Norestin

NORESTIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de NORESTIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com NORESTIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Biolab

Apresentação NORESTIN

Comprimido 0,35 mg – Caixa com 35 comprimidos.

USO ORAL
USO ADULTO

COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
noretisterona…………………………………………………………………………0,35 mg
Excipientes: croscarmelose sódica, celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, talco, estearato de magnésio, lactose, corante vermelho 40.

NORESTIN – Indicações

Contracepção.
Tratamento das hemorragias uterinas disfuncionais e distúrbios do ciclo menstrual. Dismenorreia.
Tensão pré-menstrual.
Algias pélvicas.
Mastodínia.
Distúrbios da fertilidade por insuficiência progestínica.

Contra indicações de NORESTIN

Anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro não devem ser utilizados por mulheres que atualmente possuam as seguintes condições:
•Suspeita ou confirmação de gravidez
•Suspeita ou confirmação de câncer de mama
•Sangramento vaginal anormal não diagnosticado
•Hipersensibilidade a algum dos componentes da formulação
Este medicamento é contraindicado para uso por grávidas.
Categoria de risco na gravidez: X.

Advertências

Este medicamento pode interromper a menstruação por períodos prolongados e/ou causar sangramentos intermenstruais severos.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Norestin® não contém estrógenos e, portanto, esta bula não discute os riscos à saúde que têm sido associados ao componente estrogênico dos anticoncepcionais combinados. A discussão destes riscos é encontrada em informações técnicas de anticoncepcionais orais combinados. A relação entre anticoncepcionais orais que contêm progestagênio puro e seus riscos não está completamente definida. O médico deve permanecer alerta às manifestações iniciais de qualquer doença grave e descontinuar o anticoncepcional oral quando for apropriado.

Ao avaliar o risco / benefício do uso de contraceptivos orais, o médico deve estar familiarizado com as seguintes condições, as quais podem aumentar o risco de complicações associadas ao seu uso:
•Doença arterial / cardiovascular atual ou história passada;
•Tumor benigno ou maligno do fígado;
•Doença hepática aguda ou crônica com função hepática anormal;
•Fatores de risco para doença arterial, por exemplo, tabagismo, hiperlipidemia, hipertensão ou obesidade;
•Enxaqueca com aura focal;
•Gravidez ectópica anterior;
•Tabagismo.

Precauções
1. Gerais
Os pacientes devem ser alertados que este produto não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Em caso de sangramento vaginal anormal não diagnosticado, persistente ou recorrente, medidas apropriadas devem ser realizadas para excluir malignidades.
Antes da administração de pílulas contraceptivas orais devem-se aguardar três meses (ou seis meses após um quadro grave) a partir da normalização dos testes de função hepática, após qualquer hepatite.
É considerado como boa prática médica para mulheres sexualmente ativas que utilizam anticoncepcionais orais a realização de anamnese e exames anuais. O exame físico pode ser protelado até após o início da utilização do anticoncepcional oral, se solicitado pela paciente e julgado apropriado pelo médico.

2. Gravidez Ectópica
A incidência de gestações ectópicas em usuárias de anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro é de 5 por 1000 mulheres por ano, que é maior que para mulheres usando outros métodos contraceptivos, porém similar à incidência em mulheres que não usam nenhuma anticoncepção. Até 10% das gestações relatadas nos estudos clínicos com usuárias de anticoncepcionais contendo apenas progestagênio foram extrauterinas. Embora sintomas de gravidez ectópica mereçam atenção, um histórico de gravidez ectópica não precisa ser considerado como uma contraindicação ao uso deste método anticoncepcional. Os profissionais de saúde devem estar alertas quanto à possibilidade de uma gravidez ectópica em mulheres que engravidam, ou quando queixam-se de dor abdominal baixa em uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro.
Sangramento vaginal e dor abdominal são sintomas típicos de gravidez ectópica. As mulheres que relatarem estes sintomas devem ser avaliadas.

3. Atresia Folicular Tardia/ Cistos ovarianos
Caso ocorra desenvolvimento folicular, a atresia do folículo é ocasionalmente retardada e o mesmo pode continuar a crescer além do tamanho que alcançaria em um ciclo normal. Geralmente, este folículo aumentado desaparece espontaneamente. São frequentemente assintomáticos, sendo que em alguns casos são associados à dor abdominal leve. Raramente eles podem sofrer torção ou ruptura, requerendo intervenção cirúrgica.

4. Sangramento Vaginal Irregular
Padrões menstruais irregulares são comuns entre mulheres que utilizam anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro. Se o sangramento genital é sugestivo de infecção, malignidade ou outras condições anormais, tais causas não farmacológicas devem ser pesquisadas. Se ocorrer amenorreia prolongada, a possibilidade de gravidez deve ser avaliada.

