Reações adversas branta

BRANTA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de BRANTA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com BRANTA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



BRANTA® é uma associação de dose fixa de losartana potássica e besilato de anlodipino. Por essa razão, pode causar reações adversas comuns a uma ou às duas substâncias desta combinação. Os dados apresentados abaixo estão relacionados à administração de losartana potássica e besilato de anlodipino isolados:
– losartana potássica
A segurança da losartana foi avaliada em mais de 3300 pacientes adultos tratados para hipertensão essencial e no geral 4058 pacientes/indivíduos. Mais de 1200 pacientes foram tratados durante mais de 6 meses e mais de 800 para mais de um ano. No geral, o tratamento com losartana foi bem tolerado. A incidência geral de experiências adversas relatadas com losartana foi semelhante ao placebo. Em ensaios clínicos controlados, a descontinuação da terapia devido a experiências adversas clínicas foi necessária em 2,3% dos pacientes tratados com losartana e 3,7% dos pacientes que receberam placebo.
A tabela de eventos adversos a seguir é baseada em um quadro de 6 a 12 semanas, placebo- controlado, envolvendo mais de 1000 pacientes em várias doses (10-150 mg) de losartana e mais de 300 pacientes que receberam placebo. Todas as doses de losartana foram agrupadas, pois nenhum dos eventos adversos pareceu ter uma frequência relacionada com a dose. As experiências adversas relatadas em ≥1 % dos pacientes tratados com losartana são mais frequentes do que com o placebo conforme dados mostrados na tabela abaixo.

 

Losartana
(n=1075)
%incidência

Placebo
(n=334)
%incidência

Músculoesquelético    
Cãibra 1 0
Dor nas costas 2 1
Dor nas pernas 1 0
Sistema nervoso/psiquiátrico    
Tontura 3 2
Respiratório    
Congestão nasal 2 1

Infecção das vias aéreas
superiores

8 7
Sinusite 1 0



Os eventos adversos seguintes também foram relatados por 1% ou mais dos pacientes tratados com losartana potássica, ocorrendo mais frequentemente no grupo que foi administrado o placebo: astenia/fadiga, edema/inchaço, dor abdominal, dor no peito, náusea, dor de cabeça, faringite, diarreia, dispepsia, mialgia, insônia, tosse e alterações nos seios paranasais.
As mesmas taxas de eventos adversos ocorreram em homens e mulheres, pacientes idosos e jovens e pacientes negros e brancos. Um paciente com hipersensibilidade conhecida à aspirina e penicilina, quando tratado com losartana, foi retirado do estudo devido a inchaço dos lábios e pálpebras e erupção cutânea facial. Foi reportado como angioedema que retornou ao estado normal 5 dias depois da descontinuação da terapia.
Descamação superficial da epiderme das palmas das mãos e hemólise foram relatados em um indivíduo.
Além dos eventos adversos referidos acima, eventos potencialmente importantes que ocorreram em pelo menos dois pacientes / indivíduos expostos a losartana ou outros eventos adversos que ocorreram em < 1 % dos pacientes em ensaios clínicos são listados abaixo. Não é possível determinar se estes eventos tiveram relação causal com a losartana:
Geral: edema facial, febre, efeitos ortostáticos e síncope.
Sistema Cardiovascular: angina pectoris, bloqueio secundário atrioventricular, acidente vascular cerebral, hipotensão, infarto agudo do miocárdio, arritmias incluindo fibrilação atrial, palpitações, bradicardia sinusal, taquicardia, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular.
Sistema Digestório: anorexia, constipação, dor de dente, boca seca, flatulência, gastrite e vômito.
Sistema Hematológico: anemia.
Sistema metabólico: gota.
Sistema músculoesquelético: dor no braço, dor no quadril, edema das articulações, dor no joelho, dor músculo-esquelética, dor no ombro, rigidez, artralgia, artrite, fibromialgia e fraqueza muscular.
Sistema nervoso/psiquiátrico: transtorno de ansiedade, ataxia, confusão, depressão, sonho anormal, hipoestesia, diminuição da libido, comprometimento da memória, enxaqueca, nervosismo, parestesia, neuropatia periférica, transtorno de pânico, distúrbio do sono, sonolência, tremor e vertigem.
Sistema respiratório: dispneia, bronquite, desconforto faríngeo, epistaxe, rinite e dificuldade respiratória.
Pele: alopecia, dermatite, pele seca, equimose, eritema, rubor, fotossensibilidade, prurido, erupção cutânea, sudorese e urticária.
Sistema sensorial: visão embaçada, ardor / picadas nos olhos, conjuntivite, alteração do paladar, tinido, diminuição da acuidade visual.
Sistema urogenital: impotência, noctúria, alteração da frequência de micção, infecção do trato urinário.
Tosse seca persistente (com pouco percentual de incidência) foi associada com a utilização de inibidores da ECA, e, na prática, pode ser uma causa da descontinuação da terapia com inibidores da ECA. Dois estudos clínicos prospectivos, randomizados, duplo-cego paralelo e controlado foram realizados para avaliar os efeitos de losartana sobre a incidência de tosse em pacientes hipertensos que tiveram tosse ao receber a terapia com inibidores da ECA. Os pacientes que tiveram a tosse típica dos inibidores da ECA quando comparados com lisinopril, e cuja tosse desapareceu com placebo, foram randomizados com losartana 50 mg , lisinopril 20 mg ou o placebo (um estudo, n = 97 ) ou a hidroclorotiazida 25 mg (n=135). O período do tratamento duplo-cego durou até 8 semanas. A incidência de tosse é demonstrada abaixo:

