Itraconazol

ITRACONAZOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ITRACONAZOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ITRACONAZOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

PRATI DONADUZZI

Apresentação ITRACONAZOL

Cápsula de 100 mg.
Embalagem com 4, 10, 15, 40, 80, 100, 120, 150, 160, 240, 320, 400 e 600 cápsulas.

USO ORAL – USO ADULTO

FÓRMULA
Cada cápsula contém:
itraconazol……………………………………………………………………………………….100 mg

ITRACONAZOL – Indicações

O itraconazol é indicado para candidíase vulvovaginal e infecções dermatológicas como pitiríase versicolor, dermatomicoses, ceratite micótica e candidíase oral. Onicomicoses causadas por dermatófitos e/ou leveduras.
É utilizada também nos casos de micoses sistêmicas como aspergilose e candidíase sistêmicas, criptococose (incluindo meningite criptocócica), histoplasmose, esporotricose, paracoccidioidomicose, blastomicose e outras micoses sistêmicas e tropicais de incidência rara.

Contra indicações de ITRACONAZOL

O itraconazol cápsula é contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao fármaco ou aos componentes da formulação.
Este medicamento só deve ser administrado a mulheres grávidas em situações de risco de vida, quando o benefício potencial for superior aos danos ao feto.
Mulheres férteis que estão utilizando itraconazol cápsula devem tomar precauções contraceptivas. A contracepção efetiva deve ser continuada até o próximo período menstrual após o término do tratamento com o itraconazol cápsula.
O itraconazol é contraindicado com medicamentos que afetam sua absorção e metabolismo conforme pode ser observado no item “Interações Medicamentosas”.

Advertências

Efeitos Cardíacos: itraconazol mostrou um efeito inotrópico negativo e tem sido associado a relatos de insuficiência cardíaca congestiva. O itraconazol cápsula não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou com história de insuficiência cardíaca congestiva a menos que os benefícios superem os riscos. A avaliação individual do risco/benefício deve considerar fatores como a gravidade da indicação, o esquema posológico e fatores de risco individuais para insuficiência cardíaca congestiva. Estes fatores de risco incluem doença cardíaca, como isquemia e doença valvular; doença pulmonar significante, como doença pulmonar obstrutiva crônica; e insuficiência renal e outras desordens edematosas. Tais pacientes devem ser informados dos sinais e sintomas da insuficiência cardíaca congestiva, ser tratados com cautela, e monitorados quanto aos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva durante o tratamento; se estes sinais ou sintomas ocorrerem durante o tratamento, o itraconazol cápsula deve ser interrompido.
Os bloqueadores dos canais de cálcio podem ter efeitos inotrópicos negativos que podem ser aditivos aos do itraconazol; o itraconazol pode inibir o metabolismo dos bloqueadores dos canais de cálcio. Portanto, deve-se ter cuidado ao administrar concomitantemente itraconazol e bloqueadores dos canais de cálcio.
O itraconazol cápsula apresenta um potencial para interações medicamentosas clinicamente importantes como pode ser observado no item “Interações Medicamentosas”.
A absorção do itraconazol da cápsula é afetada quando a acidez gástrica está diminuída. Pacientes que utilizam medicamentos antiácidos (ex.: hidróxido de alumínio), estes devem ser administrados, pelo menos, 2 horas após a ingestão do itraconazol cápsula. Em pacientes com acloridria, tais como certos pacientes com AIDS e pacientes recebendo supressores da secreção ácida (ex.: antagonistas H2, inibidores da bomba de próton), é recomendável administrar o itraconazol cápsula com bebida à base de cola.
Ocorreram casos muito raros de hepatotoxicidade, incluindo alguns casos de insuficiência hepática aguda fatal. A maioria destes casos envolveram pacientes que apresentavam doença hepática pré-existente, foram tratados para indicações sistêmicas, apresentavam outras condições médicas significantes e/ou estavam tomando outros fármacos hepatotóxicos. Alguns pacientes não apresentavam fatores de risco evidentes para doença hepática. Alguns destes casos foram observados durante o primeiro mês de tratamento, incluindo alguns na primeira semana. Em pacientes tratados com itraconazol, o monitoramento da disfunção hepática deve ser considerado. Os pacientes devem ser instruídos a relatar imediatamente aos seus médicos sinais e sintomas sugestivos de hepatite, tais como: anorexia, náusea, vômito, fadiga, dor abdominal ou urina escura.
O tratamento deve ser interrompido imediatamente nestes pacientes e testes de função hepática devem ser realizados. Em pacientes com aumento de enzimas hepáticas ou doença hepática ativa, ou que desenvolveram toxicidade hepática com outros fármacos, o tratamento não deve ser iniciado a menos que o benefício esperado supere o risco de dano hepático. Nestes casos, é necessário monitorar as enzimas hepáticas.
A metabolização do itraconazol é predominantemente pelo fígado. Em pacientes cirróticos, a meia-vida terminal do itraconazol está relativamente prolongada e a biodisponibilidade oral está relativamente diminuída.
Um ajuste da dose deve ser considerado.
A biodisponibilidade oral de itraconazol poderá estar diminuída em pacientes com insuficiência renal. Um ajuste da dose deve ser considerado.
Se ocorrer neuropatia que possa ser atribuída ao itraconazol, o tratamento deverá ser interrompido.
Não existem informações a respeito da hipersensibilidade cruzada entre o itraconazol e outros agentes antifúngicos azóis. Deve-se ter cuidado na prescrição do itraconazol cápsula a pacientes com hipersensibilidade a outros agentes azóis.
Uso Pediátrico: uma vez que os dados clínicos sobre o uso do itraconazol cápsula em crianças são limitados, este medicamento não deve ser usado nesses pacientes, a menos que os benefícios sobrepõem os riscos potencialmente envolvidos.
Nenhum efeito foi observado sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Interações medicamentosas de ITRACONAZOL