5. Carcinoma de Mama e de Órgãos Reprodutivos
Diversos estudos epidemiológicos foram realizados para verificar a incidência de câncer de mama, endometrial, ovariano e cervical em mulheres usando contraceptivos orais.
Uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos mostrou que existe um risco relativo ligeiramente aumentado de ter câncer de mama diagnosticado em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais. O padrão observado de aumento de risco pode ser devido ao diagnóstico mais precoce de câncer de mama nas mulheres que usam contraceptivos orais, aos efeitos biológicos dos contraceptivos orais, ou uma combinação de ambos os fatores. Os casos adicionais de câncer de mama diagnosticados nas mulheres que usam contraceptivos orais combinados ou em mulheres que usaram contraceptivos orais combinados nos últimos 10 anos são mais propensos a serem localizados na mama e menos prováveis a terem se espalhado além da mama, do que naquelas mulheres que nunca usaram contraceptivo oral.
Câncer de mama é raro em mulheres com menos de 40 anos de idade quando usam, ou não, contraceptivos orais.
Embora o risco aumente com a idade, o número excedente de diagnósticos de câncer de mama em mulheres que fazem uso, recente ou não, de pílulas de progesterona é pequeno em relação ao risco total de câncer de mama, possivelmente de magnitude semelhante à associada ao uso de contraceptivos orais combinados. Entretanto, para as pílulas de progesterona, a evidência é baseada em uma população de usuárias muito menor e, portanto, menos conclusiva do que para os contraceptivos orais.
O fator de risco mais importante para o câncer de mama em mulheres que usam pílula de progesterona é a idade de interrupção do uso da pílula. Quanto maior a idade em que ocorre a interrupção, mais cânceres de mama são diagnosticados. A duração do uso é menos importante e o risco excedente desaparece gradualmente durante os 10 anos decorrentes após a interrupção, de modo que passados 10 anos o risco excedente parece não mais existir.
A evidência sugere que, comparado com mulheres que nunca usaram pílulas de progesterona, entre 10.000 mulheres que usam estas pílulas por até cinco anos, mas interrompem o uso até os 20 anos de idade, haveria menos do que um caso extra de câncer de mama diagnosticado em até 10 anos após. Para aquelas que interromperam o uso até os 30 anos de idade, após 5 anos de uso da pílula de progesterona, haveria um número estimado de 2 a 3 casos extras (além dos 44 casos de câncer de mama por 10.000 mulheres nesta faixa etária, nunca expostas a contraceptivos orais). Para aquelas pacientes que param até os 40 anos de idade, após 5 anos de uso, haveria um número estimado de 10 casos adicionais diagnosticados em até 10 anos após (além dos 160 casos de câncer de mama por 10.000 mulheres nesta faixa etária, nunca expostas a contraceptivos).
É importante informar as pacientes que as usuárias de todas as pílulas contraceptivas parecem ter um pequeno aumento no risco de ter diagnóstico de câncer de mama, quando comparado com não usuárias de contraceptivos orais, mas isto deve ser avaliado em relação aos benefícios conhecidos.
Alguns estudos sugerem que o uso de anticoncepcional oral tem sido associado com um aumento do risco de neoplasia cervical intraepitelial em algumas populações de mulheres. Entretanto, continua havendo controvérsias quanto à extensão que tais achados possam ser devido a diferenças no comportamento sexual e outros fatores. Não há dados suficientes para determinar se o uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro aumenta o risco de desenvolvimento de neoplasia cervical intraepitelial.

6. Neoplasia Hepática
A incidência de tumores hepáticos benignos e malignos (adenoma hepático e carcinoma hepatocelular) é rara.
Estudos de caso-controle indicaram que o risco destes tumores pode aumentar em associação ao uso e à duração da terapia com contraceptivos orais. A ruptura de adenomas hepáticos benignos pode causar óbito através de hemorragia intra-abdominal. Não existem dados suficientes para determinar se os contraceptivos à base de progestagênio puro aumentam o risco de desenvolvimento de neoplasia hepática.

7. Metabolismo de Carboidratos e Lipídeos
As alterações no metabolismo de carboidratos em indivíduos saudáveis, nos estudos clínicos, são variadas.
A maioria dos estudos mostra ausência de alteração, mas algumas usuárias podem experimentar pequena diminuição na tolerância à glicose, com aumentos da insulina plasmática. Mulheres diabéticas que utilizam anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro, geralmente não apresentam alterações em suas necessidades de insulina. No entanto, mulheres pré-diabéticas e diabéticas em particular, devem ser cuidadosamente monitoradas enquanto estiverem tomando anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro.
O metabolismo lipídico é ocasionalmente afetado, pode haver diminuição de HDL, HDL2 e apolipoproteína A-I e AII, e aumento da lipase hepática. Normalmente não há alterações no colesterol total, HDL3, LDL ou VLDL.

8. Cefaleia
O início ou exacerbação de enxaqueca ou desenvolvimento de cefaleia com um novo padrão, recorrente, persistente ou grave, requer a descontinuação do uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro e avaliação da causa.

9. Gravidez e lactação
Muitos estudos não têm encontrado efeitos no desenvolvimento fetal associados com o uso prolongado de doses contraceptivas de progestagênios orais. Os poucos estudos sobre o crescimento e desenvolvimento infantil que têm sido conduzidos não demonstraram efeitos adversos significantes. No entanto, é prudente afastar uma suspeita de gravidez antes de iniciar o uso de qualquer contraceptivo hormonal.
Na maioria das mulheres, contraceptivos com progestagênios apenas, como o Norestin® não afetaram a quantidade e qualidade do leite materno ou extensão da lactação. Entretanto, casos isolados na pós-comercialização de redução da produção de leite foram relatados. Estudos com vários contraceptivos progestagênicos orais não-combinados demonstraram que pequenas quantidades de progestagênio passam pelo leite materno resultando em níveis de esteroides no plasma do lactente. Não foram encontrados efeitos adversos sobre o desempenho da amamentação ou na saúde, crescimento ou desenvolvimento do lactente.
Pequenas quantidades de progestagênio passam para o leite materno, resultando em níveis de esteroide no plasma da criança de 1-6% dos níveis plasmáticos maternos.

