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Terapia Tripla para Púrpura Trombocitopênica Refratária

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 19/10/2015

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Contexto Clínico

Os corticosteroides são o tratamento inicial para adultos com trombocitopenia imunológica primária (PTI) e a contagem de plaquetas <30 x 10 9 / L; terapias de segunda linha incluem a esplenectomia, os agonistas do receptor de trombopoietina e rituximabe. O rituximabe depleta seletivamente os linfócitos B, mas se suprimir os linfócitos T com ciclosporina poderia melhorar este resultado, porém não se sabe muito a respeito disso. Essa associação seria uma saída para casos refratários.

 

O Estudo

Foi realizado um estudo para testar a utilização de uma nova combinação de terapias convencionais em púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) durante quatro semanas. De 2011 a 2014, 20 pacientes foram registrados prospectivamente em um estudo de fase IIb de braço único para descrever a segurança, eficácia e tolerabilidade do esquema com dexametasona por via oral 40mg do dia 1 ao dia 4, ciclosporina por via oral 2,5-3mg /kg/dia dos dias 1 a 28 do tratamento,  e uma dose baixa intravenosa de 100 mg de rituximabe nos dias 7, 14, 21 e 28 de tratamento. Não houve graves efeitos secundários adversos relacionados com terapias. A taxa de resposta em 6 meses foi de 60% e o tratamento foi bem tolerado (resposta considerada para contagem de plaquetas que aumentaram para maior ou igual a 30 x 109/L). Pacientes  tiveram sobrevivência livre de recidiva de 92% e 76%, respectivamente, em 12 e 24 meses. Este estudo destaca a possibilidade de alcançar uma remissão duradoura a partir de quatro semanas de tratamento com estes esquemas.

 

Aplicações Práticas

 Este estudo é uma grande possibilidade que pode vir a ser aplicada em um grupo de doentes de difícil controle, que são os portadores de PTI refratária. A curta duração da terapêutica e toxicidade relativamente baixa reforçam ainda mais esta abordagem. O próximo passo deve ser um ensaio de fase III comparando dexametasona mais rituximabe com este regime de triple-terapia. Aí teremos uma resposta definitiva sobre o assunto.

 

Bibliografia

Choi PY et al. A novel triple therapy for ITP using high dose dexamethasone, low dose rituximab and cyclosporine (TT4). Blood 2015 May 13; [e-pub]. (http://dx.doi.org/10.1182/blood-2015-03-631937)

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