Posologia de alfaepoetina

Alfaepoetina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Alfaepoetina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Alfaepoetina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Dose inicial
A dose inicial recomendada é de 25-50 U.I./Kg, três vezes por semana, por via intravenosa ou subcutânea, com a recomendação de se iniciar o tratamento com a dose menor desta faixa. A dose e a frequência devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente. A hemoglobina deve ser analisada, no mínimo, 1-2 vezes por semana, até que se atinja um valor estável de 10-12 g/dL e se estabeleça uma dose de manutenção para “Tratamento prolongado”. Quando se usa em pacientes sob esquema de diálise, deve-se administrar depois de realizada a sessão de diálise.
Os níveis de ferro devem ser analisados antes e durante o tratamento. Em caso de deficiência de ferro pode-se administrar ferro por via oral ou intravenosa. As reservas de ferro podem abaixar de forma rápida ao iniciar o tratamento e normalmente, o nível de ferro-ferritina deve ser mantido por volta de 100 ng/mL, antes e durante o tratamento.
Se a taxa de hemoglobina do paciente aumentar muito rapidamente (por volta de 2 g/dL por semana), o tratamento com alfaepoetina deve ser reduzido ou suspenso e reiniciado com doses menores, quando restabelecidos os níveis desejados.
Antes de iniciar o tratamento, devem ser descartadas outras causas de anemia (deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, intoxicação com alumínio, deficiência de ferro, infecções, etc), caso contrário, a eficiência da alfaepoetina não pode ser garantida. Para o tratamento inicial, quando for necessária, a dose deverá ser aumentada de 15-25 U.I./Kg, três vezes por semana, depois de duas semanas do início do tratamento, a 40-55 U.I./Kg três vezes por semana, e, se necessário, aumentar, chegando a 60-75 U.I./Kg, três vezes por semana, até atingir um nível ótimo de hemoglobina de 10-12 g/dL (hematócrito 30-35%).
O limite máximo da dose deste medicamento, de 225 U.I./Kg por semana, não deve nunca ser ultrapassado sem serem analisados previamente outros fatores que possam contribuir para a falta de resposta da eritropoiese. Os pacientes com medula óssea funcional, reservas de ferro e isentos de infecções, normalmente respondem ao tratamento com 50 U.I./Kg (ou menos), três vezes por semana, e chegam aos níveis esperados em 3-6 semanas.


Tratamento prolongado
Recomenda-se uma dose média de manutenção de 60-100 U.I./Kg por semana, dividida em 2 a 3 doses.
Uma vez que a dose de manutenção for estabelecida, o hematócrito/hemoglobina deve ser analisado semanalmente. Se a resposta hematológica indica a necessidade de uma dose de manutenção que exceda a 100-125 U.I./Kg por semana, deve-se analisar detalhadamente o nível de ferro, perda de sangue, condições inflamatórias, infecções, excesso de alumínio e outras causas de hipoplasia de medula óssea e então somente assim a dose de alfaepoetina poderá ser aumentada em níveis escalonares de 15-25 U.I./Kg por dose, durante um período de 3-4 semanas, sob a supervisão de um médico. Não se recomenda exceder 200 U.I./Kg, três vezes por semana. Em pacientes com reservas baixas de ferro, ou com infecções, ou com intoxicação por alumínio, o efeito da alfaepoetina pode ser retardado ou reduzido.

Programa de pré-doação de sangue autólogo em pacientes adultos a serem submetidos à cirurgia.
Todas as contraindicações, precauções e advertências associadas ao programa de doação sanguínea autóloga devem ser respeitadas. A alfaepoetina deve ser administrada duas vezes por semana, durante 3 semanas antes da cirurgia, se o intervalo de tempo entre a doação e a cirurgia permitir. A cada visita do paciente, uma unidade de sangue é coletada e armazenada para a transfusão autóloga, caso o paciente possua taxa de hematócrito e/ou de hemoglobina aceitáveis (≥ 33% e ≥ 11 g/dL, respectivamente).
Recomenda-se a posologia de 600 U.I./Kg por via intravenosa, 2 vezes por semana.
Nos pacientes que necessitam de menor grau de estimulação, a posologia de 150-300 U.I./Kg, 2 vezes por semana, mostrou-se útil em aumentar os níveis de pré-doação autóloga e em reduzir a subsequente redução do hematócrito.
O estado férrico deve ser avaliado para todos os pacientes antes do tratamento com alfaepoetina. A deficiência de ferro, se presente, deve ser corrigida antes do paciente ser arrolado no programa de doação autóloga. Em pacientes anêmicos, a causa da anemia deve ser explorada antes do início da terapia com alfaepoetina. A suplementação adequada com ferro (por exemplo, pelo menos 200 mg de ferro elementar via oral diariamente) deve ser iniciada assim que possível e deve ser continuada ao longo de toda terapia.

Pacientes pericirúrgicos (sem doação de sangue autólogo)
Deve ser usada a via subcutânea de administração. Todos os pacientes tratados com alfaepoetina devem receber uma adequada suplementação de ferro (por exemplo, 200 mg/dia de ferro elementar, por via oral), durante todo o tempo de tratamento com alfaepoetina.
A dose recomendada é de 600 U.I./Kg de alfaepoetina, por semana, durante três semanas (dias -21, -14 e -7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia. Nos casos em que há necessidade de se encurtar o tempo de preparação para a cirurgia para menos de três semanas, a dose de 300 U.I./Kg deve ser administrada diariamente durante dez dias consecutivos, antes da cirurgia, no dia da cirurgia e nos quatro dias imediatamente posteriores à mesma.
Se possível, a suplementação férrica deve ser iniciada antes do tratamento com alfaepoetina para atingir estoques adequados de ferro.