10. Fertilidade após a Descontinuação
Os dados disponíveis são limitados e indicam um rápido retorno da ovulação normal e da fertilidade após a descontinuação do uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro.

11. Tabagismo
O hábito de fumar aumenta o risco de doença cardiovascular grave. Mulheres que utilizam anticoncepcionais orais devem ser firmemente orientadas a não fumar.
Em fumantes que usam anticoncepcionais orais o risco de efeitos secundários cardiovasculares aumenta em relação à idade (acima de 35 anos) e ao consumo de cigarros (15 ou mais por dia). As mulheres nestas condições deverão ser severamente advertidas para não fumarem.

Interações medicamentosas de NORESTIN

Se uma mulher em tratamento com noretisterona também utilizar um medicamento ou um fitoterápico indutor de uma enzima que metaboliza a noretisterona, principalmente a CYP3A4, deve ser aconselhada a utilizar um método contraceptivo adicional ou diferente (ex.: método de barreira). Medicamentos ou fitoterápicos que induzem tais enzimas podem diminuir as concentrações plasmáticas de noretisterona, e podem reduzir a eficácia de noretisterona ou aumentar o “sangramento de escape”.

Exemplos incluem:
•alguns antiepilépticos (por exemplo, carbamazepina, fenitoína);
•(fos)aprepitante;
•Barbitúricos;
•Bosentana;
•griseofulvina;
•alguns (combinações de) inibidores de protease do HIV (por exemplo, nelfinavir, alguns inibidores de
•protease com reforço de ritonavir);
•alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (por exemplo, nevirapina);
•rifampicina e rifabutina;
•erva de São João.

Estudos in vitro sugerem que carvão ativado se liga à noretisterona, entretanto o efeito terapêutico da noretisterona não é afetado quando o carvão ativado é administrado 3 horas após a dose prévia ou 12 horas antes da próxima dose.
Aconselha-se que os médicos consultem a bula de medicamentos utilizados concomitantemente para obter maiores informações sobre as interações com contraceptivos hormonais ou o potencial para alterações enzimáticas e a possível necessidade de ajuste de doses.

Interação com exames laboratoriais
Certos testes endócrinos, de função hepática e de componentes sanguíneos podem ser afetados pelo uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente:
•As concentrações de globulina de ligação de hormônio sexual (SHBG) podem estar diminuídas.
•As concentrações de tiroxina podem estar diminuídas devido a uma diminuição da globulina de ligação da tireoide (TBG).

Reações adversas / efeitos colaterais de NORESTIN

Dados de Estudos Clínicos
A segurança de noretisterona foi avaliada em 3.099 indivíduos em 2 estudos clínicos. Destes, 2.925 indivíduos participaram de um estudo clínico de noretisterona 0,35 mg administrado diariamente e 174 indivíduos participaram de um estudo clínico de noretisterona 0,35 mg/dia administrado em 21 dias por ciclo. As Reações Adversas relatadas por ≥ 1% de indivíduos tratados com noretisterona são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1. Reações Adversas ao Medicamento Relatadas por ≥1% dos Indivíduos tratados com noretisterona em 2 estudos clínicos com noretisterona.

Classe de Sistema/Órgão

Reação adversa

Noretisterona

%

(n = 3,099)

Distúrbios do Sistema Nervoso

 

Dor de cabeça

5,6

Tontura

1,8

Distúrbios Gastrintestinal

 

Náusea

8,7

Vômito

2,0

Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas

 

Metrorragia

34,3

Amenorreia

5,4

Sensibilidade nas mamas

1,3

Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração

 

Fadiga

1,0

Investigações

 

Aumento de peso

1,0


As Reações Adversas relatadas por <1% dos indivíduos tratados com norestisterona nos estudos clínicos anteriormente citados são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2. Reações Adversas ao Medicamento Relatadas por <1% dos indivíduos tratados com noretisterona em 2 estudos clínicos de noretisterona

Classe de Sistema/Órgão
Reação Adversa

Distúrbios psiquiátricos
Depressão
Nervosismo

Distúrbios Gastrintestinais
Distúrbio Gastrintestinal

Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo
Acne
Hirsutismo

Distúrbios do Tecido Conjuntivo e Musculoesquelético
Dor nas extremidades

Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas
Secreção Genital

Distúrbios Gerais e Condições no Local de Administração
Edema

Dados de Pós-Comercialização
As Reações Adversas são apresentadas por frequência baseada nas taxas de relatos espontâneos.

Muito rara (<1/10.000): reação anafilactoide/anafilática, hipersensibilidade; dor abdominal, hepatite, icterícia colestática; alopecia, erupção cutânea, erupção cutânea prurítica; gravidez ectópica; dor nas mamas, atraso na menstruação, menstruação irregular, cisto ovariano, lactação suprimida, hemorragia vaginal, menorragia e sangramento de privação quando o produto é interrompido.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

NORESTIN – Posologia

Tomar 1 comprimido ao dia, por via oral, sempre na mesma hora, ininterruptamente, iniciando o tratamento a partir do primeiro dia da menstruação. A medicação não deve ser interrompida durante o fluxo menstrual.

Recomendações para administração
Os comprimidos devem ser tomados todos os dias, sempre na mesma hora.
Para a obtenção do efeito terapêutico desejado, é necessário que Norestin® seja tomado com a regularidade preconizada.
Qualquer alteração no esquema posológico fica a critério médico.

