Sirdalud

SIRDALUD com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de SIRDALUD têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com SIRDALUD devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Novartis

Apresentação SIRDALUD

Sirdalud 2 mg – embalagens contendo 30 comprimidos sulcados.

VIA ORAL
USO ADULTO

COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Sirdalud contém 2,28 mg de cloridrato de tizanidina, equivalente a 2 mg de tizanidina. Excipientes: lactose, ácido esteárico, dióxido de silício e celulose microcristalina.

SIRDALUD – Indicações

Sirdalud está indicado no tratamento de:
Espasmo muscular doloroso:
•Associado a distúrbios estáticos e funcionais da coluna (síndromes cervical e lombar);
•Após cirurgia, como por exemplo, de hérnia de disco intervertebral ou de osteoartrite do quadril.

Espasticidade decorrente de distúrbios neurológicos, tais como:
•Esclerose múltipla, mielopatia crônica, doenças degenerativas da medula espinhal, acidentes cerebrovasculares e paralisia cerebral.

Contra indicações de SIRDALUD

Sirdalud é contraindicado em casos de hipersensibilidade conhecida à tizanidina ou a qualquer um dos excipientes. É também contraindicado na disfunção hepática grave (vide “Propriedades farmacocinéticas”). O uso concomitante de tizanidina com inibidores fortes da CYP1A2, como a fluvoxamina ou o ciprofloxacino é contraindicado (vide “Interações medicamentosas”).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com disfunção hepática grave (vide “Propriedades farmacocinéticas”).

Advertências

Inibidores da CYP
O uso concomitante de Sirdalud com inibidores moderados da enzima CYP1A2 não é recomendado (vide “Interações medicamentosas”).
Deve-se ter cautela quando Sirdalud for administrado com medicamentos conhecidos por aumentar o intervalo QT (vide “Interações medicamentosas”).

Hipotensão
Pode ocorrer hipotensão durante o tratamento com Sirdalud (vide “Reações adversas”) e também em decorrência da interação do fármaco com inibidores da CYP1A2 e/ou fármacos anti-hipertensivos (vide “Interações medicamentosas”). Também foram observadas manifestações graves de hipotensão, como perda de consciência e colapso circulatório.

Síndrome de abstinência
Foram observadas hipertensão e taquicardia rebotes após a retirada repentina de Sirdalud, quando este é utilizado de maneira crônica, e/ou em altas doses diárias, e/ou concomitantemente com fármacos anti-hipertensivos. Em casos extremos, a hipertensão rebote pode levar a um acidente vascular cerebral. Sirdalud não deve ser interrompido abruptamente, mas sim gradualmente com diminuição da dose ajustada (vide “Posologia e modo de usar” e “Reações adversas”).

Disfunção hepática
Embora a disfunção hepática tenha sido raramente relatada em associação à tizanidina em doses diárias de até 12 mg, é recomendada a monitoração mensal dos testes de função hepática durante os primeiros quatro meses de tratamento em pacientes que recebem doses superiores ou equivalentes a 12 mg e em pacientes nos quais os sintomas clínicos sugerem disfunção hepática, tais como náuseas sem explicação, anorexia ou cansaço. O tratamento com Sirdalud deve ser descontinuado se os níveis séricos das transaminases TGP ou TGO estiverem três vezes acima do limite superior da normalidade.

Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal grave [clearance (depuração) de creatinina < 25 mL/min], a exposição sistêmica à tizanidina pode aumentar em até 6 vezes quando comparada a pacientes com função renal normal. Portanto, recomenda- se iniciar o tratamento com 2 mg, uma vez ao dia (vide “Posologia e modo de usar” e “Propriedades farmacocinéticas”).
Sirdalud contém lactose. Este medicamento não é recomendado a pacientes com raros problemas hereditários de intolerância à galactose, deficiência grave de lactase ou má absorção de glicose-galactose.

Mulheres em idade fértil
Não existem dados que suportam as recomendações especiais em mulheres em idade fértil.

