Interações medicamentosas isoniazida e rifampicina

ISONIAZIDA E RIFAMPICINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ISONIAZIDA E RIFAMPICINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ISONIAZIDA E RIFAMPICINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



a) isoniazida
Aumento da hepatotoxicidade com a administração de isoniazida com anestésicos como enflurano, halotano ou isoflurano. Aumento da neurotoxicidade com cicloserina.
A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carbamazepina, etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina. A carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico de isoniazida no fígado.
Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes (carvão ativado) reduzem a absorção da isoniazida. A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol.
Teofilina: a isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade.
Meperidina: uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central. Dissulfiram: uso concomitante pode causar alterações comportamentais ou na coordenação motora. Anticoagulantes orais como varfarina podem ter efeito aumentado pela isoniazida.
Rifampicina: a concentração conjunta pode provocar maior taxa de hepatotoxicidade.
b) rifampicina
Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção intestinal da rifampicina.
Vários medicamentos têm sua concentração plasmática diminuída em consequência de seu metabolismo acelerado no uso concomitante com rifampicina:
Ansiolíticos: diazepam.
Antiarrítmicos: quinidina e disopiramida. Antibacterianos: cloranfenicol e dapsona.
Anticoagulantes: cumarinas e varfarina (reduz o efeito anticoagulante). Anticoncepcionais orais.
Antidepressivos tricíclicos: imipramina, clomipramina.
Antidiabéticos: clorpropamida, tolbutamida e possivelmente outras sulfonilureias (reduz o efeito, dificultando o controle).
Antiepiléticos: carbamazepina e fenitoína. Antifúngicos: fluconazol, itraconazol e cetoconazol. Antipsicóticos: haloperidol.
Antirretrovirais: indinavir, nelfinavir, efavirenz, nevirapina e saquinavir (evitar o uso concomitante). Betabloqueadores: propranolol.
Bloqueadores de canais de cálcio: diltiazem, nifedipino e verapamil e possivelmente o mesmo ocorre com isradipino e nisoldipino.
Ciclosporina.
Citotóxicos: azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes). Corticosteroides.
Estrogênios e progestogênios em combinação ou progestogênios: o efeito contraceptivo se reduz, exigindo uso de outro método caso se queira evitar a gestação.
Levotiroxina: pode aumentar a necessidade no hipotiroidismo. Tacrolimus.
Teofilina.
Outros medicamentos que tem sua ação diminuída: metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, amitriptilina e nortriptilina.
O uso concomitante da rifampicina + isoniazida com a trimetoprima pode levar à eliminação desta e o emprego da associação com o miconazol pode aumentar o risco de hepatotoxicidade.

INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
A erva-de-São-João pode diminuir o efeito da rifampicina.

INTERAÇÕES COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina. Quanto a isoniazida, a ingestão diária de bebidas alcoólicas pode aumentar risco de hepatites durante a terapêutica.

INTERAÇÕES COM EXAMES LABORATORIAIS
A isoniazida interfere na determinação da glicosúria e dos níveis sanguíneos de bilirrubinas e transaminases. Elevação moderada e transitória dos níveis séricos das transaminases (ALT, AST), fosfatase alcalina e bilirrubina ocorrem em alguns doentes, mas geralmente há retorno à normalidade sem interromper o tratamento.

INTERAÇÕES COM EXAMES NÃO LABORATORIAIS
Não são descritas.

INTERAÇÕES COM DOENÇAS
Descritas nas precauções.

INTERAÇÕES COM ALIMENTOS
Podem surgir sintomas se o paciente comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas, carne de sol).
A absorção da rifampicina é diminuída quando tomada junto com alimentos.