Adultos
A administração deve ser contínua, não deve haver intervalos entre uma embalagem e outra. A próxima embalagem de Norestin® deve sempre estar pronta para uso, e deve ser iniciada no dia seguinte ao término da última embalagem.
O primeiro ciclo de terapia deve ter início no primeiro dia do período menstrual: um comprimido ao dia com água sempre na mesma hora do dia por 28 dias. Se este procedimento for corretamente seguido,
Norestin® protege contra a gravidez a partir do primeiro dia de uso.

Crianças
A segurança e a eficácia de Norestin® foram estabelecidas em mulheres em idade reprodutiva. Espera-se que a segurança e a eficácia sejam semelhantes em adolescentes pós-puberais com menos de 16 anos e em usuárias com 16 anos ou mais. O uso de Norestin® antes da menarca não é indicado.

Pacientes Idosas
O uso de Norestin® em mulheres na pós-menopausa não é indicado.

Uso após o parto
As mulheres que não forem amamentar podem iniciar a terapia com contraceptivo oral à base de progestagênio puro imediatamente após o parto. Aquelas que estão amamentando devem iniciar
Norestin® 6 semanas após o parto.
Entretanto, em mulheres que não estão amamentando exclusivamente com leite materno (mulheres que estão complementando com alguma fórmula ou alimento) a fertilidade pode retornar após 4 semanas do parto, sendo que a possibilidade de gravidez deve ser considerada quando Norestin® for iniciado depois de 4 semanas pós parto.

Uso após aborto
Após a ocorrência de um aborto, contraceptivos orais à base de progestagênio puro podem ser iniciados no dia seguinte. Como a fertilidade pode retornar em 10 dias após o aborto, a possibilidade de gravidez deve ser considerada quando se iniciar Norestin® depois de 10 dias da ocorrência do aborto.

Sangramento de escape ou “spotting”
Na eventualidade de ocorrência de sangramento de escape ou “spotting”, o tratamento deve ser continuado.
Sangramento de escape é frequente em mulheres em uso de contraceptivo oral à base de progestagênio puro. Se o sangramento de escape persistir ou se for acompanhado de dor abdominal, uma avaliação médica adicional deve ser considerada.

Em caso de vômito
Se ocorrer vômito no período de 2 horas após a administração do comprimido ou se ocorrer diarreia grave por um período maior do que 24 horas, a eficácia da contracepção pode ser reduzida. O tratamento não deve ser interrompido e, no dia seguinte, Norestin® deve ser administrado normalmente no horário habitual. Deve ser utilizado outro método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo) durante a doença e nas 48 horas seguintes.

Caso ocorra esquecimento de tomar o comprimido
Se ocorrer esquecimento de tomar o comprimido por mais de três horas além do horário habitual:
1.Tomar o comprimido assim que tenha se lembrado.
2.Voltar a tomar o próximo comprimido no horário habitual, mesmo que isto signifique tomar 2 comprimidos em 1 dia.
3.Utilizar um método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo) a cada vez que tiver relações sexuais nas 48 horas seguintes.
4.Caso o esquecimento seja de dois ou mais comprimidos sequenciais, utilizar um método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo) a cada vez que tiver relações sexuais e procurar o serviço médico para orientação.

Para trocar de comprimidos anticoncepcionais
Se for realizar a troca de anticoncepcionais orais combinados para Norestin®, tomar o primeiro comprimido no dia seguinte ao que tomar o último comprimido combinado. A paciente deve ser alertada que muitas mulheres têm períodos irregulares após trocar para anticoncepcionais à base de progestagênio puro, na maioria das vezes transitório.

Super dosagem

Não foram relatados efeitos adversos sérios após a ingestão aguda de doses elevadas de contraceptivos orais. A superdose pode causar náusea, vômito e, em mulheres jovens, sangramento vaginal. Não existem antídotos e o tratamento deve ser sintomático
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Descrição
Norestin® é uma medicação progestínica em dose adequada para uso contínuo que satisfaz plenamente, do ponto de vista terapêutico, como substância controladora dos distúrbios do ciclo menstrual e da fertilidade.
O uso ininterrupto da noretisterona produz alterações bioquímicas do muco cervical e adaptações endometriais típicas da fase luteínica do ciclo menstrual, ligadas à fisiologia feminina da menstruação e da fertilidade.
O índice de falha durante o primeiro ano de uso é de 0,5% quando usado rigorosamente como recomendado e de cerca de 5% quando da ocorrência de atraso ou omissão na tomada do medicamento. O risco de gravidez aumenta a cada esquecimento de tomada de comprimido durante o ciclo menstrual.
Além da nítida atividade progestacional, destacamos a ínfima toxicidade e a sua eficácia e segurança.
Em uso contínuo, noretisterona tem sido empregado, com bastante sucesso, nos distúrbios do ciclo menstrual, notadamente a dismenorreia, tensão pré-menstrual, algias pélvicas e mastodínia, proporcionando o controle de várias condições ginecológicas, relacionadas com a ação hormonal progestínica.
Se o procedimento de uso for corretamente seguido, Norestin® protege contra a gravidez a partir do primeiro dia de uso.

Propriedades Farmacodinâmicas
Pílulas à base de progestagênio puro evitam a gravidez através de diferentes mecanismos independentes, com extensa variação interindividual e intraindividual. Cinco formas de ação foram descritas. São elas:
1.Inibição da ovulação em aproximadamente metade dos ciclos.
2.Diminuição dos picos de LH e de FSH no meio do ciclo.
3.Redução do deslocamento do óvulo nos tubos uterinos.
4.Espessamento do muco cervical para impedir a penetração do espermatozoide.
5.Alteração do endométrio, tornando-o desfavorável à implantação do óvulo.

