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TC de paciente lúpica com quadro de dispneia

Paciente do sexo feminino, 35 anos de idade, com LES tem antecedente de atividade renal, evoluiu com necessidade de diálise, que vem fazendo via Permicath há dez meses. Usa prednisona 10 mg ao dia devido atividade hematológica de doença.

Quadro de oito dias de dispneia, tosse e febre, ao chegar evoluindo com quadro de hipoxemia com SaO2 de 83%, mas sem estabilidade hemodinâmica. A radiografia de tórax mostrava alterações discretas, mas na TC de tórax foi observada a seguinte imagem:

 

 

 

A imagem mostra múltiplos focos de consolidação perivasculares. A imagem sugere quadro infeccioso pulmonar, que pode ser hematogênico. A hemocultura mostrou crescimento em todos os pares de hemocultura de S.aureus sensível à oxacilina. 

No caso, a infecção é provavelmente associada ao cateter venoso central. Nestes pacientes antibioticoterapia por pelo menos 14 dias após a negativação das hemoculturas. Complicações como endocardite ocorrem de 10-15% dos pacientes e são mais frequentes em pacientes com valvopatias.

Quando os pacientes apresentam bacteremia por S.aureus é obrigatória a realização de ecocardiograma transesofágico, deve-se esperar por pelo menos cinco dias do início da febre, se endocardite é diagnosticada a antibioticoterapia deve ser estendida por 4 a 6 semanas, caso não seja possível realizar a ecococardiografia deve-se empiricamente estender o tempo de tratamento por pelo menos quatro semanas.

O ideal é tratar com oxacilina 2 g a cada 4 horas, o uso de vancomicina em infecções por cepas sensíveis à oxacilina é associada com maior recidiva e em um estudo retrospectivo até mesmo associado ao aumento de mortalidade.