Paraplatin

PARAPLATIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PARAPLATIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PARAPLATIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Bristol

Apresentação PARAPLATIN

PARAPLATIN 50 mg, 150 mg e 450 mg solução injetável é apresentado em cartucho com 1 frascoampola
de 5, 15 e 45 mL, respectivamente, contendo 50, 150 e 450 mg de carboplatina.
USO ADULTO

PARAPLATIN – Indicações

PARAPLATIN está indicado no tratamento do carcinoma avançado de ovário, como: a) terapia de primeira linha; b) terapia de segunda linha, após outros tratamentos haverem falhado. Está também indicado no tratamento do carcinoma de pequenas células de pulmão e no carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. Respostas significativas têm sido observadas quando PARAPLATIN é empregado no tratamento do carcinoma de colo uterino. Freqüentemente PARAPLATIN é utilizado em combinação com outros agentes quimioterápicos em várias indicações, como com paclitaxel no tratamento do carcinoma avançado de ovário.

Contra indicações de PARAPLATIN

PARAPLATIN é contra-indicado para pacientes com histórico de reações alérgicas graves à carboplatina, a outros compostos que contenham platina; pacientes portadores de insuficiência renal grave, a menos que o médico e o paciente considerem que os possíveis benefícios do tratamento superem os riscos; pacientes com mielodepressão grave; pacientes com tumores que apresentem hemorragia.

Advertências

PARAPLATIN (carboplatina) deve ser empregado somente por profissionais experientes no uso de agentes quimioterápicos antineoplásicos. Devem ser feitas, regularmente, contagens sangüíneas, bem como testes da função hepática e renal, e o uso da droga deverá ser descontinuado caso ocorra depressão anormal da medula óssea ou funcionamento renal ou hepático anormais.
Reações Alérgicas
Como ocorrem com outros compostos de platina, reações alérgicas com PARAPLATIN têm sido relatadas. Estas podem ocorrer após minutos da administração e devem ser controladas com uma terapia de suporte adequada. Há um risco aumentado de reações alérgicas, incluindo anafilaxia, em pacientes previamente expostos à terapia com platina (vide CONTRA-INDICAÇÕES e REAÇÕES ADVERSAS/Reações Alérgicas).
Toxicidade Hematológica
A leucopenia, neutropenia e trombocitopenia são dependentes e limitantes da dose. Contagens do sangue periférico devem ser monitoradas freqüentemente durante o tratamento com PARAPLATIN e, em caso de toxicidade, até que ocorra a recuperação. A data média do nadir é o 21º dia em pacientes recebendo PARAPLATIN como agente único e o 15º dia em pacientes recebendo PARAPLATIN em combinação com outros agentes quimioterápicos. De modo geral, ciclos únicos intermitentes de PARAPLATIN não devem ser repetidos até que as contagens de leucócitos, neutrófilos e plaquetas tenham retornado ao normal. A anemia é freqüente e cumulativa. A transfusão sangüínea é freqüentemente necessária durante o tratamento com PARAPLATIN, particularmente em pacientes recebendo terapia prolongada. A gravidade da mielodepressão é maior em pacientes que sofreram tratamento anterior (em particular com a cisplatina) e/ou em pacientes com função renal alterada. As dosagens iniciais de PARAPLATIN nestes grupos de pacientes devem ser reduzidas apropriadamente (vide POSOLOGIA) e os efeitos cuidadosamente monitorados através de contagens sangüíneas freqüentes entre os ciclos. A terapia combinada de PARAPLATIN com outras formas de tratamento mielodepressivo deve ser planejada muito cuidadosamente com relação às dosagens e ao tempo, de modo a minimizar os efeitos aditivos.
Toxicidade Neurológica
Muito embora a toxicidade neurológica periférica seja geralmente rara e branda, a sua freqüência é maior em pacientes com mais de 65 anos de idade e/ou em pacientes previamente tratados com a cisplatina. A estabilização e a melhora da neurotoxicidade pré-existente induzida pela cisplatina ocorreram em cerca de metade dos pacientes que receberam PARAPLATIN como tratamento secundário. Distúrbios visuais, incluindo perda de visão, têm sido raramente relatados após o uso de PARAPLATIN quando pacientes com insuficiência renal recebem doses maiores que as recomendadas. A visão parece recuperar-se totalmente ou a um grau significativo dentro de semanas após a interrupção dessas altas doses.
Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade.
O potencial carcinogênico da carboplatina não foi estudado, porém compostos com mecanismos de ação e mutagenicidade similares têm sido relatados como carcinogênicos. A carboplatina demonstrou ser mutagênica tanto in vitro quanto in vivo.

