Lescol

LESCOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LESCOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LESCOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

novartis

Apresentação LESCOL

Lescol XL 80 mg – embalagens com 30 comprimidos revestidos de liberação prolongada.

LESCOL – Indicações

Dislipidemia
– Adultos
Lescol XL é indicado como adjuvante à dieta para redução de níveis elevados de colesterol total (total-C), colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), apolipoproteína B (apo-B), triglicérides (TG) e para o aumento do colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C), em pacientes adultos com hipercolesterolemia primária e dislipidemia mista (Tipos IIa e IIb de Fredrickson).
– Pacientes pediátricos
Lescol XL é indicado como adjuvante à dieta para redução de níveis elevados de total-C, LDL-C, apo B, TG e para o aumento do HDL-C, em crianças e adolescentes de 9 anos ou mais com hipercolesterolemia familiar heterozigótica.

Outras indicações
Lescol XL é indicado para diminuir a progressão da aterosclerose coronária em pacientes adultos com hipercolesterolemia primária, incluindo sua forma moderada, e com doença cardíaca coronariana.
Lescol XL também é indicado para a prevenção secundária dos eventos cardíacos maiores (morte cardíaca, infarto do miocárdio não fatal e revascularização coronária) em pacientes adultos com doença cardíaca coronariana após intervenção coronária percutânea.

Contra indicações de LESCOL

Lescol XL é contraindicado:
Em pacientes com hipersensibilidade conhecida à fluvastatina ou a qualquer um dos excipientes da fórmula;
Em pacientes com doença hepática ativa, ou não esclarecida, com elevações persistentes das transaminases séricas;
Durante a gravidez e amamentação (vide “Advertências e precauções”).
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez X.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Advertências

Função hepática
Casos pós-comercialização fatais e não fatais de insuficiência hepática foram reportados com algumas estatinas, incluindo Lescol XL. Embora uma relação causal com o tratamento com Lescol XL não tenha sido determinada, os pacientes devem ser aconselhados a relatar quaisquer potenciais sintomas ou sinais de insuficiência hepática (por exemplo, náusea, vômito, perda de apetite, icterícia, função cerebral prejudicada, hematomas ou sangramento com facilidade) e a interrupção do tratamento deve ser considerada.
Como ocorre com outros redutores de colesterol, recomenda-se realizar testes da função hepática antes do início do tratamento, 12 semanas após o início do tratamento ou na elevação da dose e, a partir daí, periodicamente, em todos os pacientes. Se o aumento da aspartato-aminotransferase ou da alanina-aminotransferase exceder 3 vezes o limite superior do normal e persistir, a terapia deve ser interrompida. Em casos muito raros, observou-se hepatite possivelmente relacionada ao fármaco, que foi resolvida com a interrupção do tratamento.
Deve-se ter cuidado ao administrar Lescol XL a pacientes com história de doença hepática ou de ingestão de grande quantidade de álcool.

Sistema musculoesquelético
Miopatia foi raramente relatada, enquanto miosite e rabdomiólise foram relatadas muito raramente em pacientes que receberam fluvastatina. Em pacientes com mialgias difusas inexplicadas, hipersensibilidade muscular ou fraqueza muscular, e/ou elevação acentuada dos valores de creatinoquinase (CK), deve ser considerada a presença de miopatia, miosite ou rabdomiólise. Os pacientes devem ser alertados a reportar imediatamente ao médico casos inexplicados de dor muscular, hipersensibilidade muscular ou fraqueza muscular, particularmente se acompanhadas por indisposição ou febre.

Miopatia necrotizante autoimune (NAM)
Houve relatos raros de miopatia necrotizante autoimune (NAM), uma miopatia autoimune, associada ao uso de estatina. A NAM é caracterizada por: fraqueza muscular proximal e creatina quinase sérica elevada, que persistem apesar da interrupção do tratamento com estatina; biópsia muscular mostrando miopatia necrotizante sem inflamação significativa; melhora com agentes imunossupressores.

Medida da creatinoquinase
Não há evidências atuais para necessitar monitoração rotineira dos níveis de creatinoquinase total no plasma ou outras enzimas musculares em pacientes assintomáticos em uso de estatinas. Se a creatinoquinase tiver que ser medida, esta não deve ser feita após exercício vigoroso ou na presença de qualquer causa plausível de aumento da CK, pois isto pode dificultar a interpretação dos valores.

Antes do início do tratamento
Assim como com todas as outras estatinas, os médicos devem prescrever fluvastatina com cautela em pacientes com fatores predisponentes para rabdomiólise e suas complicações. O nível de creatinoquinase deve ser medido antes do início do tratamento com fluvastatina nas seguintes situações:
Insuficiência renal;
Hipotireoidismo;
Histórico pessoal ou familiar de distúrbios musculares hereditários;
Histórico prévio de toxicidade muscular com uma estatina ou fibrato;
Abuso do álcool;
Sepse;
Hipotensão;
Trauma;
Cirurgia de grande porte;
Distúrbios metabólicos, endócrinos ou eletrolíticos severos;
Epilepsia não controlada;
Em pacientes idosos (idade > 70 anos), a necessidade de tal medição deve ser considerada, dependendo da presença de outros fatores predisponentes para rabdomiólise.
Nessas situações, o risco do tratamento deve ser considerado em relação ao possível benefício e é recomendada a monitoração clínica. Se os níveis da CK estiverem significativamente elevados no estado basal (> 5x LSN), eles devem ser medidos novamente após 5 a 7 dias para confirmar os resultados. Se os níveis da CK ainda estiverem significativamente elevados (> 5x LSN) na re-monitoração, o tratamento não deve ser iniciado.

