Alfalutropina

Alfalutropina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Alfalutropina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Alfalutropina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Informação não disponível para esta bula.

Apresentação Alfalutropina

USO ADULTO USO SUBCUTANEO Luveris é fornecido sob a forma de pó e solvente para solução injetável. Pode ser encontrado em embalagens contendo 1, 3 ou 10 frascos-ampola de pó liofilizado e igual número de frascos-ampola de solvente. Cada frasco-ampola de pó liofilizado contém 75 UI de alfalutropina e cada frasco-ampola de solvente contém 1 ml de água para injeção. Composição: O Luveris é composto pelos seguintes ingredientes: alfalutropina sacarose fosfato de sódio dibásico diidratado fosfato de sódio monobásico polissorbato 20 ácido fosfórico concentrado hidróxido de sódio metionina nitrogênio

Alfalutropina – Indicações

O Luveris, em associação com uma preparação de hormônio folículo estimulante (FSH), é recomendado para a estimulação do desenvolvimento folicular em mulheres com insuficiência grave de LH e FSH. Luveris deve ser administrado segundo um esquema de injeções diárias, simultaneamente ao FSH. Dado que estas pacientes são amenorréicas e têm uma reduzida secreção de estrogênios endógenos, o tratamento pode ser iniciado a qualquer momento. Toda a experiência clínica até esta data, com Luveris nesta indicação, foi adquirida com a administração concomitante de alfafolitropina.

Contra indicações de Alfalutropina

Luveris está contra-indicado nos casos de: – hipersensibilidade às gonadotrofinas, ou a qualquer dos excipientes; – carcinoma do útero, ovário ou mama; – tumores ativos, não tratados, do hipotálamo e da hipófise; – hipertrofia ou cistos ovarianos não originados pela doença do ovário policístico; – hemorragias ginecológicas de etiologia desconhecida.

Advertências

Antes do início do tratamento, a infertilidade do casal deve ser apropriadamente avaliada, e estudadas as possíveis contra-indicações de uma gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado nas situações em que não é possível a obtenção de uma resposta efetiva, tais como, falência ovariana, má formação dos órgãos sexuais ou tumores fibróides do útero incompatíveis com a gravidez. Além disso, as pacientes devem ser examinadas em relação a hipotiroidismo, insuficiência da supra-renal, hiperprolactinemia e tumores do hipotálamo ou hipófise, instituindo-se um tratamento específico apropriado. Mulheres submetidas à estimulação do crescimento folicular possuem um risco aumentado de desenvolvimento de hiperestimulação, levando em conta uma excessiva resposta estrogênica e um desenvolvimento folicular múltiplo. A síndrome de hiperestimulação ovariana (OHSS) pode conduzir a um quadro clínico grave, caracterizado por cistos ovarianos de grandes dimensões, que podem romper. Uma excessiva resposta ovariana raramente origina uma hiperestimulação significativa, exceto se for administrado hCG para induzir a ovulação. É prudente, assim, não administrar hCG nestes casos e recomendar à paciente que se abstenha de ter relações sexuais, ou então utilize métodos anticoncepcionais de barreira, durante pelo menos 4 dias. Antes e durante a terapêutica da estimulação, recomenda-se uma cuidadosa monitorização da resposta ovariana através de ecografia, especialmente em pacientes com ovários policísticos. Em pacientes submetidas à indução de ovulação, a incidência de gravidez e nascimentos múltiplos é maior, em comparação à concepção natural. A fim de minimizar o risco da OHSS ou de gravidez múltipla, recomenda-se monitorização com ecografia, bem como medições de estradiol. Na anovulação, o risco da OHSS está aumentado para um nível de estradiol sérico maior que 900 pg/ml (3300 pmol/L) e pela presença de mais de 3 folículos com diâmetro de 14 mm ou superior. A adesão à posologia recomendada de Luveris e de FSH e ao esquema de administração, além de uma cuidadosa monitorização da terapêutica, minimizam a incidência de hiperestimulação ovariana e de gravidez múltipla. Nos ensaios clínicos, o medicamento demonstrou aumentar a sensibilidade ovariana à alfafolitropina. Se um aumento da dose de FSH for considerado apropriado, o ajuste da dose deve ser efetuado, de preferência, após intervalos de 7 – 14 dias com incrementos de 37,5 – 75 UI. Não foram reportados casos de hipersensibilidade à lutropina alfa. Não foi realizada uma comparação direta de Luveris/FSH versus a gonadotropina humana da menopausa (hMG). A comparação com dados históricos sugere que a taxa de ovulação obtida com Luveris/FSH é similar à que pode ser obtida com o hMG.

