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Hematoma subdural subagudo bilateral

Homem de 78 anos estava descendo a escadaria de sua casa, quando escorregou e teve queda de altura de cinco degraus. Ficou sonolento após o ocorrido e foi levado ao hospital pelo serviço de ambulância. Chegou ao hospital com Glasgow Coma Scale de 13. Após monitorização, coleta de exames e estabilização inicial, realizou tomografia de crânio. Podemos ver, na imagem 1, as alterações encontradas.

 

Imagem 1 – Tomografia de crânio

 

 

 

Discussão

Nesta tomografia, temos o seguinte: uma coleção extra-axial fronto-temporo-parietal bilateral, com focos hiperatenuantes que sugerem se tratar de um hematoma subdural subagudo, com sinais de sangramento ativo.

Um hematoma subdural resulta de sangramento entre as membranas dura e aracnoide. A taxa de mortalidade de pacientes que precisam de cirurgia varia de 40 a 60%, sendo os fatores prognósticos mais importantes a idade e o estado neurológico avaliado pela escala de coma de Glasgow. Os achados na tomografia computadorizada (TC) de crânio, que também são prognósticos, são a espessura do hematoma e seu volume, a presença e/ou grau de desvio da linha média do cérebro.

Pacientes com hematoma subdural com ou sem coma, mas com evidência de deterioração neurológica e com potencial de recuperação devem realizar drenagem cirúrgica; também se devem drenar casos em que a espessura de coágulo é de >=10 mm ou haja desvio da linha média de >=5 no primeiro exame de imagem. Para pacientes que inicialmente não tenham indicação cirúrgica e fiquem sob monitorização e tratamento conservador, deve-se indicar drenagem, caso piorem neurologicamente ou fiquem com pressão intracraniana persistentemente >20mmHg.

 

Referências

Hatashita S, Koga N, Hosaka Y, Takagi S. Acute subdural hematoma: severity of injury, surgical intervention, and mortality. Neurol Med Chir (Tokyo) 1993; 33:13.

 

Koç RK, Akdemir H, Oktem IS, et al. Acute subdural hematoma: outcome and outcome prediction. Neurosurg Rev 1997; 20:239.