Enfluthane

ENFLUTHANE com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ENFLUTHANE têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ENFLUTHANE devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

astrazeneca

Apresentação ENFLUTHANE

sol. fr. c/ 125 ml ou 250 ml de líquido volátil para inalação.

ENFLUTHANE – Indicações

ENFLUTHANE pode ser utilizado para indução e manutenção de anestesia geral. ENFLUTHANE pode ser usado para proporcionar analgesia para parto vaginal. Baixas concentrações de ENFLUTHANE podem também ser utilizadas para suplementar outros agentes anestésicos durante intervenção cesariana. Concentrações mais altas podem produzir relaxamento uterino e aumento no sangramento uterino.

Contra indicações de ENFLUTHANE

ENFLUTHANE é contra-indicado em pacientes com: • Distúrbios convulsivos. • Conhecida sensibilidade ao enflurano ou outros anestésicos halogenados. • Susceptibilidade genética a hipertermia maligna, conhecida ou suspeita. • Pacientes com história de hipertermia maligna ou naqueles que tenham apresentado disfunção hepática, icterícia ou febre inexplicada, leucocitose ou eosinofilia após administração prévia de anestésico halogenado. ENFLUTHANE não deve ser usado em pacientes nos quais a anestesia geral é contra-indicada.

Advertências

Uma vez que os níveis de anestesia podem ser alterados de modo fácil e rápido, devem ser usados apenas vaporizadores que produzam concentrações previsíveis. A hipotensão e as trocas respiratórias podem servir de guia para a profundidade da anestesia. Níveis profundos de anestesia podem produzir hipotensão e depressão respiratória. ENFLUTHANE, assim como outros anestésicos inalatórios, pode reagir com absorbentes de dióxido de carbono seco (CO2) produzindo monóxido de carbono o que pode resultar em níveis elevados de carboxihemoglobina em alguns pacientes. Quando o médico suspeitar que o absorbente de CO2 pode estar seco, este deve ser substituído antes da administração de ENFLUTHANE. ENFLUTHANE deve ser utilizado com cuidado em pacientes que, devido a antecedentes clínicos ou medicamentosos, podem ser considerados mais susceptíveis à estimulação cortical produzida pelo mesmo. O aumento na profundidade da anestesia com ENFLUTHANE pode produzir alteração no eletroencefalograma caracterizada por alta voltagem, freqüência rápida, progredindo através de complexos espiculados alternados com períodos de silêncio elétrico até clara atividade de crise convulsiva. Esta última pode ou não estar associada à atividade motora. Esta, quando encontrada, geralmente consiste em contrações espasmódicas ou movimentos bruscos de vários grupos musculares. É auto-limitante e pode ser eliminada através da diminuição da concentração anestésica. Este padrão eletroencefalográfico associado à anestesia profunda, é exacerbado por baixa tensão arterial de dióxido de carbono. Uma redução na ventilação e nas concentrações anestésicas normalmente é suficiente para eliminar a atividade convulsiva. O fluxo sangüíneo cerebral e estudos metabólicos em voluntários sadios imediatamente após atividade convulsiva não evidencia hipóxia cerebral. Testes de função mental não revelam qualquer comprometimento de desempenho após anestesia prolongada com o ENFLUTHANE, associado ou não com atividade convulsiva. Raramente pode ocorrer dano hepático discreto, moderado ou sério após anestesia com ENFLUTHANE. Pode haver aumento de transaminases séricas, assim como evidência de dano histológico. As alterações histológicas não são específicas nem consistentes. Em vários desses casos, não foi possível excluir ENFLUTHANE como causa ou como fator contribuinte ao dano hepático. A incidência de hepatotoxicidade inexplicável após a administração de ENFLUTHANE é desconhecida, mas parece ser rara e não relacionada com a dose. Com o uso de anestésicos halogenados foram relatadas interrupção da função hepática, icterícia e necrose hepática fatal. Tais reações parecem indicar hipersensibilidade aos anestésicos. Cirrose, hepatite viral ou outra doença hepática pré-existente pode ser a razão para selecionar um anestésico que não seja halogenado. Quando se sabe que a exposição anterior a um anestésico halogenado foi seguida de disfunção hepática inexplicável, inclusive hepatite virótica, deve-se considerar a utilização de agente anestésico que não seja o ENFLUTHANE. Em alguns casos, a retenção de bromossulftaleína (BSP) eleva-se discretamente após o procedimento operatório. Isto pode estar relacionado ao efeito da cirurgia, uma vez que anestesia prolongada (5 a 7 horas) em voluntários humanos não resulta em elevação de BSP. Há certa elevação da glicose e de glóbulos brancos no período intra-operatório. No caso de pacientes diabéticos, deve-se levar em conta o aumento na concentração da glicose.