Interações medicamentosas de Alfalutropina

Luveris não deve ser administrado misturado com outros medicamentos na mesma seringa, exceto com Gonal-f na apresentação monodose, para a qual os estudos efetuados demonstraram que a co-administração não altera significativamente a atividade, a estabilidade, as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas da substância ativa.

Reações adversas / efeitos colaterais de Alfalutropina

a) Descrição geral A alfalutropina é utilizada para a estimulação do desenvolvimento folicular em associação com alfafolitropina. Neste contexto, é difícil atribuir efeitos indesejáveis a qualquer das substâncias utilizadas. Existe uma considerável experiência pós-comercialização sobre a segurança dos medicamentos de origem urinária contendo hormônio luteinizante humano (hLH). Espera-se que o perfil de segurança do Luveris seja muito similar ao do hLH de origem urinária, com exceção de reações de hipersensibilidade e reações no local da administração. Em um ensaio clínico, foram relatadas reações ligeiras e moderadas no local da injeção (equimose, dor, rubor, prurido ou edema) em 7,4% e 0,9% das injeções, respectivamente. Não foram relatadas reações graves no local da injeção. Até o momento, não foram relatadas reações alérgicas sistêmicas após a administração de Luveris. A síndrome de hiperestimulação ovariana foi observada em menos de 6% das doentes tratadas com Luveris. Não foi relatada síndrome de hiperestimulação ovariana grave. Tromboembolia, torsão dos anexos (uma complicação do aumento do volume ovariano) e hemoperitôneo foram raramente associados com a terapêutica com gonadotropinas humanas da menopausa. Embora estas reações adversas não tenham sido observadas, há a possibilidade de poderem ocorrer também com Luveris. Pode também ocorrer gravidez ectópica, especialmente em mulheres com história anterior de doença tubária. b) Efeitos indesejáveis Foi utilizada a seguinte regra quanto à frequência (casos / nº de doentes): muito raros: <1/10000, raros: >1/10000, <1/1000, pouco comuns: >1/1000, <1/100, comuns: >1/100, <1/10, muito comuns: >1/10. Após uma cuidadosa avaliação, poderam ser observados os seguintes efeitos indesejáveis após a administração de Luveris: Comuns: Reações no local da administração: reações no local da injeção Perturbações gerais: cefaléia, sonolência Perturbações do aparelho gastrintestinal: náuseas, dor abdominal, dor pélvica Perturbações do aparelho reprodutor: síndrome de hiperestimulação ovariana, cistos ovarianos, dor nas mamas. Os efeitos indesejáveis reportados estão de acordo com os verificados com outros medicamentos contendo hLH, exceto as reações no local da injeção em que a incidência foi significativamente mais baixa no tratamento com Luveris

