Interações medicamentosas seroquel xro

SEROQUEL XRO com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de SEROQUEL XRO têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com SEROQUEL XRO devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Devido aos efeitos primários da quetiapina sobre o SNC, SEROQUEL XRO deve ser
usado com cuidado em combinação com outros medicamentos de ação central e com
álcool.
O uso de quetiapina concomitante com outros fármacos conhecidos por causarem desequilíbrio
eletrolítico ou por aumentar o intervalo QT deve ser feito com cautela (ver item Advertências e
Precauções).

A farmacocinética do lítio não foi alterada quando co-administrado com quetiapina.

As farmacocinéticas de valproato de sódio e da quetiapina não foram alteradas de forma
clinicamente relevantes quando co-administrados.

A farmacocinética da quetiapina não foi alterada de forma significativa após a coadministração com os
antipsicóticos risperidona ou haloperidol. Entretanto, a coadministração de quetiapina com tioridazina
causou elevação da depuração da quetiapina.

A quetiapina não induziu os sistemas enzimáticos hepáticos envolvidos no metabolismo da
antipirina. Entretanto, em um estudo de múltiplas doses em pacientes para avaliar a farmacocinética
da quetiapina administrada antes e durante tratamento com carbamazepina (um conhecido indutor
de enzima hepática), a coadministração de carbamazepina aumentou significativamente a
depuração da quetiapina. Este aumento da depuração reduziu a exposição sistêmica da quetiapina
(medida pela AUC) para uma média de 13% da exposição durante administração da quetiapina em
monoterapia; embora um maior efeito tenha sido observado em alguns pacientes. Como
consequência desta interação, diminuição da concentração plasmática de quetiapina pode ocorrer e,
consequentemente, um aumento da dose de SEROQUEL XRO deve ser considerado em cada
paciente, dependendo da resposta clínica. A segurança de doses acima de 800 mg/dia não foi
estabelecida nos estudos clínicos.

Tratamentos contínuos em altas doses devem ser considerados somente como resultado de
avaliações cuidadosas do risco/benefício para cada paciente. A coadministração de SEROQUEL
XRO e outro indutor de enzima microssomal, fenitoína, também causou aumentos da depuração da
quetiapina. Doses elevadas de SEROQUEL XRO podem ser necessárias para manter o controle dos
sintomas psicóticos em pacientes que estejam recebendo concomitantemente SEROQUEL XRO e
fenitoína ou outros indutores de enzimas hepáticas (por exemplo: barbituratos, rifampicina, etc.).
Pode ser necessária a redução de dose de SEROQUEL XRO se a fenitoína, a carbamazepina ou
outro indutor de enzimas hepáticas forem retirados e substituídos por um agente não indutor (por
exemplo: valproato de sódio).

A CYP3A4 é a principal enzima responsável pelo metabolismo da quetiapina mediado pelo
citocromo P450. A farmacocinética da quetiapina não foi alterada após coadministração com
cimetidina, um conhecido inibidor da enzima P450. A farmacocinética da quetiapina não foi
significativamente alterada após coadministração com os antidepressivos imipramina (um conhecido
inibidor da CYP2D6) ou fluoxetina (um conhecido inibidor da CYP3A4 e da CYP2D6). Em estudos de
múltiplas doses em voluntários sadios para avaliar a farmacocinética da quetiapina administrada
antes e durante o tratamento com cetoconazol, a coadministração do cetoconazol resultou em
aumento da Cmáx e da AUC médias da quetiapina de 235% e 522%, respectivamente,
correspondendo a uma diminuição da depuração oral média de 84%. A meia-vida média da
quetiapina aumentou de 2,6 para 6,8 horas. Devido ao potencial para uma interação de magnitude
semelhante em uso clínico, a dose de SEROQUEL XRO deve ser reduzida durante o uso
concomitante de quetiapina e potentes inibidores da CYP3A4 (como antifúngicos azóis, antibióticos
macrolídeos e inibidores da protease).

Houve relatos de resultados falso-positivos em ensaios imunoenzimáticos para metadona e
antidepressivos tricíclicos em pacientes que tenham tomado quetiapina.
É recomendado que imunoensaios de varredura de resultados questionáveis sejam confirmados por técnica
cromatográfica apropriada.