Interações medicamentosas de PARAPLATIN

Não é recomendável o uso de PARAPLATIN com outros compostos nefrotóxicos (vide ADVERTÊNCIAS).

Reações adversas / efeitos colaterais de PARAPLATIN

A freqüência das reações adversas, abaixo relatadas, está baseada em dados cumulativos de 1.893 pacientes recebendo PARAPLATIN como agente único e na experiência de póscomercialização.
Hematológicos
A mielodepressão é a toxicidade dose-limitante de PARAPLATIN. Em pacientes com valores basais normais, trombocitopenia com contagem de plaquetas abaixo de 50.000/mm3 ocorreu em 25% dos pacientes, neutropenia com contagem de granulócitos abaixo de 1.000/mm3, em 18% dos pacientes e leucopenia com contagem de leucócitos abaixo de 2.000/mm3, em 14% dos pacientes. O nadir geralmente ocorre no 21º dia (e no 15º dia em pacientes recebendo PARAPLATIN em combinação). No 28º dia, o restabelecimento da contagem de plaquetas acima de 100.000/mm3 ocorre em 90% dos pacientes, o restabelecimento de neutrófilos acima de 2.000/mm3 ocorre em 74% e o restabelecimento dos leucócitos acima de 4.000/mm3 ocorre em 67% dos pacientes. Neutropenia febril também tem sido relatada em experiência de pós-comercialização.
A mielotoxicidade é mais grave em pacientes previamente tratados, em particular com a cisplatina, e em pacientes com a função renal prejudicada. Pacientes em mal estado geral também apresentaram maior leucopenia e trombocitopenia. Estes efeitos, embora geralmente reversíveis, têm resultado em infecções e complicações hemorrágicas em 4% e 5%, respectivamente, dos pacientes que receberam PARAPLATIN. Estas complicações levaram à morte menos de 1% dos pacientes. Anemia com taxa de hemoglobina abaixo de 11 g/dL tem sido observada em 71% dos pacientes com valores basais normais. A incidência de anemia aumenta com o aumento da exposição a PARAPLATIN. Transfusão de apoio tem sido administrada em 26% dos pacientes recebendo PARAPLATIN. A mielodepressão pode ser agravada pela combinação de PARAPLATIN com outros agentes ou formas de tratamento mielodepressivos.
Gastrintestinais
Vômitos ocorrem em 65% dos pacientes, um terço dos quais de forma grave. Náuseas ocorrem em mais de 15% dos pacientes. Pacientes previamente tratados (em particular, com a cisplatina) estão aparentemente mais propensos a vômitos. Estes efeitos normalmente desaparecem dentro de 24 horas após o tratamento e geralmente respondem aos medicamentos antieméticos, ou podem ser prevenidos por tais medicamentos. A administração por um período prolongado de PARAPLATIN através de infusão contínua ou durante 5 dias consecutivos pode diminuir a probabilidade de vômitos. O vômito é mais freqüente quando PARAPLATIN é dado em combinação com outros compostos emetogênicos. Outros efeitos colaterais gastrintestinais consistem em dor (17%), diarréia (6%) e constipação (6%). Casos de anorexia têm sido relatados na experiência póscomercialização. A relação de PARAPLATIN com estes eventos não está esclarecida.
Neurológicos
Neuropatias periféricas (principalmente parestesia) ocorreram em 4% dos pacientes que receberam PARAPLATIN. Pacientes com mais de 65 anos de idade e previamente tratados com a cisplatina, bem como pacientes que receberam tratamento prolongado com PARAPLATIN, parecem ter maior risco de desenvolver neuropatias periféricas. Em 50% dos pacientes que têm neurotoxicidade periférica preexistente induzida pela cisplatina não houve nenhum agravamento posterior dos sintomas durante a terapia com PARAPLATIN. A ototoxicidade clinicamente significativa e outros distúrbios sensoriais, como, por exemplo, distúrbios visuais e alterações do paladar, têm ocorrido em 1% dos pacientes. Sintomas do sistema nervoso central foram relatados em 5% dos pacientes e freqüentemente parecem estar relacionados ao uso de antieméticos. A freqüência total dos efeitos colaterais neurológicos parece ser maior em pacientes recebendo PARAPLATIN em combinação, o que deve estar relacionado com a longa exposição cumulativa.