Durante o tratamento
Se sintomas musculares como dor, fraqueza ou cãimbras ocorrerem em pacientes recebendo fluvastatina, seus níveis da CK devem ser medidos. Se os níveis encontrados forem significativamente elevados (> 5x LSN), o tratamento deve ser interrompido.
Se os sintomas musculares forem severos e causarem desconforto diário, mesmo com níveis da CK com elevação ≤ 5x LSN, a descontinuação do tratamento deve ser considerada.
Se os sintomas forem resolvidos e os níveis da CK retornarem à normalidade, a reintrodução da fluvastatina ou outra estatina pode ser considerada à menor dose e sob monitoração atenta.
Relatou-se que o risco de miopatia é maior em pacientes que estejam recebendo medicamentos imunossupressores (inclusive a ciclosporina), fibratos, ácido nicotínico ou eritromicina concomitantes a outros inibidores da HMG-CoAredutase. Entretanto, nos estudos clínicos de pacientes recebendo fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, fibratos ou ciclosporina, não se observou miopatia. Após comercialização, casos isolados de miopatia foram relatados quando da administração concomitante de fluvastatina com ciclosporina e de fluvastatina com colchicina. Lescol XL deve ser usado com cautela em pacientes que recebem esses medicamentos simultaneamente (vide “Interações medicamentosas”).

Uso de estatinas e efeitos sobre o metabolismo da glicose
Foram observados aumentos nos níveis da hemoglobina glicosilada (HbA1C) e/ou da glicose plasmática em jejum em pacientes tratados com inibidores da HMG-CoA redutase (estatinas). Também foi relatado desenvolvimento de diabetes mellitus em pacientes com fatores de risco para diabetes mellitus.

Pacientes pediátricos
Em pacientes menores de 18 anos, a eficácia e a segurança não foram estudadas por períodos de tratamento mais longos que dois anos.
A fluvastatina foi investigada apenas em crianças com 9 anos ou mais com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (vide “Características farmacológicas”).

Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Não há dados disponíveis sobre o uso de fluvastatina em pacientes com uma rara condição conhecida como hipercolesterolemia familiar homozigótica.

Mulheres com potencial para engravidar
Mulheres com potencial para engravidar devem usar métodos contraceptivos efetivos. Se a paciente engravidar durante o tratamento, Lescol XL deve ser descontinuado.

Gravidez
Uma vez que os inibidores da HMG-CoA redutase diminuem a síntese do colesterol e, possivelmente, de outras substâncias biologicamente ativas derivadas do colesterol, eles podem causar dano fetal quando administrados a mulheres grávidas. Portanto, Lescol XL é contraindicado durante a gravidez (vide “Contraindicações”).

Amamentação
Lescol XL é contraindicado a mulheres que estejam amamentando (vide “Contraindicações”).

Fertilidade
A fluvastatina não tem efeitos sobre a fertilidade em ratos (vide “Características farmacológicas”). Não há informação disponível relevante, em humanos.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e/ou operar máquinas
Não há dados sobre o efeito da fluvastatina na habilidade de dirigir e/ou operar máquinas.

Interações medicamentosas de LESCOL

Medicamento-alimento
Não existem diferenças aparentes dos efeitos da fluvastatina na redução de lipídeos quando administrada com a refeição noturna ou 4 horas após a mesma. Baseado na ausência de interações de fluvastatina com outros substratos CYP3A4, não é esperado que a fluvastatina interaja com suco de toranja (grapefruit).

Medicamento-medicamento
Efeito de outros fármacos sobre a fluvastatina
Derivados do ácido fíbrico (fibratos) e niacina (ácido nicotínico)
A administração concomitante de fluvastatina com bezafibrato, genfibrozila, ciprofibrato ou niacina (ácido nicotínico) não tem efeito clinicamente relevante na biodisponibilidade da fluvastatina ou na de outros agentes redutores de lipídios. Entretanto, essas combinações devem ser utilizadas com cautela uma vez que foi observado o risco aumentado de miopatia em pacientes recebendo outros inibidores de HMG-CoA redutase concomitantemente com qualquer uma dessas moléculas (vide “Advertências e precauções”).

itraconazol e eritromicina
A administração concomitante de fluvastatina com os inibidores potentes do citocromo P450 (CYP) 3A4, itraconazol e eritromicina, tem efeito mínimo na biodisponibilidade da fluvastatina. Uma vez que esta enzima tem um envolvimento mínimo no metabolismo da fluvastatina, espera-se que outros inibidores da CYP3A4 (por ex.: cetoconazol, ciclosporina) também não afetem a biodisponibilidade da fluvastatina.

fluconazol
A administração de fluvastatina a voluntários sadios pré-tratados com fluconazol (inibidor da CYP2C9) resultou em um aumento da exposição e do pico de concentração da fluvastatina em cerca de 84% e 44%. Embora não tenha havido evidência clínica de que o perfil de segurança da fluvastatina tenha sido alterado nos pacientes pré-tratados com fluconazol por 4 dias, deve-se ter precaução quando da administração concomitante de fluvastatina com fluconazol.

ciclosporina
Estudos em pacientes que foram submetidos a transplante renal indicaram que a biodisponibilidade da fluvastatina (acima de 40 mg/dia) não é elevada de maneira clinicamente relevante em pacientes sob tratamento com regimes
estáveis de ciclosporina. Num estudo em que Lescol XL (80 mg de fluvastatina) foi administrado a pacientes transplantados renais e tratados com um regime estável de ciclosporina mostrou que a exposição a fluvastatina (ASC) e a concentração máxima (Cmáx) foram aumentadas em 2 vezes quando comparadas aos dados históricos de voluntários sadios. Embora esse aumento nos níveis de fluvastatina não tenha sido clinicamente significativo, esta combinação deve ser utilizada com precaução (vide “Advertências e precauções”).

Sequestrantes dos ácidos biliares
A fluvastatina deve ser administrada pelo menos 4 horas após a resina (por ex.: colestiramina) para evitar uma interação significativa causada pela ligação do fármaco com a resina.

rifampicina
A administração de fluvastatina a voluntários sadios pré-tratados com rifampicina resultou em uma redução da biodisponibilidade da fluvastatina em cerca de 50%. Embora até o momento não haja evidência clínica de que a eficácia da fluvastatina na redução dos níveis lipídicos seja alterada, pode ser necessário um ajuste apropriado de dose de fluvastatina, em pacientes sob tratamento a longo prazo com rifampicina (por ex.: tratamento da tuberculose), a fim de garantir uma redução satisfatória nos níveis lipídicos.

