Interações medicamentosas epelin

EPELIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de EPELIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com EPELIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A fenitoína apresenta ligação extensa às proteínas plasmáticas séricas e é sujeita a deslocamento competitivo. A fenitoína é metabolizada pelas enzimas CYP2C9 e CYP2C19 do citocromo hepático (CYP) P450 e é particularmente suscetível a interações medicamentosas inibitórias por estar sujeita a um metabolismo saturável. A inibição do metabolismo pode produzir aumento significativo da concentração circulante de fenitoína e do risco de toxicidade.
A fenitoína é um indutor potente de enzimas hepáticas que metabolizam medicamentos e pode reduzir os níveis dos medicamentos metabolizados por estas enzimas.
Existem muitos fármacos que podem elevar ou reduzir os níveis séricos de fenitoína ou os quais a fenitoína pode afetar. As determinações de concentrações séricas de fenitoína são especialmente úteis quando se suspeita de possíveis interações medicamentosas. As interações medicamentosas que ocorrem mais comumente estão nas tabelas seguintes

Fármacos que podem aumentar os níveis séricos de fenitoína
A Tabela 1 resume as classes terapêuticas dos fármacos que podem aumentar potencialmente os níveis séricos de fenitoína.

TABELA 1
Classe Terapêutica Fármacos em cada Classe (exemplo)
álcool (ingestão aguda)  
analgésicos / anti-inflamatórios azapropazona, fenilbutazona, salicilatos
anestésicos halotano
antibacterianos

cloranfenicol, eritromicina, isoniazida, sulfadiazina,
sulfametizol, sulfametoxazol-trimetoprima,
sulfafenazol, sulfisoxazol, sulfonamidas

anticonvulsivantes

felbamato, oxcarbazepina, valproato de sódio,
succinamidas, topiramato

antifúngicos

anfotericina B, fluconazol, itraconazol,
cetoconazol, miconazol, voriconazol

agentes antineoplásicos fluoruracila, capecitabina
psicotrópicos / benzodiazepínicos

clordiazepóxido, diazepam, dissulfiram,
metilfenidrato, trazodona, viloxazina

bloqueadores do canal de cálcio / agentes
cardiovasculares

amiodarona, dicumarol, diltiazem, nifedipino,
ticlopidina

antagonistas-H2 cimetidina
Inibidores da HMG-CoA redutase fluvastatina
hormônios estrógenos
Imunossupressores tacrolimo
hipoglicemiantes orais tolbutamida
inibidores da bomba de prótons omeprazol
inibidores da recaptação de serotonina fluoxetina, fluvoxamina, sertralina



Fármacos que podem diminuir o nível plasmático de fenitoína
A Tabela 2 resume as classes terapêuticas dos fármacos que, potencialmente, podem diminuir os níveis plasmáticos de fenitoína:

TABELA 2
Classe Terapêutica Fármacos em Cada Classe (exemplo)
álcool (ingestão crônica)
antibacterianos rifampicina, ciprofloxacino
anticonvulsivantes vigabatrina
antineoplásicos

bleomicina, carboplatina, cisplatina, doxorrubicina,
metotrexato

antiulcerosos sucralfato
antirretrovirais fosamprenavir, nelfinavir, ritonavir
broncodilatadores teofilina
agentes cardiovasculares reserpina
ácido fólico acido fólico
agentes hiperglicemiantes diazóxido
erva-de-São-João erva-de-São-João



O cloridrato de molindona contém íons cálcio, que interferem com a absorção de Epelin®. A ingestão da fenitoína e preparações com cálcio, incluindo as preparações antiácidas contendo cálcio, devem ser intercaladas para prevenir problemas de absorção.

Fármacos que podem aumentar ou reduzir os níveis séricos de fenitoína
A Tabela 3 resume as classes terapêuticas que podem aumentar ou diminuir os níveis séricos de fenitoína:

TABELA 3  
Classe Terapêutica Fármacos em cada Classe (exemplo)
agentes antibacterianos ciprofloxacino
anticonvulsivantes

carbamazepina, fenobarbital, valproato de sódio,
ácido valproico

antineoplásicos  
psicotrópicos clordiazepóxido, diazepam, fenotiazinas



Fármacos que podem ter os níveis séricos e/ou efeitos alterados pela fenitoína
A tabela 4 resume as classes terapêuticas de fármacos cujos níveis séricos e/ou efeitos alterados pela fenitoína:


TABELA 4
Classes Terapêutica Fármacos em cada Classe (exemplo)
antibacterianos doxiciclina, rifampicina, tetraciclina
anticonvulsivantes

carbamazepina, lamotrigina, fenobarbital,
valproato de sódio, ácido valproico

antifúngicos azólicos, posaconazol, voriconazol
anti-helmínticos albendazol, praziquantel
antineoplásicos teniposídeo
antirretrovirais

delavirdina, efavirenz, fasamprenavir, indinavir,
lopinavir/ritonavir, lfinneavir, ritonavir, saquinavir

broncodilatadores teofilina

bloqueadores do canal de cálcio/agentes
cardiovasculares

digitoxina, digoxina, mexiletina, nicardipino,
nimodipino, nisoldipino, quinidina, verapamil

corticosteroides
anticoagulantes cumarínicos varfarina
ciclosporina
diuréticos furosemida
inibidores da HMG-CoA redutase atorvastatina, fluvastatina, sinvastatina
hormônios estrógenos, contraceptivos orais
hiperglicemiantes diazóxido
imunossupressores  
bloqueadores neuromusculares

alcurônio, cisatracúrio, pancurônio, rocurônio,
vecurônio

analgésicos opioides metadona
hipoglicemiantes orais clorpropamida, gliburida, tolbutamida
psicotrópicos/ antidepressivos clozapina, paroxetina, quetiapina, sertralina
vitamina D vitamina D



Embora não se trate de uma interação propriamente dita, os antidepressivos tricíclicos podem precipitar crises em pacientes susceptíveis e a dose de Epelin® pode necessitar de ajuste.

Interações entre Preparações Nutricionais/Alimentação Enteral
Relatos da literatura sugerem que pacientes que receberam preparações nutricionais enteral e/ou equivalentes de suplementos nutricionais, têm níveis plasmáticos de fenitoína menores que os esperados. Portanto, sugere-se que Epelin® não seja administrado concomitantemente com preparação nutricional enteral.
Nestes pacientes, pode ser necessária a monitoração mais frequente dos níveis séricos de fenitoína.

Interações com Testes Laboratoriais
A fenitoína pode causar diminuição dos níveis séricos de iodo ligado à proteína. Também pode produzir valores menores que os normais para teste de metirapona ou dexametasona. A fenitoína pode causar níveis séricos aumentados de glicose, fosfatase alcalina e gama glutamil transpeptidase. A fenitoína pode afetar as taxas de metabolismo do cálcio sanguíneo e glicose sanguínea.