Renais
Quando administradas nas doses habituais, a redução da função renal tem sido pouco comum, apesar de a administração de PARAPLATIN não exigir a hidratação de grandes volumes de fluido nem medidas de diurese forçada. Ocorreu elevação da creatinina sérica em 6% dos pacientes, da uréia no sangue em 14% e do ácido úrico em 5%. Estes efeitos são, geralmente moderados, e reversíveis em cerca de 50% dos pacientes. O clearence de creatinina mostrou ser a mais sensível medida da função renal em pacientes em tratamento com PARAPLATIN. Vinte e sete por cento dos pacientes com valor basal de 60 mL/min, ou mais, tiveram redução do clearance de creatinina durante a terapia com PARAPLATIN. Eletrólitos
Diminuição dos níveis séricos de sódio, potássio, cálcio e magnésio ocorre em 29%, 20%, 22% e 29% dos pacientes, respectivamente. Suplementação eletrolítica não foi administrada juntamente com PARAPLATIN. A quimioterapia combinada não aumentou a incidência destas alterações eletrolíticas. Relataram-se de forma espontânea vários casos de hiponatremia precoce. Enquanto a relação de PARAPLATIN não é clara face a outros fatores contribuintes (diurese, disfunção respiratória, malignidade, etc.), a possibilidade de hiponatremia deve ser considerada, especialmente para pacientes com outros fatores de risco como terapia diurética concomitante. A reposição de sódio ou a restrição voluntária de água geralmente reverteu a hiponatremia.
Hepáticas
Observaram-se alterações da função hepática em pacientes com valores basais normais, que incluem elevação da bilirrubina total em 5%, da TGO sérica em 15% e da fosfatase alcalina em 24% dos pacientes. Estas modificações geralmente são moderadas e reversíveis em cerca de 50% dos pacientes. Têm ocorrido alterações significativas nos testes de função hepática em um número limitado de pacientes recebendo doses elevadas de PARAPLATIN para transplante autólogo de medula óssea.
Reações Alérgicas
Hipersensibilidade a PARAPLATIN foi relatada em 2% dos pacientes. Reações alérgicas desse tipo são comparadas em características e conseqüências às reações relatadas com outros compostos contendo platina, como, por exemplo, erupções cutâneas, urticária, eritema, prurido, broncoespasmos (raramente) e hipotensão. Reações do tipo anafiláticas têm ocorrido após minutos da administração da droga. As reações de hipersensibilidade têm sido tratadas com sucesso com epinefrina-padrão, corticosteróide e terapia anti-histamínica (vide ADVERTÊNCIAS/Reações Alérgicas).
Reações no Local da Injeção
Durante a farmacovigilância foram relatadas reações no local da injeção, incluindo vermelhidão, inchaço e dor. Foi relatado também necrose associada com o extravasamento.
Outros
Malignidades secundárias foram descritas em associação com terapia multidroga, entretanto a relação com PARAPLATIN não está esclarecida. Efeitos adversos sobre os sistemas respiratório, cardiovascular e geniturinário, da mucosa, cutâneos e músculo -esqueléticos ocorreram em 5%, ou menos, dos pacientes. Óbitos ocorreram por complicações cardiovasculares (insuficiência cardíaca, embolia, acidente vascular cerebral) em menos de 1% dos pacientes. Não está claro se estas mortes estavam relacionadas à quimioterapia ou a doenças concomitantes. A hipertensão tem sido relatada no período após comercialização do produto. Astenia (8%) e alopecia (3%) também têm sido relatadas. Suas freqüências aumentaram bastante em pacientes recebendo PARAPLATIN associado. Relatam-se casos raros de síndrome hemolíticourêmica. Também foi relatado mal-estar, desidratação e estomatite como parte da farmacovigilância.