Propriedades Farmacocinéticas
A noretisterona é absorvida rapidamente após a administração oral. A biodisponibilidade da noretisterona é cerca de 60% (47 – 73% em vários estudos), sendo parte dela inativada durante o metabolismo de primeira passagem no intestino e no fígado.
O pico do nível de progestina sérica é atingido aproximadamente duas horas após a administração oral, seguido de rápida distribuição e eliminação. Vinte e quatro horas após a administração oral, os níveis séricos estão próximos aos níveis de base, tornando a eficácia dependente de uma rigorosa aderência ao esquema posológico. A administração de progestagênio puro resulta em um nível de progestina sérica no estado de equilíbrio e meia-vida de eliminação menores do que quando há administração concomitante com estrogênios.

Resultados de eficacia

Em humanos, a noretisterona provou ser um inibidor altamente efetivo da ovulação. 1 O contraceptivo oral noretisterona previne a concepção através da supressão da ovulação em aproximadamente metade das usuárias, do espessamento do muco cervical para inibir a penetração do esperma, da diminuição do ciclo médio do hormônio luteinizante e de picos hormonais de estimulação folicular, da diminuição do movimento do óvulo pelas trompas de falópio, e afetando adversamente a implantação por alteração do endométrio.2
Se usados perfeitamente, a taxa de falha no primeiro ano para contraceptivos orais à base de progestagênios é de somente 5%. No entanto, a taxa de falha típica é estimada como próxima a 5%, devido a pílulas atrasadas ou omitidas. A tabela 1 lista as taxas de gravidez para usuárias de todos os principais métodos de contracepção. 3

Tabela 1: Porcentagem de mulheres experienciando uma gravidez indesejada durante o primeiro ano de uso típico e o primeiro ano de uso perfeito de contraceptivos e a porcentagem continuando o uso ao final do primeiro ano. Estados Unidos.

Método

% de mulheres experienciando uma

gravidez indesejada dentro do primeiro ano de uso

% de mulheres continuando o uso no 1º ano3

Uso típico1

 

Uso perfeito2

 

 

 

Sem uso de método contraceptivo4

85

85

 

Espermecidas5

26

6

40

Abstinência periódica

Tabelinha (Ogino-Knaus)

Método de ovulação

Sintotérmico

Pós-ovulação

25

 

 

 

 

 

9

3

2

1

63

 

 

 

 

Capuz cervical

Mulheres com paridade

Mulheres nuligestas

 

40

20

 

26

9

42

56

Esponja cervical

Mulheres com paridade

Mulheres nuligestas

 

40

20

 

20

9

42

56

Diafragma

20

6

56

Coito interrompido

19

4

 

Preservativo

Feminino

Masculino

 

21

14

 

5

3

 56

61

Pílula

Progestagênio somente

Combinada

5

 

 

 

0,5

0,1

 

Dispositivo intrauterino

Cobre T380A

Sistema intrauterino de

liberação hormonal –

levonorgestrel 20 mcg/dia

 

0,8

0,1

 

 

 

0,6

0,1

 

 

 78

81

 

Depo-Provera®

0,3

0,3

70

Norplant® e Norplant-2®

0,05

0,05

88

Esterilização feminina

0,5

0,5

100

Esterilização masculina

0,15

0,10

100


Fonte: referência 1

1Dentre os casais típicos que iniciam o uso de um método (não necessariamente pela primeira vez), a porcentagem daqueles que experienciam uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não pararam o uso por qualquer outra razão.
2Dentre os casais que iniciaram o uso de um método (não necessariamente pela primeira vez) e aqueles que o usaram perfeitamente (ambos consistente e corretamente), a porcentagem daqueles que experienciaram uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não pararam o uso por nenhuma outra razão.
3Dentre os casais tentando evitar gravidez, a porcentagem que continuou a usar o método por 1 ano.
4As porcentagens em mulheres experienciando uma gravidez não pretendida dentro do primeiro ano de uso foram baseadas em dados de população onde a contracepção não é usada e de mulheres que cessaram o uso de contracepção com o intuito de engravidarem. Dentre estas populações, cerca de 89% engravidaram dentro de 1 ano. Esta estimativa diminuiu levemente (para 85%) para representar a porcentagem que iria engravidar dentro de 1 ano dentre as mulheres agora contando com métodos reversíveis de contracepção se elas abandonassem a contracepção como um todo.
5Espuma, cremes, géis, supositórios vaginais, e filme vaginal.
6Método do muco cervical (ovulação) suplementado por calendário na fase pré-ovulatória e temperatura basal corporal na fase pós-ovulatória.
7Com creme ou geleia espermicida.
8Sem espermicidas.

A eficácia de noretisterona como um contraceptivo oral foi avaliada em 2.925 pacientes em um estudo clínico de noretisterona 0,35 mg administrado diariamente. Um total de 1.801 pacientes completaram 6 meses de terapia, 1.380 pacientes completaram 12 meses, 828 completaram 18 meses, 203 pacientes completaram 24 meses, e 24 pacientes completaram 30 meses de terapia.
Durante o total de 26.713 meses de terapia, 52 casos de gravidez foram registrados (taxa de gravidez de 2,34 por 100 mulheres-ano). Destes, 26 casos de gravidez foram relatadas como associadas ao uso incorreto dos comprimidos. Os 26 casos de gravidez restantes foram relatados como associados à falha do método (taxa de gravidez de 1,17 por 100 mulheres-ano).

As taxas cumulativas de gravidez para este estudo estão mostradas na Tabela 2.

