Paciente de 50 anos de idade, sexo masculino, apresenta quadro de dor torácica súbita localizada em hemitórax direito há 30 minutos, evoluindo no momento com dispneia. AP: Pneumotórax espontâneo há seis anos.
Ao exame físico, o paciente apresentou:
Pressão arterial (PA): 98 x 70mmHg
Frequência cardíaca (FC): 115 bpm
Ausculta respiratória com murmúrio vesicular (MV) ausente à direita, e timpanismo na percussão do hemitórax direito; as bulhas são rítmicas e normofonéticas. Apresenta ainda turgência jugular e desvio da traqueia para esquerda.
A imagem mostra claramente a linha pleural, sem doença pulmonar subjacente, com áreas de ar, sem vasos pulmonares, além da linha da pleura visceral. A ausência de doença pulmonar subjacente é sugestiva da etiologia espontânea do pneumotórax.
A incidência varia de 7 a 30 casos a cada 100.000 pacientes/ano com 1 a 2% dos casos evoluindo para pneumotórax hipertensivo.
Pacientes clinicamente estáveis com pneumotórax < 2-3cm podem ser observados clinicamente e receber oxigênio. Em caso de pneumotórax maiores, indica-se punção; e, em caso falha em controle clínico, pode ser necessário o uso de um tubo torácico. A pacientes com pneumotórax recorrente costuma-se indicar também a colocação de dreno torácico, assim como é indicado para qualquer paciente com instabilidade clínica.