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Anfotericina B

Última revisão: 02/02/2010

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Reproduzido de:

Formulário Terapêutico Nacional 2008: Rename 2006 [Link Livre para o Documento Original]

Série B. Textos Básicos de Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

Brasília / DF – 2008

 

Anfotericina B

 

Samara Haddad Simões Machado

 

Na Rename 2006: item 5.2

 

SINONÍMIA

      Anfotericina B convencional, Anfotericina B desoxicolato.

 

APRESENTAÇÃO

      Pó para solução injetável 50 mg em desoxicolato de sódio.

 

INDICAÇÕES2,5,217

      Tratamento agudo de micoses sistêmicas graves.

      Aspergilose.

      Blastomicose.

      Candidíase sistêmica.

      Coccidioidomicose.

      Criptococose.

      Esporotricose.

      Histoplasmose.

      Mucormicose.

      Paracoccidioidomicose.

      Leishmaniose mucocutânea (segunda linha de tratamento).

 

CONTRA-INDICAÇÕES5,217

      Hipersensibilidade a qualquer forma de Anfotericina B.

      Tratamento de dermatofitoses superficiais.

      Lactação.

 

PRECAUÇÕES1,2,4-6,217

      Monitorar função renal (ver apêndice D), função hepática, eletrólitos séricos e contagens hematológicas durante o tratamento. Diante de alterações importantes dos dados laboratoriais monitorizados, associadas a manifestações clínicas indesejadas, interromper o tratamento, reduzir as doses ou aumentar o intervalo entre administrações.

      Realizar teste antes da primeira infusão para detectar possível reação infusional. Não realizar a administração antes de o paciente ser observado clinicamente por 30 minutos.

      Evitar a administração rápida em função do risco de arritmias e irritação local.

      Reações infusionais são mais comuns no início da administração (1 a 3 horas), diminuindo com a continuação da terapia.

      Atentar para medicamentos dados simultaneamente pelo risco de interações que aumentem a toxicidade ou diminuam a atividade de Anfotericina B.

      Anfotericina convencional apresenta maior toxicidade do que diversas formas de suspensão lipídica, mas a toxicidade da forma convencional pode ser diminuída com lentas velocidades de infusão sem sacrifício de eficácia.

      Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).

 

ESQUEMAS DE ADMINISTRAÇÃO1,2,5,217

Adultos

Infecções Fúngicas Sistêmicas

      Teste inicial: 1 mg, em infusão intravenosa durante 20 a 30 minutos, 30 a 60 minutos antes da administração da dose plena, junto com anti-térmico, anti-histamínico ou hidrocortisona 50 a 100 mg, por via intravenosa.

      De 0,25 a 1,5 mg/kg/dia, em infusão intravenosa contínua, a cada 24 horas; ou 1,0 a 1,5 mg/kg, em infusão intravenosa durante 4 a 6 horas, em dias alternados, por 7 dias.

      De 0,25 a 3 mg, por via intratecal, a cada 48 a 72 horas; aumentar para 0,5 a 1,0 mg, se tolerado. Dose máxima total: 15 mg.

      Se houver necessidade de incrementos de dose, aumentar gradualmente até completar 1,5 mg/kg/dia.

      Se houver necessidade de tratamento prolongado (variável de acordo com tipo e gravidade da infecção), anfotericina costuma ser substituída por outro antifúngico sistêmico de menor perfil de toxicidade; também pode ser repetida alternadamente. Duração usual de tratamento: 4 a 12 semanas.

      Na forma desoxicolato, pode ser administrada por vias intratecal (2 mg/dia) e intranasal (20 a 30 mg, 1 a 3 vezes ao dia).

 

Leishmaniose Mucocutânea

      Dose teste inicial de 1mg, infundida por 20 a 30 minutos, seguida por 5 a 10 mg e aumentada para 5 a 10 mg por dia.

      A dose máxima diária não deve exceder 0.5 a 1 mg/kg, que deve ser administrada em dias alternados.

      Dose total acumulada de 1 a 3 g.

 

Crianças

Infecções Fúngicas Sistêmicas

      Teste inicial: 0,1 mg/kg/dose, por infusão intravenosa durante 20 a 30 minutos, 30 a 60 minutos antes da administração da dose plena.

      De 0,25 a 1,0 mg/kg/dia, em infusão intravenosa contínua, durante 2 a 6 horas, a cada 24 horas, por 7 dias; após, pode ser dada em dias alternados, na base de 1,0 a 1,5 mg/kg/dia.

      De 25 a 100 microgramas, por via intratecal, a cada 48 a 72 horas; aumentar até 500 microgramas, se tolerado.

 

ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS CLINICAMENTE RELEVANTES4-6

      Pico de concentração plasmática: 1 hora.

      Excreção: renal (40%).

      Meia-vida de eliminação bifásica: 15 a 48 horas (inicial) e 15 dias (terminal).

 

EFEITOS ADVERSOS1,2,4-6,217

      Anemia.

      Hipocalemia, hipomagnesemia.

      Cansaço, fraqueza, dor generalizada, parestesias, cãibras.

      Febre, calafrios, cefaléia.

      Náusea, vômitos.

      Hipotensão, arritmia, tromboflebite.

      Taquipnéia.

      Insuficiência renal e nefrotoxicidade.

      Indigestão, perda de apetite, diarréia, dor epigástrica, hepatotoxicidade.

 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS1,2,217

      Aumento da atividade/toxicidade de Anfotericina B: flucitosina, terbinafina, caspofungina, fármacos nefrotóxicos (amicacina, gentamicina, ciclosporina, pentamidina, estreptomicina, vancomicina), antineoplásicos, piperacilina, ticarcilina, corticosteróides, diuréticos espoliadores de potássio (aumento das perdas de potássio).

      Diminuição de atividade/toxicidade de Anfotericina B: antifúngicos triazólicos (fluconazol, itraconazol, voriconazol), antifúngicos imidazólicos (cetoconazol, miconazol), piperacilina e ticarcilina (diminuição de nefrotoxicidade).

      Anfotericina B aumenta o risco de toxicidade de digoxina e bloqueadores neuromusculares periféricos devido à hipocalemia induzida.

      Anfotericina B aumenta o risco de toxicidade de flucitosina.

      Pré-medicação com paracetamol e difenidramina diminui a intensidade da reação infusional.

 

ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES5

      Alertar para suspender o uso e notificar imediatamente caso haja urticária, edema em face, mãos ou boca, dispnéia, erupção cutânea, náusea, vômito e diarréia.

 

ASPECTOS FARMACÊUTICOS5,6

      Reconstituir somente com água estéril para injeção, sem conservantes. Não reconstituir com água bacteriostática.

      A solução-mãe é estável à temperatura ambiente (25 oC) por 24 horas e sob refrigeração (+ 4 oC) por 2 dias. Deve ser protegida da luz.

      O diluente padrão é solução de glicose a 5%. Diluir a dose em 250 a 500 mL.

      Soluções diluídas não necessitam proteção contra iluminação típica de hospital se a administração ocorrer dentro das 24 horas após a preparação.

      Incompatibilidades (com precipitação): álcool benzílico, cloreto de sódio.

      Não se recomenda misturar em solução com quaisquer outros fármacos.

 

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