente à vancomicina e C. difficile em resultados positivos de culturas.
Todos os casos de pacientes internados com algum tipo de infecção ou aqueles que contraírem infecções associadas à assistência à saúde geralmente são avaliados pela área de controle de infecções para determinar as taxas básicas e identificar quaisquer surtos na comunidade e no hospital. As infecções dos pacientes são classificadas de acordo com o tipo, utilizando-se códigos CID-9. Em seguida, são informadas para a área de controle de infecções por meio de um programa MIDAS. Além das informações disponibilizadas pelo MIDAS, a área de controle de infecções realiza estudos rotineiros nas unidades de enfermagem, revê relatórios laboratoriais e de raios X, revê os relatórios diários de internações e verifica os programas diários de cirurgia. Há uma ficha para cada paciente isolado ou com suspeita de infecção associada à assistência à saúde. A área de controle de infecções mantém um banco de dados cuja finalidade é documentar todos os achados. Essas informações são compartilhadas, mediante solicitação, com os inspetores do KDHE.
A área de controle de infecções monitora o cumprimento das normas que disciplinam a higiene das mãos por meio de inspeções-surpresa diretas. Pelo menos trimestralmente, um ou mais departamentos de atendimento a pacientes são selecionados, e os enfermeiros do controle de infecções observam se os indivíduos envolvidos estão lavando as mãos com sabonete e água ou esfregando-as com álcool. Todas as pessoas são observadas, incluindo visitantes. Para determinar a taxa percentual, a oportunidade é o denominador; e a oportunidade aproveitada, o numerador. Esse processo resume-se em: cálculo das taxas de cumprimento das normas, compartilhamento dos resultados obtidos e recomendação de melhorias. Essas observações são informadas para vários comitês, gerentes, médicos e para o pessoal envolvido no atendimento aos pacientes.
As áreas de controle de infecções e de saúde dos funcionários são responsáveis por várias outras atividades para evitar e controlar a transmissão de infecções no hospital e nas áreas ambulatoriais.
• Relatórios sobre a Saúde dos Funcionários: Esses relatórios definem as tendências de doenças respiratórias, gastrintestinais, da pele e outras patologias transmissíveis que afastam os associados do trabalho. Além disso, mostram as medidas que foram tomadas pela área em resposta a exposições de funcionários a agentes infecciosos relacionadas a trabalho, acidentes perfurocortantes e o status dos programas de vacinação profilática. A área de saúde dos funcionários estabeleceu critérios para informar o status de imunização e de infecções dos provedores de assistência à saúde que mantêm contato com pacientes e utiliza as recomendações do CDC para controlar a proliferação de doenças. Ainda, as tendências de infecções em funcionários são comparadas com as tendências de infecções em pacientes, para verificar se a transmissão está ocorrendo de um grupo para outro. A área de saúde dos funcionários apresenta relatórios mensais para o Comitê de Controle de Infecções.
Categoria: CI |
Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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• Segurança com Agulhas: Um dos membros da equipe de Segurança com Agulhas é responsável pela elaboração de um relatório que mostra o número de acidentes punctórios com agulha e de dispositivos de segurança e fornece informações sobre revisões e testes de dispositivos de segurança para agulhas prospectivos. Esse tipo de relatório deve ser pelo menos semestral.
• Relatório de Infecções: A área de controle de infecções é o elo que une o hospital aos departamentos de saúde pública local, metropolitano e estadual para assuntos relacionados a doenças infecciosas. Essa área é responsável pelo fornecimento de informações ao departamento de saúde específico, para cada relatório de doenças infecciosas processado pelo laboratório do hospital. Um resumo de todas as infecções informadas para os órgãos de saúde pública deve ser enviado mensalmente para o Comitê de Controle de Infecções.
• Relatórios de Agentes Patogênicos de Origem Sangüínea para a OSHA: O cumprimento da Norma de Agentes Patogênicos de Origem Sangüínea da OSHA para evitar transmissões ocupacionais de infecções de origem sangüínea deve ser monitorado trimestralmente. A equipe de controle de infecções deve verificar, pelo menos uma vez a cada trimestre, o status da higiene das mãos e informar os resultados e as recomendações de melhorias para os seguintes órgãos internos: Comitê de Controle de Infecções, Comitê de Segurança, gerentes de enfermagem, administração do hospital e Comitê de Melhoria da Qualidade.
• Relatórios de Monitoramento de Esterilizadores: As áreas de cirurgia e de processamento central devem apresentar relatórios trimestrais sobre todos os esterilizadores a vapor, óxido de etileno, Sterrad e Steris usados no hospital.