Antagonistas do receptor H2 da histamina e inibidores da bomba de prótons
A administração concomitante de fluvastatina com cimetidina, ranitidina ou omeprazol, resulta no aumento da biodisponibilidade da fluvastatina, o que, entretanto, não apresenta relevância clínica. Como estudos adicionais de interação não foram realizados, espera-se que outros antagonistas dos receptores H2/inibidores da bomba de prótons, sejam improváveis de afetar a biodisponibilidade da fluvastatina.

fenitoína
O efeito mínimo da fenitoína na farmacocinética da fluvastatina indica que o ajuste de dose de fluvastatina não é necessário quando coadministrada com a fenitoína.

Agentes cardiovasculares
Nenhuma interação farmacocinética clinicamente significativa ocorre quando a fluvastatina é concomitantemente administrada com propranolol, digoxina, losartana, clopidogrel ou anlodipino. Baseado nos dados farmacocinéticos, nenhum monitoramento ou ajuste de dose são requeridos quando a fluvastatina é concomitantemente administrada com estes agentes.

Efeito de fluvastatina sobre outros fármacos
ciclosporina
Lescol XL (80 mg de fluvastatina) não apresenta efeitos na biodisponibilidade da ciclosporina quando coadministrados (vide “Efeitos de outros fármacos sobre a fluvastatina”).

colchicina
Não há informações disponíveis sobre a interação farmacocinética entre a fluvastatina e a colchicina. Entretanto, miotoxicidade, incluindo dores e fraquezas musculares, e rabdomiólise têm sido reportadas isoladamente quando da coadministração com colchicina.

fenitoína
A magnitude total das mudanças na farmacocinética da fenitoína durante a coadministração com fluvastatina é relativamente pequena e clinicamente não significante. Portanto, o monitoramento de rotina dos níveis plasmáticos de fenitoína durante a coadministração com fluvastatina é suficiente.

varfarina e outros derivados cumarínicos
Em voluntários sadios, o uso da fluvastatina e varfarina (dose única) não teve influência adversa nos níveis plasmáticos da varfarina e tempos de protrombina, comparado à varfarina isoladamente. Entretanto, incidências isoladas de episódios de sangramento e/ou aumento nos tempos de protrombina têm sido relatado muito raramente em pacientes recebendo fluvastatina concomitantemente com varfarina ou outros derivados cumarínicos. Recomenda-se que os tempos de protrombina sejam monitorados quando o tratamento com fluvastatina for iniciado, descontinuado, ou na ocorrência de mudança de dose, nos pacientes recebendo varfarina ou outros derivados cumarínicos.

Agentes antidiabéticos orais
Para pacientes recebendo sulfonilureias orais (glibenclamida [gliburida], tolbutamida) para tratamento de diabetes mellitus não insulino-dependente (tipo 2), a adição de fluvastatina não leva a mudanças clinicamente significantes no controle da glicemia.
Em pacientes com diabetes mellitus não insulino-dependente tratados com glibenclamida (N = 32), a administração de fluvastatina (40 mg duas vezes ao dia por 14 dias) aumentou a Cmáx, a ASC e a t1/2 médias da glibenclamida por aproximadamente em 50%, 69% e 121%, respectivamente. A glibenclamida (5 a 20 mg diariamente) aumentou a Cmáx e ASC médias da fluvastatina em 44% e 51%, respectivamente. Nesse estudo não houve alterações nos níveis de glicose, insulina e peptídeo-C. Entretanto, pacientes em terapia concomitante de glibenclamida (gliburida) com fluvastatina devem continuar a ser monitorados apropriadamente quando as doses de fluvastatina forem aumentadas para 80 mg por dia.

clopidogrel
Fluvastatina não afetou a atividade de agregação antiplaquetária do clopidogrel. Portanto, a fluvastatina e o clopidogrel podem ser coadministrados sem qualquer ajuste da dose.

Reações adversas / efeitos colaterais de LESCOL

As reações adversas (vide Tabela 4) estão listadas pelo sistema classe-órgão MedDRA. Dentro de cada sistema classe- órgão, as reações adversas estão dispostas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência correspondente, usando a seguinte convenção (CIOMS III), também é fornecida para cada reação adversa:
muito comum ( 1/10); comum ( 1/100, < 1/10); incomum ( 1/1.000, < 1/100); rara ( 1/10.000, < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000).
As reações adversas mais comumente reportadas são sintomas gastrintestinais leves, insônia e cefaleia.

Distúrbios no sangue e no sistema linfático
Muito rara Trombocitopenia
Distúrbios do sistema imunológico
Rara Reações de hipersensibilidade (urticária, erupção cutânea – rash)
Muito rara Reações anafiláticas
Distúrbios psiquiátricos
Comum Insônia
Distúrbios no sistema nervoso
Comum Cefaleia
Muito rara

Parestesia, disestesia, hipoestesia, também conhecida por estar associada a distúrbios
hiperlipidêmicos subjacentes

Distúrbios vasculares
Muito rara Vasculites
Distúrbios gastrintestinais
Comum Náusea, dor abdominal, dispepsia
Muito rara Pancreatite
Distúrbios hepatobiliares
Muito rara Hepatite
Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos
Muito rara

Angioedema, edema na face e outras reações na pele (por ex.: eczema, dermatite, exantema
bolhoso)

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Rara Mialgia, fraqueza muscular, miopatia
Muito rara Rabdomiólise, síndrome do lúpus, miosite
Laboratoriais
Comum Aumento da creatina fosfoquinase (CK) no sangue, aumento das transaminases no sangue



Outras reações adversas de notificações espontâneas e casos da literatura (frequência desconhecida)
As seguintes reações adversas foram derivadas de experiência pós-comercialização com Lescol XL via relatos de casos espontâneos e casos da literatura. Como estas reações são relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é possível estimar a frequência que é, portanto, classificada como desconhecida. As reações adversas são listadas de acordo com o sistema classe-órgão MedDRA. Dentro de cada sistema classe-órgão, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.

Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama: disfunção erétil.
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos: miopatia necrotizante autoimune (vide “Advertências e precauções”).

Pacientes pediátricos
Os perfis de segurança da fluvastatina, em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, observados em dois estudos clínicos, foram similares aos observados em adultos. Em ambos os estudos, todas as crianças e adolescentes continuaram com seus crescimentos e maturação sexual normais.

Achados laboratoriais
Anormalidades bioquímicas da função hepática têm sido associadas ao uso dos inibidores da HMG-CoA redutase e de outros agentes redutores de lipídeos. Elevações confirmadas dos níveis de transaminases, para valores 3 vezes maiores que o limite superior da normalidade (LSN), desenvolveram-se em pequeno número de pacientes (1 a 2%).
Elevações pronunciadas dos níveis da CK para valores 5 vezes maiores que o limite superior da normalidade (LSN) desenvolveram-se em um número muito pequeno de pacientes (0,3 a 1,0%).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

LESCOL – Posologia

Lescol XL pode ser administrado em dose única a qualquer hora do dia com ou sem alimento. Lescol XL deve ser
engolido inteiro com um copo de água. O efeito máximo de diminuição dos lipídeos, com uma dose administrada do fármaco, é alcançado dentro de 4 semanas.
As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente e os ajustes de dose devem ser feitos com intervalos de 4 semanas ou mais. O efeito terapêutico de Lescol XL é mantido com a administração prolongada.

O limite máximo de administração é 80 mg/dia
População alvo geral Adultos
Antes de iniciar o tratamento com Lescol XL, o paciente deve ser submetido a uma dieta padrão para reduzir o colesterol. A terapia dietética deve continuar durante o tratamento.
A dose recomendada é 80 mg (1 comprimido de Lescol XL 80 mg uma vez ao dia).
Em pacientes com doenças cardíacas após intervenção coronária percutânea, a dose apropriada é de 80 mg por dia.
Lescol XL é eficaz em monoterapia. Existem dados que comprovam a eficácia e a segurança da fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, colestiramina ou fibratos (vide “Interações medicamentosas”).

Populações especiais
Pacientes pediátricos
Antes de iniciar o tratamento com Lescol XL, o paciente deve ser submetido a uma dieta padrão para reduzir o colesterol por 6 meses. A terapia dietética deve continuar durante o tratamento.
A dose usual é 80 mg (1 comprimido de Lescol XL 80 mg uma vez ao dia).
O uso da fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, colestiramina ou fibratos em crianças e adolescentes não foi investigado.

Insuficiência renal
Não são necessários ajustes de dose em pacientes com insuficiência renal (vide “Características farmacológicas”).

Insuficiência hepática
Lescol XL é contraindicado a pacientes com doença hepática ativa, ou não esclarecida, com elevações persistentes das transaminases séricas (vide “Contraindicações” e “Advertências e precauções”).

Pacientes geriátricos
Em estudos clínicos com Lescol XL, eficácia e tolerabilidade foram demonstradas em ambos os grupos de pacientes, acima e abaixo de 65 anos. No grupo dos idosos (> 65 anos), a resposta ao tratamento foi acentuada e não houve nenhuma evidência de tolerabilidade reduzida. Desta forma, não há necessidade de ajuste de dose baseado na idade.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Super dosagem

Em estudo placebo-controlado incluindo 40 pacientes com hipercolesterolemia, doses acima de 320 mg/dia (N = 7 por grupo de dose) administradas como comprimidos de Lescol XL 80 mg por mais de duas semanas foram bem toleradas.
Tratamento específico não está disponível para superdose de Lescol XL. Se uma superdose ocorrer, o paciente deverá ser tratado sintomaticamente e, quando necessárias, medidas de suporte deverão ser tomadas. Testes de função hepática devem ser realizados e os níveis séricos de creatina fosfoquinase (CK) monitorados.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Grupo farmacoterapêutico: inibidores da HMG-CoA redutase (Código ATC: C10A A04).
Farmacodinâmica
A fluvastatina, agente redutor de colesterol totalmente sintético, é inibidora competitiva da HMG-CoA redutase, a qual é responsável pela conversão da HMG-CoA em mevalonato, um precursor de esteróis, inclusive do colesterol. A fluvastatina exerce seu efeito principal no fígado e é essencialmente um composto racêmico de dois eritro- enantiômeros, sendo que um deles exerce a atividade farmacológica. A inibição da biossíntese do colesterol reduz o colesterol nas células hepáticas, o que estimula a síntese dos receptores das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e, portanto, aumenta a captação das partículas de LDL. O resultado definitivo desses mecanismos é a redução da concentração plasmática de colesterol.
Lescol XL reduz o colesterol total (total-C), o colesterol LDL (LDL-C), a apolipoproteína B (apo-B) e os triglicérides (TG); e aumenta o colesterol HDL (HDL-C) em pacientes com hipercolesterolemia e dislipidemia mista. A resposta terapêutica é bem estabelecida dentro de 2 semanas, e a resposta máxima é atingida dentro de 4 semanas desde o início do tratamento e mantida durante o tratamento crônico.

Farmacocinética
Absorção
A fluvastatina é absorvida rápida e completamente (98%) após administração oral de uma solução em voluntários em
jejum. Após a administração oral de Lescol XL 80 mg, e em comparação com as cápsulas, a taxa de absorção da fluvastatina é quase 60% mais lenta, enquanto o tempo médio da permanência da fluvastatina é aumentado em aproximadamente 4 horas. Em indivíduos alimentados, o fármaco é absorvido em velocidade reduzida.

Distribuição
A fluvastatina exerce seu principal efeito no fígado, que é também o órgão principal para o seu metabolismo. A biodisponibilidade absoluta calculada a partir das concentrações sanguíneas sistêmicas é de 24%. O volume de distribuição aparente (Vz/f) para o fármaco é de 330 litros. Mais de 98% do fármaco circulante está ligado a proteínas plasmáticas e essa ligação não é afetada pela concentração de fluvastatina nem pela varfarina, ácido salicílico ou glibenclamida.

