Cellcept

CELLCEPT com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CELLCEPT têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CELLCEPT devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

roche

Apresentação CELLCEPT

Cada comprimido revestido de CellCept® contém: Princípio ativo: micofenolato de mofetila ……………………………………… 500 mg Excipientes: croscarmelose sódica, celulose microcristalina, polividona K-90, estearato de magnésio, hipromelose, hidroxipropilcelulose, dióxido de titânio, propilenoglicol 400, laca de indigo carmim e óxido de ferro amarelo.

CELLCEPT – Indicações

CellCept® comprimidos está indicado para a profilaxia da rejeição aguda de órgãos e para o tratamento da primeira rejeição ou da rejeição refratária de órgãos em pacientes adultos recebendo transplantes renais alogênicos. CellCept® comprimidos está indicado na profilaxia da rejeição aguda de órgãos, em pacientes adultos recebendo transplante cardíaco alogênico. Na população tratada, o MMF aumentou a sobrevida no primeiro ano após o transplante. CellCept® comprimidos está indicado na profilaxia da rejeição aguda de órgãos em pacientes adultos recebendo transplante hepático alogênico. CellCept® deve ser usado em associação com a ciclosporina A e corticosteróides.

Contra indicações de CELLCEPT

Foram observadas reações alérgicas ao CellCept®. Portanto, CellCept® está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade ao micofenolato de mofetila ou ácido micofenólico.

Advertências

De forma similar aos pacientes recebendo regimes imunossupressores abrangendo combinações de drogas, os pacientes que recebem CellCept® como parte de um regime imunossupressor têm maior risco de desenvolver linfomas e outros tumores malignos, particularmente de pele (vide item Reações adversas). O risco parece estar mais relacionado à intensidade e duração da imunossupressão do que ao uso de um agente específico. De maneira similar a todos os pacientes sob risco aumentado de câncer de pele, a exposição à luz solar e à luz UV deverá ser limitada através do uso de roupa de proteção adequada e do uso de filtros solares com alto fator de proteção. Pacientes recebendo CellCept® devem ser instruídos a relatar imediatamente qualquer evidência de infecção, contusão inesperada, sangramento ou qualquer outra manifestação de depressão da medula óssea. A supressão em excesso do sistema imunológico também pode aumentar a susceptibilidade às infecções, incluindo infecções oportunistas, infecções fatais e sepse (vide item Reações adversas). Casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), algumas vezes fatal, foram relatados em pacientes tratados com CellCept®. Os casos relatados geralmente apresentavam fatores de risco para LMP, incluindo terapias imunossupressoras e disfunção do sistema imune. Em pacientes imunodeprimidos, a LMP deve ser considerada no diagnóstico diferencial de pacientes com sintomas neurológicos e a avaliação do neurologista deve ser realizada, se clinicamente indicada. Casos de aplasia pura de série vermelha (APSV) foram relatados em pacientes tratados com CellCept® em associação com outros agentes imunossupressores. O mecanismo de indução de APSV pelo micofenolato de mofetila é desconhecido; a contribuição relativa dos outros imunossupressores e suas combinações em um esquema de imunossupressão também são desconhecidas. Em alguns casos a APSV foi reversível com a redução da dose ou suspensão do uso de CellCept®. Em pacientes transplantados, porém, a redução da imunossupressão pode aumentar o risco de rejeição do órgão transplantado. Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento. Precauções Os pacientes devem ser alertados para o fato de que, durante o tratamento com CellCept®, as vacinas poderão ser menos eficazes e o uso de vacinas de vírus vivo atenuado deve ser evitado (vide item Interações medicamentosas). A vacinação contra gripe pode ser útil. Os médicos prescritores devem referir-se às diretrizes nacionais quanto às instruções para vacinação contra gripe. Pelo fato de CellCept® estar associado ao aumento da incidência de efeitos adversos no sistema digestivo, incluindo casos pouco frequentes de ulceração do trato gastrintestinal, hemorragia e perfuração, ele deve ser administrado com cuidado em pacientes com disfunções ativas sérias do sistema digestivo. CellCept® é um IMPDH (inibidor da inosina monofosfato desidrogenase). Portanto, com base em fundamentações teóricas, ele deve ser evitado em pacientes com deficiências hereditárias raras de hipoxantina-guanina fosforibosil-transferase (HGPRT), como as síndromes de Lesch-Nyhan ou Kelley-Seegmiller. Não se recomenda a administração concomitante de CellCept® com azatioprina, uma vez que ambos possuem o potencial de causar supressão da medula óssea e a referida administração concomitante não foi estudada. Em vista da redução significativa da AUC do MPA pela colestiramina, deve-se ter cuidado na administração concomitante de CellCept® com medicamentos que interfiram na recirculação entero-hepática, devido à provável redução de sua eficácia (vide item Interações medicamentosas). A administração de doses maiores do que 1 g, duas vezes ao dia, para pacientes de transplante renal com disfunção renal crônica grave, deve ser evitada (vide itens Farmacocinética e Posologia). Não se recomenda ajuste da dose em pacientes com retardo na função do enxerto renal pós-transplante, mas esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados (vide itens Farmacocinética e Posologia). Não há dados disponíveis para pacientes com transplante hepático ou cardíaco, com disfunção renal crônica grave. Os pacientes idosos podem encontrar-se sob risco aumentado de eventos adversos, comparados com pacientes mais jovens. Monitoramento laboratorial Pacientes em tratamento com CellCept® devem realizar hemograma completo semanalmente durante o primeiro mês de tratamento, quinzenalmente no segundo e terceiro meses de tratamento, e mensalmente ao longo do primeiro ano. Os pacientes recebendo CellCept® devem ser monitorados para neutropenia. O desenvolvimento de neutropenia pode estar relacionado diretamente ao CellCept®, a medicações concomitantes, a infecções virais ou a alguma combinação destas causas (vide item Instruções especiais de dosagem). Caso ocorra neutropenia (contagem de neutrófilos absolutos inferior a < 1,3 x 103/µL), a administração de CellCept® deve ser interrompida ou a dose deve ser reduzida, e o paciente deve ser observado cuidadosamente (vide item Posologia).