Este medicamento não deve ser utilizado com fármacos redutores da acidez gástrica, pois estes prejudicam a absorção do itraconazol cápsula.
O itraconazol é metabolizado principalmente através da enzima citocromo CYP3A4. Foram realizados estudos de interação com fármacos indutores enzimáticos potentes do CYP3A4, tais como: rifampicina, rifabutina e fenitoína e observou-se que a biodisponibilidade do itraconazol e hidroxi-itraconazol estava diminuída nestes estudos comprometendo amplamente a eficácia do produto. Desta forma, a combinação de itraconazol com estes fármacos indutores enzimáticos não é recomendada. Dados de estudos formais com outros fármacos indutores enzimáticos tais como carbamazepina, fenobarbital e isoniazida não estão disponíveis, mas efeitos similares podem ser esperados.
Ritonavir, indinavir, claritromicina e eritromicina podem aumentar a biodisponibilidade do itraconazol por serem inibidores potentes do citrocromo CYP3A4.
O itraconazol pode inibir o metabolismo de fármacos metabolizados pela família do citocromo 3A, resultando em aumento e/ou prolongamento dos seus efeitos, inclusive efeitos colaterais. Quando for utilizada em conjunto um fármaco que afete o metabolismo do itraconazol, a bula correspondente deve ser consultada para informações relativas à rota metabólica. Após o término do tratamento, as concentrações plasmáticas do itraconazol declinam gradualmente, dependendo da dose e da duração do tratamento. Este fato deve ser levado em conta quando o efeito inibitório do itraconazol sobre fármacos administrados concomitantemente for considerado.
Os seguintes fármacos são contraindicados com o itraconazol:
– astemizol, cisaprida, dofetilida, levacetilmetadol (levometadil), mizolastina, pimozida, quinidina, sertindol e terfenadina são contraindicados com o itraconazol cápsula uma vez que a coadministração pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas destes substratos, podendo levar ao prolongamento QT e ocorrências raras de Torsades de Pointes;
– inibidores da HMG-CoA redutase metabolizados pelo citocromo CYP3A4 como lovastatina e sinvastatina;
– triazolam e midazolam oral;
– alcaloides derivados do Ergot como di-idroergotamina, ergometrina (ergonovina), ergotamina e metilergometrina (metilergonovina).