Gravidez
Uma vez que existe pouca experiência com a utilização de Sirdalud em mulheres grávidas, a tizanidina não deve ser utilizada durante a gravidez, a menos que os benefícios sejam superiores aos riscos (vide “Dados de segurança pré- clínicos”).
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez C, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação
Pequenas quantidades de tizanidina são excretadas no leite de ratas. Considerando que dados em humanos não estão disponíveis, Sirdalud não deve ser administrado a mulheres que estejam amamentando.

Fertilidade
Não foram observados problemas de fertilidade em ratos machos com doses de 10 mg/kg/dia e em ratos fêmeas com doses de 3 mg/kg/dia. A fertilidade foi reduzida em ratos machos recebendo 30 mg/kg/dia e em ratos fêmeas recebendo 10 mg/kg/dia. Nessas doses, efeitos comportamentais maternos e sinais clínicos foram observados, incluindo sedação acentuada, perda de peso e ataxia (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).

Dirigir veículos e/ou operar máquinas
Os pacientes que apresentarem sonolência, tontura ou qualquer sintoma de hipotensão devem evitar atividades que requeiram alto grau de concentração, como, por exemplo, dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Interações medicamentosas de SIRDALUD

O uso concomitante de fármacos conhecidos por inibirem a atividade da CYP1A2 pode aumentar os níveis plasmáticos da tizanidina (vide “Propriedades farmacocinéticas”). Os níveis plasmáticos elevados de tizanidina podem resultar em sintomas de superdose como prolongamento do QTc (vide “Superdose”).
O uso concomitante de fármacos conhecidos por induzir a atividade da CYP1A2 pode diminuir as concentrações plasmáticas de tizanidina (vide “Propriedades farmacocinéticas”). As baixas concentrações plasmáticas de tizanidina podem reduzir o efeito terapêutico de Sirdalud.

Interações observadas resultando em contraindicação
O uso concomitante de Sirdalud com fluvoxamina ou ciprofloxacino, ambos inibidores da CYP1A2, é contraindicado. O uso concomitante de Sirdalud com fluvoxamina ou ciprofloxacino resulta em aumentos na ASC da tizanidina de 33 vezes e 10 vezes, respectivamente (vide “Contraindicações”). Hipotensão clinicamente significativa e prolongada pode resultar em sonolência, tontura e diminuição da performance psicomotora (vide “Advertências e precauções”). Os níveis plasmáticos elevados de tizanidina podem resultar em sintomas de superdose, como prolongamento do intervalo QTc (vide “Superdose”).

Interações observadas resultando em uso concomitante não recomendado
A coadministração de Sirdalud com outros inibidores da CYP1A2, como alguns antiarrítmicos (amiodarona, mexiletina, propafenona), cimetidina, algumas fluorquinolonas (enoxacino, pefloxacino, norfloxacino), rofecoxibe, contraceptivos orais e ticlopidina, não é recomendada (vide “Advertências e precauções”).

Interações observadas a serem consideradas
Deve-se ter cautela quando Sirdalud for administrado com fármacos conhecidos por prolongar o intervalo QT (incluindo, mas não limitado à, cisaprida, amitriptilina e azitromicina) (vide “Advertências e precauções”).

– Anti-hipertensivos
Sirdalud quando utilizado concomitantemente com anti-hipertensivos, incluindo diuréticos, pode ocasionalmente causar hipotensão (vide “Advertências e precauções”) e bradicardia. Foram observadas hipertensão e taquicardia rebotes após a retirada repentina de Sirdalud, quando este é utilizado concomitantemente com fármacosanti-hipertensivos. Em casos extremos, a hipertensão rebote pode levar a um acidente vascular cerebral (vide “Advertências e precauções” e “Reações adversas”).

– rifampicina
A administração concomitante de Sirdalud com rifampicina resultou na diminuição de 50% das concentrações de tizanidina. Portanto, os efeitos terapêuticos de Sirdalud podem ser reduzidos durante o tratamento com rifampicina, o que pode ser clinicamente significante para alguns pacientes. A administração por longos períodos deve ser evitada e, caso a coadministração seja considerada, um cuidadoso ajuste de dose (aumento) pode ser requerido.