PARAPLATIN – Posologia

Cada ampola de PARAPLATIN 50, 150 e 450 mg contém, respectivamente, 50, 150 e 450 mg de carboplatina. PARAPLATIN DEVE SER USADO UNICAMENTE POR VIA INTRAVENOSA. A dosagem recomendada para pacientes adultos não tratados previamente e com função renal normal é de 400 mg/m2 IV em dose única administrada por infusão de 15 a 60 minutos. O tratamento não deve ser repetido até que se completem 4 semanas após o ciclo prévio de PARAPLATIN e/ou até que a contagem de neutrófilos seja de, pelo menos, 2.000 células/mm3 e a de plaquetas de 100.000 células/mm3. Recomenda-se a redução da dosagem inicial em 20% a 25% nos pacientes que apresentem fatores de risco, como, tratamento mielodepressor prévio e mal estado geral (ECOG-Zubrod 2-4 ou Karnofsky < 80). A determinação do nadir hematológico através de hemogramas semanais durante os ciclos iniciais de tratamento com PARAPLATIN é recomendada para ajustes de dosagem nos ciclos subseqüentes.
Função Renal Alterada
Pacientes com valores de clearance de creatinina abaixo de 60 mL/min possuem risco aumentado para a ocorrência de mielodepressão grave. A freqüência de leucopenia grave, neutropenia ou trombocitopenia tem se mantido em cerca de 25% com as seguintes doses recomendadas:
– PARAPLATIN 250 mg/m2 IV no primeiro dia em pacientes com valores de clearance de creatinina basal entre 41 e 59 mL/min;
– PARAPLATIN 200 mg/m2 IV no primeiro dia em pacientes com os valores de clearance de creatinina basal entre 16 e 40 mL/min. Não existem dados suficientes sobre o uso de PARAPLATIN em pacientes com clearance de creatinina menor ou igual a 15 mL/min, que possibilitem a recomendação do tratamento. Todas as recomendações de dosagem acima aplicam-se ao ciclo inicial de tratamento. As dosagens subseqüentes devem ser ajustadas de acordo com a tolerância do paciente e com o nível de mielodepressão aceitável.
Terapia Associada
O uso ideal de PARAPLATIN em combinação com outros agentes mielodepressores necessita de ajustes de dosagem de acordo com o esquema a ser adotado. Fórmula de Dosagem
Outra maneira de determinar a dose inicial de PARAPLATIN é pelo uso de uma fórmula matemática, que é baseada na função renal preexistente do paciente e no nadir de plaquetas desejado. O uso da fórmula de dosagem, quando comparada ao cálculo empírico baseado na área da superfície corporal, possibilita ajuste nos pacientes com variabilidade da função renal antes do tratamento, que, por outro lado, pode resultar em dose insuficiente em pacientes com função renal média elevada ou dose excessiva em pacientes com função renal prejudicada. Uma fórmula simples para o cálculo de dosagem, baseada na taxa de filtração glomerular (GFR em mL/min) e na área sob concentração pelo tempo (AUC em mg/mL/min), pretendida para PARAPLATIN, foi proposta por Calvert da seguinte forma: Dose (mg) = (AUC desejado) x (taxa de filtração glomerular + 25) Nota: na fórmula de Calvert, a dose total de PARAPLATIN é calculada em mg e não em mg/m2.
AUC desejado Quimioterapia Desejada Status do Paciente 5-7 mg/mL/min PARAPLATIN como agente único previamente não tratado 4-6 mg/mL/min PARAPLATIN como agente único previamente tratado 4-6 mg/mL/min PARAPLATIN com ciclofosfamida previamente não tratado Dosagem geriátrica Devido ao fato de que a função renal é freqüentemente diminuída em pacientes idosos, a fórmula de dosagem de PARAPLATIN baseada na estimativa de GFR deve ser usada nesses pacientes para determinar a AUCs plasmática de PARAPLATIN pretendida e, através disso, minimizar o risco de toxicidade.

Super dosagem

Não há antídoto conhecido para a superdose de PARAPLATIN. As complicações precoces de superdose podem estar relacionadas à mielodepressão bem como a danos às funções hepática e renal. O uso de PARAPLATIN em doses maiores que as recomendadas tem sido relacionado com perda de visão (vide ADVERTÊNCIAS).