Metabolismo
A fluvastatina é principalmente metabolizada no fígado. Os principais componentes circulantes no sangue são a fluvastatina e o metabólito farmacologicamente inativo ácido N-desisopropil-propiônico. Os metabólitos hidroxilados têm atividade farmacológica, mas não apresentam circulação sistêmica. As vias do metabolismo hepático da fluvastatina em humanos têm sido completamente elucidadas. Existem várias vias alternativas à via do citocromo P450 (CYP450) para biotransformação da fluvastatina e dessa forma o metabolismo da fluvastatina é relativamente insensível à inibição do CYP450, a principal causa das interações medicamentosas.
Vários estudos in vitro detalhados reportaram o potencial inibitório da fluvastatina nas isoenzimas CYP comuns. A fluvastatina inibiu apenas o metabolismo de compostos que são metabolizados pelo CYP2C9. Apesar do potencial que existe para interação competitiva entre fluvastatina e compostos que são substratos do CYP2C9, como diclofenaco, fenitoína, tolbutamida e varfarina, os dados clínicos indicaram que este evento é improvável.

Eliminação
Após administração da fluvastatina-H3 em voluntários sadios, a excreção da radioatividade é de cerca de 6% na urina e 93% nas fezes e a fluvastatina responde por menos de 2% da radioatividade total excretada. O “clearance” (depuração plasmática) (CL/f) da fluvastatina no homem é calculado como sendo de 1,8 ± 0,8 L/min. Concentrações plasmáticas em “steady-state” (estado de equilíbrio) não indicam acúmulo de fluvastatina após administração de 80 mg diariamente.
Após a administração oral de 40 mg de Lescol , a meia-vida de distribuição terminal para a fluvastatina é de 2,3 ± 0,9 horas.
Não foram observadas diferenças significativas na ASC (área sob a curva) quando a fluvastatina foi administrada com a refeição noturna ou 4 horas após a mesma.

Populações especiais
Idade e gênero
As concentrações plasmáticas de fluvastatina não variam em função de idade ou sexo da população geral. Entretanto, foi observado um aumento da resposta ao tratamento nas mulheres e idosos.

Insuficiência hepática
Como a fluvastatina é eliminada principalmente pela via biliar e está sujeita a metabolismo pré-sistêmico significativo, existe potencial para o acúmulo do fármaco em pacientes com insuficiência hepática (vide “Contraindicações” e “Advertências e precauções”).

Insuficiência renal
A fluvastatina é depurada pelo fígado, com menos de 6% da dose administrada excretada na urina. A farmacocinética da fluvastatina permanece inalterada em pacientes com insuficiência renal leve a grave.

Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda
O valor aproximado de DL50 de fluvastatina, administrada por via oral, é maior que 2 g/kg em camundongos e maior que 0,7 g/kg em ratos.

Toxicidade de dose repetida
A segurança da fluvastatina foi extensivamente investigada em estudos de toxicidade em ratos, coelhos, cães, macacos, camundongos e hamsters. Identificou-se uma variedade de alterações que são comuns aos inibidores da HMG-CoAredutase, por exemplo: hiperplasia e hiperqueratose de estômago não glandular de roedores; catarata em cães; miopatia em roedores; alterações hepáticas leves na maioria dos animais de laboratório, alterações na vesícula biliar em cães, macacos e hamsters, aumento de peso da tireoide em ratos; e degeneração testicular em hamsters. A fluvastatina não está relacionada a alterações degenerativas e vasculares do sistema nervoso central relatadas em cães que utilizaram outros membros desta classe de compostos.

Carcinogenicidade
Um estudo de carcinogenicidade foi realizado em ratos, utilizando-se dosagens de 6, 9 e 18 mg/kg por dia (atingindo a dose de 24 mg/kg por dia após 1 ano) para estabelecer uma dose máxima precisa de tolerabilidade. Estes níveis de dosagens levaram a níveis de concentração plasmática de aproximadamente 9, 13 e 26 a 35 vezes a concentração plasmática média do fármaco em humanos após uma dose oral de 40 mg. Na dose de 24 mg/kg por dia observou-se uma baixa incidência de papiloma de células escamosas no antro gástrico e um carcinoma na mesma região. Além disso, relatou-se um aumento da incidência de adenomas e carcinomas das células foliculares da tireoide em ratos machos tratados com 18 a 24 mg/kg por dia.
Um estudo de carcinogenicidade conduzido em camundongos sob níveis de dosagem equivalentes a 0,3; 15 e 30 mg/kg por dia revelou, assim como no estudo em ratos, um aumento estatisticamente significativo dos papilomas das células escamosas do antro gástrico em machos e em fêmeas sob doses de 30 mg/kg por dia e, em fêmeas, sob doses de 15 mg/kg por dia.
Estas dosagens produziram níveis de concentração plasmática aproximadamente 0,2; 10 e 21 vezes a concentração plasmática média em humanos após uma dose oral de 40 mg.
O estudo de carcinogenicidade em camundongos foi repetido em doses orais de 50, 150 e 350 mg/kg/dia. Não houve evidência de aumento de neoplasia nessas doses.
As neoplasias do antro gástrico observadas em ratos e camundongos refletem uma hiperplasia crônica causada, pela exposição e contato direto da fluvastatina do que por um efeito genotóxico do fármaco. O aumento da incidência de neoplasias das células foliculares da tireoide em ratos machos sob tratamento com fluvastatina parece ser consistente com achados espécie-específicos com outros inibidores de HMG-CoA redutase. Contrariamente a estes outros inibidores, não há relatos de aumentos na incidência de adenomas ou carcinomas hepáticos relacionados ao tratamento.

Mutagenicidade
Não se observou nenhuma evidência de mutagenicidade in vitro, com ou sem ativação do metabolismo hepático em ratos, nos seguintes estudos: testes mutagênicos microbianos usando cepas mutantes de Salmonella typhimurium ou Escherichia coli; ensaio de transformação maligna em células de BALB/3T3; síntese não programada de DNA em hepatócitos primários de ratos; aberrações cromossômicas em células de hamsters chineses V79; células de hamsters chineses HGPRT V79. E também, não houve evidência de mutagenicidade in vivo tanto em testes de micronúcleos de ratos quanto de camundongos.