– Fumantes
A administração de Sirdalud em fumantes (> 10 cigarros ao dia), resultou no decréscimo em aproximadamente 30% da exposição sistêmica à tizanidina. Terapias de longo prazo com Sirdalud em fumantes inveterados podem requerer doses maiores que as doses médias.

– Álcool
Durante o tratamento com Sirdalud o consumo de álcool deve ser diminuído ou evitado, pois pode aumentar o potencial de causar reações adversas (por ex.: sedação e hipotensão). Os efeitos depressores do álcool sob o Sistema Nervoso Central podem ser potencializados por Sirdalud.

Interações antecipadas a serem consideradas
Sedativos, hipnóticos (por ex.: benzodiazepínicos ou baclofeno) e outros medicamentos, como anti-histamínicos, podem aumentar o efeito sedativo da tizanidina.
Sirdalud deve ser evitado quando há administração de outros agonistas alfa-2 adrenérgicos (como clonidina) por causa de seu potencial efeito aditivo de hipotensão.

Reações adversas / efeitos colaterais de SIRDALUD

Com doses baixas, como as recomendadas para o alívio de espasmos musculares dolorosos, as reações adversas como sonolência, fadiga, tontura, boca seca, diminuição da pressão arterial, náuseas, problemas gastrintestinais e aumento das transaminases, têm sido relatadas, geralmente como ligeiras e transitórias.
Com doses mais elevadas, como as recomendadas para o tratamento de espasticidade, as reações adversas observadas com doses baixas são mais frequentes e mais pronunciadas, mas raramente graves o suficiente para requerer a descontinuação do tratamento. Além disso, as seguintes reações adversas podem ocorrer: hipotensão, bradicardia, fraqueza muscular, insônia, distúrbio do sono, alucinação, hepatite.
As reações adversas a medicamentos de estudos clínicos (Tabela 1) estão listadas de acordo com a classificação sistema-órgão do MedDRA. Dentro de cada classe de sistema-órgão, as reações adversas a medicamentos estão classificadas conforme a frequência, a mais frequênte primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas a medicamentos estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Além disso, a frequência correspondente utilizando a seguinte convenção (CIOMS III) também está sendo fornecida para cada reação adversa ao medicamento: muito comum (> 1/10); comum (> 1/100 a < 1/10); incomum (> 1/1.000 a < 1/100); rara (> 1/10.000 a < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000).

Tabela 1 – Reações adversas

Distúrbios psiquiátricos

Comuns:

Insônia, distúrbio do sono

Distúrbios do sistema nervoso

Muito comuns:

Sonolência, tontura

Distúrbios cardíacos

Incomum:

Bradicardia

Distúrbios vasculares

Comum:

Hipotensão

Distúrbios gastrintestinais

Muito comuns:

Distúrbios gastrintestinais, boca seca

Comum:

Náusea

Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conjuntivos

Muito comum:

Fraqueza muscular

Distúrbios gerais e condições do local de administração

Muito comum:

Fadiga

Laboratoriais

Comuns:

Diminuição da pressão sanguínea, aumento de transaminase



Reações adversas a medicamentos na pós-comercialização (frequência desconhecida)
As seguintes reações adversas a medicamentos foram reportadas durante o uso de Sirdalud após aprovação, por relatos espontâneos e casos da literatura. Como esses casos são relatados voluntariamente de uma população de tamanho incerto e estão sujeitos a fatores confusos, não é possível estimar confiavelmente sua frequência (que é, portanto, classificada como desconhecida), ou estabelecer uma relação causal à exposição ao medicamento. As reações adversas a medicamentos estão listadas de acordo com a classificação sistema-órgão do MedDRA.