Deve-se ter cuidado ao administrar itraconazol com bloqueadores dos canais de cálcio. Adicionalmente às possíveis interações medicamentosas envolvendo as enzimas CYP3A4 metabolizadoras de fármacos, os bloqueadores dos canais de cálcio podem ter efeitos inotrópicos negativos que podem ser aditivos aos do itraconazol.

Os seguintes fármacos devem ser usados com cautela e suas concentrações plasmáticas, efeitos farmacológicos ou efeitos colaterais devem ser monitorados de forma que as doses sejam reduzidas, se necessário, quando forem administrados em associação com itraconazol:
– anticoagulantes orais;
– inibidores da protease do HIV, tais como ritonavir, indinavir, saquinavir;
– certos agentes antineoplásicos, tais como alcaloides da vinca, busulfan, docetaxel e trimetrexato;
– bloqueadores de canal de cálcio metabolizados pela enzima citocromo CYP3A4, tais como di-idropiridina e verapamil;
– certos agentes imunossupressores: ciclosporina, tacrolimo, rapamicina (também conhecida como sirolimo);
– certos inibidores da HMG-CoA redutase metabolizados pelo citocromo CYP3A4 como atorvastatina;
– certos glicocorticoides como budesonida, dexametasona e metilprednisolona;
– Outros: digoxina, carbamazepina, buspirona, alfentanila, alprazolam, brotizolam, midazolam IV, rifabutina, ebastina, reboxetina, cilostazol, disopiramida, eletriptano, halofantrina, repaglinida.

Não foi observada nenhuma interação com AZT (zidovudina) e fluvastatina.
Não foram observados efeitos de indução do itraconazol no metabolismo do etinilestradiol e da noretisterona.
Os estudos in vitro realizados demonstraram que não há interação na ligação às proteínas plasmáticas, entre o itraconazol e imipramina, propranolol, diazepam, cimetidina, indometacina, tolbutamida e sulfametazina.

Reações adversas / efeitos colaterais de ITRACONAZOL

Reações adversas de origem gastrintestinal, como dispepsia, náusea, dor abdominal e constipação são as reações adversas mais frequentes. Foram observadas reações adversas menos frequentes como cefaleia, aumentos reversíveis das enzimas hepáticas, distúrbios menstruais, tonturas e reações alérgicas (como prurido, erupções cutâneas, urticária e angioedema), foram relatados, também, casos isolados de neuropatia periférica e Síndrome de Stevens-Johnson. Foram relatados casos de edema, insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar. Especialmente em pacientes recebendo tratamento contínuo prolongado (cerca de 1 mês), foram registrados casos de hipopotassemia, hepatite e queda de cabelo.

ITRACONAZOL – Posologia

Veja posologia nas tabelas a seguir:

INDICAÇÃO

DOSE DIÁRIA

DURAÇÃO

Candidíase vaginal

200 mg (2 cápsulas) pela manhã e à noite

1 dia

Pitiríase versicolor

200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia

5 dias

Tinea corporis e Tinea cruris

Tinea pedis e Tinea manuum

100 mg (1 cápsula)

100 mg (1 cápsula)

15 dias

15 dias

Nos casos com lesões nas regiões altamente queratinizadas, como palma das mãos e planta dos pés, recomenda-se o tratamento adicional por mais 2 semanas .

Candidíase oral

100 mg (1 cápsula)

15 dias

Em alguns pacientes imunodeprimidos, por exemplo com neutropenia, portadores do vírus HIV ou transplantados, a biodisponibilidade oral do itraconazol pode estar diminuída. Portanto, pode ser necessário dobrar as doses.

Ceratite micótica

200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia

15 dias

Onicomicose

– Tratamento contínuo

200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia

3 meses

– Pulsoterapia *

Veja o quadro a seguir

* A pulsoterapia consiste na administração de 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia durante 7 dias. Recomendam-se dois pulsos para infecções das unhas das mãos e três pulsos para infecções das unhas dos pés. Os tratamentos em pulso são sempre separados por intervalo de 3 semanas sem medicamento. A resposta clínica será evidente a medida que a unha crescer após a descontinuação do tratamento.