• Relatórios de Microbiologia: A área de microbiologia deve apresentar relatórios trimestrais sobre organismos resistentes a antibióticos e outros tópicos relevantes, de acordo com determinação do Comitê de Controle de Infecções e do laboratório de microbiologia.
• Relatórios da Farmácia: O setor de farmácia deve apresentar relatórios trimestrais com informações sobre o uso de agentes antimicrobianos e outros tópicos relevantes, conforme a determinação do Comitê de Controle de Infecções e da farmácia.
• Relatório de Água de Diálise: A área de administração de utilidades deve apresentar um relatório trimestral sobre o monitoramento de esterilidade da água usada em diálise.
• Relatórios de Ventilação: A área de administração de utilidades deve apresentar relatórios anuais sobre ventilação em áreas de isolamento de pressão negativa e das salas cirúrgicas.
• Relatórios de Assistência à Saúde Domicilar: A área de assistência à saúde domiciliar deve apresentar relatórios trimestrais sobre infecções identificadas entre a população de atendimento domiciliar.
• Estudos Focalizados: Os estudos focalizados e a identificação de medidas de prevenção de infecções ocorrem a partir de dados gerados pela vigilância objetiva realizada pelo hospital, pelos regulamentos governamentais e pelas recomendações de especialistas em controle de infecções, como a Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology (APIC) e o CDC. Os estudos focalizados incluem revisão de dados retrospectivos e concorrentes, revisão de literaturas, análise de procedimentos clínicos e observação de práticas clínicas. As medidas de prevenção de infecções abrangem educação de funcionários, revisão de políticas e de procedimentos, avaliação e modificação nos equipamentos hospitalares, desinfetantes e práticas de trabalho. A avaliação e o monitoramento contínuo das taxas de infecção são imprescindíveis para aquilatar a eficiência das medidas de prevenção de infecções.
Categoria: CI |
Data: 21/01/05 |
Política n.: CI.200 | |
Título: Programa de Controle de Infecções |
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A área de controle de infecções é responsável por várias outras atividades para evitar e controlar transmissão de infecções no hospital e em áreas ambulatoriais:
• Pessoal de Assistência à Saúde e Educação Pública: Os regulamentos governamentais, o bioterrorismo e microrganismos atípicos, como o vírus da varíola do macaco e a Síndrome Aguda Respiratória Grave (SARG), aumentaram drasticamente a necessidade de educação e treinamento. A área de controle de infecções continuará atualizando os dados e informando, sempre que for necessário, o pessoal de assistência à saúde, os voluntários e o público em geral. A HR.502 apresenta uma lista das necessidades anuais de educação do pessoal de assistência à saúde.
• Papel de Intercâmbio com Departamentos de Saúde Pública: A área de controle de infecções responsabiliza-se por comunicar aos órgãos estaduais, comunitários e locais a identificação de doenças em pacientes hospitalizados ou ambulatoriais do SMMC. Além disso, colabora com os departamentos de saúde nas revisões de dados concorrentes ou retrospectivos nos processos de coleta de informações epidemiológicas.
• Informações sobre Compras: A área de controle de infecções sempre é consultada nos processos de compra de equipamentos e produtos médicos para uso em atendimento a pacientes, procedimentos, esterilização, desinfecção, descontaminação e de mudanças significativas em produtos e técnicas de limpeza.
• Recursos e Solução de Problemas: A área de controle de infecções responsabiliza-se por responder às perguntas sobre infecções, práticas hospitalares, exigências de isolamento, incidentes de exposição ao sangue e a outros fluidos potencialmente infecciosos e outros tópicos. Além disso, atende às necessidades dos funcionários quando a área de assistência à saúde aos funcionários não está disponível.
• Educação Continuada e Redes Profissionais: Para que a área de controle de infecções seja uma fonte de conhecimentos sobre assuntos relacionados ao controle de infecções e esteja sempre a par das informações mais recentes, é necessário criar programas contínuos de educação formal e informal. A participação na APIC, em nível local e nacional, bem como a participação em programas educacionais, é parte importante desse processo.
Categoria: CI |
Data: 21/01/05 |
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Política n.: CI.200 |
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Título: Programa de Controle de Infecções |
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Diretor, Comitê de Controle de Infecções |
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CEO (Chief Executive Officer) |
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Revisado por: Pam Joggerst, Jill Creig, Comitê de Controle de Infecções (18/02/05)
Substitui: CI A-1 (4/98), CI A-2 (4/98), CI A-4 (4/98); CI.200 (21/09/01); (09/03); (06/04)
Association for Professional in Infection Control and Epidemiology, APIC Infection Control and Applied Epidemiology: Principles and Practice, Mosby: St. Louis, 2000 with 2002, and, 2005 updates.
