Informações level

LEVEL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LEVEL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LEVEL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Level® é um medicamento contraceptivo oral resultante da combinação de levonorgestrel, um progestágeno totalmente sintético com o etinilestradiol, um estrógeno. Age através da supressão das gonadotrofinas. Embora o mecanismo primário desta ação seja a inibição da ovulação, outras alterações incluem as modificações no muco cervical (aumentando a dificuldade de penetração dos espermatozoides no útero) e também no endométrio (reduzindo a probabilidade de implantação).
O levonorgestrel é rápida e completamente absorvido após administração oral (praticamente 100% biodisponível) e não sofre metabolização de primeira passagem. O etinilestradiol também é rápida e quase totalmente absorvido pelo trato gastrointestinal, mas devido à metabolização de primeira passagem na mucosa intestinal e fígado, a biodisponibilidade do etinilestradiol está entre 38 e
48%. Após dose única, a concentração sanguínea máxima de levonorgestrel é alcançada entre 1 a 2,5 horas e o “steady-state” é atingido após 19 dias de uso contínuo. As concentrações de levonorgestrel aumentam a partir do 1º dia (dose única) até o 6º e o 21º dias (múltiplas doses), de 34% e 96% respectivamente. A cinética do levonorgestrel total não é linear devido a um aumento da ligação dele às globulinas fixadoras dos hormônios sexuais (SHBG) e menos à albumina.
Após dose única, a concentração máxima de etinilestradiol no soro é alcançada entre 1 a 2 horas, e o “steady-state” após 6 dias de uso ininterrupto. As concentrações do etinilestradiol não aumentam entre o 1º dia e o 6º dia, mas crescem 19% entre o 1º e o 21º dias. O etinilestradiol se liga fortemente à albumina, induzindo um aumento na concentração de SHBG. No levonorgestrel, a mais importante metabolização ocorre por redução do grupo delta-4-3-oxo e hidroxilação nas posições 2-alfa, 1- beta e 16-beta, seguida de conjugação. A maioria dos metabólitos circulantes no sangue são sulfatos de 3- alfa, 5-beta-tetrahidro-levonorgestrel, enquanto que a excreção ocorre predominantemente na forma de glicuronídeos. Alguns derivados de levonorgestrel circulam sob a forma de 17-beta sulfatos. No etinilestradiol, as enzimas citocromo P450 (CYP3A4) localizadas no fígado, são responsáveis pela2-hidroxilação que é a principal reação oxidativa. Os metabólitos 2-hidroxi são complementarmente transformados por metilação e glicuronidação antes de serem excretados por via urinária e fecal. O etinilestradiol é excretado na urina e nas fezes nas formas conjugadas de glicuronídeo e sulfato, estando sujeito a recirculação êntero-hepática. A meia-vida de eliminação plasmática do levonorgestrel com etinilestradiol é de 8 a 13 horas. O levonorgestrel e seus metabólitos inativos são excretados na urina. O etinilestradiol é excretado na urina (22 a 58%), nas fezes (30 a 53%) e sais biliares (26 a 43%).