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Elementos que contribuem para um ambiente de segurança para o paciente

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 15/08/2009

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Introdução

            Esta interessante lista de 19 itens foi publicada em 2000, no livro “Patient Safety Improvement Guidebook”. Trata-se de uma espécie de checklist de elementos considerados cruciais quando se pensa em avaliar se há uma cultura de Segurança do Paciente em uma instituição, conforme proposto pelo autor.

            Este livro oferece instruções passo-a-passo para projetar e implementar um sistema eficaz de gestão da segurança do paciente de forma pró-ativa. Os tópicos incluem: como medir os elementos importantes da segurança do paciente; como fazer para identificar fatores que produzem erros em processos de cuidados de pacientes de alto risco; como utilizar dados comparativos para estabelecer as oportunidades de melhoria; técnicas à prova de erro para serviços de saúde evitarem eventos adversos; porque a “análise de causa raiz” de eventos sentinela não impedem completamente que pacientes venham a ser prejudicados no futuro; e como criar um trabalho de cultura de segurança do paciente.

 

Lista de Elementos na Cultura de Segurança do Paciente

 

1.     Todas as pessoas reconhecem que um gerenciamento excelente é determinado por uma liderança que tem em sua essência a melhoria da segurança do paciente.

2.     A instituição tem políticas de segurança do paciente claramente definidas.

3.     Todas as pessoas conseguem explicar as políticas de segurança do paciente na instituição.

4.     Todas as pessoas estão envolvidas em atingir as metas de segurança do paciente, e todos conseguem explicar os resultados e indicadores desejados.

5.     Todas as pessoas estão ativamente envolvidas em identificar e resolver assuntos sobre segurança do paciente.

6.     Todas as pessoas conseguem explicar como seu desempenho pessoal afeta a segurança do paciente.

7.     Todas as pessoas acreditam que possuem a autoridade necessária e os recursos para alcançar suas metas sobre a segurança do paciente.

8.     O desempenho em segurança do paciente de todos é comparado com as metas, claramente mostrado, e recompensado.

9.     Uma revisão conceitual sobre segurança do paciente é feita anualmente e há um processo de melhoria contínua.

10.  Uma análise de risco é realizada regularmente para identificar oportunidades de melhoria. Os resultados são utilizados para promover mudanças nas atividades assistenciais.

11.  Todas as pessoas são autorizadas a corrigir riscos à segurança do paciente assim que estes são identificados.

12.  Existe um sistema simples para recolher informações sobre os riscos à segurança do paciente. O sistema funciona de forma positiva, efetiva e com recompensa, e as pessoas utilizam ele.

13.  Todas as pessoas estão cientes das origens, causas e meios de prevenção dos eventos adversos com o paciente.

14.  Todos os eventos que levaram a dano e os “quase-erros” são investigados quanto à causa raiz, e são tomadas ações preventivas efetivas.

15.  Todas as pessoas que operam algum equipamento que tem relação com a assistência ao paciente são treinadas em reconhecer necessidades de manutenção, e realizam ou solicitam manutenção no tempo certo.

16.  Todas as pessoas sabem como reagir prontamente a uma emergência graças a planejamento, treinamento e práticas eficientes.

17.  Os locais estão completamente equipados para emergências; todo equipamento está no lugar e é regularmente testado; todas as pessoas sabem como usar os equipamentos e como se comunicar durante uma emergência.

18.  Experts em ergonomia estão disponíveis quando necessário, e estão envolvidos na avaliação e treinamento sobre segurança do paciente.

19.  Todos os supervisores e gerentes participam da análise local sobre a segurança do paciente, garantem equipamentos de proteção, reforçam treinamentos e a disciplina e conseguem explicar como realizar a segurança do paciente.

 

Bibliografia

1.     Spath P. Patient safety improvement guidebook. Forest Grove, OR: Brown-Spath & Associates; 2000.

 

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