Caracteristicas farmalogicas

PARAPLATIN (carboplatina) é um composto de platina que apresenta propriedades antitumorais. PARAPLATIN apresenta propriedades bioquímicas semelhantes às da cisplatina, portanto produzindo predominantemente ligações cruzadas intercadeias no DNA. Em pacientes com clearance de creatinina de cerca de 60 mL/min ou mais, recebendo PARAPLATIN em doses de 300 a 500 mg/m2, as concentrações plasmáticas de carboplatina decaem bi-exponencialmente com as meias-vidas médias alfa e beta de 1,6 hora e 3,0 horas, respectivamente. A carboplatina exibe farmacocinética linear em pacientes com clearance de creatinina ≥60 mL/min. Não são encontradas no plasma quantidades significativas livres e ultrafiltráveis de outras estruturas contendo platina, além da carboplatina. Entretanto, a platina da carboplatina liga-se às proteínas plasmáticas e é lentamente eliminada, com uma meia-vida mínima de 5 dias. A principal via de eliminação da carboplatina é a excreção renal. Pacientes com clearance de creatinina de cerca de 60 mL/min ou mais excretam 70% da dose de carboplatina através da urina, sendo a maior parte entre 12 e 16 horas. Em pacientes com clearance de creatinina inferior a 60 mL/min, os clearance renal e corpóreo totais de PARAPLATIN decrescem com a diminuição do clearance de creatinina. As doses de PARAPLATIN devem, portanto, ser reduzidas nos pacientes com clearance de creatinina < 60 mL/min (vide POSOLOGIA).

Resultados de eficacia

Em dois estudos controlados e randomizados, realizados pelo National Cancer Institute of Canada, Clinical Trials Group (NCIC) e pelo Southwest Oncology Group (SWOG), 789 pacientes virgens de quimioterapia, com câncer ovariano avançado, foram tratadas com PARAPLATIN ou cisplatina, ambos em combinação com ciclofosfamida a cada 28 dias por 6 ciclos antes da reavaliação cirúrgica. Os resultados obtidos são apresentados a seguir:
Aspecto geral dos Estudos NCIC SWOG Número de pacientes randomizados 447 342 Média das idades (anos) 60 62 Dose de cisplatina 75 mg/m² 100 mg/m² Dose de carboplatina 300 mg/m² 300 mg/m² Dose de ciclofosfamida 600 mg/m² 600 mg/m² Tumor residual menor que 2cm (número de pacientes) 39% (174/447) 14% (49/342)
Resposta Clínica em Pacientes com Doença Mensurável NCIC SWOG Carboplatina (número de pacientes) 60% (48/80) 59% (48/83) Cisplatina (número de pacientes) 58% (49/85) 43% (33/76) 95% de I.C. de diferença (carboplatina – cisplatina) (-13,9%; 18,6%) (-2,3%; 31,1%)
Resposta Patológica Completa* NCIC SWOG Carboplatina (número de pacientes) 11% (24/224) 10% (17/171) Cisplatina (número de pacientes) 15% (33/223) 10% (17/171) 95% I.C. de diferença (Carboplatina – Cisplatina) (-10,7%, 2,5%) (-6,9%, 6,9%) * 114 pacientes que utilizaram PARAPLATIN e 109 pacientes que utilizaram cisplatina submeteram-se a segunda cirurgia no estudo NCIC 90 pacientes que utilizaram PARAPLATIN e 106 pacientes que utilizaram cisplatina submeteram-se a segunda cirurgia no estudo SWOG
Sobrevida Livre de Progressão (PFS)
NCIC SWOG
Média
Carboplatina 59 semanas 49 semanas
Cisplatina 61 semanas 47 semanas
PFS 2 anos
Carboplatina 31% 21%
Cisplatina 31% 21%
95% I.C.de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
(-9,3 %, 8,7%) (-9,0%, 9,4%)
PFS 3 anos
Carboplatina 19% 8%
Cisplatina 23% 14%
95% I.C. de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
(-11,5%, 4,5%) (-14,1%, 0,3%)
Razão de Risco 1.10 1.02
95% I.C. de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
(-0,89%, 1,35%) (-0,81%, 1,29%)
Sobrevida
Média NCIC SWOG
Carboplatina 110 semanas 86 semanas
Cisplatina 99 semanas 79 semanas
PFS 2 anos
Carboplatina 51,90% 40,20%
Cisplatina 48,40% 39,00%
95% I.C. de diferença (Carboplatina – Cisplatina) (-6,2 %, 13,2%) (-9,8%, 12,2%)
PFS 3 anos
Carboplatina 34,60% 18,30%
Cisplatina 33,10% 24,90%
95% I.C. de diferença (Carboplatina – Cisplatina) (-7,7%, 10,7%) (-15,9%, 2,7%)
Razão de Risco 0,98 1,01
95% I.C. de diferença (Carboplatina – Cisplatina) (0,78%, 1,23%) (0,78%, 1,30%)

