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Aldosteronoma

Autor:

Rodrigo Antonio Brandão Neto

Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Última revisão: 15/10/2013

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Especialidades: Endocrinologia / Nefrologia

 

Quadro clínico

Paciente de 28 anos de idade com achado, em exame de rotina, de PA de 170 x 105 mmHg. Esta medida foi repetida 3 vezes, com PA de 160 x 95 mmHg, 170 x 100 mmHg e 165 x 105 mmHg. O paciente refere cefaleia ocasional e, em exames laboratoriais, apresentou função renal normal, com Na 146 mEq/L e K de 2,5 mEq/L. A Figura 1 mostra uma tomografia computadorizada (TC) de abdome.

 

Figura 1. Tomografia computadorizada (TC) de abdome.

 

Comentários

A tomografia mostra uma topografia de adrenal esquerda, acima do polo superior do rim esquerdo, de cerca de 3 cm, com densidade sugestiva de gordura. Este achado em um paciente com antecedente de HAS em idade tão jovem, o qual teria indicação de pesquisa de HAS secundária, e com hipocalemia associada leva a um possível diagnóstico de aldosteronoma, um tumor benigno produtor de aldosterona.

Apesar de a hipocalemia ser considerada um achado clássico nestes casos, em séries recentes ela ocorre na minoria dos casos. O diagnóstico se baseia primeiro em testes de rastreamento. O hiperaldosteronismo primário cursa com produção autônoma de aldosterona e com renina diminuída, pois esta produção autônoma suprime a produção de renina. Desse modo, a relação entre valores de aldosterona/valores de renina serve como exame inicial para o diagnóstico. Quando essa relação é maior que 20, passa a haver possibilidade do diagnóstico de hiperaldosteronismo. Quanto maior a relação, maior é a probabilidade deste diagnóstico, sendo que, em valores acima de 50, a probabilidade do diagnóstico é maior que 90%.

O diagnóstico deve ser confirmado pelo teste de sobrecarga salina, que pode ser realizada por dieta ou com infusão salina de 2 L de soro fisiológico a 0,9% em 2 horas, com dosagem de aldosterona após o final da infusão. Em indivíduos normais, a sobrecarga salina deveria suprimir a produção de aldosterona; caso ela continue aumentada, isso indica produção autônoma de aldosterona, confirmando o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário. Em geral, valores acima de 8,5 ng/dL são considerados valores aumentados de aldosterona e confirmam a hipótese de hiperaldosteronismo primário.

O tratamento do aldosteronoma é principalmente cirúrgico, assim como ocorre com outras formas de hiperaldosteronismo primário.

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