Interações medicamentosas de CELLCEPT

Aciclovir: concentrações plasmáticas maiores de aciclovir e MPAG foram observadas quando CellCept® foi administrado com aciclovir em comparação com a administração de cada droga isoladamente. Devido ao aumento da concentração plasmática de MPAG na presença de disfunção renal, como ocorre com o aciclovir, pode ocorrer competição entre o micofenolato de mofetila e o aciclovir ou suas pró-drogas como o valganciclovir pela secreção tubular e isso pode aumentar suas concentrações. Antiácidos e hidróxido de alumínio e magnésio: a absorção do CellCept® foi diminuída quando administrado com antiácidos. Colestiramina: após administração de 1,5 g de CellCept® em indivíduos saudáveis pré-tratados com colestiramina 4 g, três vezes ao dia durante quatro dias, houve redução de 40% na AUC do MPA. Deve-se ter cautela durante a administração concomitante das duas drogas ou com drogas que interfiram na circulação entero-hepática (vide item Precauções). Ciclosporina A: a farmacocinética da ciclosporina A não é afetada pelo CellCept®. Entretanto, em pacientes transplantados renais, a administração concomitante de CellCept® e ciclosporina A resultou em exposições reduzidas do MPA, em aproximadamente 30% a 50%, se comparado com pacientes que receberam a terapia combinada de sirolimo e doses semelhantes de CellCept®. Ganciclovir: baseado nos resultados de um estudo com administração de dose única, nas doses recomendadas de CellCept® oral e ganciclovir intravenoso e nos efeitos conhecidos da deterioração renal sobre a farmacocinética do MMF (vide itens Farmacocinética e Precauções) e do ganciclovir, prevê-se que a co-administração desses agentes (que competem pelos mecanismos de secreção tubular renal) resultará em aumento na concentração do MPAG e do ganciclovir. Nenhuma alteração substancial na farmacocinética do MPA é prevista, não sendo necessário o ajuste da dose do MMF. Pacientes com deterioração renal nos quais o MMF e o ganciclovir ou suas pró-drogas, como o valganciclovir, são co-administrados, devem ser monitorados cuidadosamente. Contraceptivos orais: a farmacocinética dos contraceptivos orais não foi afetada pela co-administração de CellCept®. Um estudo de co-administração de CellCept® (1 g duas vezes ao dia) e contraceptivo oral combinado contendo etinilestradiol (0,02 – 0,04 mg) e levonorgestrel (0,05 – 0,20 mg), desogestrel (0,15 mg) ou gestodene (0,05 – 0,10 mg) envolvendo 18 mulheres com psoríase e conduzido por mais de três ciclos menstruais não mostrou influência clínica relevante de CellCept® nos níveis séricos da progesterona, do LH e do FSH, não indicando, portanto, influência de CellCept® no efeito supressor da ovulação dos contraceptivos orais (vide item Gravidez e lactação). Rifampicina: após correção da dose, uma diminuição em 70% da exposição de MPA (AUC0-12h) foi observada com administração concomitante de rifampicina em um único paciente transplantado de coração e pulmão. Portanto é recomendado controlar níveis de exposição de MPA e ajustar doses de CellCept® e consequentemente