Reações adversas factive

FACTIVE com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de FACTIVE têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com FACTIVE devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Reações de hipersensibilidade sérias e ocasionalmente fatais e/ou reações anafiláticas foram reportadas em pacientes recebendo fluoroquinolonas. Tais reações podem ocorrer após a primeira tomada. Algumas delas podem vir acompanhadas de colapso cardiovascular, hipotensão e choque, convulsões, angioedema (incluindo língua, laringe, face), obstrução aérea (incluindo broncoespasmo, dificuldades respiratórias e insuficiência respiratória aguda), dispneia, urticária, prurido e outras reações cutâneas graves.
O gemifloxacino deve ser descontinuado imediatamente no aparecimento de qualquer sinal de reação imediata de hipersensibilidade cutânea tipo I (“rash” cutâneo) ou qualquer outra manifestação de hipersensibilidade, e a necessidade de continuar a terapia com uma fluoroquinolona deve ser reavaliada assim como para outras drogas, as reações sérias de hipersensibilidade deverão ser tratadas com epinefrina e outras medidas de reanimação, incluindo oxigênio, líquidos endovenosos, anti-histamínicos, corticosteroides, aminas vasoativas e manutenção de vias aéreas, de acordo com a situação (vide “advertências” e “reações adversas”).
Eventos sérios e, ocasionalmente fatais, alguns devido a reações de hipersensibilidade e/ou outras etiologias incertas, foram reportados em pacientes utilizando fluoroquinolonas. Tais eventos ocorreram, em geral, após administração de múltiplas doses. As manifestações clínicas usualmente incluem novo aparecimento de febre, e um ou mais dos seguintes sinais/sintomas: “rash” ou reações dermatológicas graves (como necrólise epidérmica tóxica, síndrome de stevens-johnson), vasculites, artralgia, mialgias, doença do soro, pneumonite alérgica, nefrite intersticial, insuficiência renal aguda, hepatite, icterícia, necrose hepática ou falência hepática aguda, anemia (incluindo hemolítica e aplástica), plaquetopenia (incluindo púrpura trombocitopênica, trombótica). Leucopenia, agranulocitose, pancitopenia e outras anormalidades hematológicas.

“Rash” cutâneo: Em estudos clínicos, a taxa global de aparecimento de “rash” cutâneo relacionado à droga foi de 2,8%. O tipo mais comum relacionado com o gemifloxacino foi o macropapular, de intensidade leve a moderada; 0,3% se manifestaram na forma de urticárias. As manifestações cutâneas em geral surgem após o oitavo a décimo dias de terapia, e 60% se resolvem dentro de sete dias (80% aos 14 dias). Aproximadamente 10% dos pacientes que desenvolvem “rash” cutâneo são classificados como de intensidade grave. Avaliações histológicas realizadas em estudos clínico-farmacológicos definiram reações cutâneas exantematosas não-complicadas, sem evidências de fototoxicidade, vasculites ou necrose. Não há casos documentados em estudos clínicos de reações cutâneas graves, associadas com maiores morbidades ou mortalidade. O “rash” cutâneo é mais comum em pacientes abaixo de 40 anos de idade, especialmente mulheres. Pacientes menopausadas em reposição hormonal também parecem ser mais suscetíveis. A incidência do “rash” está correlacionada com a duração do tratamento, aumentando significativamente após o sétimo dia em todos os subgrupos, com exceção de homens de 40 anos (tabela 9). O gemifloxacino deve ser descontinuado em pacientes que venham a desenvolver “rash” cutâneo durante o tratamento (vide “reações adversas” e “resultados de eficácia”).

Tabela 9 – Incidência de “rash” cutâneo em pacientes tratados com FACTIVE em estudos clínicos População* por sexo, idade e duração da terapia.

SEXO E IDADE (ANOS) DURAÇÃO DO TRATAMENTO
5 DIAS 7 DIAS 10 DIAS** 14 DIAS**
MULHERES < 40 5/242 (2,1%) 39/324 (12%) 20/131 (15,3%) 7/31 (22,6%)
MULHERES ≥ 40 19/1210 (1,6%) 30/695 (4,3%) 19/308 (6,2%) 10/126 (7,9%)
HOMENS < 40 4/218 (1,8%) 20/318 (6,3%) 7/74 (9,5%) 3/39 (7,7%)
HOMENS ≥ 40 9/1321 (0,7%) 23/776 (3,0%) 9/345 (2,6%) 3/116 (2,6%)
TOTAIS 37/2991 (1,2%) 112/2113 (5,3%) 55/858 (6,4%) 23/312 (7,4%)

 


*Inclui pacientes de estudos de pneumonias adquiridas na comunidade (PAC), agudização bacteriana de bronquite crônica e outras indicações.