Pulsoterapia

 

Semanas de tratamento

Local atingido

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Unhas do pé com ou sem envolvimento da unha da mão

Pulso 1

Semanas livres de itraconazol

Pulso 2

Semanas livres de itraconazol

Pulso 3

Unhas da mão apenas

Pulso 1

Semanas livres de itraconazol

Pulso 2

       



A eliminação do itraconazol do tecido cutâneo e ungueal é mais lenta que a do plasma. Assim, a resposta clínica e micológica ideal é alcançada 2 a 4 semanas após a descontinuação do tratamento das infecções cutâneas e 6 a 9 semanas após a descontinuação das infecções das unhas.
Micoses sistêmicas (as recomendações posológicas variam de acordo com a infecção tratada):

INDICAÇÃO

DOSE

DURAÇÃO MÉDIA

OBSERVAÇÕES

Aspergilose

200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia.

2 – 5 meses

Aumentar a dose para 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia em caso de doença invasiva ou disseminada.

Candidíase

100 – 200 mg (1 – 2 cápsulas) uma vez ao dia

3 semanas – 7 meses

Criptococose não-meningeana

200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia

2 meses – 1 ano

 

Meningite criptocócica

200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia

Terapia de manutenção (casos meníngeos): uma vez ao dia

Histoplasmose

200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia – 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia

8 meses

 

Esporotricose

100 mg (1 cápsula)

3 meses

Dados de eficácia de Sporanox® cápsulas nesta dose para o tratamento de paracoccidioidomicose em pacientes com AIDS não estão disponíveis.

Paracoccidioidomicose

100 mg (1 cápsula)

6 meses

Cromomicose

100 – 200 mg (1 – 2 cápsulas) uma vez ao dia

6 meses

Blastomicose

100 mg (1 cápsula) uma vez ao dia – 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia

6 meses



A duração do tratamento deve ser ajustada de acordo com a resposta clínica apresentada pelo paciente.

Super dosagem

Não há dados disponíveis até o momento. No caso de ingestão excessiva, devem ser adotados os procedimentos gerais de rotina, incluindo lavagem gástrica nas primeiras horas depois da ingestão. Se considerado apropriado, pode ser dado carvão ativado. O itraconazol não pode ser removido por hemodiálise e não se conhece um antídoto específico.

Caracteristicas farmalogicas

O itraconazol é um derivado triazólico sintético, apresenta um amplo espectro de ação.
Estudos in vitro demonstraram que o itraconazol inibe a síntese do ergosterol em células de fungos patogênicos aos seres humanos.
Estes incluem: dermatófitos (Trichophyton spp, Microsporum spp, Epidermophyton
floccosum), leveduras (Cryptococcus neoformans, Pityrosporum spp, Trichosporon spp, Geotrichum spp, Candida
spp, incluindo C. albicans, C. glabrata e C. krusei), Aspergillus spp, Histoplasma spp, Paracoccidioides brasiliensis,
Sporothrix schenckii, Fonsecaea spp, Cladosporium spp, Blastomyces dermatitidis, Pseudallescheria boydii,
Penicillium marneffei e uma variedade de outras leveduras e fungos.
Candida glabrata e Candida tropicalis são geralmente as espécies de Candida menos susceptíveis, sendo que algumas cepas isoladas demonstraram resistência inequívoca ao itraconazol in vitro.
Estudos in vitro demonstraram que o itraconazol inibe a síntese do ergosterol em células fúngicas. O ergosterol é um componente vital da membrana celular dos fungos. A inibição da sua síntese tem como última consequência um efeito antifúngico.