Centers for Disease Control and Prevention: NHSN Manual, US Dept. of Health and Human Services, 1996 with 1997, 1998, 1999, 2000, 2002, 2004, and 2005 updates.
Guidelines for Environmental Infection Control in Health-care Facilities: Centers for Disease Control and Prevention, and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC). MWR 2003; 52 (Nº RR-10): 1-48.
FIGURA 2-5 Lista de verificação de surtos em casas de saúde.
Lista de Verificação para Casas de Saúde/Tratamentos de Longa Permanência nos Casos de Suspeitas de Surtos de Gastroenterite[††]
De maneira geral, os surtos são definidos como aumentos em doenças acima de taxas esperadas ou “normais”. Nos estudos gerais, de modo usual, estabelece-se uma taxa básica para doenças caracterizadas por vômitos e/ou diarréia. Imediatamente após a definição da linha básica, é possível identificar com facilidade a ocorrência de aumentos sensíveis em alguma doença. Nos casos em que houver suspeitas não-confirmadas de algum surto, é necessário consultar os enfermeiros do departamento de saúde (ver a seguir).
Para comunicar a ocorrência de surtos, entre em contato com o Tacoma-Pierce County Health Department (TPCHD), telefone n. 253-798-6410. Disque “0” e peça para falar com um enfermeiro.[‡‡] Os enfermeiros podem ajudar a identificar a causa do surto e orientar sobre precauções de controle.
o Crie uma lista de todos os residentes e membros de equipes que sejam portadores de doenças para organizar suas informações. Inclua os seguintes dados:
• Nome do paciente, data de nascimento
• Número do quarto/ala de residência
• Sintomas (i.e., vômito, diarréia, febre, diarréia com sangue)
• Início dos sintomas
• Duração da doença
• No caso de membros de equipes, classificação funcional e localização da estação de trabalho
o Datas e turnos de trabalho de todos os membros de equipes antes do início da doença. Inclua o tempo que trabalharam durante o período sintomático.
o Para ter uma visão clara do surto, use mapas das instalações e indique cada caso com as respectivas datas de início.
o Nas situações em que ocorrerem vários casos em curtos períodos, tente descobrir o que as pessoas mais doentes tinham em comum nas últimas 48 horas (refeitório comum, atividades em grupo ou membro de equipe que trabalhou enquanto estava doente). Isso pode ajudar a focalizar as causas do surto inicial.
o Na combinação de dados de todos os indivíduos doentes, proceda como segue:
• Número de residentes e de membros de equipes doentes, com vômito e diarréia
- No caso de residentes, a informação deve ser correlacionada com a localização (p. ex., ala ou andar)
- No caso de membros de equipes, a informação deve ser correlacionada com a estação de trabalho, incluindo o andar e/ou a ala
• Número total de residentes e de membros de equipes na instituição
• Percentual de indivíduos com vômito
• Percentual de indivíduos com diarréia
• Percentual de indivíduos com diarréia com sangue
• Percentual de indivíduos com febre, incluindo as temperaturas mais elevadas registradas em cada pessoa febril
• Duração média da doença (e faixa de duração, i.e., a mais curta e a mais longa)
Esta lista de verificação apresenta instruções passo a passo para casas de saúde e instituições para tratamentos de longa permanência nas suspeitas de surtos de gastroenterite.
Fonte: Tacoma-Pierce Health Department, Tacoma, WA. Utilizada com autorização.
• Redobre os esforços para promover a higiene das mãos. Eduque os residentes, os membros de equipes e os visitantes sobre técnicas adequadas e incentive a lavagem das mãos antes de contato com pacientes, lanches ou refeições. Lembre-se de que é absolutamente necessário lavar as mãos com água e sabonete depois do contato com pacientes, se elas apresentarem contaminação visível, mesmo usando luvas.
• O uso de produtos à base de álcool (gel ou espuma) para esfregar as mãos, em combinação com a lavagem adequada, é altamente recomendado para a proteção complementar.
• Isole todos os funcionários (incluindo voluntários) das tarefas de atendimento a pacientes e manuseio de alimentos durante 48 horas depois que terminar os vômitos e a diarréia. As pessoas podem continuar transmitindo doenças mesmo depois de melhorar.