Toxicidade reprodutiva
Em um estudo realizado em ratos com doses de 0,6; 2 e 6 mg/kg por dia, administradas em fêmeas e doses de 2; 10 e 20 mg/kg por dia, administradas em machos, a fluvastatina não apresentou reações adversas na fertilidade ou no desempenho da reprodução. Os estudos de teratologia em ratos (1, 12 e 36 mg/kg) e em coelhos (0,05; 1 e 10 mg/kg) revelaram toxicidade materna sob níveis de altas doses, mas não houve evidência de potencial teratogênico ou embriotóxico. Um estudo em ratas recebendo doses de 12 e 24 mg/kg por dia, durante o período final de gestação até o desmame dos filhotes, resultou em mortalidade materna no final da gravidez ou próximo a este período e no pós-parto, bem como em letalidade fetal e neonatal. Não ocorreram efeitos nas fêmeas grávidas ou nos fetos sob a baixa dosagem de 2 mg/kg por dia.
Um segundo estudo com doses de 2; 6; 12 e 24 mg/kg por dia, durante o término da gestação e o início da lactação, revelou efeitos similares aos causados por cardiotoxicidade, sob administração de doses de 6 mg/kg por dia ou acima deste valor. Em um terceiro estudo, as ratas grávidas receberam doses de 12 ou 24 mg/kg por dia, durante o final da gestação até o desmame dos filhotes, com ou sem a suplementação concomitante de ácido mevalônico, um derivado da HMG-CoA que é essencial para a biossíntese do colesterol. A administração concomitante do ácido mevalônico preveniu completamente a cardiotoxicidade e a mortalidade materna e neonatal. Portanto, a letalidade materna e neonatal observada com a fluvastatina reflete seu pronunciado efeito farmacológico durante a gravidez.

Resultados de eficacia

Estudos clínicos
Em três estudos multicêntricos, duplo-cegos, ativo-controlados, em cerca de 1.700 pacientes com hipercolesterolemia primária ou dislipidemia mista, Lescol XL 80 mg foi comparado a Lescol 40 mg administrado na hora de dormir ou duas vezes ao dia, por mais de 24 semanas de tratamento.
As taxas de respostas no tempo em que a resposta terapêutica máxima é atingida são ilustradas na Figura 1 para doses de Lescol 40 mg (média da redução de LDL-C de 26%) e doses de Lescol XL 80 mg (média da redução de LDL-C de 36%).
Dos 857 pacientes randomizados para Lescol XL 80 mg, 271 com dislipidemia primária mista (Fredrickson Tipo IIb) definida por nível plasmático basal de triglicérides 200 mg/dL tiveram uma redução mediana no triglicérides de 25%. Nestes pacientes, Lescol XL 80 mg produziu um aumento significativo no HDL-C de 13%. Este efeito foi ainda mais pronunciado naqueles pacientes com níveis basais de HDL-C muito baixos (por ex.: < 35 mg/dL), que tiveram um aumento médio no HDL-C de 16%.
No Estudo de Aterosclerose Coronariana e Lipoproteína (LCAS), o efeito da fluvastatina na aterosclerose coronariana foi avaliado pela angiografia coronariana quantitativa em pacientes: homens e mulheres (35-75 anos) com doença arterial coronariana e hipercolesterolemia leve a moderada (LDL-C basal 115-190 mg/dL). Neste estudo clínico controlado, randomizado, duplo-cego, 429 pacientes foram tratados com fluvastatina 40 mg/dia ou placebo. Os angiogramas coronarianos quantitativos foram avaliados no estado basal e após 2,5 anos de tratamento.
O tratamento com fluvastatina retardou a progressão das lesões ateroscleróticas coronarianas em 0,07 mm (intervalo de confiança de 95% para diferença entre os tratamentos de -0,1222 a -0,022 mm) após 2,5 anos, conforme medido pela alteração no diâmetro mínimo do lúmen (fluvastatina -0,028 mm vs. placebo -0,100 mm).
No Estudo de Prevenção com Intervenção de Lescol (LIPS), o efeito da fluvastatina nos eventos cardíacos maiores (ECM) foi avaliado em pacientes: homens e mulheres (18 a 80 anos) com doença coronariana cardíaca e uma ampla variação dos níveis de colesterol (estado basal CT: 3,5-7,0 mmol/L). Neste estudo randomizado, duplo-cego e placebo- controlado, administrou-se a fluvastatina (N = 844) 80 mg por dia por mais de 4 anos. O risco do primeiro evento cardíaco maior foi significativamente reduzido em 22% (p = 0,013) quando comparado ao placebo (N = 833). Estes efeitos benéficos foram particularmente notáveis em pacientes diabéticos e em pacientes com doenças multivasculares. A terapia com fluvastatina reduziu o risco de morte cardíaca e/ou infarto do miocárdio em 31% (p = 0,065).

Pacientes Pediátricos
Em dois estudos abertos de dose titulada (ZA01 e 2301), a eficácia e a segurança da fluvastatina 20 a 80 mg foram investigadas durante um período de 2 anos para cada estudo, em um total de 113 crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica.
Os estudos incluíram pacientes de 9 anos ou mais com um diagnóstico estabelecido de hipercolesterolemia familiar heterozigótica definido por:
Níveis de LDL-C 190 mg/dL (4,9 mmol/L);
Ou níveis de LDL-C 160 mg/dL (4,1 mmol/L) e um ou mais fatores de risco [histórico familiar de doenças cardíacas coronarianas prematuras (CHD), fumo, hipertensão, colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C) < 35 mg/dL confirmado, diabetes mellitus];
Ou defeito comprovado no ácido desoxirribonucleico (DNA) do receptor de LDL-C e níveis de LDL-C > 160 mg/dL (4,1 mmol/L) e níveis plasmáticos de triglicérides 600 mg/dL.
Os principais critérios de exclusão foram pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica; formas secundárias de dislipoproteinemia; níveis plasmáticos de triglicérides > 600 mg/dL; ALT (TGP), AST (TGO) ou níveis de creatinina > 1,5 x LSN; CK plasmática ou TSH plasmático > 2 x LSN; IMC > 30 kg/m2.
A dose inicial de fluvastatina foi 20 mg para a primeira semana e titulada (em um intervalo de 6 semanas) para 40 mg e então para 80 mg (duas vezes cápsulas de 40 mg ou comprimidos de liberação prolongada de 80 mg) se os níveis de LDL-C fossem > 3,2 mmol/L ou 3,4 mmol/L respectivamente.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C).
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico
Lescol XL: comprimido amarelo, redondo e ligeiramente biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Dizeres legais

