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Tezepelumabe para Asma sem Controle

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 10/11/2017

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Contexto Clínico

 

Em alguns pacientes com asma moderada a grave, particularmente aqueles com inflamação não eosinofílica, a doença permanece descontrolada. Este ensaio avaliou a eficácia e a segurança do tezepelumabe, um anticorpo monoclonal humano específico para a linfopoietina do estroma tímico derivado das células epiteliais (TSLP), em pacientes cuja asma permaneceu descontrolada apesar do tratamento com ß-agonistas e doses médias a altas de corticoides inalatórios.

 

O Estudo

 

Foi realizado um ensaio randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, no qual foi comparado o tezepelumabe subcutâneo em três níveis de dose com placebo ao longo de um período de tratamento de 52 semanas. O ponto final primário foi a taxa anualizada de exacerbações de asma (eventos por paciente-ano) na semana 52.

O uso de tezepelumabe a uma dose de 70mg a cada 4 semanas (dose baixa, 145 pacientes), 210mg a cada 4 semanas (dose média, 145 pacientes) ou 280mg a cada 2 semanas (dose alta, 146 pacientes) resultou em, anualizadamente, taxas de exacerbação de asma na semana 52 de 0,26, 0,19 e 0,22, respectivamente, em comparação com 0,67 no grupo placebo (148 pacientes). Assim, as taxas de exacerbação nos respectivos grupos de tezepelumabe foram menores em 61, 71 e 66% em comparação com a taxa no grupo placebo (P <0,001 para todas as comparações).

Os resultados semelhantes foram observados em pacientes independentemente da contagem de eosinófilos no sangue na matrícula do estudo. O volume expiratório forçado em 1 segundo pré-broncodilatador na semana 52 foi maior em todos os grupos tezepelumabe do que no grupo placebo (diferença, 0,12 litros com baixa dose [P = 0,01], 0,11 litros com a dose média [P = 0,02] e 0,15 litros com a dose elevada [P = 0,002]). Dois pacientes no grupo de dose média, 3 no grupo de dose alta e 1 no grupo placebo interromperam o regime de ensaio devido a eventos adversos.

 

Aplicação Prática

 

Entre os pacientes tratados com ß-agonistas de ação prolongada e doses médias a altas de glicocorticoides inalados, aqueles que receberam tezepelumabe apresentaram taxas mais baixas de exacerbações de asma clinicamente significativas do que os que receberam placebo, independentemente da contagem de eosinófilos sanguíneos.

 

Bibliografia

 

Corren J et al. Tezepelumab in Adults with Uncontrolled Asthma. N Engl J Med 2017; 377:936-946.

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