Paciente de 65 anos de idade com diagnóstico de doença pulmonar crônica obstrutiva (DPOC), evoluindo com piora da dispneia e secreção amarelada há cerca de sete dias. Chegou no PS com dispneia e sensação de taquicardia e realizou o ECG abaixo:
O ECG mostra uma taquicardia com frequência cardíaca de aproximadamente 150 b.p.m, com complexos QRS estreitos e ritmo irregular, o que faria se pensar a príncipio em fibrilação atrial, mas podemos perceber que as ondas P estão presentes e com diferentes morfologias. O diagnóstico é de taquicardia atrial multifocal, que ocorre com muita frequência em pacientes com pneumopatias, em particular na DPOC. O tratamento se baseia principalmente no tratamento da causa de base, com suplementação de oxigênio, se necessário, uso de broncodilatadores. Neste caso, com preferência para anticolinérgicos, pois o paciente já se encontra taquicárdico e corticoesteroides. O paciente apresenta alteração de secreção com piora da dispneia, o que indica provável traqueobronquite como causa da exacerbação e pode no caso haver benefício com antibióticoterapia como com o uso de uma quinolona respiratória.
"Olá, Dr. Luiz Augusto, O formoterol pode ser usado pois tem um componente de rápida ação, o que não é verdadeiro com o salmeterol. A conduta padrão continua sendo o Beta-2 de curta em doses menores como 5 a 10 gotas de salbutamol, mas o formoterol é uma opção aceitável sim e validada pela literatura médica. Atenciosamente, os Editores."
"INTERESSANTE O CASO ,MAS FIQUEI COM UMA DUVIDA. GERALMENTE PEGO PACIENTES COM DPOC EXACERBADA COM FC ELEVADAS .E CONTRAINDICADO FAZER NEBULIZAÇAO COM FORMOTEROL? JA TENTEI COM ANTICOLINERGICOS MAS GERALMENTE NAO OCORRE REVERSSAO DO QUADRO ."