Distúrbios psiquiátricos: alucinação, estado confusional

Distúrbios do sistema nervoso: vertigem

Distúrbios vasculares: síncope

Distúrbios oftálmicos: visão borrada

Distúrbios hepatobiliares: hepatite e falência hepática

Distúrbios gerais: astenia e síndrome de abstinência

Síndrome de abstinência
Foram observadas hipertensão e taquicardia rebotes após a retirada repentina de Sirdalud. Em casos extremos, a hipertensão rebote pode levar a um acidente vascular cerebral (vide “Advertências e precauções” e “Interações medicamentosas”).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

SIRDALUD – Posologia

Sirdalud deve ser usado por via oral.
Sirdalud possui janela terapêutica estreita e alta variabilidade interpaciente devido às concentrações plasmáticas de tizanidina, o que torna importante o ajuste de dose de acordo com a necessidade do paciente.
Uma baixa dose inicial de 2 mg, três vezes ao dia, pode minimizar o risco de reações adversas. O aumento de dose deve ser ajustado cuidadosamente de acordo com as necessidades individuais do paciente.

•Para alívio dos espasmos musculares dolorosos
A dose usual é de 2 a 4 mg, três vezes ao dia. Em casos graves, uma dose adicional de 2 mg ou 4 mg pode ser tomada, preferencialmente à noite para minimizar a sedação.

•Espasticidade decorrente de distúrbios neurológicos
A dose diária inicial não deve exceder a 6 mg, divididos em três doses, podendo ser aumentada gradativamente de 2 mg a 4 mg, em intervalos de 3 a 4 dias ou semanalmente. Geralmente, obtém-se resposta terapêutica ótima com dose diária entre 12 e 24 mg, administradas em 3 ou 4 doses, em intervalos iguais. Não se deve exceder a dose diária de 36 mg.

Uso pediátrico
Como a experiência em pacientes abaixo de 18 anos de idade é limitada, não se recomenda o uso de Sirdalud nessa faixa etária da população.

Uso em idosos (≥ 65 anos)
A experiência com o uso de Sirdalud em idosos é limitada. Entretanto, é recomendado que o tratamento seja iniciado com a menor dose e o aumento da dose deve ser realizado aos poucos, de acordo com a tolerância e eficácia.

Pacientes com insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal grave [clearance (depuração) de creatinina < 25 mL/min], é recomendado iniciar o tratamento com 2 mg, uma vez ao dia. O aumento da posologia deve ser feito gradativamente, de acordo com a tolerabilidade e a eficácia. Se a eficácia precisar ser melhorada, recomenda-se aumentar primeiramente a dose única diária antes de aumentar a frequência de administração (vide “Advertências e precauções”).

Pacientes com insuficiência hepática
O uso de Sirdalud em pacientes com insuficiência hepática grave é contraindicado (vide “Contraindicações”).
Uma vez que Sirdalud é extensivamente metabolizado no fígado, estão disponíveis dados limitados nesta população (vide “Propriedades farmacocinéticas”). Sua utilização foi associada com anormalidades reversíveis em testes da função hepática (vide “Advertências e precauções” e “Reações adversas”). Sirdalud deve ser utilizado com precaução em pacientes com problemas hepáticos moderados, e qualquer tratamento deve ser iniciado com a menor dose. Depois, o aumento de dose deve ser feito cuidadosamente e de acordo com a tolerabilidade do paciente.

Descontinuação do tratamento
Caso o uso de Sirdalud deva ser descontinuado, a dose deve ser lentamente reduzida, particularmente em pacientes que receberam altas doses por um longo período, para prevenir ou minimizar o risco de hipertensão e taquicardia rebotes (vide “Advertências e precauções”).
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Super dosagem

Nos poucos relatos existentes quanto à superdose com Sirdalud, a recuperação ocorreu sem problemas, incluindo um paciente que ingeriu 400 mg de Sirdalud.

Sintomas: náuseas, vômitos, hipotensão, prolongamento do intervalo QTc, tontura, sonolência, miose, inquietação, dificuldade respiratória e coma.

Tratamento: recomenda-se eliminar o medicamento ingerido, através da administração repetida de altas doses de carvão ativado. Espera-se que a diurese forçada acelere a eliminação de Sirdalud. A continuação do tratamento deve ser sintomática.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Grupo farmacoterapêutico: relaxantes musculares, outros agentes de ação central, código ATC: M03B X02.

