Halothano

HALOTHANO com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de HALOTHANO têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com HALOTHANO devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

cristália

Apresentação HALOTHANO

sol. fr. c/ 100 ou 250 ml Cada ml contém: Halotano (DCB 0654.01-9)… 1 ml Timol .. 0,1 mg/g

HALOTHANO – Indicações

O Halothano é indicado para indução e manutenção de anestesia geral, em todos os tipos de cirurgia, para pacientes de todas as idades. Raramente é empregado como agente único e frequentemente se empregam outros medicamentos para indução ou suplementação da anestesia.

Contra indicações de HALOTHANO

O Halothano não é recomendado para anestesia obstétrica exceto quando o relaxamento uterino é necessário. Também é contra-indicado quando existe história ou suspeita de hipertermia maligna. Quando houver hipersensibilidade ao halotano ou ao componente da fórmula. A relação risco-benefício deve ser avaliada nas seguintes situações clínicas: pneumotórax, pneumoencefalografia, embolia gasosa, disfunção hepática, icterícia ou lesão hepática aguda após exposição a anestésicos gerais, arritmias cardíacas, diabetes não controladas, disfunção renal, toxemia gravídica, hipertensão intracraniana, miastenia grave e feocromocitoma.

Advertências

Gerais: O HALOTHANO deve ser usado em vaporizadores que permitam uma razoável aproximação com o consumo e débito e preferencialmente vaporizadores do tipo calibrado. O vaporizador deve ser colocado fora do circuito nos sistemas de ventilação com reinalação pela técnica fechada, pois de outro modo há dificuldade em se evitar a superdosagem. O paciente deve ser atentamente observado em relação aos sinais de superdosagem, isto é, queda da pressão arterial, pulso e ventilação, particularmente durante a ventilação assistida ou controlada. O HALOTHANO aumenta a pressão do fluido cerebroespinhal. Desta forma, se o produto for indicado a pacientes com pressão intracraniana significativamente aumentada, a administração deve ser precedida por medidas normalmente usadas para diminuir esta pressão. Recomenda-se que a ventilação seja monitorada, sendo necessário assistir ou controlá-la para assegurar oxigenação adequada e remoção do dióxido de carbono. Em indivíduos susceptíveis, a anestesia com halotano pode desencadear um estado hipermetabólico do músculo esquelético levando a uma grande demanda de oxigênio e a uma síndrome clínica conhecida como hipertermia maligna. Esta síndrome inclui características não específicas como rigidez muscular, taquicardia, taquipnéia, cianose, arritmias e pressão arterial instável. Deve ser também observado que alguns destes sinais não específicos podem aparecer com leve anestesia, hipoxia aguda, etc. Um aumento em todo o metabolismo deve ser reflexo de elevada temperatura (que pode elevar-se rápida, prematura ou tardiamente em alguns casos, mas normalmente não é o primeiro sinal de aumento do metabolismo) e um aumento do uso do sistema de absorção de CO2 . A pressão de O2 e pH podem diminuir, e hiperpotassemia e déficit basal podem aparecer. O tratamento inclui a descontinuação do agente desencadeante (halotano), administração de dantroleno sódico intravenoso, e aplicação de terapia de suporte. Tal terapia inclui rigoroso esforço para restabelecer a temperatura normal do corpo. Deve haver suporte respiratório e circulatório e controle dos distúrbios hidroeletrolítico e ácido-básico. Pode ocorrer falência renal tardia e o fluxo urinário deve ser mantido, se possível. A síndrome de hipertermia maligna provocada pelo halotano parece ser rara. Deve-se tomar cuidado durante a administração de epinefrina a pacientes anestesiados com HALOTHANO, pois podem ocorrer disrritmias cardíacas. Por isso, a dose de epinefrina deve ser a menor possível e, se necessário, deve ser administrado um betabloqueador. O papel do HALOTHANO nas lesões hepáticas, ocasionalmente observadas após anestesia, não foi definitivamente estabelecido. Entretanto, como tais casos aparecem mais frequentemente após a administração repetida de anestésicos, o aparecimento de icterícia, não explicável por outra causa, após a administração do HALOTHANO, deve ser considerado contra-indicação para o seu uso posterior. Sugere-se que a exposição repetida a qualquer anestésico, dentro de um período de 4 semanas, deve ser evitada sempre que possível e, em relação a todos os anestésicos, deve-se considerar a frequência do uso. É aconselhável assegurar ventilação adequada da sala onde o Halothano estiver sendo utilizado. Durante a indução da anestesia com HALOTHANO frequentemente ocorre uma diminuição moderada da pressão. A pressão tende a aumentar quando a concentração do vapor é reduzida para níveis de manutenção, permanecendo, porém, com frequência, abaixo dos níveis pré-cirúrgicos. Este efeito hipotensor é útil por propiciar um campo operatório limpo e diminuição da hemorragia. Entretanto, se necessário, pode-se administrar metoxamina (5mg são frequentemente suficientes) para neutralizar a diminuição da pressão arterial.

