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Diretriz – Preservação da fertilidade em pacientes com câncer

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 07/01/2014

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Especialidades: Oncologia / Ginecologia / Urologia

 

Resumo

Esta é atualização da diretriz da American Society of Clinical Oncology sobre a preservação de fertilidade em adultos e crianças com câncer.

 

Contexto clínico

Um assunto pouco lembrado, mas de importância enorme, é a discussão de como preservar a possibilidade de ter filhos em pacientes com câncer ainda em idade fértil e que correm riscos oriundos do tratamento oncológico. A American Society of Clinical Oncology (ASCO) tem uma diretriz sobre o assunto que foi recentemente atualizada. Para tanto, foi feita uma revisão sistemática da literatura dos artigos publicados entre 2006 e 2013. A seguir, são apresentadas as principais recomendações dessa diretriz internacional.

 

Recomendações

1.                  O oncologista deve discutir o risco de perda de fertilidade associado ao tratamento do câncer para todo paciente em idade fértil e providenciar seguimento com algum especialista em reprodução e suporte psicológico antes de iniciar o tratamento.

2.                  Para os homens, criopreservação do esperma segue como o único método de preservação bem estabelecido. Outros métodos, como criopreservação de tecido testicular, ainda são experimentais. Esperma coletado após o início da quimioterapia está associado a alto risco de dano genético.

3.                  Para mulheres, criopreservação de oocistos não fertilizados e de embriões são as opções bem estabelecidas, mas que devem ser realizadas em centros de referência. Transposição de ovários pode ser considerada em mulheres que passarão por radiação pélvica. Devem ser discutidas alternativas terapêuticas que impliquem cirurgias e uso de radiação menos radical. Não há evidências que corroborem a realização de supressão ovariana como método para preservar a função do ovário. A criopreservação de tecido ovariano ainda está em caráter experimental.

4.                  Qualquer discussão sobre os riscos que o tratamento do câncer pode oferecer à fertilidade e sobre os tratamentos para preservá-la devem ser adequadamente registrados em prontuário.

 

Bibliografia

1.        Loren AW et al. Fertility preservation for patients with cancer: American Society of Clinical Oncology Clinical Practice Guideline Update. J Clin Oncol 2013 Jul 1; 31:2500. (link para o artigo).

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