Alfalutropina – Posologia

O tratamento com Luveris deve ser efetuado sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento de problemas de infertilidade. A auto-administração de Luveris deverá unicamente ser efetuado por pacientes bem motivadas,adequadamente treinadas e com acesso às recomendações de um especialista. Em mulheres com insuficiência de LH e FSH, o objetivo da terapêutica com Luveris, em associação com FSH, é o desenvolvimento de um único folículo de Graaf maduro, a partir do qual será liberado o óvulo após a administração de gonadotropina coriônica humana (hCG). Luveris deve ser administrado segundo um esquema de injeções diárias, simultaneamente com FSH. Dado que estas pacientes são amenorréias e tem uma reduzida secreção de estrógenos endógenos, o tratamento pode ser iniciado em qualquer altura. Toda a experiência clínica até à data com Luveris nesta indicação foi adquirida com a administração concomitante de alfafolitropina. Luveris destina-se à administração por via subcutânea. O pó liofilizado deve ser reconstituído com o solvente fornecido imediatamente antes da sua utilização. O tratamento deve ser adaptado à resposta individual da paciente, avaliada pela (1) medição das dimensões do folículo por meio de ecografia e (2) do nível de estrogênios.Um regime posológico recomendado inicia-se com a administração diária, por até 3 semanas, de 75 UI de alfalutropina (i.e. um frasco-ampola de Luveris), em associação com 75 – 150 UI de FSH. Se um aumento da dose de FSH for considerado apropriado pelo seu médico, o ajuste da dose deve ser efetuado, de preferência, após intervalos de 7 – 14 dias e, de preferência, com incrementos de 37,5 – 75 UI. Pode ser aceitável prolongar a duração da estimulação em qualquer um dos ciclos até 5 semanas. Quando se obtém uma resposta ótima, deve ser administrada uma única injeção de hCG, 24 – 48 horas após as últimas injeções de Luveris e de FSH. Recomenda-se que a paciente sob tratamento de coito programado tenha relações sexuais no dia da administração de hCG, bem como no dia seguinte. Como alternativa, pode ser efetuada uma inseminação intra-uterina. Pode ser necessário um suporte da fase lútea, uma vez que a ausência de substâncias com atividade luteotrópica (LH/hCG) após a ovulação, pode conduzir a uma falência prematura do corpo lúteo. Se for obtida uma resposta excessiva, o tratamento deve ser interrompido e o hCG não deve ser administrado. O tratamento deve ser reiniciado no ciclo seguinte, com uma dose de FSH inferior à do ciclo anterior.

Super dosagem

Não se conhecem os efeitos da superdosagem com alfalutropina, no entanto, pode-se admitir a ocorrência da síndrome da hiperestimulação ovariana. Doses únicas até 40.000 UI de alfalutropina foram administradas a voluntárias saudáveis, verificando-se uma boa tolerância e ausência de reações adversas graves.

Caracteristicas farmalogicas

1. PROPRIEDADES FARMACODIN-MICAS A alfalutropina é o hormônio luteinizante humano recombinante, uma glicoproteína composta por duas sub-unidades, a e b, ligadas de forma não covalente. O hormônio luteinizante liga-se às células da teca (e da granulosa) ovarianas e às células de Leydig testiculares, num receptor partilhado com o hormônio gonadotropina coriônica humana (hCG). Este receptor transmembranar LH/CG é membro da super-família dos receptores binários da proteína G; especificamente, tem um grande domínio extra-celular. In vitro, a afinidade de ligação do hLH recombinante ao receptor LH/CG nas células tumorais de Leydig (MA-10) encontra-se entre a da hCG e a do hLH hipofisário, mas dentro da mesma ordem de grandeza. No ovário, durante a fase folicular, o LH estimula as células da teca para segregar androgênos, que serão usados como substrato pela enzima aromatase das células da granulosa para produzir estradiol, favorecendo o desenvolvimento folicular induzido pelo FSH. Na metade do ciclo, níveis elevados de LH desencadeiam a formação do corpo lúteo e a ovulação. Após a ovulação, o LH estimula a produção de progesterona no corpo lúteo, aumentando a conversão do colesterol em pregnenolona. Na estimulação do desenvolvimento folicular em mulheres anovulatórias com insuficiência de LH e FSH, o efeito primário resultante da administração de alfalutropina consiste num aumento da secreção de estradiol pelos folículos, cujo crescimento é estimulado pela FSH. Nos ensaios clínicos, as pacientes foram selecionadas por um nível sérico de LH endógeno menor que 1,2 UI/litro, avaliada num laboratório central. Contudo, deve-se ter em consideração que existem variações nas medições de LH realizadas em laboratórios diferentes. Nestes ensaios clínicos, a taxa de ovulação por ciclo foi de 70-75%. A terapêutica combinada de r-hLH e r-hFSH não foi diretamente comparada com o tratamento com hMG. 2. PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS A farmacocinética da alfalutropina foi estudada em mulheres voluntárias em que se procedeu à supressão da hipófise, em doses de 75 UI até 40.000 UI. O perfil farmacocinético da alfalutropina é semelhante ao do hLH de origem urinária. Após a administração intravenosa, alfalutropina é rapidamente distribuída com uma meia-vida inicial de aproximadamente uma hora e eliminada do organismo com uma meia-vida terminal de cerca de 10-12 horas. O volume de distribuição em estado estacionário é cerca de 10-14 litros. Alfalutropina apresenta uma farmacocinética linear, conforme avaliado pela área sob a curva (AUC), a qual é diretamente proporcional à dose administrada. A depuração total é de cerca de 2 litros/h, e menos de 5% da dose é excretada na urina. O tempo de permanência médio é de, aproximadamente, 5 horas. Após administração subcutânea, a biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 60%; a meia-vida terminal é ligeiramente mais prolongada. A farmacocinética da alfalutropina, após administração única e repetida de Luveris, é comparável e a taxa de acumulação do alfalutropina é mínima. Não há interação farmacocinética com a alfafolitropina quando administradas simultaneamente. DADOS DE SEGURANÇA Foram efetuados estudos toxicológicos extensos com alfalutropina em várias espécies animais. Incluíram o tratamento diário de ratos e macacos com alfalutropina durante um período de três meses, que resultou em efeitos morfológicos e farmacológicos bem conhecidos relacionados com o LH. Não foi observada toxicidade em qualquer das espécies. Conforme esperado da natureza protéica heteróloga do hormônio, alfalutropina aumentou uma resposta de anticorpos em animais experimentais após um período que reduziu os níveis mensuráveis de LH no soro, mas não impediu totalmente a sua ação biológica. Não foram observados sinais de toxicidade devido ao desenvolvimento de anticorpos à alfalutropina. Com doses de 10 UI/kg/dia e superiores, a administração repetida de alfalutropina em ratas e coelhas grávidas causou diminuição da função reprodutiva, incluindo perda de substâncias dos fetos e reduçao do ganho de peso das fêmeas. Contudo, não se observou teratogênese relacionada com o medicamento em qualquer das espécies animais. Outros estudos demonstraram que alfalutropina não é mutagênica. Após a administração intravenosa de alfalutropina radiomarcada em ratas, a captação nos tecidos igualou o perfil plasmático de radioatividade, apenas com uma forte afinidade para os ovários em ratas grávidas. A penetração fetal da radioatividade foi baixa. Em ratas lactantes, a radioatividade no leite foi superior ou igual à do plasma. Devido à natureza protéica heteróloga, alfalutropina produziu reações alergênicas moderadas em cobaias após administração intravenosa. Pela mesma razão, foi observada uma ligeira sensibilização em cobaias após administração intradérmica.