MS – 1.0068.0041
Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150

Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo – SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira

LESCOL – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Adultos e crianças/adolescentes (a partir de 9 anos)
Colesterol e triglicérides são as gorduras mais encontradas no sangue.
O colesterol é produzido principalmente pelo fígado, ao passo que a maior parte dos triglicérides vem dos alimentos. Altos níveis de colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C, colesterol “ruim”) têm sido associados ao aumento do risco de doenças do coração e infarto. Às vezes, níveis elevados de colesterol “ruim” no sangue são acompanhados de um aumento moderado do triglicérides e baixos índices de colesterol de lipoproteínas de alta densidade (HDL-C, colesterol “bom”). É importante reduzir os níveis sanguíneos, quando elevados, de colesterol “ruim” e triglicérides. Além disso, também pode ser importante, aumentar os níveis sanguíneos de colesterol “bom”. Seu médico deve ter sugerido mudanças em sua dieta e estilo de vida a fim de atingir esses objetivos. Porém, às vezes, apenas mudanças na dieta e no estilo de vida não são suficientes. Seu médico terá, portanto, prescrito adicionalmente um tratamento com Lescol XL.
Lescol XL pode também ser indicado para prevenção de eventos cardíacos graves adicionais (por ex.: infarto) em pacientes que mantenham doença cardíaca após tratamento por cateterismo.
Lescol XL deve ser utilizado somente por adultos.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Devido ao efeito de diminuição do colesterol, Lescol XL diminui a progressão da aterosclerose coronariana, que causa o estreitamento e o enrijecimento das paredes das artérias coronárias e eventualmente seu bloqueio.
Lescol XL apresenta como substância ativa a fluvastatina, que pertence à classe das estatinas. A fluvastatina é responsável pela redução do colesterol sanguíneo, através do bloqueio de uma enzima envolvida na produção do mesmo.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Lescol XL é contraindicado se você:
tem alergia (hipersensibilidade) à fluvastatina ou a quaisquer outros componentes da fórmula;
tem doença hepática ativa ou elevação persistente e inexplicada nos valores das transaminases hepáticas;
está grávida ou amamentando.
Se alguma destas situações se aplicar a você, fale com seu médico se tomar Lescol XL.
Se você acha que pode ser alérgico, fale com seu médico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Tenha cuidado especial com Lescol XL se você:
tem doença hepática. Testes de função hepática serão feitos normalmente antes de iniciar o tratamento com Lescol XL, após aumento de dose e em intervalos diversos, durante o tratamento para verificar efeitos adversos;
sofre de doenças renais;
sofre de doenças tireoideanas;
tem histórico de distúrbios musculares;
já teve problemas musculares com outros agentes redutores de lipídeos;
tem dor, sensibilidade ou fraqueza muscular inexplicável. Estes podem ser os primeiros sinais de degradação muscular potencialmente grave;
consome álcool regularmente em grandes quantidades;
tem uma infecção grave;
tem pressão arterial muito baixa (sinais podem incluir tontura, sensação de cabeça leve);
teve uma lesão recentemente;
estiver prestes a realizar uma cirurgia;
tiver graves distúrbios metabólicos, endócrinos ou eletrolíticos tais como diabetes descompensada e baixo nível de potássio no sangue;
tiver epilepsia não controlada.
Sob estas circunstâncias, seu médico solicitará exames de sangue antes de prescrever Lescol XL.
Se alguma dessas situações se aplicar a você, seu médico deverá ser informado, antes de tomar Lescol XL.
Medicamentos utilizados para diminuir os níveis de colesterol, pertencentes desta classe (estatinas), tem um efeito sobre o metabolismo do açúcar.
Portanto, durante o tratamento com Lescol XL, informe ao seu médico:
Se você apresentar um histórico familiar de diabetes;
Se você apresentar sinais ou sintomas tais como sede excessiva, muita vontade de urinar, aumento do apetite com perda de peso ou cansaço, como esses podem ser sinais de alta concentração de açúcar no sangue.
Se durante o tratamento com Lescol XL você apresentar sinais ou sintomas tais como náuseas, vômito, perda de apetite, olhos ou pele amarelados, confusão, euforia ou depressão, dificuldade de pensamento, fala arrastada, distúrbios do sono, tremores ou hematomas ou sangramento com facilidade, estes podem ser sinais de insuficiência hepática. Nestes casos, contate o médico imediatamente.

Lescol XL e idosos
Se você tiver mais que 70 anos de idade, seu médico pode querer esclarecer se você tem fatores de risco para doenças musculares. Isto pode precisar de exames de sangue específicos.

Lescol XL e crianças/adolescentes
Lescol XL é indicado para crianças de 9 anos ou mais. O médico recomendará uma dieta apropriada para a criança.

Gravidez e lactação
Informe ao seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Se você está amamentando, consulte seu médico antes de tomar Lescol XL.
Lescol XL é contraindicado durante a gravidez e para mães que estejam amamentando.

Mulheres com potencial para engravidar
Tome as precauções adequadas para se prevenir de uma gravidez durante o tratamento com Lescol XL. Se você engravidar durante o tratamento, pare de tomar Lescol XL e procure seu médico. Seu médico discutirá com você os potenciais riscos de tomar Lescol XL durante a gravidez.

Dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não há informações sobre os efeitos de Lescol XL na habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Ingestão concomitante com outras substâncias
Informe ao seu médico ou farmacêutico sobre qualquer medicamento que esteja utilizando, incluindo medicamentos obtidos sem prescrição, antes do início ou durante o tratamento.
Lescol XL pode ser administrado sozinho ou com outro medicamento redutor de colesterol prescrito pelo seu médico.
Após tomar uma resina (por ex.: colestiramina) espere pelo menos 4 horas antes de tomar Lescol XL. Informe ao seu médico se estiver fazendo uso de:
ciclosporina (medicamento usado para suprimir o sistema imune);
fibratos (por ex.: genfibrozila), ácido nicotínico ou sequestrantes de ácidos biliares (medicamentos usados para reduzir os níveis do colesterol “ruim”);
fluconazol (medicamento usado para tratar infecções fúngicas);
rifampicina (antibiótico);
fenitoína (medicamento usado para tratar epilepsia);
anticoagulantes orais como a varfarina (medicamentos usados para diminuir a coagulação sanguínea);
glibenclamida (medicamento usado para tratar diabetes);
colchicina (medicamentos utilizados no tratamento da gota e outras condições inflamatórias).
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico
Lescol XL: comprimido amarelo, redondo e ligeiramente biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de administração
Antes de tomar Lescol XL, seu médico recomendará uma dieta pobre em colesterol. Você deve continuar com esta
dieta durante o tratamento com Lescol XL.
Siga cuidadosamente todas as orientações do seu médico. Elas podem divergir das informações contidas nesta bula. Lescol XL é indicado para crianças de 9 anos ou mais. O médico recomendará uma dieta apropriada para a criança.
A dose usual para adultos e crianças (de 9 anos ou mais) é 80 mg por dia (1 comprimido de Lescol XL 80 mg uma vez ao dia).
Seu médico dirá exatamente quantos comprimidos de Lescol XL você deverá tomar. Dependendo da sua resposta ao tratamento, seu médico poderá sugerir uma dose maior ou menor.
Lescol XL pode ser administrado com ou sem alimentação.
Tome Lescol XL a qualquer hora do dia, durante ou após as refeições, e engula os comprimidos inteiros com um copo de água.
O limite máximo de administração é 80 mg/dia. A duração do tratamento é conforme orientação médica.

Interrupção do tratamento
Lembre-se que Lescol XL não irá curar sua condição, apenas ajudará a controlá-la. Portanto, você deverá continuar
tomando Lescol XL conforme prescrito a fim de manter os níveis de colesterol “ruim” baixos. Seus níveis de colesterol devem ser verificados regularmente. Para manter os benefícios do tratamento, você não deverá interromper o
tratamento com Lescol XL, a menos que seja orientado pelo seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você se esquecer de tomar o medicamento, tome-o assim que lembrar, a não ser que faltem menos de 4 horas para a próxima dose. Nesse caso, tome apenas a próxima dose no horário usual. Não tome uma dose dobrada para compensar a dose que você esqueceu.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR? Reações adversas
Informe ao seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis.
Como todos os medicamentos, pacientes tratados com Lescol XL podem experimentar reações adversas, embora não aconteça com todos os pacientes.

Alguns efeitos adversos raros (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento) ou muito raros (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento) podem ser sérios:
Se você apresentar dor, sensibilidade ou fraqueza muscular inexplicadas, podem ser sinais potenciais de lesão muscular grave, que poderá ser evitada se seu médico interromper seu tratamento o mais rápido possível. Estas reações também podem ocorrer com outros fármacos da mesma classe do Lescol XL (estatinas);
Se você apresentar cansaço ou febre, amarelamento da pele e dos olhos, escurecimento da urina (sinais de hepatite);
Se você apresentar sinais de reações na pele, como erupções cutâneas (rash), urticária, vermelhidão, coceira, inchaço da face, pálpebras e lábios;
Se você apresentar inchaço, dificuldade para respirar ou tontura (sinais de uma reação alérgica grave);
Se você apresentar manchas roxas ou sangrar mais facilmente que o normal (sinais de uma redução do número de plaquetas);
Se você apresentar lesões avermelhadas ou arroxeadas na pele (sinais de inflamação dos vasos sanguíneos);
Se você apresentar uma erupção cutânea (rash) com vermelhidão, principalmente na face, que poder ser acompanhada por cansaço, febre, náuseas ou perda de apetite (sinais de reações semelhantes ao lúpus eritematoso);
Se você apresentar dor intensa na parte superior do estômago (sinais de uma inflamação no pâncreas).
Se você apresentar qualquer um dos efeitos acima, avise ao seu médico imediatamente.

Alguns efeitos adversos são:
Comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): Dificuldade para dormir, dor de cabeça, desconforto estomacal, dor abdominal, náuseas, valores anormais de testes sanguíneos para os músculos e fígado.
Muito raros (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): Formigamento ou dormência das mãos ou dos pés, sensibilidade alterada ou diminuída.

Outros efeitos adversos
Outros efeitos adversos ocorreram em um pequeno número de pessoas, mas sua frequência exata é desconhecida: impotência, dor, sensibilidade ou fraqueza muscular inexplicável.
Se algum desses efeitos afetar você gravemente, avise ao seu médico.
Se você apresentar qualquer outro efeito adverso não descrito nesta bula, por favor, informe ao seu médico ou farmacêutico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se você tomou acidentalmente mais Lescol XL do que deveria, avise ao seu médico imediatamente. Você pode necessitar de auxílio médico
Em estudos placebo-controlados incluindo 40 pacientes com hipercolesterolemia, doses acima de 320 mg/dia (N = 7 por grupo de dose) administradas como comprimidos de Lescol XL 80 mg por mais de duas semanas foram bem toleradas. Nenhuma recomendação específica a respeito do tratamento de superdose pode ser feita. Se uma superdose ocorrer, deverá ser tratada sintomaticamente, e quando necessárias medidas de suporte deverão ser tomadas.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS
MS – 1.0068.0041
Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150

Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo – SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira

Data da bula

30/11/2017