Estudo 1* Hidroclorotiazida Losartana Lisinopril
Tosse 25% 17% 69%
Estudo 2# Placebo Losartana Lisinopril
Tosse 35% 29% 62%



* Demografia = (89% caucasiano , 64 % do sexo feminino )
# Demografia = (90% caucasiano , 51 % do sexo feminino )
Estes estudos demonstram que a incidência de tosse associada com a terapia de losartana em uma população que todos tinham tosse associada com a terapia com inibidores da ECA, é semelhante ao que está relacionado com a hidroclorotiazida ou terapia com placebo.
Casos de tosse, incluindo reexposição (rechallenge) positiva, foram relatados com o uso de losartana na experiência pós-comercialização.
Pacientes Hipertensos com Hipertrofia Ventricular Esquerda: No estudo LIFE, os eventos adversos com losartana foram semelhantes aqueles previamente relatados por pacientes com hipertensão.
Nefropatia em pacientes diabéticos tipo 2: No estudo RENAAL envolvendo 1513 pacientes tratados com losartana ou placebo, a incidência geral de experiências adversas relatadas foram semelhantes para os dois grupos. A losartana foi geralmente bem tolerada, conforme evidenciado por uma incidência de descontinuação similar devido a eventos adversos em comparação com o placebo (19% para a losartana, 24% para o placebo). Independentemente da relação com a droga, as experiências adversas demonstradas na tabela abaixo ocorreram em uma frequência maior do que com placebo e foram relatadas com uma incidência de ≥ 4% dos pacientes tratados com losartana em um cenário de terapia anti-hipertensiva convencional:

 

Losartana e Incidência da
terapia convencional antihipertensiva
%
(n=751)

Placebo e Incidência da
terapia convencional antihipertensiva
(n=762)

Geral    
Astenia/Fadiga 14 10
Dor no peito 12 8
Febre 4 3
Infecção 5 4
Gripe 10 9
Trauma 4 3
Cardiovascular    
Hipotensão 7 3
Hipotensão ortostática 4 1
Digestório    
Diarreia 15 10
Dispepsia 4 3
Gastrite 5 4
Endócrino    
Neuropatia diabética 4 3
Doença vascular diabética 10 9

Olhos, orelha, nariz e
garganta

   
Catarata 7 5
Sinusite 6 5
Hematológica    
Anemia 14 11
Metabólico e Nutricional    
Hipercalemia 7 3
Hipoglicemia 14 10
Ganho de peso 4 3
Musculoesquelético    
Dor nas costas 12 10
Dor na perna 5 4
Dor no joelho 5 4
Fraqueza muscular 7 4
Sistema nervoso    
Hipoestesia 5 4
Sistema respiratório    
Bronquite 10 9
Tosse 11 10
Pele    
Celulite 7 6
Urogenital    
Infecção do trato urinário 16 13



