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O extrato da goma resina de Boswellia serrata inibe a produção de leucotrienos in vitro através da ação direta sobre a 5-lipoxigenase, uma enzima chave para a produção de leucotrienos. Os ácidos boswellicos isolados foram identificados como principais agentes biológicos na inibição da 5- lipoxigenase por se ligarem diretamente à enzima, mas não afetaram a 12-lipoxigenase ou cicloxigenase. Uma mistura de ácidos acetil-boswellicos extraídos da gomaresina inibiu a liberação de leucotrienos B4 e C4 a partir de neutrófilos e leucócitos polimorfonucleares humanos. O ácido 3-acetil-11-ceto–boswellico (AKBA) foi o mais potente na inibição de leucotrienos, sendo considerado seu princípio ativo mais relevante. A formação de prostaglandinas não foi significativamente inibida. O estudo da goma-resina de Boswellia serrata e Boswellia carterii na inibição da 5-lipoxigenase de leucócitos humanos constatou que o ácido 3-acetil-11-ceto–boswellico atua seletivamente no sítio triterpeno pentacíclico desta enzima que é diferente dos sítios de ligação dos substratos do ácido araquidônico. Foi observado que o anel triterpeno pentacíclico é crucial para a ligação com a enzima, onde o grupo funcional é o 11-ceto. SAILER e colaboradores (1996) estudaram os efeitos dos grupos funcionais do ácido 3-acetil-11-ceto–boswellico e seus análogos sintéticos na inibição da 5-lipoxigenase de neutrófilos de ratos. O resultado revelou que o grupo carboxílico combinado com o grupo 11-ceto é essencial para a inibição da enzima; outros experimentos demonstraram que pequenas modificações na estrutura podem causar perda da afinidade com a enzima e conseqüente diminuição da atividade farmacológica. Verificou-se também que a goma-resina de Boswellia serrata bloqueou a biossíntese de leucotrienos em granulócitos neutrófilos (AMMON, 1991 in ALTMEDDEX EVALUATIONS, 2006). Outros estudos revelaram que os ácidos boswellicos exibem inibição não-competitiva, direta e não-redox na 5-lipoxigenase. Esta propriedade não-redox é relevante, pois a atividade da enzima 5-lipoxigenase é sensível a antioxidantes e capturadores de radicais livres em geral. Inibidores redoxes dessas classes são inespecíficos e não seletivos, podendo ocasionar uma variedade de efeitos colaterais se aplicados in vivo; além disso, alguns dos inibidores da lipoxigenase do tipo redox são degradados a metabólicos reativos, aumentando ainda mais o risco de efeitos indesejáveis (SAFAYHI et al., 1996). Os ácidos boswellicos inibiram a síntese de leucotrienos (de uma maneira concentração-dependente) depois que os grânulos de neutrófilos peritoniais foram estimulados com cálcio ionóforo A23187. Este resultado também foi positivo para o ácido 3-acetil-11-ceto–boswellico, o mais potente componente entre os ácidos boswellicos. Estes ácidos também foram testados para se verificar se atuam também como antioxidantes, porém este não foi o caso (AMMON, 1996). Outro ingrediente relevante no mecanismo de ação deste produto é sua propriedade de inibir a enzima elastase leucocitária e do complemento, complementando a ação antiinflamatória, comprovadas em diversos modelos animais (SAFAYHI et al., 1997; KNAUS e WAGNER, 1996; SINGH et al., 1996; RALL et al., 1996).