Interações medicamentosas de HALOTHANO

O uso crônico de álcool pode aumentar as necessidades de HALOTHANO na anestesia. Depressores do sistema nervoso central, inclusive os usados corretamente como medicação pré-anestésica ou para suplementar a anestesia, podem aumentar os efeitos depressores respiratórios e hipotensores do HALOTHANO e prolongar a recuperação do paciente. Aminoglicosídeos, lincomicina e bloqueadores neuromusculares, não despolarizantes, podem produzir bloqueio neuromuscular aditivo se usados com HALOTHANO. A importância clínica deste fato é mínima se o paciente estiver ventilado mecanicamente mas, ainda assim, a dose deve ser ajustada e instituído tratamento com anticolinesterásicos ou sais de cálcio, se necessário. A amiodarona e anti-hipertensivos potencializam a hipotensão causada pelo HALOTHANO. Os beta- bloqueadores, inclusive os de uso oftálmico, podem causar hipotensão grave e prolongada se usados simultaneamente com HALOTHANO, reduzindo ainda a capacidade de resposta a estímulos simpáticos beta-adrenérgicos. Caso seja necessário reverter os efeitos dos beta bloqueadores, pode-se usar agonistas adrenérgicos como a dopamina, isoprenalina ou norepinefrina, mas com extrema cautela. A levodopa aumenta a concentração endógena de dopamina e deve ser suspensa 6 a 8 horas antes da anestesia. A metildopa pode diminuir as necessidades do anestésico. Medicamentos nefrotóxicos podem aumentar os riscos de nefrotoxicidade grave, não se recomendando o uso simultâneo ou sequencial ao HALOTHANO. A resposta uterina aos ocitócicos sofre uma redução que é dose dependente do HALOTHANO, podendo ocorrer hemorragias. A fenitoína aumenta o risco de hepatotoxicidade produzida pelo HALOTHANO e vice-versa. O uso simultâneo com suxametônio pode aumentar os riscos de hipertermia maligna e bradicardia, enquanto que as xantinas aumentam o risco de arritmias cardíacas. A experiência clínica e experimentos animais sugerem que a administração de pancurônio deve ser feita com cuidado em pacientes que estejam sob terapia crônica com antidepressivos tricíclicos, e que tenham sido anestesiados com halotano, porque pode ocorrer grave arritmia ventricular.

Reações adversas / efeitos colaterais de HALOTHANO

As seguintes reações adversas têm sido relatadas: disfunção hepática leve, moderada e grave (incluindo-se necrose hepática); parada cardíaca; hipotensão; parada respiratória; arritmia cardíaca; hiperpirexia; tremor; náusea e emese. O Halothano é um depressor do sistema nervoso central e, portanto, pode produzir sintomas característicos como: depressão respiratória e circulatória, principalmente com doses elevadas. Pode ocorrer hipoxia e crise de hipertermia maligna. Excitação paradoxal do SNC pode surgir com alucinações, ansiedade e nervosismo.

