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Cisto Esplênico com Calcificação

Quadro clínico

           Paciente do sexo feminino, 60 anos de idade, ao realizar tomografia para investigação de possível tromboembolismo pulmonar, teve como achado um cisto esplênico com calcificação de seus limites. A paciente não tinha queixas que pudessem se relacionar com o achado de imagem.

 

Imagem de tomografia

Imagem 1 – Tomografia sem contraste

 

Imagem 2 – Tomografia com contraste

 

Diagnóstico

           Trata-se de uma imagem cística localizada no baço, com conteúdo homogêneo, mas com uma interessante característica: calcificação periférica, que se nota nas fases sem e com contraste.

           Este é um caso de cisto hidático. Estes cistos são causados pela forma larval de um parasita endêmico chamado de Echinococcus granulosus que normalmente é adquirido de cachorros infectados. A maior parte dos casos é assintomática, havendo manifestação de sintomas quando ocorrer compressão de outras estruturas. As complicações mais comuns são o rompimento do cisto com o desenvolvimento de peritonite e migração para outros órgãos e infecção bacteriana secundária. Os órgãos mais envolvidos são os pulmões e o fígado, mas pode se localizar em qualquer órgão, sendo o baço acometido em cerca de 2,5% dos casos.

           A conduta de escolha é esplenectomia associada ao uso de albendazol ou mebendazol.

 

Bibliografia

1.     Ozdogan M, Baykal A, Keskek M, Yorgancy K, Hamaloglu E, Sayek I. Hydatid cyst of the spleen: treatment options. Int Surg. 2001 Apr-Jun;86(2):122-6.

2.     Çabadak H et al. Giant hydatid cyst of spleen: a case report. Trop Doct 2009;39:248-9.

3.     Llatas J, Frisancho O, Vásquez J. Primary hydatid cyst of the spleen. Rev Gastroenterol Peru. 2010 Jul-Sep;30(3):224-7.