Propriedades farmacocinéticas
O itraconazol é rapidamente absorvido após a administração oral. Picos de concentração plasmática do fármaco inalterado são obtidos 3 a 4 horas após a administração de uma dose oral. A eliminação do plasma é bifásica, com uma meia-vida terminal de 1 a 1,5 dias. Durante a administração prolongada de itraconazol, o estado de equilíbrio é obtido após 1 a 2 semanas. As concentrações plasmáticas de equilíbrio do itraconazol, obtidas 3 a 4 horas após a sua administração, são de 0,4 mcg/mL (dose única de 100 mg) 1,1 mcg/mL (dose única de 200 mg) e 2,0 mcg/mL (dose 200 mg, duas vezes ao dia).
O itraconazol liga-se às proteínas plasmáticas numa taxa de 99,8%. As concentrações de itraconazol no sangue total correspondem a 60% da concentração no plasma. Os níveis de captação do itraconazol pelos tecidos queratinizados são até quatro vezes superiores aos níveis plasmáticos e a eliminação do itraconazol está relacionada com a regeneração da epiderme. Ao contrário dos níveis plasmáticos que se tornam indetectáveis dentro de 7 dias após a interrupção da terapia, na pele os níveis terapêuticos persistem de 2 a 4 semanas após o término de um tratamento de 4 semanas. Foram detectados níveis terapêuticos de itraconazol na queratina das unhas em aproximadamente 1 semana após o início do tratamento. Tais níveis permanecem por, no mínimo, 6 meses após o término de um tratamento de 3 meses.
O itraconazol também se distribui amplamente nos tecidos propensos à infecção por fungos. As concentrações encontradas nos pulmões, rins, fígado, ossos, estômago, baço e músculos são duas a três vezes superiores às concentrações plasmáticas correspondentes. Os níveis terapêuticos na mucosa vaginal persistem por mais 1 dia, após o término de um tratamento de três dias de duração, com a dose diária de 200 mg, e por mais 3 dias após o término de um tratamento de um dia, com a dose de 200 mg duas vezes ao dia.
O itraconazol é intensamente metabolizado no fígado, transformando-se em grande número de metabólitos.
Um deles é o hidroxi-itraconazol, que apresenta, in vitro, uma atividade antifúngica comparável do itraconazol.
Os níveis deste composto foram determinados por ensaios biológicos e apresentaram níveis três vezes maiores que o itraconazol. A excreção fecal da droga inalterada varia entre 3 e 18% da dose administrada.
A excreção renal da droga não metabolizada é menor que 0,03% da dose ingerida. Cerca de 35% da dose administrada é excretada na urina, sob a forma de metabólitos, no período de uma semana.

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso pediátrico: os dados clínicos em pacientes pediátricos são limitados. O itraconazol cápsula não deve ser usado em crianças, a menos que os benefícios potenciais superem os riscos potenciais.

Uso em pacientes com insuficiência renal: a biodisponibilidade oral de itraconazol pode ser menor em pacientes com insuficência renal. Um ajuste de dose deve ser considerado.

Uso em pacientes com insuficiência hepática: o itraconazol é metabolizado predominantemente no fígado.

A meia-vida terminal de itraconazol em pacientes cirróticos está relativamente prolongada e a biodisponibilidade oral está relativamente diminuída. Um ajuste da dose deve ser considerado.

Uso em pacientes com insuficiência cardíaca: o itraconazol cápsula não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva a menos que os benefícios superem os riscos.

Armazenagem

Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), em lugar seco, fresco e ao abrigo da luz. Nestas condições, o prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Dizeres legais

VENDA SOB A PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. no M.S. 1.2568.0170
Farmacêutico Responsável: Dr. Luiz Donaduzzi CRF-PR 5842

