Reações adversas pradaxa

PRADAXA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PRADAXA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PRADAXA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A segurança de PRADAXA foi avaliada no total em 28.837 pacientes tratados em 7 estudos clínicos; destes, 18.726 pacientes foram tratados com PRADAXA.
Nos estudos de prevenção primária de TEV após cirurgia ortopédica de grande porte, foram tratados no total 10.795 pacientes em 6 estudos clínicos controlados, com pelo menos uma dose de etexilato de dabigatrana (150 mg uma vez ao dia, 220 mg uma vez ao dia, enoxaparina). Os 6.684 dos 10.795 pacientes foram tratados com etexilato de dabigatrana 150 ou 220 mg uma vez ao dia.
No estudo RE-LY, que investigou a prevenção de AVC e embolia sistêmica em pacientes com fibrilação atrial, um total de 12.042 pacientes foram tratados com etexilato de dabigatrana. Destes, 6.059 foram tratados com 150 mg de etexilato de dabigatrana duas vezes ao dia, enquanto 5.983 receberam doses de 110 mg duas vezes ao dia.
No total, cerca de 9% dos pacientes tratados para cirurgia eletiva de quadril ou joelho (tratamento em curto prazo, por até 42 dias) e 22% dos pacientes com fibrilação atrial tratados para prevenção de AVC e embolia sistêmica (tratamento em longo prazo, por até 3 anos), tiveram reações adversas.

Sangramento: é o evento adverso mais relevante de PRADAXA. Dependendo da indicação, sangramento de qualquer tipo ou gravidade ocorreu em cerca de 14% dos pacientes tratados em curto prazo em casos de cirurgia de artroplastia total de quadril ou joelho, e em tratamento em longo prazo, uma média anual de 16,5% dos pacientes com fibrilação atrial tratados para prevenção de AVC e embolia sistêmica tiveram sangramentos.
Apesar da rara frequência nos estudos clínicos, sangramentos importantes ou graves podem ocorrer, e independentemente da sua localização, podem levar à incapacitação, risco de vida ou mesmo evolução fatal. Em prevenção de TEV em pacientes submetidos à cirurgia ortopédica de grande porte, no geral as taxas de sangramento foram similares entre os grupos tratados e sem diferença significativa.

Em prevenção de AVC, embolia sistêmica e redução de mortalidade vascular em pacientes com fibrilação atrial, o sangramento maior preenchia um ou mais dos critérios a seguir:
•sangramento associado com redução da hemoglobina em pelo menos 20 gramas por litro ou levando a transfusão de pelo menos 2 unidades de sangue ou concentrado de hemácias.

•sangramento sintomático em área ou órgão crítico: intraocular, intracraniano, intramedular ou intramuscular com síndrome compartimental, sangramento retroperitoneal, sangramento intra-articular ou sangramento pericárdico.

Os sangramentos maiores foram classificados como com risco à vida se preenchessem um ou mais dos critérios a seguir:
•sangramento fatal; sangramento intracraniano sintomático; redução da hemoglobina em pelo menos 50 gramas por litro; transfusão de pelo menos 4 unidades de sangue ou concentrado de hemácias; sangramento associado com hipotensão com necessidade de uso de agentes inotrópicos intravenosos; ou sangramento com necessidade de intervenção cirúrgica.
Os pacientes randomizados para receber etexilato de dabigatrana 110 mg duas vezes ao dia e 150 mg duas vezes ao dia tiveram um risco significantemente menor de sangramentos com risco à vida, AVC hemorrágico e sangramento intracraniano comparados aos pacientes com varfarina. Ambas as doses de etexilato de dabigatrana tiveram também taxas totais de sangramento significantemente menores. Os pacientes randomizados para etexilato de dabigatrana 110 mg duas vezes ao dia tiveram um risco significantemente menor de sangramentos maiores comparados à varfarina (risco relativo 0,80; p=0,0026).
Os efeitos adversos são em geral associados com o mecanismo de ação do etexilato de dabigatrana, e representam eventos associados a sangramentos que podem ocorrer em diferentes regiões anatômicas e órgãos.
Em pacientes tratados para prevenção de TEV após artroplastia de quadril ou joelho, as incidências de eventos adversos observadas com etexilato de dabigatrana estiveram na mesma faixa da observada com enoxaparina.
As incidências observadas de efeitos colaterais com etexilato de dabigatrana para prevenção de AVC em pacientes com fibrilação atrial estiveram na mesma faixa da varfarina, exceto os distúrbios gastrintestinais, que surgiram em uma taxa maior nos pacientes tratados com etexilato de dabigatrana.

As reações adversas estão classificadas por frequência e foram relatadas por quaisquer grupos de tratamento, em todos os estudos controlados:
Na prevenção de AVC, embolia sistêmica e redução de mortalidade vascular em pacientes com fibrilação atrial:
•Reações comuns (>1/100 e <1/10): anemia, epistaxe, hemorragias gastrintestinal, urogenital e cutânea, dor abdominal, diarreia, dispepsia, náusea.

•Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): trombocitopenia, hipersensibilidade, prurido, rash, hemorragias, incluindo intracraniana, hematoma, hemoptise, disfagia, úlcera gastrintestinal e esofágica, gastroesofagite, doença do refluxo gastroesofágico, vômitos, função hepática anormal.

•Reações raras (>1/10.000 e <1/1.000): urticária, angioedema, hemartrose, hemorragia no local de injeção/cateter/incisão, hemorragia traumática.

Na prevenção de TEV em pacientes submetidos à cirurgia ortopédica de grande porte:
•Reação comum (>1/100 e <1/10): função hepática anormal.

•Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): anemia, hipersensibilidade, hematoma, epistaxe, hemorragias gastrintestinais, cutânea, urogenital, traumática, em ferimentos e pós-procedimento, hematuria, hematoma pós- procedimento, hemartrose, diarreia, náusea, vômitos, saída de secreção de ferida e pós-procedimento.

•Reações raras (>1/10.000 e <1/1.000): trombocitopenia, prurido, rash, urticária, angioedema, hemorragia intracraniana, hemorragias, hemoptise, dor abdominal, dispepsia, disfagia, úlcera gastrintestinal e esofágica, gastroesofagite, doença do refluxo gastroesofágico, hemorragia no local da injeção/cateter/incisão, anemia pós- operatoria, secreção sanguinolenta, drenagem de ferida e pós-procedimento.
Reações com frequência desconhecida para todas as indicações de uso (não foi possível calcular a frequência com base nos dados disponíveis): broncoespasmo e reação anafilática.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária- NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.