Meses de terapia Meses de uso Falha do método Uso incorreto dos comprimidos
n(%) pacientes
1 2.925 0 1 (0,41)
2 5.705 0 1 (0,21)
3 8.231 1 (0,15) 6 (0,87)
4 10.475 2 (0,23) 7 (0,80)
5 12.505 5 (0,48) 10 (0,96)
6 14.305 6 (0,50) 11 (0,92)
7 15.905 9 (0,68) 11 (0,83)
8 17.324 9 (0,63) 12 (0,84)
9 18.593 12 (0,77) 13 (0,84)
10 19.681 14 (0,85) 14 (0,85)
11 20.634 15 (0,87) 15 (0,87)
12 21.465 17 (0,95) 15 (0,84)
13 22.181 18 (0,97) 17 (0,92)
14 22.790 20 (1,05) 17 (0,90)
15 23.338 22 (1,13) 18 (0,93)
16 23.831 25 (1,26) 19 (0,96)
17 24.270 25 (1,24) 23 (1,14)
18 24.649 26 (1,27) 25 (1,22)
19 24.982 26 (1,25) 25 (1,20)
20 25.281 26 (1,23) 26 (1,23)
21 25.554 26 (1,22) 26 (1,22)
22 25.803 26 (1,21) 26 (1,21)
23 26.027 26 (1,20) 26 (1,20)
24 26.230 26 (1,19) 26 (1,19)
25 26.394 26 (1,18) 26 (1,18)
26 26.495 26 (1,18) 26 (1,18)
27 26.559 26 (1,17) 26 (1,17)
28 26.597 26 (1,17) 26 (1,17)
29 26.713 26 (1,17) 26 (1,17)


Tabela 2: Taxa cumulativa de gravidez. Estudo clínico com 30 meses com noretisterona.

Referências bibliográficas
1Rudel HW, Kincl FA. The biology of anti-fertility steroids. Acta Endocrinol (Copenh). 1966;51(Suppl105):1-45.
2ORTHO MICRONOR® Tablets (norethindrone). United States Patient Information. June 2008.
3Trussel J. Contraceptive efficacy. In Hatcher RA, Trussel J, Stewart F, Cates W, Stewart GK, Kowal D, Guest F. (1998). Contraceptive Technology: Seventeenth Revised Edition. New York NY: Ardent Media, Inc. p. 216-221, 405, 408, 785. Doc ID EDMS-USRA-4040755.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da umidade.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto
Norestin®: Comprimido de cor rosa, podendo apresentar pontos de coloração rósea mais intensa, circular, de faces paralelas, liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Registro MS 1.0974.0101
Farm. Resp.: Dr. Dante Alario Jr. – CRF-SP nº 5143

BIOLAB SANUS Farmacêutica Ltda
Av. Paulo Ayres, 280
Taboão da Serra SP 06767-220
SAC 0800 724 6522
CNPJ 49.475.833/0001-06
Indústria Brasileira

NORESTIN – Bula para o paciente

1. PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este produto (assim como todos os contraceptivos orais) é usado para prevenir a gravidez. Não protege contra a infecção pelo vírus HIV (vírus da AIDS) ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Leia atentamente as informações a seguir antes de iniciar o tratamento.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Norestin® é uma medicação a base de progestagênio em dose adequada para uso contínuo que satisfaz plenamente, do ponto de vista terapêutico, como substância controladora dos distúrbios do ciclo menstrual e da fertilidade.
Quando utilizado como contraceptivo, seu índice de falha durante o primeiro ano de uso é de 0,5% quando usado rigorosamente como recomendado, é de cerca de 5% quando da ocorrência de atraso ou omissão na tomada do medicamento.
Se o procedimento de uso for corretamente seguido, Norestin® protege contra a gravidez a partir do primeiro dia de uso.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento é contraindicado se você:
-está grávida ou suspeita que esteja grávida;
-tem ou suspeita que tenha câncer de mama;
-apresenta sangramento vaginal anormal não diagnosticado;
-apresenta hipersensibilidade (alergia) a algum dos componentes do medicamento.
Este medicamento é contraindicado para uso por grávidas.
Categoria de risco na gravidez: X.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento pode interromper a menstruação por períodos prolongados e/ou causar sangramentos intermenstruais severos.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Ao avaliar o risco/benefício do uso de anticoncepcionais orais, o médico deve estar familiarizado com as seguintes condições, as quais podem aumentar o risco de complicações associadas ao seu uso:
•Doença arterial/cardiovascular atual ou história passada;
•Tumor benigno ou maligno do fígado;
•Doença hepática aguda ou crônica com função hepática anormal;
•Fatores de risco para doença arterial, por exemplo, fumo, alteração do colesterol e suas frações, pressão alta ou obesidade;
•Dor de cabeça com sintomas e sinais premonitórios (enxaqueca com aura focal);
•Gravidez fora do útero (ectópica) anterior;
•Fumo.

Precauções
1. Gerais
Este produto não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis. Em caso de sangramento vaginal anormal não diagnosticado, persistente ou recorrente, procurar o seu médico para que ele avalie o fato e exclua a possibilidade de malignidades.
É considerado como boa prática médica para mulheres sexualmente ativas que utilizam anticoncepcionais orais a realização de anamnese (histórico dos antecedentes de uma doença) e exames anuais. O exame físico pode ser protelado até após o início da utilização do anticoncepcional oral, se solicitado pela paciente e julgado apropriado pelo médico.

