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Claudicação Intermitente

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 03/02/2016

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Quadro Clínico

Paciente masculino, 57 anos, portador de diabetes mellitus tipo 2, tabagista, vem evoluindo há seis meses com claudicação intermitente, com piora no membro inferior esquerdo. O exame físico demonstra pulsos de ambos os membros inferiores diminuídos, porém de forma mais acentuada em pulso poplíteo e pedioso à esquerda. O paciente então é submetido à arteriografia, que podemos ver na imagem 1.

 

Imagem 1- Sistema arterial membro inferior esquerdo proximal

 

 

Discussão

Nesta arteriografia o que podemos ver é que há uma lesão obstrutiva com estenose na artéria ilíaca externa esquerda. O tratamento proposto foi angioplastia com colocação de stent. Podemos ver o resultado na Imagem 2.

 

Imagem 2- Artéria ilíaca externa esquerda pós-stent

 

 

A claudicação intermitente é definida como um desconforto reproduzível de um grupo muscular que é induzido por atividade física e é aliviado com  repouso, sendo um indicador de doença arterial periférica. A localização da dor nos membros inferiores varia de acordo com  os vasos que estão envolvidos. A severidade dos sintomas depende da localização e do grau de estenose, da circulação colateral e do grau da atividade física.

As indicações para a intervenção (cirúrgica ou percutânea) em pacientes com claudicação são em geral os tratamentos a serem feitos nos casos mais graves. Em geral, a intervenção percutânea pode ser oferecida a pacientes selecionados nos quais a claudicação limita a sua capacidade de trabalhar ou de realizar outras atividades  diárias. Ainda são elegíveis os pacientes que não têm resposta ao tratamento clínico, que consiste em exercícios e terapia farmacológica.  

Numerosos estudos têm mostrado que a revascularização bem sucedida pode melhorar substancialmente a qualidade de vida do paciente, mas o paciente deve ser capaz de se beneficiar do tratamento (isto é, capacidade de realizar exercício ou ter o estado funcional não limitado por uma outra causa, tal como angina, doença pulmonar obstrutiva crônica, ou problemas ortopédicos). Assim, antes de realizar qualquer procedimento de revascularização (cirúrgica ou percutânea) em pacientes com doença arterial periférica, as orientações da sociedade cardiovascular sugerem que as seguintes questões devem ser abordadas: aconselhar o paciente a parar de fumar; a dar informações sobre exercício supervisionado para claudicação; fornecer tratamento farmacológico adequado e introduzir terapia antiplaquetária.

 

Referências

Norgren L, Hiatt WR, Dormandy JA, et al. Inter­Society Consensus for the Management of Peripheral Arterial Disease (TASC II). J Vasc Surg 2007; 45 Suppl S:S5.

 

Hirsch AT, Haskal ZJ, Hertzer NR, et al. ACC/AHA 2005 Practice Guidelines for the management of patients with peripheral arterial disease (lower extremity, renal, mesenteric, and abdominal aortic): a collaborative report from the American Association for Vascular Surgery/Society for Vascular Surgery, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society for Vascular Medicine and Biology, Society of Interventional Radiology, and the ACC/AHA Task Force on Practice Guidelines (Writing Committee to Develop Guidelines for the Management of Patients With Peripheral Arterial Disease): endorsed by the American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation; National Heart, Lung, and Blood Institute; Society for Vascular Nursing; TransAtlantic Inter­Society Consensus; and Vascular Disease Foundation. Circulation 2006; 113:e463.

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