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ECG de Paciente De 84 Anos com Déficit de Forca de Instalação ha 3 Horas

Autor:

Rodrigo Antonio Brandão Neto

Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Última revisão: 15/02/2018

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Paciente do sexo masculino, 84 anos de idade. Quadro de déficit de força à esquerda com força grau 3 há 3 horas em hemicorpo esquerdo. Pressão arterial (PA), 170x100mmHg, consciente e orientado. Foi indicada trombólise, evoluindo 30 minutos depois com dispneia sem dor torácica.

 

A Figura 1 mostra o eletrocardiograma (ECG).

 

 

ECG: eletrocardiograma.

Figura 1 -  ECG.

 

Foi colhida troponina ultrassensível com valor inicial de 0,3ng/mL (normal até 0,03) e, 3 horas depois, de 0,43ng/mL. Houve suspeita de síndrome de Wellens devido ao padrão do ECG. Foi realizado cateterismo após 24 horas, que foi sem alterações significativas, conforme mostra a Figura 2.

 

 

Figura 2 - Cateterismo.

 

O ECG demonstrou função cardíaca normal e, com o resultado do cateterismo normal, a hipótese foi de alterações de repolarização associadas ao acidente vascular cerebral (AVC) ? onda T cerebral. A síndrome de Wellens é causada por obstrução crítica de artéria descendente anterior e cursa com aumentos discretos de troponina e alto risco de infarto de parede anterior nos próximos dias.

Os critérios diagnósticos de Rhinehart de 2002 exigem para o diagnóstico:

 

               Ondas T profundamente invertidas ou bifásicas em V2 e v3 que podem se estender para V1?V6

               Segmento ST isoelétrico ou minimamente

               Sem ondas Q nas derivações precordiais

               Ondas R com progressão normal

               História recente de angina

               ECG realizado sem dor no momento

               Elevação discreta ou resultado normal de marcadores de necrose miocárdica

 

Tipo A: Tem segmento ST bifásico com positividade inicial e com negatividade terminal (25% dos casos).

Tipo B: Ondas T profundas e simétricas (75% dos casos).

 

A suspeita era de Wellens tipo A, apesar da elevação de necrose miocárdica, que não foi confirmada pela cineangiocoronariografia. Os marcadores de necrose caíram progressivamente a partir da terceira dosagem de troponina.

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