Experiências pós-comercialização:
As reações adversas adicionais a seguir foram notificadas nas experiências pós-comercialização: Digestório: hepatite (raramente relatada)
Desordens gerais e Condições no local de administração: mal-estar
Hematológica: trombocitopenia (raramente relatada)
Hipersensibilidade: angioedema, incluindo edema de laringe e glote, causando obstrução das vias aéreas e/ou inchaço da face, lábios, faringe e/ou língua foram raramente relatados em pacientes tratados com losartana. Alguns destes pacientes tiveram experiências anteriores de angioedema com outras drogas, incluindo os inibidores da ECA. Também foram reportados vasculite, incluindo púrpura de Henoch- Schönlein e reações anafiláticas.
Metabólico e Nutricional: hipercalemia e hiponatremia.
Musculoesquelético: raros casos de rabdomiólise foram relatados em pacientes que receberam bloqueador dos receptores de angiotensina II.
Desordens do sistema nervoso: disgeusia.
Sistema respiratório: tosse seca (descrito anteriormente). Pele: eritrodermia.
Testes laboratoriais: em ensaios clínicos controlados, alterações clinicamente importantes nos padrões dos parâmetros laboratoriais foram raramente associadas com a administração de losartana.
Creatinina e uréia no sangue: pequenos aumentos da uréia no sangue ou da creatinina sérica foram observados em menos de 0,1 % dos pacientes com hipertensão essencial tratados apenas com losartana.
Hemoglobina e Hematócrito: pequenas reduções da hemoglobina e hematócrito ocorreram com frequência em pacientes tratados somente com a losartana, mas raramente eram de importância clínica. Nenhum paciente descontinuou o tratamento devido à anemia.

Testes da função hepática: elevações das enzimas hepáticas e/ou da bilirrubina sérica ocasionalmente ocorreram. Em pacientes com hipertensão essencial tratados apenas com losartana, um paciente (<0,1%) descontinuou a terapia devido a estas experiências adversas laboratoriais.

-besilato de anlodipino:
Entre todas as reações adversas mais comuns e relacionadas com a dose estão: edema, tontura, rubor e palpitações. Algumas outras reações adversas como cefaleia, fadiga, náuseas, dor abdominal e sonolência ocorrem em maior incidência, mas não estão relacionadas com a dose. Há chances de algumas outras reações adversas ocorrerem raramente, conforme lista abaixo:
Cardiovascular: arritmia (incluindo taquicardia ventricular e fibrilação atrial), bradicardia, dor no peito, hipotensão, isquemia periférica, síncope, taquicardia, vertigem postural, hipotensão postural e vasculite.
Sistema Nervoso central e periférico: hipoestasia, neuropatia periférica, parestesia, tremor e vertigem.
Sistema Digestório: anorexia, constipação, dispepsia, disfagia, diarreia, flatulência, pancreatite, vômito e hiperplasia gengival.
Geral: reação alérgica, astenia, lombalgia, fogachos, rigidez, suor e taquicardia, mal-estar,dor, calafrio, ganho e perda de peso.
Sistema músculoesquelético: artralgia, artrose, cãibras e mialgia.
Sistema Psiquiátrico: disfunção sexual (homens e mulheres), insônia, nervosismo, depressão, sonhos anormais, ansiedade e despersonalização.
Sistema respiratório: dispneia e epistaxe.
Pele e anexos: angioedema, eritema multiforme, prurido, erupção cutânea e erupção cutânea eritematosa e máculo-papular.
Sistema sensorial: visão anormal, conjuntivite, diplopia, dor ocular e tinido.
Sistema urinário: alteração da frequência de micção, desordem na micção e noctúria.
Sistema nervoso autônomo: boca seca e aumento do suor. Metabólico e nutricional: hiperglicemia e sede.
Sistema hematopoiético: leucopenia, púrpura e trombocitopenia.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.