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Homem de 76 Anos de Idade com Déficit de Força e Hipertenso

Paciente de 76 anos de idade, do sexo masculino, antecedente de hipertensão arterial sistêmica (HAS) de difícil controle, em uso de enalapril, anlodipino, atenolol e espironolactona. Evoluiu com quadro de perda de força em hemicorpo E com afasia, chegou no OS com 12 horas de história. Na tomografia computadorizada (TC), conforme mostra a Figura 1, é visível a isquemia em território de artéria cerebral média à D; durante a internação, apresentou piora do nível de consciência. As Figuras 2 e 3 mostram a repetição do exame de imagem.

 

TC: tomografia computadorizada.

Figura 1 - TC.

 

TC: tomografia computadorizada.

Figura 2 - TC (repetição).

 

TC: tomografia computadorizada.

Figura 3 -TC (repetição).

 

Pode-se observar imagem hiperdensa em região parietal, compatível com transformação hemorrágica da lesão isquêmica. Essa complicação se manifesta em 8 a 10% dos casos de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, sobretudo em pacientes com HAS não controlada. Como a complicação ocorreu 1 semana após a instalação do quadro isquêmico e, nos quadros cerebrais hemorrágicos, é mais importante o controle pressórico, para não piorar a extensão da lesão, os alvos pressóricos devem ser modificados, com alvo de pressão arterial (PA) <140/90mmHg, incluindo todas as medidas de suporte como controle da glicemia, temperatura e uso de anticonvulsivantes caso houver convulsões.

Esse paciente usa múltiplas medicações para controle pressórico, sem controle adequado, incluindo espironolactona. Deve-se considerar a possibilidade de hipertensão secundária, particularmente hipertensão renovascular, que é comum nessa faixa etária por aterosclerose de artérias renais.