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso pediátrico
A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foi sistematicamente estudada.
Uso geriátrico
Nos estudos envolvendo a terapia combinada com carboplatina e ciclofosfamida, os pacientes idosos tratados com a carboplatina foram mais suscetíveis ao desenvolvimento de trombocitopenia grave do que os pacientes mais jovens; nos estudos envolvendo o tratamento com a carboplatina como agente único em diferentes tipos de tumores, a incidência de eventos adversos foi similar entre jovens e idosos; contudo, a maior sensibilidade de alguns pacientes idosos não pode ser excluída. Por ser a função renal freqüentemente diminuída em pacientes idosos, deve-se considerar a função renal quando da determinação da dose (vide POSOLOGIA/Função Renal Alterada). A incidência de neurotoxicidade periférica é maior e a mielotoxicidade pode ser mais grave em pacientes com mais de 65 anos. Além disso, pacientes idosos são mais suscetíveis de apresentar insuficiência renal relacionada à idade, podendo ser necessários a redução da dose e o monitoramento cuidadoso da contagem hematológica em pacientes recebendo carboplatina.

Armazenagem

O produto deve ser guardado ao abrigo da luz e em temperatura entre 15ºC e 25 ºC.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
***USO RESTRITO A HOSPITAIS
Reg. MS – 1.0180.0115
Farm. Bioq. Resp.: Dra. Tathiane Aoqui de Souza
CRF-SP n° 26.655
***Serviço de Atendimento ao Consumidor
***0800 727 6160
***sac.brz@bms.com
***www.bristol.com.br
Fabricado por: Bristol-Myers Squibb S.r.I.
Sermoneta – Latina – Itália
Importado por: Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
Rua Carlos Gomes, 924 – Santo Amaro – São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07 Indústria Brasileira

