Autores:
Leonardo Vieira da Rosa
Médico Cardiologista pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Médico Assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Doutorando em Cardiologia do InCor-HC-FMUSP. Médico Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês.
Mariana Andrade Deway
Especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Médica Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês
Última revisão: 12/09/2011
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Os idosos apresentam diferenças importantes na farmacologia e na farmacocinética em relação aos adultos jovens. Frequentemente revelam manifestações atípicas das doenças e diferentes respostas à terapêutica, com maiores efeitos colaterais medicamentosos, o que torna necessário o estabelecimento de recomendações diferenciadas para orientar o tratamento.
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morbimortalidade em mulheres acima de 50 anos de idade.
Recomendações para prevenção cardiovascular em mulheres:
a) Abandono do tabagismo, prática de atividade física regular, reabilitação para idosas que apresentaram evento cardiovascular.
b) Dieta rica em frutas, fibras e vegetais; o consumo de peixe deve ser feito pelo menos duas vezes por semana. Gorduras saturadas devem compor no máximo 10% da energia total diária e gorduras trans-saturadas devem ser evitadas. O consumo de álcool deve ser limitado a, no máximo, um drinque por dia.
a) Ingestão de proteína da soja (
a) Ácidos graxos ômega-3: Em portadores de doença arterial coronária, a suplementação de 1,0 g/dia de ômega-3 em cápsulas reduziu em 10% os eventos cardiovasculares (morte, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral). Portanto, os ácidos graxos ômega-3 podem ser utilizados como terapia adjuvante na hipertrigliceridemia ou em substituição a fibratos, niacina ou estatinas em pacientes intolerantes.
a) Ácido acetilsalicílico 75-325 mg/dia em todas as mulheres de alto risco
a) Clopidogrel 75 mg/dia em todas as mulheres de alto risco com intolerância ao ácido acetilsalicílico (AAS).
a) AAS em todas as mulheres > 65 anos se os riscos de sangramento digestivo forem menores que o risco de acidente vascular cerebral.
a) Suplementos antioxidantes – vitaminas C, E e betacaroteno (nível de evidência A).
b) AAS em mulheres < 65 anos (nível de evidência B).
C) Terapêutica de reposição hormonal em mulheres idosas: A partir dos 60 anos não se indica terapia de reposição hormonal (TRH). Para aquelas que estejam em uso prévio de TRH, recomenda-se, a partir dos 60 anos, que seja realizada tentativa de suspensão dos fármacos a cada 6 meses até a retirada com sucesso, face ao risco aumentado de tromboembolismo venoso e câncer de mama.
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