ITRACONAZOL – Bula para o paciente

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O itraconazol inibe a formação da membrana celular dos fungos ocasionando a sua morte, porém, a lesão desaparece junto com o crescimento da pele sadia.
As lesões das unhas desaparecem apenas 6 a 9 meses após o final do tratamento pois o itraconazol cápsula apenas mata o fungo, havendo necessidade da unha crescer para a cura ser observada. Caso você não observe melhora da lesão durante o tratamento, não se preocupe pois o medicamento permanecerá na unha por vários meses exercendo seu efeito.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
Itraconazol cápsula é indicado no tratamento de infecções fúngicas (micoses) dos olhos, boca, unhas, pele, vagina e órgãos internos.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento não deve ser utilizado nas seguintes condições:
– Caso você apresente alergia conhecida ao itraconazol ou a qualquer um dos componentes do medicamento;
– Se você estiver grávida ou amamentando, exceto em casos estabelecidos pelo seu médico conforme a necessidade do tratamento;
Informe seu médico se você estiver usando qualquer outro medicamento, pois o uso em conjunto com alguns medicamentos pode ser prejudicial.
Itraconazol cápsula não deve ser utilizado por crianças, somente em casos excepcionais prescritos pelo médico.
Seu médico deverá ser informado se você possuir algum problema de fígado, pois pode ser necessário adaptar a dose do itraconazol. Você deve procurar seu médico imediatamente se algum dos seguintes sintomas aparecer durante o tratamento com o itraconazol cápsula: falta de apetite, náuseas, vômitos, dor abdominal ou urina muito escura.
Se você estiver utilizando o itraconazol cápsula por mais de um mês, seu médico deve acompanhá-lo regularmente através de exames de sangue para controlar as desordens do fígado que, muito raramente, podem ocorrer.
Seu médico deverá ser informado caso você apresente algum problema no coração. Informe seu médico caso você apresente falta de ar, aumento de peso inesperado, inchaço das pernas ou abdome, fadiga não usual, ou se você começar a acordar durante a noite.
Pode ser necessário adaptar a dose do itraconazol cápsula para pacientes com problemas renais. Se você apresentar qualquer sensação incomum de formigamento, dormência ou fraqueza em suas mãos ou pés enquanto estiver tomando itraconazol cápsula, informe ao seu médico imediatamente.
Caso você tenha apresentado reação alérgica a outro antifúngico no passado, informe ao seu médico.
Não há problema em dirigir ou operar máquinas, desde que você não sinta tonturas.

Gravidez e amamentação
Itraconazol cápsula não deve ser utilizado durante a gravidez e amamentação. Mulher em idade de engravidar deve tomar medidas contraceptivas adequadas para não ficar grávida enquanto estiver tomando o medicamento.
Devido ao fato do itraconazol cápsula permanecer no organismo durante algum tempo após o término do tratamento, o método anticoncepcional deve ser utilizado até o próximo ciclo menstrual depois da interrupção do itraconazol cápsula.
Informe ao seu médico se você estiver amamentando, pois pequenas quantidades do medicamento podem estar presentes no leite materno.
Antiácidos devem ser tomados somente duas horas após a ingestão do itraconazol cápsula para garantir acidez estomacal suficiente para a absorção do medicamento. Se você usa medicamentos que interrompem a produção estomacal de ácido, deve tomar o itraconazol cápsula junto com refrigerantes à base de cola. Em caso de dúvida, consulte o médico ou farmacêutico.
Você deve comunicar ao seu médico quais os medicamentos que você está usando no momento. Em particular, você não deve tomar alguns medicamentos ao mesmo tempo e, se isto ocorrer, algumas adaptações serão necessárias, em relação à dose, por exemplo.

Os medicamentos abaixo não devem ser utilizados enquanto você estiver utilizando itraconazol cápsula:
– certos medicamentos para alergia, como terfenadina, astemizol e mizolastina;
– cisaprida, um medicamento utilizado para certos problemas digestivos;
– certos medicamentos que reduzem o colesterol (ex.: sinvastatina e lovastatina);
– certos comprimidos para dormir (midazolam e triazolam);
– pimozida e sertindol, medicamentos para distúrbios psicóticos;
– levacetilmetadol, um medicamento usado no tratamento da dependência a opioides;
– alcaloides derivados do Ergot, como di-idroergotamina e ergotamina, usados no tratamento da enxaqueca;
– alcaloides derivados do Ergot, como ergometrina (ergonovina) e metilergometrina uterina após o parto;
– certos medicamentos utilizados no tratamento de irregularidades do batimento cardíaco, como quinidina e dofetilida.

Alguns medicamentos possuem a capacidade de diminuir a ação do itraconazol cápsula, como os medicamentos utilizados no tratamento da epilepsia (por exemplo: carbamazepina, fenitoína e fenobarbital) e tuberculose
(por exemplo: rifampicina, rifabutina e isoniazida). Informe seu médico se estiver usando qualquer um destes medicamentos para que possam ser feitos os ajustes necessários na dose.

A utilização de itraconazol cápsula com outros medicamentos pode exigir uma adequação na dose do itraconazol ou dos outros medicamentos que estão sendo utilizados concomitantemente.

