Última revisão: 31/01/2011
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Reproduzido de:
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO – 8ª edição revista [Link Livre para o Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Epidemiológica
8ª edição revista
BRASÍLIA / DF – 2010
CID 10: A55
Doença bacteriana sexualmente transmissível, caracterizada pelo envolvimento do sistema linfático, tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite. Sua evolução clínica apresenta 3 fases:
Primária - No local de penetração do agente etiológico: há aparecimento de pápulas, vesícula, pústula ou erosão fugaz e indolor. No homem, acomete o sulco balanoprepucial, o prepúcio ou meato uretral; na mulher, acomete fúrcula cervical, clitóris, pequenos e grandes lábios;
Secundária - Caracteriza-se por adenite inguinal, geralmente unilateral, firme e pouco dolorosa (bubão), que pode ser acompanhada de febre e mal-estar;
Terciária - Quando há drenagem de material purulento por vários orifícios no bubão, com ou sem sangue, que, ao involuir, deixa cicatrizes retraídas ou queloides.
Mula, bubão, doença de Nicolas-Favre-Durand e quarta moléstia venérea.
Chlamydia Tracomatis, dos sorotipos L1, L2 e L3.
O homem.
Contato sexual, com penetração da bactéria por meio da pele ou mucosa com solução de continuidade.
De 1 a 3 semanas após o contato sexual.
Bastante variável, de semanas a anos.
Linfedema peniano e escrotal, hiperplasia intestinal e linforroidas, hipertrofia vulvar (estiomene) e proctite.
Eminentemente clínico-epidemiológico. Sorologia com imunofluorescência direta, fixação de complemento (título acima de 1:64). Cultura celular de McCoy.
Tuberculose cutânea, micoses profundas, donovanose, sífilis, granuloma inguinal.
Tianfenicol, 1,5 g/dia, VO, 14 dias; Sulfametoxazol, 800 mg + Trimetoprim, 160 mg, 2 vezes/dia, VO, 14 dias; Doxiciclina, 100 mg, VO, 12/12 horas, no mínimo 14 dias (CDC recomenda 21 dias); Eritromicina, 500 mg, VO, 4 vezes/dia, por 21 dias (recomendação CDC); Azitromicina, (CDC) 1 g, 1 vez/semana, por 3 semanas, mas há ausência de dados clínicos que apoiem o seu uso. A adenite é tratada com drenagem.
Doença exclusivamente de transmissão sexual que, geralmente, afeta indivíduos que já tiveram várias outras doenças sexualmente transmissíveis. Sua distribuição é universal, mas ocorre mais frequentemente nos trópicos. Não há diferença entre os sexos e observa-se maior número de casos entre negros.
Interromper a cadeia de transmissão através da detecção e tratamento precoces dos casos e dos seus parceiros (fontes de infecção); prevenir novas ocorrências por meio de ações de educação em saúde.
Não é doença de notificação compulsória nacional. Os profissionais de saúde devem observar as normas e procedimentos de notificação e investigação de seus estados e municípios.
Interrupção da cadeia de transmissão pela triagem e referência dos pacientes com DST e seus parceiros, para diagnóstico e terapia adequados.
Aconselhamento - Orientações ao paciente, fazendo com que observe as possíveis situações de risco presentes em suas praticas sexuais, desenvolva a percepção quanto à importância do seu tratamento e de seus parceiros sexuais e promova comportamentos preventivos.
Promoção do uso de preservativos - O método mais eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e outras DST. Convite aos parceiros para aconselhamento e promoção do uso de preservativos (deve-se obedecer aos princípios de confiabilidade, ausência de coerção e proteção contra a discriminação). Educação em saúde, de modo geral.
Observação: As associações entre diferentes DST são frequentes, destacando-se, atualmente, a relação entre a presença de DST e o aumento do risco de infecção pelo HIV, principalmente na vigência de úlceras genitais. Desse modo, se o profissional estiver capacitado a realizar aconselhamento, pré e pós-teste para detecção de anticorpos anti-HIV, quando do diagnóstico de uma ou mais DST, essa opção deve ser oferecida ao paciente. Toda doença sexualmente transmissível constitui evento sentinela para a busca de outra DST e possibilidade de associação com o HIV. É necessário, ainda, registrar que o Ministério da Saúde vem implementando a “abordagem sindrômica” aos pacientes de DST, visando aumentar a sensibilidade no diagnóstico e tratamento dessas doenças, o que resultara em maior impacto na redução dessas infecções.
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