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Avaliação de tromboembolismo pulmonar TEP

Quadro Clínico

Mulher de 68 anos, portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é internada por exacerbação de DPOC sem causa infecciosa aparente. Como não apresentava melhora clínica evidente, optou-se por complementar a investigação com tomografia de tórax, à qual pode ser vista na imagem 1.

 

 

Imagem 1 – Tomografia de tórax

 

Discussão

Podemos verificar, nesta tomografia, que há uma grande embolia pulmonar bilateral, muito mais evidente na artéria pulmonar direita.

Uma ótima pergunta que vem a seguir é: como estratificar e classificar esta paciente do ponto de vista prognóstico? A melhor forma de fazer isso é aplicar uma escala validada, no caso o Pulmonary embolism severity index (PESI). A pontuação PESI determina o risco de mortalidade e gravidade das complicações. Os itens da escala podem ser vistos na Tabela 1.

 

Tabela 1 – PESI

Item

Pontuação

Idade

(idade em pontos)

Sexo masculino

10

História de câncer

30

Insuficiência cardíaca

10

DPOC

10

FC = 110bpm

20

PAS < 100mmHg

30

FR = 30/min

20

Temperatura < 36OC

20

Alteração de nível de consciência

60

Saturação de oxigênio< 90%

20

 

A pontuação define a classe de risco e a mortalidade em 30 dias do paciente (Tabela 2).

 

Tabela 2 – Classe de Risco PES

Pontuação

Classe de Risco

Mortalidade em 30 dias

= 65

I

0 – 1,6%

66 – 85

II

1,7 – 3,5%

86 – 105

III

3,2 – 7,1%

106 – 125

IV

4,0 – 11,4%

>125

V

10,0 – 24,5%

 

 Bibliografia

1.             Aujesky D, Obrosky DS, Stone RA, et al. Derivation and validation of a prognostic model for pulmonary embolism. Am J RespirCrit Care Med 2005; 172:1041.

2.             Jiménez D, Aujesky D, Moores L, et al. Simplification of the pulmonary embolism severity index for prognostication in patients with acute symptomatic pulmonary embolism. Arch Intern Med 2010; 170:1383.