Interações medicamentosas paracetamol e cafeína

Paracetamol e Cafeína com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Paracetamol e Cafeína têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Paracetamol e Cafeína devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



As interações medicamentosas e com substâncias que possam ser causadas por cada componente individual são bem conhecidas; no entanto, não há nenhuma indicação de que elas possam ser alteradas por meio do uso combinado.

Paracetamol
O efeito anticoagulante da varfarina e outros cumarímicos pode ser aumentadao com o uso regular e prolongado de paracetamol, aumentando o risco de sangramento. O uso ocasional de paracetamol não tem efeito significante.
Substâncias hepatotóxicas podem aumentar a possibilidade de acumulação de paracetamol e overdose. O risco de hepatotoxicicidade do paracetamol pode aumentar com drogas que induzem enzimas microsomais do fígado como os barbitúricos, antiepiléticos (por exemplo, fenitoína, fenobarbital, carbamazepina), e medicamentos para tratamento de tuberculose, como rifampicina e isoniazida.
Metoclopramida aumenta a taxa de absorção do paracetamol e aumenta os níveis máximos plasmáticos. Similarmente, domperidona deve aumentar a absorção do paracetamol.
A meia vida de eliminação cloranfenicol pode ser aumentada pelo paracetamol.
A absorção de paracetamol pode ser reduzida se colestiramina é administrada ao mesmo tempo, mas a redução na abosorção é menor se a colestiramina é administrada 1 hora depois.
O uso regular de paracetamol simultaneamente com zidovudina pode causar neutropenia e aumentar o risco de danos hepáticos.
Probenecida interfere no metabolismo de paracetamol. Em pacientes já em uso de probenecida, a dose de paracetamol deve ser reduzida.
A hepatoxicidade do paracetamol pode ser potencializda pela ingestão crônica e excessiva de álcool.

Cafeína
A cafeína pode aumentar a eliminação de lítio do corpo. No entanto, quando a cafeína for retirada, pode ser necessário reduzir a dose de lítio. Desta forma o uso concomitante não é recomendada.
Etilistas tratados com dissulfiram devem evitar o uso de produtos que contenham cafeína a fim de diminuir o risco de síndrome de abstinência de álcool secundária a excitação cerebral e cardiovascular induzida pela cafeína..
Coadministração com produtos que contenham efedrina (tais como produtos para perda de peso, suplementos para atletas, descongestionantes e broncodilatadores), com cafeína devem ser evitados já que podem ter efeitos sinérgicos entre a cafeína e efedrina no sistema cardiovascular (hipertensão, taquicardia, infarto do miocárdio) e funções neurológicas (acidente vascular encefálico, convulsão).
Combinação de cafeína com simpatomiméticos e fenilpropanolamina pode resultar em um aumento do efeito taquicárdico devido aos efeitos sinérgicos. O uso concomitante deve ser evitado. Além disso, fenilpropanolamina melhora a absorção ou inibe a eliminação de cafeína e assim leva a um considerável aumento da concentração de cafeína no plasma.
Teofilina e cafeína compartilham o mesmo caminho metabólico levando a um aumento do tempo de clearance para teolfina quando utilizado juntamente com a cafeína. Portanto, em terapia broncodilatadora com teofilina, o consumo diário de cafeína deve ser levada em consideração.
O tempo de meia-vida de eliminação pode ser aumentada e o clearance diminuído por alguns antibióticos do tipo quinolona (ciprofloxacino, enoxacino e ácido pipemídico), o antidepressivo fluvoxamina, contraceptivos orais, mexiletina e metoxsalen devido a inibição da via hepática do citocromo P450.
Cafeína aumenta os níveis séricos de clozapina devido a provável interação de ambos os mecanismos farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Os níveis séricos de clozapina devem ser monitorados.O uso concomitante, desta forma, não é recomendado.
Cafeína, como um estimulando do sistema nervoso central, tem um efeito antagonista para a ação de sedativos e tranquilizantes.

Interação com teste de diagnóstico
Cafeína pode inverter os efeitos da dipiridamol e adenosina no fluxo sanguíneo cardíaco, desta forma interferindo nos resultados de testes de imagem do miocárdio. É recomendado que a ingestão de cafeína seja suspensa pelo menos até 24 horas antes do teste.