Indicações ciclofosfamida

Ciclofosfamida com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Ciclofosfamida têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Ciclofosfamida devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



O uso correto da ciclofosfamida requer diagnóstico preciso, avaliação cuidadosa da extensão anatômica da doença, conhecimento do tipo e efeitos de qualquer terapia anterior e avaliação contínua da situação geral e hematológica do paciente. É essencial que instalações clínicas e laboratoriais adequadas estejam disponíveis para monitorização dos pacientes durante o tratamento com ciclofosfamida. O curso clínico da doença deve ser registrado em termos objetivos antes do início do tratamento. O gerenciamento cuidadoso dos pacientes recebendo ciclofosfamida auxiliará na obtenção de benefício máximo com risco mínimo. 1. Propriedades Antineoplásicas: Pacientes com indicação de cirurgia e/ou irradiação não devem ser tratados apenas com quimioterapia. A classificação seguinte é um guia para várias doenças que podem se beneficiar da quimioterapia com ciclofosfamida. A. Desordens mieloproliferativas e linfoproliferativas freqüentemente sensíveis: 1. Linfomas malignos (Estágios III e IV, de acordo com o estadiamento de Peter). 2. Mieloma múltiplo. 3. Leucemias. 4. Mycosis fungoides (estado avançado). Estágio I – Doença limitada a uma região anatômica (Estágio 11) ou duas regiões anatômicas contíguas, do mesmo lado do diafragma (Estágio 12). Estágio II – Doença em mais de duas regiões anatômicas ou em duas regiões contíguas do mesmo lado do diafragma. Estágio III – Doença em ambos os lados do diafragma, mas não além do envolvimento dos linfonodos, baço e/ou anel de Waldeyer. Estágio IV – Envolvimento da medula óssea, parênquima pulmonar, pleura, fígado, ossos, pele, rins, trato gastrintestinal; ou em qualquer tecido ou órgão em adição aos linfonodos, baço ou anel de Waldeyer. B. Tumores malignos sólidos freqüentemente sensíveis: 1. Neuroblastoma (em pacientes com disseminação). 2. Adenocarcinoma do ovário. 3. Retinoblastoma. C. Tumores malignos raramente sensíveis: 1. Carcinoma de mama. 2. Neoplasias malignas do pulmão. Todos os estágios são sub-classificados em A ou B para indicar a ausência ou presença, respectivamente, de sintomas sistêmicos. 2. Propriedades imunossupressoras: A ciclofosfamida também tem sido usada no tratamento de doenças autoimunes e imunopatias não-específicas (por exemplo, granulomatose de Wegener), bem como em pacientes que apresentem síndrome nefrótica, quando estas doenças se mostram resistentes aos tratamentos convencionais de primeira e segunda linha, e para prevenção da rejeição de transplantes. A ciclofosfamida pode ser recomendada para uso no tratamento de tumores não-malignos apenas quando os benefícios ao paciente forem superiores ao risco do tratamento com a ciclofosfamida.