HALOTHANO – Posologia

O Halothano pode ser administrado em sistemas de ventilação do tipo sem reinalação, com reinalação parcial ou pela técnica fechada. A dose de indução varia individualmente, mas usualmente situa-se entre 0,5% e 3%. A dose de manutenção varia de 0,5% a 1,5%. O Halothano pode ser administrado com oxigênio ou com uma mistura de oxigênio e óxido nitroso. Devido à captação mais rápida e maior concentração sanguínea necessária para anestesia em pacientes jovens, os valores da concentração alveolar mínima diminuem com a idade, como segue: Idade Concentração Alveolar Mínima (%) Até 3 anos 1,08 3 anos 0,91 10 anos 0,87 15 anos 0,92 24 anos 0,84 42 anos 0,76 81 anos 0,64 O Halothano não deve ser mantido indefinidamente em vaporizadores que não sejam, especificamente recomendados para seu uso. O timol não se volatiliza com o halotano, acumulando-se no vaporizador, podendo inferir com o tempo, cor amarelada ao líquido restante. Esta alteração de cor pode ser indício de que o vaporizador deva ser esgotado e limpo, descartando-se o Halothano alterado. O acúmulo de timol pode ser removido lavando-se o vaporizador com éter e certificando-se que o mesmo tenha sido totalmente removido antes da reutilização do equipamento, para evitar a mistura do éter com o Halothano. Uso Clínico: Pré- Medicação: Aconselha-se como pré-medicação um hipno-analgésico leve, mas sempre acompanhado de atropina. Indução: A anestesia pode ser induzida suavemente com induções de 2% a 3% de Halothano, numa mistura de protóxido de nitrogênio e oxigênio. Se for usado apenas oxigênio ou ar como veículo, podem ser necessários 4% a 5% de Halothano para apressar a indução. A intubação pode ser realizada três a quatro minutos após o início da inalação. Por conveniência, frequentemente é usada uma dose sonífera de Tiopental Sódico (100mg a 200mg). Devido ao odor agradável, o Halothano tem sido de grande utilidade para a indução da anestesia em crianças e lactantes, podendo ser administrado, com esta finalidade, gota a gota. Manutenção: Em geral são adequadas as concentrações entre 0,5% a 1,5% de Halothano. O uso de oxigênio apenas, como veículo, evita hipoxia. Recuperação: A recuperação rápida e sem problema é um valioso atributo do Halothano. Os reflexos começam a aparecer dentro de dois minutos e os movimentos espontâneos em cinco minutos. Vômito e náusea pós-operatório são incomuns. A analgesia desaparece rapidamente podendo ser necessário administrar logo no período pós-operatório. Se necessário pode-se mudar de Halothano para outros anestésicos, ou vice-versa, sem efeito adverso. Relaxantes Musculares: O relaxamento muscular obtido apenas com Halothano é suficiente para muitas cirurgias, porém, quando necessário, pode ser suplementado com relaxantes, como, por exemplo, succinilcolina. As ações bloqueadoras neuromusculares do trietiliodeto de galamina e d-tubocurarina são potencializadas por Halothano sendo aconselhável usar estes agentes em doses reduzidas, isto é, metade de um terço daquelas empregadas com outros anestésicos. Isto é especialmente importante quando o curare é administrado durante a anestesia profunda com Halothano porque a potencialização de sua ação ganglioplégica pode produzir grande diminuição da pressão arterial. A neostigmina pode ser usada para reverter os efeitos da galamina e do curare, porém, para evitar a bradicardia é aconselhável injetar, 5 a 15 minutos antes, uma dose adicional de atropina.

Super dosagem

No caso de superdosagem, ou quando a situação parecer superdosagem, deve-se interromper imediatamente a aplicação de HALOTHANO e promover a ventilação assistida ou controlada com oxigênio puro. Conduta na superdosagem: para bradicardia usar 300 a 600 mg de atropina. No caso de surgir arritmia cardíaca deve-se ajustar convenientemente o nível da anestesia ou suspendê-la, determinando se a arritmia é devido à hipercapnia ou hipoxia e corrigi-la, se necessário. Na depressão circulatória grave utilizar líquidos ou plasma endovenoso e, se necessário, administrar um vasopressor. Em caso de crise de hipertermia maligna, interromper a administração de possíveis desencadeantes, controlar o aumento das necessidades de oxigênio, esfriar o paciente, corrigir o desequilíbrio hídrico e de eletrólitos e acidose metabólica. Se necessário, administrar dantroleno sódico por infusão IV contínua rápida (pelo menos 1 mg por kg de peso corporal). Pode ser necessária ventilação assistida com oxigênio puro, para os casos de depressão respiratória ou inadequada ventilação pós-operatória.

Caracteristicas farmalogicas

Informação não disponível para esta bula.

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Informação não disponível para esta bula.

Dizeres legais

Informação não disponível para esta bula.

HALOTHANO – Bula para o paciente

Informação não disponível para esta bula.

Data da bula

Informação não disponível para esta bula.