2. Gravidez fora do útero
Os profissionais de saúde devem estar alertas quanto à possibilidade de uma gravidez fora do útero (ectópica) em mulheres que engravidam, ou quando queixam-se de dor abdominal baixa em uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente.
Sangramento vaginal e dor abdominal são sintomas típicos de gravidez fora do útero (ectópica). As mulheres que relatarem estes sintomas devem ser avaliadas.

3. Falha no desenvolvimento dos folículos ovarianos/ Cistos ovarianos
Caso ocorra desenvolvimento folicular, a falha no desenvolvimento dos folículos ovarianos é ocasionalmente retardada e o mesmo pode continuar a crescer além do tamanho que alcançaria em um ciclo normal. Geralmente, este folículo aumentado desaparece espontaneamente. Frequentemente não apresentam sintomas, sendo que em alguns casos são associados à leve dor na barriga. Raramente eles podem sofrer torção ou ruptura, requerendo intervenção cirúrgica.

4. Sangramento Vaginal Irregular
Padrões menstruais irregulares são comuns entre mulheres que utilizam anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente. Se o sangramento genital sugerir infecção, câncer ou outras condições anormais, tais causas não farmacológicas devem ser pesquisadas pelo seu médico. Se ocorrer ausência de menstruação prolongada, a possibilidade de gravidez deve ser avaliada.

5. Câncer de Mama e de Órgãos Reprodutivos
Existe um risco relativo ligeiramente aumentado de ter câncer de mama diagnosticado em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais.
O fator de risco mais importante para o câncer de mama em mulheres que usam pílula de progesterona é a idade de interrupção do uso da pílula. Quanto maior a idade em que ocorre a interrupção, mais cânceres de mama são diagnosticados.

Atenção usuárias: todas as pílulas contraceptivas parecem ter um pequeno aumento no risco de ter diagnóstico de câncer de mama, quando comparado com não usuárias de contraceptivos orais, mas isto deve ser avaliado em relação aos benefícios conhecidos.
Não há dados suficientes para determinar se o uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente aumenta o risco de desenvolvimento de neoplasia cervical intra-epitelial.

6. Tumor no fígado
A incidência de tumores no fígado benignos e malignos (adenoma do fígado e carcinoma hepatocelular) é rara.
Estudos de caso-controle indicaram que o risco destes tumores pode aumentar em associação ao uso e à duração da terapia com anticoncepcionais orais. A ruptura de adenomas no fígado benignos pode causar morte através de hemorragia intra-abdominal. Não existem dados suficientes para determinar se os anticoncepcionais à base apenas de progestagênio aumentam o risco de desenvolvimento de neoplasia (tumores) do fígado.

7. Metabolismo de Carboidratos e Lipídeos
As alterações no metabolismo de carboidratos (“açúcares”) em indivíduos saudáveis, nos estudos clínicos, são variadas.
A maioria dos estudos mostra ausência de alteração, mas algumas usuárias podem experimentar pequena diminuição na tolerância à glicose, com aumentos da insulina plasmática. Mulheres diabéticas que utilizam anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente, geralmente não apresentam alterações em suas necessidades de insulina. No entanto, mulheres pré-diabéticas e diabéticas em particular, devem ser cuidadosamente monitoradas enquanto estiverem tomando anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente.
O metabolismo lipídico (ex.: colesterol e suas frações) é ocasionalmente afetado, pode haver diminuição de HDL, HDL2 e apolipoproteína A-I e A-II, e aumento da lipase hepática. Normalmente não há alterações no colesterol total, HDL3, LDL ou VLDL.

8. Dor de cabeça
O início ou exacerbação de enxaqueca (dor de cabeça) ou desenvolvimento de dor de cabeça com um novo padrão, recorrente, persistente ou grave, requer a descontinuação do uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente e avaliação da causa.

9. Gravidez: Havendo suspeita de gravidez, avise imediatamente seu médico e não tome nenhuma pílula até que seja devidamente esclarecida a situação. Você deve fazer o teste de gravidez sempre que houver um período de tempo maior que 45 dias desde o início do último período menstrual, ou quando houver atraso menstrual após o esquecimento de uma ou mais pílulas, tendo mantido relações sexuais sem o uso de outro método anticoncepcional. Caso você queira engravidar, simplesmente pare de tomar a pílula.
Norestin® não diminui sua capacidade de engravidar.

10.Amamentação: Norestin® não afeta a qualidade e a quantidade do seu leite ou a saúde do seu bebê. Informar ao médico se está amamentando.

11.Fertilidade após a Descontinuação
Os dados disponíveis são limitados e indicam um rápido retorno da ovulação normal e da fertilidade após a descontinuação do uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente.

12. Fumo
O hábito de fumar aumenta o risco de doença cardiovascular grave. Mulheres que utilizam anticoncepcionais orais devem ser firmemente orientadas a não fumar.
Em fumantes que usam anticoncepcionais orais o risco de efeitos secundários cardiovasculares aumenta em relação à idade (acima de 35 anos) e ao consumo de cigarros (15 ou mais por dia). As mulheres nestas condições não devem fumar.

– Interações Medicamentosas
O efeito de Norestin® pode ser reduzido com o uso concomitante de preparações a base de Erva de São João (Hypericum perforatum), alguns antiepilépticos (por exemplo, carbamazepina, fenitoína), (fos)aprepitante, bosentana, barbitúricos, rifampicina e rifabutina, griseofulvina, alguns (combinações de) inibidores de protease do HIV (por exemplo, nelfinavir, alguns inibidores de protease com reforço de ritonavir), e alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (por exemplo, nevirapina).
Se você faz uso de algum desses medicamentos, seu médico pode aconselhá-la a utilizar um método anticoncepcional adicional ou diferente (ex.: método de barreira).