manter eficácia clínica quando as drogas são administradas concomitantemente. Tacrolimo: não foi observado efeito na AUC ou Cmáx do MPA em pacientes transplantados hepáticos, ao administrar tacrolimo concomitantemente com CellCept®. Uma descoberta similar foi observada, em um estudo recente, em pacientes transplantados renais. Em pacientes transplantados renais, mostrou-se que a concentração do tacrolimo parece não ser alterada pelo CellCept®. Entretanto, em pacientes transplantados hepáticos estáveis, foi observado aumento de aproximadamente 20% na AUC do tacrolimo, quando foram administradas doses múltiplas de CellCept® (1,5 g duas vezes ao dia) para pacientes recebendo tacrolimo. Sulfametoxazol-trimetoprima, norfloxacino e metronidazol: não foi observado efeito na exposição sistêmica ao MPA quando CellCept® foi administrado concomitantemente com qualquer desses antimicrobianos separadamente. Entretanto, a combinação de norfloxacino e metronidazol reduziu em aproximadamente 30% a AUC0-48 do MPA após administração de uma única dose de CellCept®. Ciprofloxacina e amoxicilina associada ao ácido clavulânico: reduções de 54% nas concentrações pré-tomada (vale) de MPA foram relatadas em pacientes transplantados renaisdias imediatamente após o início da ciprofloxacina oral ou amoxicilina associada ao ácido clavulânico. Os efeitos tendem a diminuir com o uso continuado do antibiótico e cessar após a descontinuação. A alteração no nível de pré-dose pode não representar exatamente as alterações na exposição global ao MPA, portanto, a relevância clínica dessas observações é incerta. Outras interações: co-administração de probenecida com CellCept® em macacos aumenta a AUC plasmática do MPAG em três vezes. Portanto, outras drogas que sofrem secreção tubular renal podem competir com o MPAG e aumentar a concentração plasmática de ambas. A administração concomitante de sevelâmer e CellCept®, em pacientes adultos e pediátricos, diminuiu a Cmáx e a AUC0-12 do MPA em aproximadamente 30% e 25%, respectivamente. Esses dados sugerem que o sevelâmer e outros ligantes de fosfato livres de cálcio devem ser administrados, preferencialmente, duas horas após a tomada de CellCept®, para minimizar o impacto na absorção do MPA. Vacinas de vírus vivos: vacinas de vírus vivos não devem ser administradas a pacientes com alteração da resposta imune. A resposta de anticorpos a outras vacinas pode estar diminuída (vide item Precauções).

Reações adversas / efeitos colaterais de CELLCEPT

Os problemas mais comuns que aparecem nos pacientes tomando CellCept® são: diarréia, vômitos, dispepsia, leucopenia (menor número de glóbulos brancos no sangue), anemia (diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue), sepse (infecção generalizada) e outros tipos de infecção, incluindo doença pelo citomegalovírus, candidíase e herpes simples. Também há chance maior de ocorrência de neoplasias benignas e malignas (câncer benigno e maligno) principalmente de pele e no sangue (linfoma). Informe ao seu médico o aparecimento de reações desagradáveis ou lesões de pele.

