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Exantema Máculo-papular Após o Uso de Imatinib

 

 

Paciente de 26 anos de idade com diagnóstico de leucemia mieloide crônica chegou a fazer uso dehidroxiureia, sem boa resposta. Iniciou o uso de imatinib há 3 meses com resposta hematológica completa, mas apresentou as seguintes lesões cutâneas:

 

 

 

As lesões representam um exantema maculopapular associado à medicação imatinib. O leucograma realizado estava normal e o diagnóstico foi de reação exantematosa ao imatinib. As reações cutâneas são um dos efeitos adversos mais comuns de drogas ocorrendo em 1 a 15% dos tratamentos. A erupção cutânea relacionada com a droga é relatada para quase todos os medicamentos sujeitos à receita médica, normalmente em taxas superiores a 10 casos por 1.000 novos usuários. Essas reações podem variar de leves erupções assintomáticos até condições com risco de vida. Ocorrem em geral de 4 a 14 dias após a ingestãoo das medicações, mas muitas são idiossincráticas podendo ocorrer a qualquer momento e com qualquer dose. Os pacientes apresentam exantema maculopapular difuso e de distribuição simétrica composto de lesões roseadas que podem se aglutinar para formar placas. Embora as mucosas sejam geralmente poupadas, hiperemia sem formação de bolhas pode ocorrer nesses locais. O prurido é frequente, mas altamente variável, com o imatinib são descritas em alguns casos.

O tratamento é com a interrupção da medicação e anti-histamínicos e eventualmente glicocorticoides, considerando a importância do imatinib e sua eficácia no controle da leucemia mieloide crônica. Convém após 7 dias e avaliação com o imunologista, considerar o retorno da medicação, associando ou não medicação anti-histamínica. Em pacientes com exantema recorrente ou urticária, a terapia com dessensibilização do imatinib foi bem sucedida em uma série de caso de dez pacientes, o que é importante, pois a medicação é extremamente eficaz em pacientes com leucemia mieloide crônica.