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Parotidite Infecciosa

Última revisão: 04/02/2011

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Reproduzido de:

DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO – 8ª edição revista [Link Livre para o Documento Original]

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância Epidemiológica

8ª edição revista

BRASÍLIA / DF – 2010

 

Parotidite Infecciosa

 

CID 10: B26

 

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS

Descrição

Doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. Em homens adultos, ocorre orquiepididimite em aproximadamente 20 a 30% dos casos; em mulheres, pode ocorrer ooforite com menor frequência, acometendo cerca de 5% dos casos. Aproximadamente, 1/3 das infecções pode não apresentar aumento, clinicamente aparente, dessas glândulas. O sistema nervoso central, com frequência, pode estar acometido sob a forma de meningite asséptica, quase sempre sem sequelas. Mais raramente, pode ocorrer encefalite.

 

Sinonímia

Papeira, caxumba.

 

Agente Etiológico

Vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.

 

Reservatório

O homem.

 

Modo de Transmissão

Via aérea, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas.

 

Período de Incubação

De 12 a 25 dias; em média, de 16 a 18 dias.

 

Período de Transmissibilidade

Varia entre 6 a 7 dias antes das manifestações clínicas até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.

 

Diagnóstico

     Clínico-epidemiológico - As provas sorológicas (neutralização, inibição da hemaglutinação ou Elisa) não são utilizadas na rotina. A fixação do complemento positiva sugere infecção recente.

 

Diagnóstico Diferencial

Calculo de dutos parotidianos, hipersensibilidade a drogas (iodetos, fenilbutazona, tiouracil, dentre outras), ingestão de amidos, sarcoidose, cirrose, diabetes, parotidite de etiologia piogênica, inflamação de linfonodos, tumores parenquimatosos, hemangioma, linfangioma.

 

Complicações

Meningite asséptica, pancreatite, tireoidite, neurites, orquiepididimite, ooforite, miocardite e nefrite. Uma complicação rara é o desenvolvimento de encefalite, podendo levar a edema cerebral, manifestações neurológicas graves e óbito. Como sequelas, podem ocorrer surdez unilateral (secundária a neurite do oitavo par craniano) e atrofia testicular, sendo de ocorrência rara a esterilidade.

 

Tratamento

     Tratamento de suporte - Repouso e analgesia.

-      Meningite asséptica: tratamento sintomático.

-      Encefalite: tratamento do edema cerebral, manutenção das funções vitais.

     Tratamento de apoio para a orquite - Suspensão da bolsa escrotal através de suspensório; aplicação de bolsas de gelo; analgesia, quando necessário. Para redução da resposta inflamatória, pode ser utilizada Prednisona, 1 ml/kg/dia, via oral, com redução gradual (semanal). Outros anti-inflamatórios não hormonais também podem ser indicados.

 

Características Epidemiológicas

Estima-se que, na ausência de imunização, 85% dos adultos têm Parotidite Infecciosa e 1/3 dos infectados não apresentam sintomas. A doença é mais severa em adultos. As estações com maior ocorrência de casos são o inverno e a primavera. Costuma apresentar-se sob a forma de surtos, que acometem mais as crianças.

 

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Objetivos

Reduzir as taxas de incidência pela vacinação de rotina; investigar surtos para a adoção de medidas de controle.

 

Notificação

Não é doença de notificação compulsória. Os surtos devem ser notificados.

 

MEDIDAS DE CONTROLE

     Vacinação - está indicada antes da exposição.

-      Esquema vacinal básico – utiliza-se a vacina tríplice viral (Sarampo, caxumba e Rubéola) aos 12 meses de idade, com uma dose adicional entre 4 e 6 anos. As contraindicações ao uso dessa vacina são: antecedente de reação anafilática sistêmica após ingestão de ovo de galinha; gravidez e administração de imunoglobulina normal, sangue total ou plasma nos três meses anteriores. Recomenda-se às mulheres vacinadas evitar a gravidez por 30 dias após a aplicação. No entanto, se alguma gravida for inadvertidamente vacinada, não há indicação de interrupção da gravidez.

     Ações de educação em saúde – Informar a população quanto às características da Parotidite Infecciosa e a possibilidade de complicações, devendo ser orientada quanto à busca de assistência médica adequada, quando necessária (orquites, mastites, meningite, encefalite), e para a importância de vacinar as crianças.

 

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