Mecanismo de ação
A tizanidina é um relaxante muscular esquelético que atua de forma central. O seu principal local de ação é a medula espinhal, onde evidências sugerem que, pela estimulação de receptores alfa2 pré-sinápticos, ocorre inibição da liberação de aminoácidos excitatórios que estimulam os receptores N-metil-D-aspartato (NMDA). A transmissão do sinal polissináptico aos interneurônios espinhais, os quais são responsáveis pelo tônus muscular excessivo, é então inibida e o tônus muscular é reduzido. Adicionalmente às propriedades miorrelaxantes, a tizanidina também exerce um efeito analgésico central moderado.

Propriedades farmacodinâmicas
Sirdalud é eficaz tanto contra os espasmos musculares dolorosos agudos como contra a espasticidade crônica de origem espinhal e cerebral. Reduz a resistência a movimentos passivos, alivia os espasmos e o clônus, e melhora a força muscular voluntária.
A atividade antispástica (medida pelo Ashworth score e teste pendular) e efeitos adversos (frequência cardíaca e pressão sanguínea) de Sirdalud estão relacionados às concentrações plasmáticas de tizanidina.

Propriedades farmacocinéticas
– Absorção
A tizanidina é absorvida de forma rápida e quase completa, atingindo picos de concentração plasmática aproximadamente uma hora após a administração da dose. A biodisponibilidade absoluta média da formulação em comprimidos é de cerca de 34% (CV 38%) por causa do extenso metabolismo de primeira passagem. A concentração plasmática máxima média alcançada (Cmáx) da tizanidina é de 12,3 ng/mL (CV 10%) e 15,6 ng/mL (CV 13%) após administração única e administração de doses repetidas de 4 mg, respectivamente.
A ingestão concomitante de alimentos não apresenta influência significativa no perfil farmacocinético da tizanidina (administrado em 4 mg). Apesar da alimentação aumentar o valor da Cmáx em aproximadamente 1/3, isso não é considerado como sendo de qualquer relevância clínica e a absorção (ASC) não é significativamente afetada.

– Distribuição
O volume médio de distribuição no steady state (estado de equilíbrio) (Vss) após a administração i.v. é de 2,6 L/kg (CV 21%). A ligação às proteínas plasmáticas é de 30%.

– Biotransformação / Metabolismo
O fármaco tem demonstrado que é rápida e extensivamente metabolizado pelo fígado (em torno de 95%). A tizanidina é principalmente metabolizada pela citocromo P450 1A2 in vitro. Os metabólitos parecem ser inativos.

– Eliminação
A tizanidina é eliminada da circulação sistêmica com uma meia-vida terminal média de duas a quatro horas. Os metabólitos são excretados primeiramente através dos rins (aproximadamente 70% da dose). O fármaco inalterado é excretado por via urinária somente em uma pequena extensão (aproximadamente 4,5%).

– Linearidade
A tizanidina possui farmacocinética linear em uma taxa de dose de 1 a 20 mg.

Populações especiais
– Pacientes com danos renais [clearance (depuração) de creatinina < 25 mL/min].
Foram encontrados valores médios dos níveis plasmáticos máximos como sendo duas vezes superiores aos de voluntários normais e a meia-vida terminal prolongou-se por aproximadamente 14 horas, resultando em valores de ASC significativamente maiores (aproximadamente seis vezes o valor médio) (vide “Advertências e precauções”).

– Pacientes com danos hepáticos
Não foram realizados estudos específicos nesta população. Como a tizanidina é extensivamente metabolizada no fígado pela enzima CYP1A2, problemas hepáticos podem aumentar a sua exposição sistêmica. Sirdalud é contraindicado em pacientes com danos hepáticos graves (vide “Contraindicações”).

– Pacientes idosos (≥ 65 anos)
Os dados de farmacocinética nesta população são limitados.

– Efeitos de gênero
O gênero não apresentou efeitos clínicos significativos na farmacocinética da tizanidina.

– Sensibilidade étnica
Não foram estudados impactos de sensibilidade étnica e racial na farmacocinética da tizanidina.

Dados de segurança pré-clínicos
– Toxicidade aguda
A tizanidina possui uma toxicidade aguda de baixa ordem. Os sinais de superdose estão relacionados à ação farmacológica do fármaco.

