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Cálculo sintomático em terço médio de ureter

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 03/08/2016

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         Quadro Clínico

Homem de 42 anos procurou pronto-socorro com intensa dor abdominal, 10 em 10, em padrão de cólica irradiando para dorso à direita. Apresentava dor a punho percussão à direita. Foi feita TC de abdome sem contraste para diagnóstico, que é possível ver na Imagem 1.

 

Imagem 1 - TC de abdome e pelve

 

 

 

           Discussão

Observa-se nitidamente a imagem hiperdensa que representa um cálculo no terço médio do ureter à direita. O cálculo apresenta 0,9 cm.

A probabilidade de passagem espontânea de um cálculo ureteral está relacionada tanto ao tamanho do cálculo quanto à localização. A maioria das pedras <=4 mm de diâmetro passa espontaneamente. Pedras de diâmetro >=5 mm estão associadas com uma diminuição progressiva da taxa de passagem espontânea, o que é improvável, com pedras >=10 mm de diâmetro. Cálculos ureterais proximais também são menos propensos a passar espontaneamente.

O tratamento de cálculos em ureter médio tornou-se significativamente menos problemático com o advento do ureteroscópio flexível e instrumentação para a fragmentação in situ. Com a melhoria de imagem por fluoroscopia, a litotripsia agora pode ser usada para a fragmentação de pedra ureteral de terço médio.

Por causa dos ossos da pelve, bem como a falta de marcos ultrassonográficos facilmente identificáveis, a litotripsia extracorpórea de cálculos de terço médio de ureter apresenta dificuldades significativas. Apesar disso, algumas séries têm relatado taxas livres de pedra de mais de 75% para o tratamento de litotripsia guiada por ultrassom.

Na maioria das séries, cálculos no terço médio do ureter que são tratados com ureteroscopia são removidos em 80 a 95% dos casos com litotripsia eletro-hidráulica, a laser, ou pneumática, com ou sem encestamento.

 

           Referências

Aboumarzouk OM, Kata SG, Keeley FX, et al. Extracorporeal shock wave lithotripsy (ESWL) versus ureteroscopic management for ureteric calculi. Cochrane Database Syst Rev 2012; :CD006029.

 

Segura JW, Preminger GM, Assimos DG, et al. Ureteral Stones Clinical Guidelines Panel summary report on the management of ureteral calculi. The American Urological Association. J Urol 1997; 158:1915.

 

Matlaga BR, Jansen JP, Meckley LM, et al. Treatment of ureteral and renal stones: a systematic review and meta-analysis of randomized, controlled trials. J Urol 2012; 188:130.

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