CELLCEPT – Posologia

Dosagem padrão para profilaxia da rejeição renal A dose de 1,0 g administrada duas vezes ao dia (dose diária de 2 g) é recomendada em pacientes de transplante renal. Apesar de a dose de 1,5 g duas vezes ao dia (dose diária de 3 g) ter sido usada em estudos clínicos e ter se mostrado efetiva e segura, não se pode estabelecer vantagem em termos de eficácia para pacientes de transplante renal. Pacientes recebendo 2g/dia de CellCept® demonstraram um perfil de segurança geral melhor quando comparados aos pacientes que receberam 3 g/dia de CellCept®. Dosagem padrão para profilaxia da rejeição cardíaca A dose de 1,5 g administrada duas vezes ao dia (dose diária de 3 g) é recomendada em pacientes submetidos a transplante cardíaco. Dosagem padrão para profilaxia da rejeição hepática A dose de 1,5 g administrada duas vezes ao dia (dose diária de 3 g) é recomendada em pacientes submetidos a transplante hepático. Dosagem para o tratamento da primeira rejeição e da rejeição refratária renal A dose de 1,5 g administrada duas vezes ao dia (dose diária de 3 g) é recomendada para o tratamento da primeira rejeição e da rejeição refratária. Administração oral (vide itens Bioequivalência e Farmacocinética) A dose inicial de CellCept® deve ser administrada o mais breve possível após o transplante renal, cardíaco ou hepático. Instruções especiais de dosagem Pacientes com neutropenia Se houver desenvolvimento de neutropenia (contagem absoluta de neutrófilos < 1,3 x 103/µL), o tratamento com CellCept® deve ser interrompido ou a dose reduzida (vide item Precauções). Disfunção renal grave Em pacientes com disfunção renal crônica grave (taxa de filtração glomerular < 25 mL/min/1,73 m2), fora do período imediatamente após o transplante ou após o tratamento da rejeição aguda ou refratária, doses maiores que 1 g administradas duas vezes ao dia devem ser evitadas (vide item Precauções). Não existem dados disponíveis para pacientes que receberam transplante cardíaco ou hepático com disfunção renal grave. Pacientes com retardo da função do enxerto pós-transplante Não é necessário ajuste de dose para pacientes que apresentam retardo na função do enxerto após a cirurgia do transplante (vide item Farmacocinética). Disfunção hepática grave Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes de transplante renal com doença grave no parênquima hepático (vide item Farmacocinética). Não existem dados disponíveis sobre pacientes que receberam transplante cardíaco com doença grave do parênquima hepático. Idosos (> 65 anos) A dose recomendada de 1 g duas vezes ao dia para pacientes que receberam transplante renal e 1,5 g duas vezes ao dia para pacientes submetidos a transplante cardíaco ou hepático é apropriada para pacientes idosos (vide item Precauções).

Super dosagem

Relatos de superdose com micofenolato de mofetila têm sido recebidos de estudos clínicos e durante o período pós-comercialização. Em muitos destes casos não foram relatados eventos adversos. Nos casos de superdose onde foram relatados eventos adversos, os eventos estão inclusos no perfil de segurança já conhecido da droga. Espera-se que uma superdose de micofenolato de mofetila resulte, possivelmente, em uma supressão acentuada do sistema imune e em um aumento da susceptibilidade a infecções e à supressão da medula óssea. Caso haja desenvolvimento de neutropenia, deve-se interromper a terapia com CellCept® ou reduzir a dose (vide “Advertências”). O MPA não pode ser removido por hemodiálise. Entretanto, em concentrações plasmáticas elevadas (>100 mcg/mL), pequenas porções do MPAG são removidas. Os seqüestrantes de ácido biliar, como a colestiramina, podem remover o MPA, aumentando a excreção da droga (vide “Farmacocinética”).