– Toxicidade crônica e subcrônica
Em um estudo de 13 semanas de toxicidade oral em ratos, foram administradas doses diárias de 1,7; 8 e 40 mg/kg. A maioria dos achados: excitação motora, agressividade, tremor e convulsões, foram relacionados com a estimulação do sistema nervoso central (SNC) e ocorreram principalmente na dose mais elevada.
Foram observadas alterações no eletrocardiograma (ECG) e efeitos no SNC com doses diárias maiores ou iguais a 1 mg/kg em cães (estudo de 13 semanas com doses de 0,3; 1 e 3 mg/kg/dia dadas como cápsulas e estudo de 52 semanas com 0,15; 0,45 e 1,5 mg/kg/dia). Esses representaram efeitos farmacológicos exagerados. Aumentos transitórios da TGP sérica observados com doses diárias maiores ou iguais a 1 mg/kg não foram relacionados a achados histopatológicos, porém indicam que o fígado é um órgão-alvo em potencial.

– Mutagenicidade
Diferenças nos ensaios in vitro, bem como nos ensaios in vivo e citogenéticos não comprovaram o potencial mutagênico da tizanidina.

– Carcinogenicidade
Não houve indicação de carcinogenicidade potencial em ratos ou camundongos, aos quais se administrou doses diárias de até 9 mg/kg e 16 mg/kg, respectivamente, junto com a alimentação.

– Toxicidade reprodutiva
Estudos reprodutivos realizados em ratos em doses de 3 mg/kg/dia e coelhos em doses de 30 mg/kg/dia, não demonstraram evidências de teratogenicidade. Níveis de dose de 10 e 30 mg/kg/dia aumentaram o tempo de gestação em ratos fêmeas. Perdas de filhotes pré-natal e pós-natal foram aumentadas e ocorreu retardo no desenvolvimento. Nessas doses, as fêmeas mostraram sinais acentuados de relaxamento muscular e sedação.

Resultados de eficacia

Sirdalud é eficaz tanto contra os espasmos musculares dolorosos agudos como contra a espasticidade crônica de origem espinhal e cerebral. Reduz a resistência a movimentos passivos, alivia os espasmos e o clônus e melhora a força muscular voluntária.

Referências bibliográficas
1. Weil C (1995) The indications of tizanidine (Sirdalud). Feb 1995.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto: comprimido redondo, plano, esbranquiçado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Dizeres legais

Dizeres legais
MS – 1.0068.0055
Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150

Registrado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo – SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Industria brasileira

Fabricado por:
Novartis Biociências S.A., Taboão da Serra, SP
® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

SIRDALUD – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Esta substância é um relaxante muscular que age principalmente na medula espinhal e reduz o tônus muscular excessivo.

