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Dor em fossa ilíaca esquerda

Quadro Clínico

Paciente com 47 anos de idade. Apresenta há 6 horas dor abdominal em fossa ilíaca esquerda de forte intensidade.

 

Tomografia do paciente

 

Qual o diagnóstico e qual a conduta neste paciente?

 

Ver diagnóstico abaixo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diagnóstico

            Apendagite. Apendagite ou apendicite epiplóica é um processo inflamatório, raro, do apêndice epiplóico, secundário a torção e infarto, ou secundário a trombose ou, ainda, sem comprometimento vascular. É auto-limitada e seu diagnóstico é importante a fim de se evitar cirurgia desnecessária. Os apêndices epiplóicos são evaginações peritoneais, cheias de gordura, que se originam da serosa do colón, na sua face anterior ou antero-lateral, desde do ceco até a junção retossigmóide.

            Usualmente, os apêndices epiplóicos não são identificados na TC ou USG quando normais, a não ser na presença de ascite.

            Os sintomas de apendangite são inespecíficos e podem desaparecer em até uma semana. O sintoma mais freqüente é dor abdominal localizada. Ocasionalmente, há febre e/ou leucocitose. Náuseas e vômitos são incomuns.

No exame de USG o achado é uma área hiperecogênica adjacente ao colón, na TC pode-se observar pequena massa hiperdensa fusiforme ou arredondada adjacente a face anterior ou antero-lateral do colón, aumento da densidade da gordura adjacente compatível com edema. Às vezes, podem ser observadas bolhas de gás no apêndice infartado e, raramente, calcificação do apêndice epiplóico por necrose asséptica.

            A diverticulite é o principal diagnóstico diferencial clínico e de imagem. A diferença marcante é que na apendagite não se observa divertículo inflamado ou outros divertículos. Outros diagnósticos diferenciais são apendicite e infarto segmentar do omento, onde há maior infiltração da gordura de localização mais medial.