Posologia de intron-a

INTRON-A com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de INTRON-A têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com INTRON-A devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



INTRON-A deve ser administrado usando-se seringas de vidro esterilizadas ou seringas de plástico descartáveis. Para administração subcutânea, é recomendável uma agulha de calibre 27 e 1,77 cm. Os produtos farmacológicos parenterais devem ser inspecionados visualmente, antes da aplicação, em relação à presença de partículas ou alteração da cor. Em caso de esquemas posológicos de manutenção administrados por via subcutânea, o paciente pode auto-administrar a dose, a critério médico. Os pacientes com número de plaquetas abaixo de 50.000/mm3 não devem receber INTRON-A por via intramuscular, e, sim, por via subcutânea. Se aparecerem efeitos adversos durante o tratamento com INTRON-A para qualquer indicação, dever-se-á modificar a posologia (redução de 50%) ou suspender o tratamento temporariamente, até que os efeitos adversos desapareçam. Se aparecer intolerância persistente ou recorrente depois do correto ajuste da dose ou se houver progressão da doença, o tratamento com INTRON-A deverá ser suspenso. Tricoleucemia (Hairy-cell leukemia) A dose recomendada de INTRON-A é de 2 milhões de UIs/m2, administrados por via subcutânea ou intramuscular, 3 vezes por semana (em dias alternados). A posologia poderá ser ajustada de acordo com a tolerância do paciente à medicação. Os pacientes não-esplenectomizados tiveram resposta clínica similar à dos pacientes esplenectomizados, com redução da necessidade de transfusões de sangue. A normalização de um ou mais parâmetros hematológicos tem início habitualmente nos 2 primeiros meses de terapia. A melhora das variáveis hematológicas (contagem de granulócitos e plaquetas e dos níveis de hemoglobina) ocorre em 6 meses ou mais de tratamento. Antes do início da terapia, devem-se realizar testes para quantificar a hemoglobina sangüínea periférica, plaquetas, granulócitos e células pilosas, e células pilosas de medula óssea. Estes parâmetros devem ser monitorizados periodicamente durante o tratamento para se determinar se está havendo resposta terapêutica. Se estiver ocorrendo resposta, o tratamento deverá continuar até que não seja mais observada melhora e os parâmetros laboratoriais tenham se mantido estáveis por aproximadamente 3 meses. Se não houver resposta no período de 6 meses, o tratamento deverá ser descontinuado. Este regime terapêutico deve ser mantido a menos que a doença progrida rapidamente ou uma intolerância grave seja manifestada. Se o tratamento com INTRON-A for interrompido, dever-se-á notar que um novo tratamento com INTRON-A determine uma resposta em mais de 90% dos pacientes. Hepatite B crônica Adultos – A dose recomendada de INTRON-A para o tratamento da hepatite B crônica é de 30 a 35 milhões de UIs por semana, por via subcutânea ou intramuscular, seja na dose de 5 milhões de UIs diariamente ou na dose de 10 milhões de UIs 3 vezes por semana (em dias alternados), durante 16 a 24 semanas. Pacientes pediátricos (de 1 a 17 anos de idade) – A posologia recomendada de INTRON-A é de 3 milhões de UIs/m2 3 vezes por semana (em dias alternados) durante a primeira semana de tratamento, seguida de aumento da dose para 6 milhões de UIs/m2 3 vezes por semana (máximo de 10 milhões de UIs três vezes por semana). As doses devem ser administradas por via subcutânea com duração total de 16 a 24 semanas de tratamento. Nos estudos clínicos de pacientes com redução da contagem de leucócitos, granulócitos ou plaquetas, adotaram-se os seguintes parâmetros para ajuste da dose: Dose de CONTAGEM DE CONTAGEM DE CONTAGEM DE Intron-A LEUCÓCITOS GRANULÓCITOS PLAQUETAS Redução < 1.500/mm3 < 750/mm3 < 50.000/mm3 de 50% (adultos (adultos) (adultos) e < 1.000/mm3 < 100.000/mm3 crianças) (crianças) (crianças) Interrupção < 1.200/mm3 < 500/mm3 < 30.000/mm3 (adultos (adultos) (adultos) e < 750/mm3 < 70.000/mm3 crianças) (crianças) (crianças) O tratamento com INTRON-A foi retomado com 100% da dose inicial quando as contagens de leucócitos, granulócitos e/ou plaquetas se normalizaram. Hepatite C crônica A dose recomendada de INTRON-A para o tratamento da hepatite C crônica é de 3 milhões de UIs 3 vezes por semana (em dias