Sirdalud é utilizado no tratamento da dor decorrente de contraturas musculares (espasmos involuntários):
•Associada com distúrbios da coluna, como por exemplo, dor nas costas e torcicolo;
•Após cirurgias, como por exemplo, de correção de hérnias de disco ou doença inflamatória crônica do quadril.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Sirdalud contém a substância ativa cloridrato de tizanidina, referida no texto da bula como tizanidina. Esta substância reduz o tônus muscular excessivo.
Sirdalud é utilizado para tratar aumentos do tônus muscular devido a distúrbios neurológicos, por exemplo, esclerose múltipla, mielopatia crônica, doenças degenerativas da medula espinhal, acidente vascular cerebral e paralisia cerebral. O tempo médio para início da ação terapêutica do medicamento não é conhecido.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Não tome Sirdalud:
-se você for alérgico (hipersensibilidade) ao Sirdalud (tizanidina) ou a qualquer componente da formulação listado nessa bula; em casos de problemas graves no fígado
– se você está tomando medicamentos que contenham fluvoxamina (utilizado no tratamento da depressão);
-se você está tomando medicamentos que contenham ciprofloxacino (antibiótico utilizado no tratamento de infecções).
Se qualquer uma das condições acima se aplica a você, informe ao seu médico que você está utilizando Sirdalud. Se você acha que pode ser alérgico, peça auxílio ao seu médico.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com problemas graves no fígado.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
-antes de tomar Sirdalud avise ao seu médico se você está tomando ou recentemente tomou outros medicamentos (vide “Ingestão concomitante com outras substâncias”);
-Sirdalud pode induzir hipotensão grave (pressão sanguínea baixa) manifestações como perda de consciência e colapso circulatório;
-não altere ou interrompa o tratamento sem primeiro perguntar ao seu médico (vide “COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO
– Se você parar de tomar Sirdalud”);
– se você sentir qualquer um dos sintomas de disfunção do fígado, por exemplo, náusea, perda de apetite (anorexia) ou cansaço, avise ao seu médico; ele fará testes sanguíneos para monitorar a função do seu fígado e decidirá se você deve continuar ou não o tratamento com Sirdalud
– seu médico irá monitorar a função do seu fígado se você estiver recebendo doses diárias maiores ou iguais a 12 mg;
– se você apresentar qualquer problema nos rins, seu médico poderá diminuir a dose de Sirdalud.
Se qualquer um destes casos se aplica a você, informe ao seu médico antes de tomar Sirdalud.
Informe ao seu médico caso você tenha intolerância grave a açúcares derivados do leite (por exemplo, lactose).
Este medicamento contém lactose.

Idosos
Deve-se ter cautela na administração de Sirdalud em pacientes idosos.

Crianças e adolescentes
O uso de Sirdalud em crianças e adolescentes não é recomendado.

Dirigir e operar máquinas
Se Sirdalud causar tontura ou você apresentar sintomas de hipotensão (por exemplo, sensação de frio, sudorese, sensação de desmaio), você não deve dirigir veículos ou operar máquinas.

Gravidez e amamentação
Sirdalud não deve ser administrado em mulheres grávidas, a não ser que seja claramente necessário. Se você ficar grávida durante o tratamento com Sirdalud, informe ao seu médico, que irá discutir com você se você pode tomar este medicamento durante a gravidez. Sirdalud não deve ser usado se você estiver amamentando. O seu médico irá discutir com você os possíveis riscos de tomar Sirdalud durante a amamentação. Peça conselhos ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez C, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico ou farmacêutico se você está tomando, ou tomou recentemente qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento. Lembre-se também daqueles não prescritos por um médico.

É particularmente importante que você informe ao seu médico ou farmacêutico se você está tomando qualquer um dos seguintes medicamentos:
-antiarrítmicos (utilizados para tratar batimentos irregulares do coração) e outros medicamentos que podem ter efeitos indesejáveis na função cardíaca, chamados “prolongamento do intervalo QT”;
-cimetidina (utilizada no tratamento de úlceras duodenais ou gástricas);
-fluorquinolonas e rifampicina (antibióticos utilizados no tratamento de infecções);
-rofecoxibe (utilizado na redução de dor e inflamação);
-contraceptivos orais;
-ticlopidina (utilizada para reduzir o risco de derrame cerebral);
-medicamentos utilizados para o tratamento de pressão alta, incluindo diuréticos;
-medicamentos que induzam o sono ou analgésicos potentes, pois o efeito sedativo pode ser aumentado pelo uso de Sirdalud;
– se você for um fumante inveterado (mais de 10 cigarros por dia).
Evite ingerir álcool durante o tratamento com Sirdalud, pois uma vez que o álcool pode acentuar o efeito sedativo deste medicamento.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento em sua embalagem original.

Aspecto: Comprimido redondo, plano, esbranquiçado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda esteja no prazo de validade, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Siga as orientações do seu médico cuidadosamente. Não exceda a dose recomendada.

Quanto tomar de Sirdalud
A dose será ajustada de acordo com suas necessidades.

– Para alívio das contraturas musculares dolorosas (espasmos involuntários)
A dose usual é de 2 a 4 mg, três vezes ao dia. Em casos graves, uma dose adicional de 2 mg ou 4 mg pode ser tomada, preferencialmente à noite para minimizar a sedação.