Interações medicamentosas de ENFLUTHANE

A ação de bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes é aumentada pelo ENFLUTHANE. Menos da metade da dose dessas drogas deve ser usada. Se as doses usuais de bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes forem administradas, o tempo de recuperação do bloqueio neuromuscular será mais longo na presença de ENFLUTHANE, do que com a utilização de halotano ou óxido nitroso por meio de técnica de anestesia balanceada. Os pacientes que fazem uso crônico de isoniazida ou outras drogas que contenham hidrazida podem metabolizar grandes quantidades de ENFLUTHANE. Embora nenhuma disfunção renal significativa tenha sido observada em tais pacientes, o nível de fluoreto sérico máximo pode exceder 50 ?mol/l, especialmente quando a anestesia ultrapassa 2 horas-CAM (concentração alveolar mínima (CAM) x duração de anestesia). Estudos em seres humanos indicam uma margem considerável de segurança na administração de soluções contendo epinefrina durante anestesia com ENFLUTHANE. A anestesia com ENFLUTHANE foi utilizado na cirurgia de excisão do feocromocitoma em homem não portador de arritmias ventriculares. Com base em estudos realizados em pacientes anestesiados com ENFLUTHANE e que receberam injeção de soluções contendo epinefrina para a promoção de hemostasia em uma área altamente vascularizada (cirurgia transesfenoidal), até 2 microgramas por quilograma (2 ?g/kg) de epinefrina podem ser injetados subcutaneamente por um período de 10 minutos em pacientes considerados tolerantes à administração de epinefrina. Isto representaria até 14 ml de solução contendo epinefrina a 1:100.000 (10 ?g/ml), ou a quantidade equivalente em um paciente de 70 kg de peso corpóreo. Isto pode ser repetido até 3 vezes por hora (total de 42 ml por hora). A administração concomitante de lidocaína aumenta a segurança do uso de epinefrina durante a anestesia com ENFLUTHANE. Este efeito da lidocaína está relacionado à dose. Devem ser observadas todas as precauções usuais relativas ao uso de substâncias vasoconstritoras.

Reações adversas / efeitos colaterais de ENFLUTHANE

Hipertermia maligna: em indivíduos susceptíveis, a anestesia com ENFLUTHANE pode desencadear um estado hipermetabólico dos músculos esqueléticos, levando à uma alta demanda de oxigênio e à síndrome conhecida como hipertermia maligna. A síndrome inclui características não-específicas, tais como rigidez muscular, taquicardia, taquipnéia, cianose, arritmias e pressão arterial instável. Deve-se observar que muitos desses sinais não-específicos podem aparecer com anestesia leve, hipóxia aguda etc. A síndrome de hipertermia maligna, secundária ao ENFLUTHANE, parece ser rara. Um aumento no metabolismo global pode se refletir em temperatura elevada (que pode aumentar rapidamente no início ou no final do caso mas que, geralmente, não é o primeiro sinal de metabolismo aumentado) e um aumento no uso do sistema de absorção de CO2 (caixa de absorção quente). A PaO2 e o pH podem diminuir e, podem aparecer hipercalemia e um déficit de base. O tratamento inclui descontinuação de agentes desencadeadores (por exemplo, ENFLUTHANE), administração intravenosa de dantrolene sódico e aplicação de tratamento de suporte. Tal tratamento inclui intensos esforços para restaurar a temperatura corpórea, suporte respiratório e circulatório conforme o indicado e controle de distúrbios do fluido eletrólito ácido-base. Insuficiência renal pode ocorrer posteriormente e o fluxo urinário deve ser mantido, se possível. Hipertermia maligna também pode ocorrer com outros anestésicos inalatórios. Entretanto, a incidência é consideravelmente mais baixa com o ENFLUTHANE do que com o halotano. A atividade motora caracterizada por movimentos de vários grupos musculares e/ou crises convulsivas podem ser verificados em níveis profundos de anestesia com ENFLUTHANE ou níveis superficiais com hipocapnia. Hipotensão e depressão respiratória têm sido relatadas. O nível de anestesia pode ser modificado rapidamente através da alteração na concentração de ENFLUTHANE inspirado. O ENFLUTHANE reduz a ventilação, à medida em que a profundidade anestésica aumenta. Níveis mais altos de PaO2 podem ser obtidos em níveis mais profundos de anestesia, se não houver suporte ventilatório. O ENFLUTHANE suscita uma resposta de suspiro semelhante àquela observada com o dietil éter. Ocorre um decréscimo na pressão arterial com a indução da anestesia, seguido de um retorno próximo ao normal com a estimulação cirúrgica. Aumento progressivo na profundidade da anestesia produz aumentos correspondentes na hipotensão. A freqüência cardíaca permanece relativamente constante, sem bradicardia significante. A monitoração ou os registros eletrocardiográficos indicam que o ritmo cardíaco permanece estável. A elevação no nível de dióxido de carbono no sangue arterial não altera o ritmo cardíaco. Observaram-se arritmias, tremores, náuseas e vômitos. Elevação dos glóbulos brancos foi observada.