**Excedendo a duração da terapia recomendada (vide “Posologia”).
Reações de fotossensibilidade foram reportadas raramente em estudos clínicos com Factive. Entretanto, assim como outras drogas da mesma classe, recomenda-se que pacientes em uso evitem exposição solar intensa ou bronzeamento artificial com raios UV, e deve ser recomendado o uso apropriado de bloqueadores solares de amplo espectro nos casos de exposição. O tratamento deve ser descontinuado caso surja uma reação de fotossensibilidade.

Neuropatia periférica: Raros casos de polineuropatia axonal sensitiva ou sensitivo-motora acometendo axônios curtos e/ou longos e resultando em parestesias, hipoestesias, disestesias e fraqueza, foram descritos em pacientes recebendo quinolonas.

Efeitos nos tendões: Rupturas de tendões do ombro, mãos, tendões de Aquiles, ou outros, que necessitaram de reparos cirúrgicos ou que resultaram em deficiências prolongadas, foram descritas em pacientes em uso de fluoroquinolonas. Relatos de pesquisas de pós-marketing indicaram que os riscos aumentam nos pacientes que recebem corticosteroides concomitantes, especialmente em idosos. Ou ainda aquele grupo de pacientes que se submeteram a transplante renal, de coração ou de pulmões. O gemifloxacino deve ser descontinuado caso o paciente refira dor ou apresente inflamação ou ruptura em algum tendão. Os pacientes devem permanecer em repouso e abster-se de exercícios até que o diagnóstico de ruptura do tendão seja afastado. A ruptura de tendões pode ocorrer durante ou após o tratamento com quinolonas.

Efeitos no sistema nervoso central (SNC): Em estudos clínicos com gemifloxacino, efeitos no SNC não foram relatados frequentemente. Assim como outras quinolonas, o gemifloxacino deve ser empregado com cautela em pacientes com doenças do SNC como epilepsias ou predisposição a convulsões. Embora não descritos em estudos clínicos com gemifloxacino, convulsões, aumentos na pressão intracraniana e psicose tóxica, foram relatadas em pacientes recebendo outras fluoroquinolonas. Caso tais reações apareçam com o uso de gemifloxacino, a droga deve ser interrompida e as medidas pertinentes instituídas.

Colite associada a antibióticos: Colite pseudomembranosa já foi relatada praticamente com todos os tipos de antibióticos, incluindo o gemifloxacino, podendo variar de leve intensidade até quadros potencialmente fatais. Assim, é importante considerar o diagnóstico em pacientes que venham a apresentar diarreia, subsequente à administração de qualquer agente antibacteriano.
O tratamento com antibióticos pode alterar a flora intestinal normal e permitir o sobrecrescimento de clostrídios. Estudos indicam que as toxinas produzidas pelo clostridium difficile seriam a principal causa de diarreia associada a antibióticos. Após o diagnóstico de colite pseudomembranosa, as medidas terapêuticas devem ser instituídas. Casos mais leves usualmente respondem apenas com a interrupção da droga em questão. Nos casos moderados e graves, hidratação parenteral, reposição de eletrólitos, suplementação nutricional e tratamento com drogas contra o clostridium dificille devem ser considerados (vide “reações adversas”).

