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Apêndice

Para facilitar o entendimento de certos medicamentos, colocamos aqui algumas definições de termos médicos ou exemplos de produtos.

 

AGONISTA

Droga ou substância que se liga e estimula receptores de células que são normalmente estimulados por substâncias que ocorrem naturalmente no organismo.

 

AGRANULOCITOSE

Condição que cursa com diminuição pronunciada do número de granulócitos (ver abaixo) e lesões na garganta, pele e gastrintestinais.

 

AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA

Agregação das plaquetas do sangue (em condições normais as plaquetas se agregam para que ocorra o processo de coagulação do sangue). Ocorrendo aumento acentuado da agregação, o sangue se coagula; ocorrendo diminuição acentuada da agregação, o sangue tem dificuldade de se coagular.

 

ÁLCOOL-DISSULFIRAM

Reações

Aceleração dos batimentos cardíacos; confusão mental; desmaio; dor de cabeça; dor no peito; fraqueza intensa; náusea; respiração dificultada; suores; tontura; vermelhidão na face; visão borrada; vômito. Podem também ocorrer ataques cardíacos, convulsões e perda da consciência. Em casos extremos pode haver morte. As reações álcool-dissulfiram dependem da dose do medicamento e da quantidade ingerida de álcool; elas podem perdurar 30 minutos ou horas.

 

ALIMENTOS RICOS EM TIRAMINA

Abacate; atum; aveia; bacon; banana; batata doce; carnes defumadas; carnes preparadas com amaciantes (tipo tender); cerveja; chocolate; coalhada; creme de leite; ervilhas; fava; feijão; fígado; figo em conserva; iogurte; leite desnatado em pó; licores; molho de soja; passas; queijos fortes; salames; trigo; vinho.

 

AMENORREIA

Ausência ou parada anormal da menstruação.

 

ANAFILAXIA

Reação do tipo alérgica, grave e potencialmente fatal (com coceiras, urticária, inchaços, choque e problemas respiratórios graves) desencadeada quando um indivíduo se expõe novamente a um produto que anteriormente já produziu no seu organismo elementos contrários (anticorpos) a esse produto.

 

ANAFILACTOIDE

Reação semelhante à reação anafilática (anafilaxia), só que acontece sem a exposição anterior ao produto; ocorre portanto logo na primeira exposição ao produto (cientificamente, embora igualmente grave, não é considerada reação alérgica clássica).

 

ANGIOEDEMA

É uma reação do tipo anafilática (reação de hipersensibilidade) que atinge a pele e os tecidos imediatamente abaixo dela e também os tecidos abaixo das mucosas; ocorrem inchaços e pode haver obstrução e dificuldade respiratórias.

 

ANTAGONISTA

Substância que anula a ação de outra; exemplo: uma droga que se liga ao receptor de uma célula e não desencadeia a resposta biológica esperada.

 

ANTAGONISTAS DE FOLATO

Ácido valpróico; fenobarbital; hidantoínas; divalproato de sódio; metotrexato; pirimetamina; sulfonamidas; triantereno; trimetoprima.

 

ANTICOLINÉRGICO

Medicamento que inibe as ações da acetilcolina, ou dos medicamentos colinérgicos.

 

ANTIDIURÉTICO

Diz-se do medicamento que diminui a diurese (diminui a secreção de urina).

 

ARRITMIA

Alteração nos batimentos do coração.

 

ATEROSCLEROSE

Depósito de gordura no interior da artéria.

 

BRADICARDIA

Diminuição dos batimentos do coração.

 

CICLOPLEGIA

Incapacidade de acomodação visual (paralisia de acomodação visual).

 

COLINÉRGICO

Medicamento que apresenta ações como as da acetilcolina.

 

COLITE PSEUDOMEMBRANOSA

Diarreia grave com placas de muco; pode ocorrer como uma reação adversa ao uso de antibióticos.