– Interação com exames laboratoriais
Certos testes endócrinos, de função do fígado e de componentes do sangue podem ser afetados pelo uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente:
•As concentrações de globulina de ligação de hormônio sexual (SHBG) podem estar diminuídas.
•As concentrações de tiroxina podem estar diminuídas devido a uma diminuição da globulina de ligação da tireoide (TBG).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto
Norestin®: Comprimido de cor rosa, podendo apresentar pontos de coloração rósea mais intensa, circular, de faces paralelas, liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
As pílulas devem ser tomadas todos os dias, por via oral, sempre na mesma hora. Cada vez que você toma a pílula atrasada, e especialmente se você se esquecer de tomá-la, você corre o risco de ficar grávida.
A administração deve ser contínua, não deve haver intervalos entre uma cartela e outra. Tenha sempre a próxima embalagem de Norestin® pronta para uso. Comece a próxima embalagem de pílulas no dia seguinte ao término da última embalagem.
Você deve começar a tomar a primeira pílula no primeiro dia da menstruação.
Não inicie o tratamento com este produto, sem prescrição médica.
Para trocar de pílulas anticoncepcionais, consulte seu médico.

Para trocar de comprimidos anticoncepcionais
Se for realizar a troca de anticoncepcionais orais combinados para Norestin®, tomar o primeiro comprimido no dia seguinte ao que tomar o último comprimido combinado. Muitas mulheres têm períodos irregulares após trocar para anticoncepcionais à base de progestagênio somente, na maioria das vezes transitórios.

Uso após o parto
As mulheres que não forem amamentar podem iniciar a terapia com contraceptivo oral à base de progestagênio somente, imediatamente após o parto. Aquelas que estão amamentando devem iniciar
Norestin® 6 semanas após o parto. Entretanto, em mulheres que não estão amamentando exclusivamente com leite materno (mulheres que estão complementando com alguma fórmula ou alimento) a fertilidade pode retornar após 4 semanas do parto, sendo que a possibilidade de gravidez deve ser considerada quando Norestin® for iniciado depois de 4 semanas pós-parto.

Uso após aborto
Após a ocorrência de um aborto contraceptivos orais à base de progestagênio somente podem ser iniciados no dia seguinte. Como a fertilidade pode retornar em 10 dias após o aborto, a possibilidade de gravidez deve ser considerada quando se iniciar Norestin® depois de 10 dias da ocorrência do aborto.

Sangramento de escape ou “spotting”
Na eventualidade de ocorrência de sangramento de escape ou “spotting”, o tratamento deve ser continuado.
Sangramento de escape é frequente em mulheres em uso de contraceptivo oral à base de progestagênio somente.
Se o sangramento de escape continuar ou se for acompanhado de dor abdominal, uma avaliação médica adicional deve ser considerada.

Em caso de vômito
Se ocorrer vômito no período de 2 horas após a administração do comprimido ou se ocorrer diarreia grave por um período maior do que 24 horas, a eficácia da contracepção pode ser reduzida. O tratamento não deve ser interrompido e, no dia seguinte, Norestin® deve ser administrado normalmente no horário habitual. Deve ser utilizado outro método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo) durante a doença e nas 48 horas seguintes.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você esqueceu de tomar a pílula por mais de três horas além do horário habitual:
1.Tome a pílula assim que você tenha se lembrado.
2.Volte a tomar a próxima pílula no horário habitual, mesmo que isto signifique tomar dois comprimidos no mesmo dia.
3.Você deve usar um outro método anticoncepcional de segurança (preservativo, por exemplo) a cada vez que tiver relações sexuais nas 48 horas seguintes.
4.Caso o esquecimento seja de dois ou mais comprimidos sequenciais, utilizar um método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo) a cada vez que tiver relações sexuais e procurar o serviço médico para orientação.
Se você não estiver segura sobre o procedimento a ser tomado em caso de esquecimento, continue tomando os comprimidos de Norestin® e utilizando outro método anticoncepcional para maior segurança e consulte o seu médico para orientação mais específica.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações adversas identificadas com utilização de noretisterona são apresentadas a seguir.

– Nos estudos clínicos
Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): metrorragia (sangramentos uterinos fora do ciclo menstrual).
Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça, tontura, náusea, vômito, amenorreia (ausência de menstruação), sensibilidade nas mamas, fadiga e aumento de peso.
Reações Adversas relatadas por <1% dos Pacientes: depressão, nervosismo, distúrbio gastrintestinal, acne, hirsutismo (presença de pelos mais grossos e pigmentados), dor nas extremidades, secreção genital e edema (inchaço).

– Na pós-comercialização
Muito rara (<1/10.000): reação anafilactoide/anafilática, hipersensibilidade (alergia); dor abdominal, hepatite, icterícia colestática; alopecia (queda de cabelos), erupção cutânea, erupção cutânea prurítica; gravidez ectópica (fora do útero); dor nas mamas, atraso na menstruação, menstruação irregular, cisto ovariano, lactação suprimida, hemorragia vaginal, menorragia (menstruação excessiva e frequente com ciclo regular) e sangramento de privação quando o produto é interrompido.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do sistema de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Não foram relatados efeitos adversos graves após a ingestão aguda de doses elevadas de anticoncepcionais orais.
A superdose pode causar náusea, vômito e, em mulheres jovens, sangramento vaginal. Não existem antídotos e o tratamento deve ser sintomático
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

13/10/2014