Efeitos hepáticos: Elevações de enzimas hepáticas (ALT e/ou AST) ocorreram na mesma intensidade com 320mg ao dia de gemifloxacino do que com o uso de antimicrobianos comparáveis, como ciprofloxacino, levofloxacino, claritromicina, amoxicilina/clavulanato e ofloxacino. Em pacientes recebendo gemifloxacino nas doses de 480mg ao dia ou mais, notou-se aumento na incidência de elevação de enzimas hepáticas (vide “Reações Adversas”). Não houve sintomatologia clínica associada com tais elevações enzimáticas, as quais se normalizaram após a suspensão da droga. A dose recomendada de gemifloxacino de 320mg ao dia não deve ser aumentada, nem a duração do tratamento deve ser estendida (vide “Posologia”).
Alterações nas doses devem ser efetuadas nos pacientes com déficit de função renal (clearance de creatinina < 40ml/min) (vide “Posologia”). Hidratação adequada aos pacientes recebendo gemifloxacino deve ser instituída, para prevenção de uma urina muito concentrada.
Em estudos clínicos, 6775 pacientes receberam doses diárias orais de gemifloxacino. Além disso, 1797 voluntários saudáveis e 81 pacientes com perda de função hepática ou renal receberam doses únicas ou repetidas de gemifloxacino em estudos de farmacologia clínica. A maioria das reações adversas experimentadas pelos pacientes foi considerada de intensidade leve ou moderada.
O gemifloxacino foi descontinuado devido a reações adversas (possível ou provavelmente relacionado) em 2,2% dos pacientes, primariamente devido ao “rash” cutâneo (0,9%), náusea (0,3%), diarreia (0,3%), urticária (0,3%) e vômitos (0,2%). Antibióticos comparáveis foram descontinuados por algum evento adverso numa taxa similar de 2,1%; primariamente por diarreia (0,5%), náusea (0,3%), vômitos (0,3%) e “rash” cutâneo (0,3%).
Reações adversas, classificadas como possíveis ou prováveis, com frequência ≥ 1% em pacientes recebendo 320mg de gemifloxacino versus drogas comparáveis (antibióticos betalactâmicos, macrolídeos ou outras fluoroquinolonas) foram as seguintes: diarreia 3,6% contra 4,6%; “rash” cutâneo 2,8% contra 0,6%; náusea 2,7% contra 3,2%; cefaleia 1,2% contra 1,5%; dor abdominal 0,9% contra 1,1%; tonturas 0,8% contra 1,5%; alteração no paladar 0,3% contra 1,9%.
O gemifloxacino parece apresentar baixo potencial de fotossensibilização. Em estudos clínicos, a fotossensibilização relacionada à droga ocorreu em apenas 0,039% (3/7659) dos pacientes. Outras reações adversas (possíveis ou prováveis) em mais de 0,1% a 1% dos pacientes que receberam 320mg orais de gemifloxacino foram: dor abdominal, anorexia, artralgias, obstipação intestinal, dermatites, tonturas, boca seca, dispepsia, fadiga, flatulência, infecção fúngica, gastrite, monilíase vaginal, hiperglicemia, insônia, leucopenia, prurido, sonolência, alteração de paladar, trombocitopenia, urticária, vaginite, e vômitos.
O risco de desenvolvimento de tendinite e ruptura de tendão associada ao uso de fluoroquinolona encontra-se aumentado em pacientes com idade superior a 60 anos. Naqueles pacientes que fazem uso de drogas corticosteroides, nos pacientes com insuficiência renal e/ou cardíaca ou naqueles pacientes que foram submetidos a transplante de pulmões.
Outras reações adversas relatadas em estudos clínicos com potencial significado clínico e que foram consideradas como tendo uma relação suspeita com a droga, ocorrendo em menos de 0,1% dos pacientes foram: alterações na urina, anemia, astenia, dor lombar, hiperbilirrubinemia, dispneia, eczema, eosinofilia, gastrenterite, calores, granulocitopenia, aumento de Gama GT, cãibras, mialgias, nervosismo, desordens digestivas inespecíficas, dor, faringite, pneumonia, trombocitopenia, tremores, vertigens, alterações de visão.

Em estudos clínicos para exacerbação aguda bacteriana de bronquites crônicas (ABECB) e pneumonia bacteriana adquirida na comunidade (PAC), a incidência de “rash” cutâneo foi a seguinte (Tabela 10):

Tabela 10 – Incidência de “rash” por indicação clínica em pacientes tratados com gemifloxacino:

 

 

ABECB (5 DIAS) N=2284

PAC (7 DIAS) N=643

N/N

%

N/N

%

TOTAIS

27/2284

1,2

26/643

4,0

MULHERES < 40A

NA*

 

8/88

9,1

MULHERES ≥ 40A

16/1040

1,5

5/214

2,3

HOMENS < 40A

NA*

 

5/101

5,0

HOMENS ≥ 40ª

11/1203

0,9

8/240

3,3

 


* número insuficiente de pacientes nessa categoria para análise.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.