– Espasticidade decorrente de distúrbios neurológicos
A dose diária inicial não deve exceder a 6 mg, divididos em três doses, podendo ser aumentada gradativamente de 2 mg a 4 mg, em intervalos de 3 a 4 dias ou semanalmente.
A resposta terapêutica ótima é geralmente obtida com a dose diária entre 12 e 24 mg, administrados em 3 ou 4 doses, em intervalos iguais. A dose diária de 36 mg não deve ser excedida.

Quando e como tomar Sirdalud
Os comprimidos devem ser tomados três vezes ao dia. Em casos graves, seu médico poderá aconselhá-lo a tomar uma dose adicional à noite.

Se você parar de tomar Sirdalud
Não altere ou interrompa o tratamento sem primeiro perguntar ao seu médico. Seu médico pode querer reduzir a dosagem gradualmente antes de interromper completamente o tratamento. Isso é para prevenir qualquer piora da sua condição e reduzir o risco dos sintomas decorrentes da parada abrupta, tais como hipertensão (pressão sanguínea alta), dor de cabeça, tontura, taquicardia (batimento do coração acelerado).
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você se esquecer de tomar o medicamento, tome-o assim que se lembrar. Entretanto, não o tome caso faltem menos de duas horas para a próxima administração. Neste caso, tome a próxima dose no horário usual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Assim como todos os medicamentos, pacientes que estão sendo tratados com Sirdalud podem experimentar algumas reações adversas, embora nem todos os pacientes as apresentem.
Com doses baixas, como as recomendadas para tratamento de dor relacionada a contraturas musculares, os efeitos adversos são geralmente leves e transitórios e incluem: sonolência, fadiga, tontura, boca seca, náuseas, distúrbios gastrintestinais, aumento transitório das transaminases séricas e discreta diminuição da pressão arterial.
Com doses mais elevadas, como as recomendadas no aumento do tônus muscular devido a distúrbios neurológicos, os efeitos adversos acima são mais frequentes e acentuados, mas raramente são graves o suficiente para requerer a suspensão do tratamento. Adicionalmente, podem ocorrer: fraqueza muscular, distúrbios do sono e alucinação. Foi observada diminuição da pressão arterial e dos batimentos do coração. Muito raramente foi relatada hepatite e falência do fígado. Avise ao seu médico caso apresente náusea inexplicada ou cansaço intenso.

Algumas reações adversas podem ser sérias
•Hepatite, falência hepática, hipotensão, alucinação, estado de confusão.
Se você apresentar qualquer uma dessas reações, avise ao seu médico imediatamente.

Algumas reações adversas são muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
• Sonolência, fadiga, tontura, estômago embrulhado, boca seca, fraqueza muscular. Se qualquer uma dessas reações adversas afetar você gravemente, avise ao seu médico.
Algumas reações adversas são comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

•Queda da pressão sanguínea, aumentos transitórios nas transaminases séricas, falta de sono, perturbações do sono.
Se qualquer uma dessas reações adversas afetar você gravemente, avise ao seu médico.

Algumas reações adversas são incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
•Baixa frequência cardíaca.
Se esta reação adversa afetar você gravemente, avise ao seu médico.

Algumas reações adversas são raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
•Náusea.
Se esta reação adversa afetar você gravemente, avise ao seu médico.

Outras reações adversas reportadas
•Desmaio (síncope), perda de energia, visão borrada, vertigem;
•Sintomas após interrupção brusca do medicamento (síndrome de abstinência). Se qualquer uma dessas reações adversas afetar você gravemente, avise ao seu médico.
Se você notar qualquer outra reação adversa não mencionada nessa bula, informe ao seu médico ou farmacêutico.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas: náuseas, vômitos, hipotensão, prolongamento do intervalo QTc, tontura, sonolência, miose (contração da pupila), inquietação, dificuldade respiratória e coma.

Tratamento: recomenda-se eliminar o medicamento ingerido, através da administração repetida de altas doses de carvão ativado. Espera-se que a diurese forçada acelere a eliminação de Sirdalud. A continuação do tratamento deve ser sintomática.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

05/09/2014