Caracteristicas farmalogicas

Farmacodinâmica O micofenolato de mofetila (MMF) é o éster 2-morfolinoetil do ácido micofenólico (MPA). MPA é um inibidor potente, seletivo, não-competitivo e reversível da inosina monofosfato desidrogenase (IMPDH) e, portanto, inibe a via de novo da síntese do nucleotídeo guanosina sem incorporação ao DNA. O mecanismo pelo qual o MPA inibe a atividade enzimática da IMPDH parece estar relacionado à capacidade do MPA em mimetizar estruturalmente tanto o co-fator dinucleotídeo adenina nicotinamida, como uma molécula catalítica de água. Isto impede a oxidação do IMP a xantose-5’-monofosfato, que é um passo fundamental na síntese de novo do nucleotídeo guanosina. O MPA tem efeito citostático maior nos linfócitos do que em outras células, pois os linfócitos T e B são extremamente dependentes, para a sua proliferação, da via de novo da síntese das purinas, ao passo que outras células podem utilizar vias alternativas. Farmacocinética A farmacocinética do MMF foi estudada em pacientes de transplante renal, cardíaco e hepático. Em geral, o perfil farmacocinético do MPA é semelhante em pacientes de transplante renal e cardíaco. No período precoce do transplante hepático, pacientes recebendo uma dose de 1,5 g oral ou intravenosa de MMF tiveram níveis de MPA similares aos dos receptores de transplante renal recebendo 1 g oral ou intravenoso de MMF. Absorção Após a administração oral, o CellCept® sofre rápida e extensa absorção, sendo completamente metabolizado para MPA, seu metabólito ativo. A biodisponibilidade média do CellCept® oral, baseado na AUC do MPA, está relacionada em 94% com o CellCept® IV. O CellCept® pode ser mensurado, sistemicamente, durante a infusão intravenosa; entretanto, após a administração oral, o CellCept® está abaixo do limite de qNo período de pós-transplante recente (< 40 dias), os pacientes de transplante renal, cardíaco e hepático apresentaram redução média da AUC do MPA de aproximadamente 30% e redução da Cmáx de aproximadamente 40% comparada ao período de pós-transplante tardio (3 - 6 meses). Os valores da AUC do MPA obtidos após administração de 1 g duas vezes ao dia por via intravenosa no índice de infusão recomendado para pacientes submetidos a transplante renal na fase pós-transplante imediata são comparáveis àqueles observados após administração oral. Em pacientes submetidos a transplante hepático, a administração de 1 g duas vezes ao dia por via intravenosa seguida pela administração de 1,5 g duas vezes ao dia por via oral, resultou em valores de AUC do MPA semelhantes àqueles encontrados nos pacientes submetidos a transplante renal que receberam 1g duas vezes ao dia de CellCept®. A alimentação não teve nenhum efeito sobre a extensão da absorção (AUC do MPA) do CellCept® quando administrado na dose de 1,5 g duas vezes ao dia, em pacientes de transplante renal. Porém, a Cmáx do MPA apresentou diminuição de 40% na presença de alimento. Distribuição Como resultado da recirculação entero-hepática, normalmente é observado aumento secundário na concentração plasmática do MPA em aproximadamente 6 - 12 horas após a administração da dose. A redução da área sob a curva (AUC) do MPA em aproximadamente 40% está associada à co-administração de colestiramina (4 g três vezes ao dia), indicando que existe interrupção da recirculação entero-hepática. O MPA, em concentrações clinicamente relevantes, apresenta-se ligado em 97% à albumina plasmática. Metabolismo O MPA é metabolizado principalmente pela glucoronil transferase para formar o glucoronídeo fenólico do MPA (MPAG), que não é farmacologicamente ativo. In vivo, o MPAG é convertido em MPA livre através da recirculação entero-hepática. Eliminação Uma porção desprezível da droga é excretada na forma de MPA (< 1% da dose) na urina. O CellCept® marcado radioativamente, quando administrado por via oral, foi completamente recuperado, sendo 93% da dose recuperada na urina e 6% recuperada nas fezes. A maior parte (aproximadamente 87%) da dose administrada foi excretada na urina sob a forma de MPAG. Em concentrações clínicas normais, o MPA e o MPAG não são removidos pela hemodiálise. No entanto, em concentrações altas do MPAG (> 100 mcg/mL), pequenas quantidades dele são removidas. Por interferirem na circulação entero-hepática da droga, os seqüestrantes de ácido biliar, como a colestiramina, reduzem a AUC do MPA (vide item Superdosagem). Bioequivalência A bioequivalência do CellCept® foi avaliada. Dois comprimidos de 500 mg se mostraram equivalentes a quatro cápsulas de 250 mg. Farmacocinética em situações clínicas especiais Pacientes com grave comprometimento renal Em estudo de dose única (seis pacientes por grupo), a média das AUCs do MPA plasmático observada em indivíduos com disfunção renal crônica grave (velocidade de filtração glomerular < 25 mL/min/1,73 m2) foi 28 - 75% maior em relação à observada em voluntários saudáveis normais ou indivíduos com menor grau de comprometimento renal. A AUC do MPAG em dose única foi três a seis vezes maior em indivíduos com disfunção renal grave em relação aos indivíduos com disfunção renal moderada ou a indivíduos normais saudáveis, concordando com a eliminação renal conhecida do MPAG. Não se estudou o efeito de doses múltiplas de CellCept® em pacientes com disfunção renal crônica grave. Pacientes com retardo na função do enxerto renaluantificação (0,4 mcg/mL).