Resultados de eficacia

Os resultados dos estudos de eficácia demonstraram que a dose diária ótima é de 75 UI/dia. Não foram observadas melhorias de resultado quando aumentada a dose para 225 UI/dia. Para mulheres com níveis de LH fisiológicos normais não houve diferença significativa das pacientes tratadas apenas com rFSH, mas houve um evidente resultado positivo de eficácia para pacientes com deficiência severa de LH endógeno.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

O Luveris destina-se ao tratamento de mulheres adultas em período de reserva ovariana, portanto não sendo indicadas para administração em mulheres idosas ou crianças.

Armazenagem

Conservar em temperatura abaixo de 25¦C. Manter na embalagem de origem para proteger da luz.Nessas condições o medicamento é estável por 24 meses. Não utilize Luveris após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Não utilize Luveris caso observe quaisquer sinais de deterioração, tais como descoloração do pó ou recipiente danificado. Caso tenha esquecido de tomar Luveris: Não tome uma dose dupla para compensar a dose que se esqueceu de tomar. Contate o seu médico.

Dizeres legais

Registro M.S.: 1.1124.0221.001-3 Registro M.S.: 1.1124.0221.002-1 Registro M.S.: 1.1124.0221.003-1 Farmacêutico(a) responsável: Débora Tanaami – CRF/SP-19475 Fabricado por: Laboratoires Serono S.A. Zone Industrielle de lOuriettaz, 1170 Aubonne – Suíça Importado e Distribuído por: Serono Produtos Farmacêuticos Ltda Rua Dr.Eduardo de Souza Aranha, 387- 11o. andar 04543-121 – São Paulo – SP CGC: 27.944.313/0001-54 Indústria Brasileira SAS – Serviço de Atendimento Serono 0800-113320 Embalado por ARES Trading Uruguay S.A. Ruta 8 Km 17,5 – Local 318 Montevideo- Uruguai

Alfalutropina – Bula para o paciente

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Data da bula

May 5 2005 12:00AM