• As equipes não devem ir das áreas afetadas para as não-afetadas.
• As equipes não-essenciais não devem trabalhar em áreas afetadas.
• Isole todos os residentes doentes em seus quartos, o máximo possível, até 48 horas depois que os sintomas tiverem desaparecido. Durante esse período, as equipes devem se esforçar para diminuir o sentimento de solidão que essa medida pode despertar nas pessoas, até mesmo incentivando amigos ou membros da família a fazerem visitas com maior freqüência.
• Suspenda as atividades em grupo nas áreas afetadas, incluindo comemorações de aniversário, feriados e datas especiais.
• Suspenda o uso de restaurantes do tipo self-service e não permita que os membros de equipes ou residentes sirvam-se de maneira que possam ter contato manual direto com alimentos compartilhados (principalmente em restaurantes self-service, que utilizam pinças ou outros tipos de utensílios). Levar em consideração a hipótese de suspender todas as atividades dos refeitórios e servir as refeições dos residentes nos quartos.
• Aumente a freqüência das atividades de desinfecção e limpeza em todas as instalações, sobretudo em áreas comuns (refeitórios e salas de terapia), banheiros, chuveiros, toaletes e objetos de contato comum, como maçanetas de portas e corrimãos.
• Todas as áreas contaminadas com vômitos ou fezes devem ser imediatamente limpas e desinfetadas.
• É necessário limpar e desinfetar todas as superfícies para garantir um nível adequado de higiene. Isso inclui limpar as superfícies com um pano umedecido com detergente e, em seguida, aplicar uma solução de água sanitária a 10% ou desinfetante específico para uso em hospitais. Use roupas limpas quando estiver transitando entre áreas ocupadas por pacientes. Muitos tipos de desinfetantes exigem longo período de contato para surtirem efeito. Siga sempre as recomendações dos fabricantes. As soluções de água sanitária devem ser reaplicadas diariamente.
• Dispositivos de proteção, como luvas, aventais e máscaras, são de uso obrigatório na limpeza de vômitos ou fezes. Acredita-se que vírus como o norovírus podem ser aerolizados. O uso de máscaras protege também contra toques acidentais na boca ou no nariz de indivíduos doentes, durante ou depois da limpeza.
• Considere a hipótese de suspender novas internações até terminar o surto de infecção.
• Os equipamentos médico-hospitalares de uso comum entre residentes devem ser limpos e desinfetados de maneira adequada. Considere também a hipótese de usar uma parte dos equipamentos de uso comum apenas em áreas afetadas.
• Coloque sinais para visitantes informando que as instalações estão passando por um surto de infecção gastrintestinal, alertando sobre a necessidade de intensificar a higiene das mãos. Visitantes idosos ou muito jovens ou visitantes com problemas médicos subjacentes devem adiar as visitas até o final do surto.
• Amigos ou membros da família que estiverem doentes devem adiar as visitas até que não sejam mais sintomáticos.
• Colete amostras de fezes de indivíduos com doença recente (dentro das primeiras 48 horas da doença). Envie as culturas de fezes de aproximadamente 4 a 6 residentes doentes para a realização de testes, para descobrir qualquer agente patogênico bacteriano que possa estar causando a doença.
• Se as culturas de fezes forem negativas e os sintomas forem, em geral, autolimitantes, a causa do surto provavelmente será o norovírus ou outro agente patogênico virótico. As medidas de controle são as mesmas durante qualquer surto virótico gastrintestinal. Por isso, não costuma ser necessário fazer novos testes. Entretanto, em caso de necessidade, testes adicionais poderão ser realizados no Washington State Public Health Laboratory. O Tacoma-Pierce County Health Department pode auxiliar na coordenação dos testes. Os espécimes podem ser transportados em recipientes seguros e bem-vedados (os recipientes de espécimes podem ser adquiridos no departamento de saúde).
†Este documento foi elaborado com base em um documento semelhante do Minnesota Department of Health.
[*] N. de R.T.: Residentes refere-se a pessoas em casas de saúde, por exemplo, casas geriátricas.
[†] Extraído da Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO): 2005 Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals: The Official Handbook. Oakbrook Terrace, IL: Joint Commission Resources, 2004.
[‡] N. de R.T.: Período considerado nos Estados Unidos.
[§] N. de R.T.: Average Score Anesthesiology.
[**] N. de R.T.: Apache é o sistema de classificação de gravidade dos pacientes em terapia intensiva.
[††] N. de R.T.: Orientações locais.
[‡‡] N. de R.T.: Orientações locais.
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