Resultados de eficacia

CellCept® é um potente inibidor de uma enzima chamada inosina monofosfato desidrogenase (IMPDH), responsável pela síntese de proteínas que fazem parte do DNA de linfócitos, uma das principais células envolvidas no processo de rejeição de órgãos em casos de transplantes.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em Idosos (= 65 anos) O comportamento do CellCept® em idosos não foi avaliado formalmente. Os pacientes idosos podem encontrar-se sob risco aumentado de eventos adversos, comparados com pacientes mais jovens. Pacientes idosos, particularmente aqueles recebendo CellCept® como parte de um regime imunossupressor, podem ter risco aumentado de certas infecções (incluindo doença invasiva por citomegalovírus) e possivelmente hemorragia gastrintestinal e edema pulmonar, quando comparados com pacientes jovens (vide item Precauções). Uso em crianças (idade = 18 anos) Os parâmetros farmacocinéticos foram avaliados em pacientes de transplante renal pediátrico (com idade que variou de 1 a 18 anos) que receberam CellCept® por via oral (vide item Farmacocinética em condições clínicas especiais). Não existem dados disponíveis para transplante cardíaco ou hepático em pacientes pediátricos. Uso em pacientes com insuficiência renal grave A administração de doses maiores do que 1 g, duas vezes ao dia, para pacientes transplantados renais com disfunção renal crônica grave, deve ser evitada (vide itens Farmacocinética e Posologia). Não se recomenda ajuste da dose em pacientes com retardo na função do enxerto renal pós-transplante, mas esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados (vide itens Farmacocinética e Posologia). Não há dados disponíveis para pacientes com transplante hepático ou cardíaco, com disfunção renal crônica grave.

Armazenagem

CellCept® deve ser mantido em sua embalagem original. Os comprimidos devem ser mantidos em temperatura ambiente (entre 15º e 30º C). Proteger da luz. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. Prazo de validade Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação (vide embalagem externa do produto). Não tome o medicamento após a data de validade indicada na embalagem; pode ser prejudicial à saúde.

Dizeres legais

MS-1.0100.0539 Farm. Resp.: Guilherme N. Ferreira – CRF-RJ nº 4288 Fabricado para F. Hoffmann-La Roche Ltd, Basileia, Suíça por: Roche S.p.A., Milão (Segrate), Itália Embalado por: F. Hoffmann-La Roche Ltd., Kaiseraugst, Suiça Importado e distribuído no Brasil por: Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22710-104 – Rio de Janeiro – RJ CNPJ: 33.009.945/0023-39 Serviço Gratuito de Informações – 0800 7720 289 R www.roche.com.br VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA NO do lote, data de fabricação, prazo de validade: vide cartucho. CDS 5.0A 25

CELLCEPT – Bula para o paciente

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Data da bula

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