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Diretriz de Rastreamento de Depressão em Adultos

Contexto Clínico

Depressão está entre as maiores causas de incapacidade em pessoas acima de 15 anos. Ela afeta os indivíduos, as famílias, as empresas e a sociedade e é comum em pacientes que procuram atendimento no contexto dos cuidados primários. A depressão também é comum  em mulheres grávidas e no pós-parto,  e afeta não só a mulher, mas o seu filho também.

Apresentamos a seguir os principais pontos da atualização das Recomendações de 2009 da US Preventive Services Task Force (USPSTF) na triagem para depressão em adultos.

 

As Recomendações

1. O rastreamento melhora a identificação precisa dos adultos com depressão em cuidados primários. Instrumentos de rastreamento de depressão comumente usados incluem o Questionário de Saúde do Paciente (várias formas), a Escala de Depressão Geriátrica em adultos mais velhos e a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo no pós-parto e para as mulheres grávidas;

2. Faltam evidências para saber quais os intervalos de rastreamento ideais, mas uma abordagem razoável pode incluir a triagem de todos os adultos ainda não rastreados e usar o julgamento clínico para determinar se triagem mais frequente é justificada em pacientes de alto risco;

3. Os pacientes com resultados de rastreamento positivos devem receber avaliação adicional para a gravidade da depressão, comorbidades e diagnósticos alternativos;

4. Devem ser feitos programas que combinam rastreamento de depressão com sistemas de apoio adequados para melhorar os resultados clínicos em adultos, incluindo gestantes e puérperas;

5. Os antidepressivos, a psicoterapia, ou ambos são eficazes em adultos (incluindo idosos) com depressão identificada através da triagem. Tendo em conta os potenciais efeitos nocivos de certos medicamentos para fetos e recém-nascidos, as intervenções de aconselhamento devem ser consideradas para o gerenciamento de depressão em gestantes e puérperas;

6. A terapia cognitivo-comportamental melhora os resultados clínicos em gestantes e puérperas;

7. Há evidências de possíveis danos graves fetais (por exemplo, anomalias congênitas, convulsões neonatais, morte neonatal) com uso de antidepressivos de segunda geração (por exemplo, inibidores seletivos da recaptação da serotonina) durante a gravidez, mas o risco para esses danos graves é muito baixo.

 

Referências:

Siu AL et al. Screening for depression in adults: US Preventive Services Task Force recommendation statement. JAMA 2016 Jan 26; 315:380.

 

O'Connor E et al. Primary care screening for and treatment of depression in pregnant and postpartum women: Evidence report and systematic review for the US Preventive Services Task Force. JAMA 2016 Jan 26; 315:388.