Indicações propranolol

PROPRANOLOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PROPRANOLOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PROPRANOLOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



HIPERTENSÃO
O cloridrato de propranolol é indicado no tratamento da hipertensão. Pode ser usado isoladamente ou em associação com outros agentes anti-hipertensivos, especialmente com um diurético tiazídico. O cloridrato de propranolol não está indicado para as emergências hipertensivas.

ANGINA PECTORIS DEVIDO À ATEROSCLEROSE CORONARIANA
O cloridrato de propranolol é indicado no tratamento prolongado de pacientes com angina pectoris.

ARRITMIAS CARDÍACAS
O cloridrato de propranolol é indicado para o tratamento das seguintes arritmias cardíacas:

1. Arritmias supraventriculares
a) Taquicardias atriais paroxísticas, particularmente aquelas arritmias induzidas por catecolaminas, digitálicos ou associadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White.
b) Taquicardia sinusal persistente que não seja compensatória e prejudique o bem-estar do paciente.
c) Taquicardias e arritmias devido a tireotoxicidade quando um efeito imediato é necessário, auxiliando no tratamento a curto prazo (2 a 4 semanas). Pode ser usado simultaneamente com o tratamento específico (vide Precauções e Advertências sobre tireotoxicidade).
d) Extrassístoles atriais persistentes, que prejudiquem o bem-estar do paciente e que não respondam aos métodos convencionais.
e) Flutter e fibrilação atriais quando a frequência ventricular não pode ser controlada apenas por digitálicos, ou quando estes são contraindicados.

2. Taquicardias ventriculares
As arritmias ventriculares não respondem ao cloridrato de propranolol de modo tão previsível como as arritmias supraventriculares.
a) Extrassístoles ventriculares prematuras persistentes que não respondam às medidas convencionais e prejudiquem o bem-estar do paciente.

3. Taquiarritmias por intoxicação digitálica
As taquiarritmias induzidas por digitálico que persistem mesmo após a suspensão da droga e a correção dos distúrbios eletrolíticos são, geralmente, revertidas com o uso oral de cloridrato de propranolol. Pode ocorrer bradicardia severa (vide Superdose).

INFARTO DO MIOCÁRDIO
O cloridrato de propranolol é indicado para reduzir a mortalidade cardiovascular em pacientes que sobreviveram à fase aguda do infarto do miocárdio e estejam clinicamente estáveis.

ENXAQUECA
O cloridrato de propranolol é indicado na profilaxia da enxaqueca comum. A eficácia de cloridrato de propranolol no tratamento da crise de enxaqueca já instalada não está estabelecida, não sendo indicado para tal uso.

ESTENOSE SUBAÓRTICA HIPERTRÓFICA
O cloridrato de propranolol é útil no tratamento de estenose subaórtica hipertrófica, especialmente no tratamento de angina de esforço, angina de estresse, palpitações e síncope. O cloridrato de propranolol também aumenta a tolerância ao exercício físico.
A eficácia de cloridrato de propranolol nesta patologia parece ser devido ao bloqueio de receptores beta-adrenérgicos, reduzindo o elevado gradiente de pressão de saída de fluxo que encontra-se exacerbado em consequência ao estímulo contínuo de receptores beta-adrenérgicos.

FEOCROMOCITOMA
Após a instituição do tratamento primário com um agente bloqueador alfa adrenérgico, cloridrato de propranolol pode ser utilizado como tratamento auxiliar, caso o controle da taquicardia seja necessário antes ou durante a cirurgia. É perigoso o uso de cloridrato de propranolol, a menos que drogas bloqueadoras alfa adrenérgicas já estejam sendo utilizadas, caso contrário poderia predispor a uma severa elevação da pressão arterial.
Em feocromocitoma inoperável ou metastático, cloridrato de propranolol pode ser útil como auxiliar no tratamento dos sintomas, devido ao estímulo excessivo de receptores beta-adrenérgicos.