alternados), por via subcutânea. A maioria dos pacientes que responderam ao tratamento demonstrou melhora dos níveis de ALT no período de 12 a 16 semanas. Nos pacientes com ALT normal na 16ª semana de tratamento, a terapia com INTRON-A deve ser estendida de 18 a 24 meses (de 72 a 96 semanas) para melhorar o índice de resposta sustentada. Nos pacientes que não tiveram o nível de ALT normalizado após 12 a 16 semanas de tratamento, deve-se considerar a descontinuação do tratamento com INTRONA. Pacientes recidivantes após tratamento com INTRON-A podem ser tratados novamente com o mesmo esquema terapêutico ao qual responderam anteriormente. Se INTRON-A for administrado em associação com a ribavirina em pacientes com hepatite C crônica, ler a bula da ribavirina para orientações de posologia, contra-indicações, precauções e advertências da terapia combinada. Melanoma maligno Como terapia de indução, INTRON-A é administrado por via intravenosa na dose de 20 milhões de UIs/m2 diariamente, durante 5 dias por semana, durante 4 semanas, seguidas de uma dose de manutenção de 10 milhões de UIs/m2 administradas por via subcutânea 3 vezes por semana (em dias alternados) durante 48 semanas. Se ocorrer reações adversas durante o tratamento com INTRON-A, principalmente se granulócitos diminuírem a <500/mm3 ou ALT/AST aumentar em até > 5x acima do limite normal, o tratamento deverá ser temporariamente descontinuado até que a reação adversa regrida. A terapia com INTRON-A deve ser retomada na dose de 50% da dose inicial. Se a intolerância persistir após o ajuste da dose ou se os granulócitos diminuírem a <250/mm3 ou a ALT/AST aumentarem até 10x acima do limite normal, a terapia com INTRON-A deverá ser descontinuada. Embora a dose ideal (mínima) seja desconhecida, para maior benefício clínico o paciente deverá ser tratado com a dose recomendada, com modificação, no caso de toxicidade, como descrito. Condiloma acuminado A lesão ou lesões a serem tratadas devem ser primeiramente limpas com álcool. A injeção intralesional deve ser feita no centro da base da lesão usando-se uma agulha fina (calibre 30). Injetar 0,1 ml da solução reconstituída contendo 1 milhão de UIs de INTRON-A na lesão 3 vezes por semana em dias alternados, durante 3 semanas. Podem ser tratadas até 5 lesões ao mesmo tempo. A dose máxima administrada por semana não deve exceder a 15 milhões de UIs. As lesões maiores podem ser tratadas por injeções múltiplas (até um total de 5 milhões de UIs de INTRON-A por dia) ou por injeções seqüenciais em diferentes áreas da lesão. Novo tratamento - A melhora ocorre geralmente de 4 a 8 semanas após o início do primeiro curso do tratamento. Se neste período os resultados forem insatisfatórios, um segundo curso de tratamento no mesmo esquema terapêutico poderá ser instituído desde que os sinais e sintomas clínicos ou as alterações nos parâmetros laboratoriais não impeçam este novo tratamento. Tratamento de lesões adicionais - Imediatamente após a finalização das 3 primeiras semanas de tratamento, um segundo curso pode ser instituído no mesmo regime terapêutico para tratar até 5 lesões adicionais em pacientes com 6 a 10 condilomas. Pacientes com mais de 10 condilomas podem receber seqüências adicionais, dependendo da extensão dos condilomas. Em estudos clínicos, pacientes com condiloma também foram tratados com INTRON-A administrados intralesionalmente na dose de 1,5 milhão de UIs por lesão seguida de aplicação tópica de 25% de podofilina. O tratamento foi feito 1 vez por semana durante 3 semanas. Uso concomitante da zidovudina no sarcoma de Kaposi associado à AIDS Em estudos clínicos, pacientes aidéticos com sarcoma de Kaposi receberam alfa-interferona concomitantemente com a zidovudina. Na maioria dos casos, a posologia sugerida de 5 a 10 milhões de UIs/m2 de INTRON-A diariamente junto com a zidovudina 100 mg a cada 4 horas foi bem tolerada. Neutropenia é o principal efeito tóxico dose-dependente. A dose de INTRON-A pode ser iniciada com 3 a 5 milhões de UIs/m2 diariamente. Após 2 a 4 semanas de tratamento, dependendo da tolerância do paciente, a dose diária de INTRON-A pode ser aumentada de 5 milhões de UIs/m2 para 10 milhões de UIs/m2; a dose de zidovudina pode ser aumentada para 200 mg a cada 4 horas. A dose deve ser individualizada, baseada na resposta do paciente e na tolerância à droga.