ENFLUTHANE – Posologia

Deve ser conhecida a concentração de ENFLUTHANE que está sendo liberada pelo vaporizador durante a anestesia. Isto pode ser feito através do uso de: a) Vaporizadores calibrados especificamente para o enflurano; b) Vaporizadores cujos fluxos liberados podem ser fácil e rapidamente calculados. Medicação pré-anestésica: A medicação pré-anestésica deve ser selecionada de acordo com as necessidades do paciente individualmente, levando-se em consideração que as secreções são pouco estimuladas pelo ENFLUTHANE, e que o mesmo não altera a freqüência cardíaca. O uso de drogas anticolinérgicas é uma questão de escolha. Indução: A indução pode ser alcançada através do uso de ENFLUTHANE isoladamente com oxigênio ou em combinação com misturas de oxigênio-óxido nitroso. Sob essas condições, pode-se verificar certa excitação. Se a excitação não puder ser evitada, uma dose hipnótica de um barbitúrico de ação curta deve ser usada para induzir a inconsciência, seguida da mistura com ENFLUTHANE. Em geral, concentrações inspiradas de 2,0% a 4,5% de ENFLUTHANE produzem anestesia cirúrgica em 7 a 10 minutos. Manutenção: Os níveis cirúrgicos de anestesia podem ser mantidos com 0,5% a 3,0% de ENFLUTHANE. As concentrações de manutenção não devem exceder a 3,0%. Se for necessário relaxamento adicional, doses suplementares de bloqueadores neuromusculares podem ser usadas. Prefere-se a ventilação que mantenha a concentração de dióxido de carbono no sangue arterial na faixa de 35 a 45 mmHg. A hiperventilação deve ser evitada, a fim de se minimizar uma possível excitação do SNC. O nível de pressão arterial durante a manutenção é função inversa da concentração do ENFLUTHANE na ausência de outros fatores complicadores. Decréscimos excessivos (a menos que relacionados a hipovolemia) podem ser ocasionados pela profundidade anestésica e, em tais circunstâncias, devem ser corrigidos por meio de uma superficialização da anestesia. Analgesia: O ENFLUTHANE em concentrações de 0,25% a 1,0% proporciona analgesia para o parto vaginal igual àquela produzida pelo óxido nitroso a 30-60%. Essas concentrações normalmente não produzem amnésia. Consultar, também, as informações sobre os efeitos de ENFLUTHANE sobre a contração uterina no item Propriedades Farmacodinâmicas. Cesariana: Normalmente, o ENFLUTHANE deve ser administrado em concentração na faixa de 0,5% a 1,0% para suplementar outros anestésicos gerais. Consultar, também, informações sobre efeitos de ENFLUTHANE sobre a contração uterina no item Propriedades Farmacodinâmicas. RECUPERAÇÃO A administração de enflurano pode ser reduzida a 0,5% ao aproximar-se o final do ato cirúrgico ou interromper-se a administração do agente anestésico, convém ventilar o aparelho respiratório do paciente com oxigênio puro, várias vezes até sua completa recuperação.

Super dosagem

Na ocorrência de superdosagem, ou o que possa se assemelhar a ela, as seguintes medidas devem ser tomadas: Suspender a administração da droga, manter livres as vias respiratórias e iniciar ventilação assistida ou controlada com oxigênio puro. Promover e manter hemodinâmica adequada.

Caracteristicas farmalogicas

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Resultados de eficacia

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Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

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Armazenagem

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Dizeres legais

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ENFLUTHANE – Bula para o paciente

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Data da bula

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