Exemplos destes medicamentos são:
– certos antibióticos chamados claritromicina, eritromicina, rifabutina;
– alguns medicamentos que agem no coração e vasos sanguíneos (digoxina, disopiramida, bloqueadores de canal de cálcio, cilostazol);
– medicamentos que diminuem a coagulação sanguínea;
– metilprednisolona, budesonida e dexametasona, medicamentos administrados por via oral, injetável ou inalatória para o tratamento de inflamações, asma e alergias;
– ciclosporina A, tacrolimo e rapamicina (também conhecida como sirolimo), que são medicamentos utilizados após transplantes;
– certos inibidores da protease (classe de enzima) do HIV;
– certos medicamentos utilizados no tratamento do câncer;
– certos medicamentos para ansiedade ou para dormir (tranquilizantes), como buspirona, alprazolam e brotizolam;
– ebastina, um medicamento usado para alergia;
– reboxetina, um medicamento usado no tratamento da depressão;
– atorvastatina, um medicamento usado na redução do colesterol;
– eletriptano, um medicamento usado no tratamento da enxaqueca;
– halofantrina, um medicamento usado no tratamento da malária;
– repaglinida, um medicamento usado no tratamento do diabetes.

Se estiver tomando qualquer um destes medicamentos, comunique ao seu médico.

Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou cirurgião-dentista.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
As cápsulas de itraconazol são gelatinosas duras, de cor azul opaco e rosa transparente e preenchidas por pequenas esferas de cor creme que contém itraconazol.
A dose e a duração do tratamento dependem do tipo de fungo e do local de infecção e deve ser seguida conforme orientação médica.
As lesões vão desaparecer completamente somente algumas semanas após o final do tratamento. Isto é típico das lesões causadas por fungos: o medicamento elimina o fungo, mas a lesão somente desaparece com o surgimento de uma pele saudável.
As lesões das unhas desaparecem apenas após 6 a 9 meses do final do tratamento, uma vez que o medicamento elimina apenas o fungo. A unha afetada precisa crescer novamente, o que ocorre em alguns meses.
Então, você não deve se preocupar se não observar melhora durante o tratamento: o medicamento permanece agindo em suas unhas por vários meses. O tratamento deve ser seguido conforme orientação do seu médico.
Se você tiver infecções de órgãos internos, pode ser necessário tomar doses altas por longos períodos.
Você deve tomar itraconazol cápsula imediatamente após uma refeição. As cápsulas devem ser ingeridas inteiras com auxílio de água.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Não use o medicamento com prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
Podem ocorrer as seguintes reações desagradáveis: dor de cabeça, queda de cabelo, tonturas, enjoo e vômito, fraqueza muscular, desconforto gástrico, dor abdominal, diarreia e constipação (redução na frequência ou quantidade da defecação), distúrbios menstruais.
A ocorrência de alergia ao itraconazol cápsula é rara e se manifesta, por exemplo, pela falta de ar e/ou rosto inchado, irritação da pele, coceira e urticária. Podem ocorrer reações alérgicas graves, assim como hipersensibilidade à luz solar. Muito raramente pode ocorrer uma sensação de formigamento dos membros ou lesão grave de pele.
Você deve informar imediatamente ao seu médico se apresentar falta de ar, aumento de peso inesperado, inchaço das pernas, fadiga não usual ou se você começar a acordar durante a noite.
Um ou mais dos sintomas a seguir relacionados a distúrbios hepáticos podem aparecer, embora pouco frequentes: falta de apetite, náusea, vômito, cansaço, fraqueza muscular, dor abdominal, icterícia, urina muito escura e fezes claras.
Em tais casos, você deve parar de tomar o itraconazol cápsula e avisar seu médico imediatamente.
Você deve informar seu médico sobre qualquer outro efeito indesejável que ocorrer durante o tratamento com o itraconazol cápsula.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?
Se você tomar uma grande quantidade do medicamento acidentalmente, deve procurar um médico imediatamente.

ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), em lugar seco, fresco e ao abrigo da luz. Nestas condições, o prazo de validade é de 24 meses a contar da data de fabricação.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Data da bula

12/07/2013