Autores:
Leonardo Vieira da Rosa
Médico Cardiologista pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Médico Assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Doutorando em Cardiologia do InCor-HC-FMUSP. Médico Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês.
Mariana Andrade Deway
Especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Médica Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês
Última revisão: 16/11/2010
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No Brasil, a incidência de cardiopatia na gravidez é, em centros de referência, de até 4,2%, ou seja, oito vezes maior quando comparada a estatísticas internacionais. Universalmente, a cardiopatia é considerada a maior causa de morte materna indireta no ciclo gravídico-puerperal.
1. Restringir atividade física e evitar movimentos bruscos
2. Hospitalização a partir da 28ª semana de IG, sendo recomendada permanência até o 15º dia de pós-parto.
3. Prevenir e tratar a ICD.
4. Controlar a hipóxia e evitar acidemia (IIaC).
5. Nos casos sintomáticos, há indicação para interrupção da gestação.
6. Prevenir o tromboembolismo venoso.
7. As infecções pulmonares devem ser prontamente diagnosticadas e tratadas.
8. Cautela com procedimentos tipo laparoscopia em que é realizada insuflação abdominal com dióxido de carbono, pois pode ocorrer hipercarbia provocando ou agravando a vasoconstrição pulmonar.
9. Anestesia com entubação endotraqueal pode ser perigosa, pois pode produzir reflexo vagal, hipóxia e hipercarbia, modificando a pressão intratorácica e as pressões de enchimento cardíaco.
10. Planejamento familiar com método de anticoncepção definitiva.
1. Digitálicos - Mostraram efeito benéfico quando usados a curto prazo, com melhora do débito cardíaco e redução dos níveis de epinefrina circulante (IIbC)
2. Diuréticos - Usados com cautela e quando houver sobrecarga de volume no ventrículo direito. Podem provocar hipotensão e insuficiência renal. Deve ser realizada monitoração dos eletrólitos séricos e da função renal durante seu uso (IC).
3. Vasodilatadores - Bloqueadores dos canais de cálcio - Entre as drogas dessa classe, as mais utilizadas são a nifedipina e o diltiazem em doses elevadas (nifedipina de 120-240 mg/dia e diltiazem de 240-720 mg/dia). O verapamil, por ser inotrópico negativo, pode favorecer a IVD.
4. Inibidores da fosfodiesterase - Sildenafil está liberado pelo FDA como risco B para uso específico na HAP durante a gravidez. Pode ser utilizado em doses que variam de 25-75 mg de 8/8h, com melhora tanto da hemodinâmica pulmonar como da tolerância ao esforço.
5. Óxido nítrico - Potente vasodilatador da circulação pulmonar e sistêmica, utilizado em situações agudas por via inalatória.
6. Anticoagulantes - Há indicação do uso de HBPM dose ajustada durante a gestação, reiniciando com o anticoagulante oral no puerpério (IIaC).
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