PARAPLATIN – Bula para o paciente

AÇÃO DO MEDICAMENTO
PARAPLATIN (carboplatina) é um composto de platina que apresenta propriedades antitumorais. PARAPLATIN apresenta propriedades bioquímicas que produzem ligações cruzadas no DNA. A platina da carboplatina liga-se às proteínas do sangue e é lentamente eliminada, com uma meiavida mínima de 5 dias. A principal via de eliminação da carboplatina é a excreção pelos rins. INDICAÇÕES DO MEDICAMENTO
PARAPLATIN está indicado no tratamento do carcinoma avançado de ovário, como, terapia de primeira linha e terapia de segunda linha, após outros tratamentos haverem falhado. Está também indicado no tratamento do carcinoma de pequenas células de pulmão e no carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. Foram observadas respostas significativas quando PARAPLATIN foi empregado no tratamento do carcinoma de colo uterino. Freqüentemente PARAPLATIN é utilizado em combinação com outros agentes quimioterápicos em várias indicações, como com paclitaxel no tratamento do carcinoma avançado de ovário.
RISCOS DO MEDICAMENTO
Contra-indicações: Pacientes com histórico de reações alérgicas graves a carboplatina ou a outros compostos que contenham platina não devem utilizar PARAPLATIN. PARAPLATIN não deve ser usado por pacientes portadores de insuficiência grave dos rins, pacientes com depressão grave da medula óssea e por pacientes com tumores que apresentem hemorragia.
Advertências
Seu médico poderá solicitar regularmente exames para verificação de contagens sangüíneas, bem como testes funcionais dos rins e fígado. O tratamento poderá ser descontinuado caso ocorra depressão anormal da medula óssea ou funcionamento anormais dos rins e fígado.
Reações Alérgicas
Após a administração de PARAPLATIN você poderá apresentar reações alérgicas, e estas reações podem ser controladas com terapia adequada. Há um maior risco de reações alérgicas, incluindo anafilaxia em pacientes anteriormente expostos à terapia com platina (ver REAÇÕES ADVERSAS).
Toxicidade Sangüínea
Alterações dos componentes sanguíneos, tais como diminuição de células brancas, neutrófilos e plaquetas são dependentes e limitantes da dose de PARAPLATIN. De acordo com avaliação médica, poderá ser solicitado monitoramento constante do sangue periférico. Você poderá apresentar anemia e a freqüentemente transfusão sangüínea poderá ser necessária durante o tratamento. A gravidade da depressão da medula óssea é maior em pacientes que passaram por tratamento anterior (em particular com a cisplatina), e/ou em pacientes com função alterada dos rins.
Toxicidade no Sistema Nervoso
Embora rara, a toxicidade no sistema nervoso é mais freqüente em pacientes com mais de 65 anos de idade e/ou em pacientes previamente tratados com a cisplatina. Raramente pacientes com insuficiência nos rins recebendo doses maiores, podem apresentar distúrbios visuais, como perda de visão, que se recuperam totalmente ou a um grau significativo dentro de semanas após a interrupção dessas altas doses.
Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade
O potencial da carboplatina em provocar câncer não foi determinado, porém compostos com mecanismos de ação e com potencial em provocar mutação estão relacionados com carcinogênicos. A carboplatina demonstrou ter potencial em provocar mutação, ou seja, uma variação brusca que ocorre em indivíduos aparentemente normais.
Precauções
PARAPLATIN deve ser administrado sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado e experiente no uso de agentes quimioterapêuticos antineoplásicos Gravidez
Quando administrado em mulheres grávidas PARAPLATIN poderá causar danos fetais. PARAPLATIN demonstrou ser tóxico ao embrião e com potencial em provocar anomalia fetal. Durante o tratamento com PARAPLATIN as pacientes devem evitar a gravidez devido ao risco potencial para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Uso durante a amamentação
Devido ao potencial da carboplatina em provocar reações adversas em bebês que estejam recebendo leite materno, deve-se decidir por interromper a amamentação ou descontinuar o uso da droga, de acordo com a orientação médica e levando-se em consideração a importância da droga para a mãe.
Outros
O tratamento de PARAPLATIN com antibióticos aminoglicosídeos pode provocar maior toxicidade renal e auditiva. Em pacientes pediátricos, a combinação de PARAPLATIN com outros medicamentos tóxicos ao aparelho auditivo pode provocar perda significativa da audição. Doses muito elevadas de PARAPLATIN poderão provocar anormalidades nas funções dos rins e fígado. Você poderá apresentar náuseas e vômitos e estes sintomas podem ser mais graves em pacientes previamente tratados com cisplatina.
Uso em crianças
A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foi sistematicamente estudada.
Uso em idosos
Pacientes idosos são mais suscetíveis ao desenvolvimento de alterações de células sanguíneas e toxicidade no sistema nervoso central, como a depressão da medula óssea, que neste caso pode ser mais grave.
Interações medicamentosas
Não é recomendável o uso de PARAPLATIN com outros compostos tóxicos aos rins. (ver Advertências).
Informe ao seu médico se está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use o medicamento sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde.
MODO DE USO
Aspecto físico e características organolépticas A solução de PARAPLATIN é clara e incolor a levemente amarelada, praticamente livre de evidências visíveis de contaminação.
Como usar
Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, de emprego específico e ser manipulado apenas por pessoal treinado, o item Como usar não consta nesta bula, uma vez que estas serão fornecidas pelo médico assistente conforme necessário.
Posologia
PARAPLATIN DEVE SER USADO UNICAMENTE POR VIA INTRAVENOSA. A dosagem recomendada para pacientes adultos não tratados previamente e com função renal normal é de 400 mg/m2 IV em dose única administrada por infusão de 15 a 60 minutos. Função dos rins alterada Pacientes com alteração renal possuem maior risco para a ocorrência de depressão da medula óssea grave. São recomendadas as seguintes doses: – PARAPLATIN 250 mg/m2 IV no primeiro dia em pacientes com valores de clearance de creatinina basal entre 41 e 59 mL/min; – PARAPLATIN 200 mg/m2 IV no primeiro dia em pacientes com os valores de clearance de creatinina basal entre 16 e 40 mL/min. Terapia Associada O uso ideal de PARAPLATIN em combinação com outros agentes depressores da medula óssea necessita de ajustes de dosagem de acordo com o esquema a ser adotado. Dosagem geriátrica Devido ao fato de que a função dos rins é freqüentemente diminuída em pacientes idosos, a fórmula de dosagem de PARAPLATIN baseada na estimativa da filtração renal, deve minimizar o risco de toxicidade.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
REAÇÕES ADVERSAS
Alterações sanguíneas A depressão da medula óssea é a toxicidade dose-limitante de PARAPLATIN. Você poderá apresentar diminuição de plaquetas e de células brancas do sangue e a toxicidade na medula óssea poderá ser mais grave em pacientes anteriormente tratados com cisplatina e em pacientes com a função renal prejudicada. Durante o tratamento com PARAPLATIN você poderá apresentar anemia com baixa taxa de hemoglobina. A depressão da medula óssea pode ser agravada pela combinação de PARAPLATIN com outros agentes ou formas de tratamento mielodepressivos.
Gastrointestinais
Após a administração de PARAPLATIN você poderá apresentar vômitos e náuseas, que normalmente desaparecem dentro de 24 horas após o tratamento e geralmente respondem aos medicamentos antieméticos (que detém o vômito), ou podem ser prevenidos por tais medicamentos. Outros efeitos colaterais gastrintestinais consistem em dor, diarréia, prisão de ventre e diminuição do apetite. Neurológicos
Pacientes que receberam PARAPLATIN poderão apresentar doenças do sistema nervoso, toxicidade no aparelho auditivo e principalmente sensação anormal dos sentidos e sensibilidade. A freqüência total dos efeitos colaterais neurológicos pode ser maior em pacientes recebendo PARAPLATIN em combinação, o que deve estar relacionado com a longa exposição cumulativa.
Renais
Com a administração de PARAPLATIN, você poderá apresentar redução da função dos rins, entretanto, a ocorrência desta redução é pouco comum.
Eletrólitos
Você poderá apresentar diminuição dos níveis sanguíneos de sódio, potássio, cálcio e magnésio.
Hepáticas
Pacientes recebendo doses elevadas de PARAPLATIN para transplante de medula óssea podem apresentar alterações significativas da função do fígado, porém, pacientes com valores basais normais podem, também, apresentar estas alterações.
Reações Alérgicas
Poderá ocorrer hipersensibilidade ao PARAPLATIN, que é caracterizada por erupções cutâneas, urticária, eritema, prurido, broncoespasmos (raramente) e diminuição da pressão arterial. Reações do tipo anafiláticas podem ocorrer minutos após a administração da droga.
Reações no Local da Injeção
Você poderá apresentar reações no local da injeção, incluindo vermelhidão, inchaço, dor e necrose associada com o extravasamento.
Outros
Poderão ocorrer efeitos adversos sobre os sistemas respiratório, cardiovascular e geniturinário, da mucosa, cutâneos e musculoesqueléticos. Em baixas porcentagens, poderão ocorrer óbitos por complicações cardiovasculares, e não está claro se estas mortes estão relacionadas à quimioterapia ou a doenças concomitantes. Poderá ocorrer aumento da pressão arterial, fadiga muscular e queda de cabelo. Também foram relatados mal-estar, desidratação e estomatite.
Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.
CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE
Não há antídoto conhecido para a superdose de PARAPLATIN. As complicações precoces de superdose podem estar relacionadas à depressão da medula óssea bem como a danos às funções dos rins e fígado. Devido ao uso de PARAPLATIN em doses maiores que as recomendadas, poderá ocorrer perda de visão (ver Advertências).
CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO
O produto deve ser guardado ao abrigo da luz e em temperatura entre 15ºC e 25 ºC . As soluções para infusão devem ser descartadas após 8 horas de sua preparação. Quando reconstituídas ou diluídas como indicado, as soluções de carboplatina são estáveis por 8 horas à temperatura ambiente (25ºC) ou por 24 horas sob refrigeração (4ºC).
Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Data da bula

25/01/2012