 

CORTICOSTEROIDES (ORAIS OU INTRAVENOSOS)

Tabela 1: Equivalência aproximada em mg

Cortisona

25

Hidrocortisona

20

Prednisona

5

Prednisolona

5

Triancinolona

4

Metilprednisolona

4

Dexametasona

0,75

Betametasona

0,75

 

CORTICOSTEROIDES INALATÓRIOS (ADULTOS)

Tabela 2: Equivalência aproximada em mcg

Dose baixa

Dose média

Dose alta

Beclometasona (dipropionato)

168-504

504-840

maior que 840

Budesonida (turbuhaler)

200-400

400-600

maior que 600

Flunisolida

500-1.000

1.000-2.000

maior que 2.000

Fluticasona

88-264

264-660

maior que 660

Triancinolona (acetonido)

400-1.000

1.000-2.000

maior que 2.000

 

CORTICOSTEROIDES INALATÓRIOS (CRIANÇAS)

Tabela 3: Equivalência aproximada em mcg

Dose baixa

Dose média

Dose alta

Beclometasona (dipropionato)

84-336

336-672

maior que 672

Budesonida (turbuhaler)

100-200

200-400

maior que 400

Flunisolida

500-750

1.000-1.250

maior que 1.250

Fluticasona

88-176

176-440

maior que 440

Triancinolona (acetonido)

400-800

800-1.200

maior que 1.200

 

CRISE HIPERTENSIVA

Aumento acentuado e perigoso da pressão arterial. Sintomas: dor acentuada no peito; forte dor de cabeça; rigidez ou dor no pescoço; pupilas dilatadas; batimentos cardíacos acelerados ou lentos; olhos com hipersensibilidade à luz; náusea ou vômito; suores.

 

DEPRESSÃO DA MEDULA ÓSSEA

Toxicidade previsível da medula óssea, relacionada à dose do medicamento (dependendo da dose, sabemos que ocorrerá depressão da medula óssea).

 

 

DEPRESSÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Condição que cursa com sonolência e diminuição dos reflexos.

 

DISCINESIA

Significa perturbação dos movimentos, uma diminuição ou distorção do movimento. Ex.: tics, espasmos, mioclonus (aqueles movimentos como “choques” musculares).

 

DISCINESIA TARDIA

Síndrome consistindo de movimentos incontrolados das pernas e braços e também estalos nos lábios, insuflação das bochechas, movimentos da língua, movimentos de mastigação. É mais comum em idosos ou indivíduos que receberam tratamento prolongado com medicamenros antipsicóticos (mas pode ocorrer em qualquer indivíduo). Em alguns casos pode ser irreversível.

 

DISCRASIA SANGUÍNEA

Toxicidade não previsível da medula óssea, não relacionada à dose do medicamento (geralmente acomete poucos indivíduos).

 

DISESTESIA

Perturbação de qualquer sentido, especialmente o tato.

 

DISGLICEMIA

Alteração da taxa de glicose no sangue, para mais (hiperglicemia) ou para menos (hipoglicemia).

 

DISTONIA

Movimentos distorcidos por uma desordem da tonicidade muscular (do tônus muscular). Alguns medicamentos provocam reações (também denominadas reações extrapiramidais distônicas) como: espasmos musculares na face, braços, pernas, pescoço e no corpo, fazendo com que o indivíduo adote posturas não comuns ou apresente expressões da face, como movimentos da língua para fora da boca, movimentos de contrações, ou tics; dificuldade para falar, respirar e engolir; movimentos de balanço do corpo e dificuldade para mover os olhos. Essas reações são mais comuns em adultos jovens, ocorrem particularmente com as fenotiazinas denominadas piperazinas e estão geralmente relacionadas à dose.

 

DIURESE

Significa secreção de urina.

 

DIURÉTICO

Produz diurese (secreção de urina).

 

ECA (ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA)

Enzima que altera uma substância denominada angiotensina.

 

EDEMA

Inchaço por retenção de líquidos.

 

ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (ECA)

Enzima que promove a transformação da angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II é um vasoconstritor.

 

ENZIMAS HEPÁTICAS (enzimas do fígado)

Elas tomam parte na metabolização (transformação para agir ou para ser eliminado) de muitos medicamentos. Quando estão aumentadas ou diminuídas, por conseguinte, podem alterar a forma como diversos medicamentos são metabolizados (podendo alterar a ação e/ou a eliminação do medicamento).

 

ESTIMULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Condição que cursa com aumento do estado de alerta, agitação e insônia.

 

EXTRAPIRAMIDAL

É uma designação funcional para uma parte do sistema nervoso que controla os movimentos e que não faz parte de uma outra área funcional denominada piramidal. Alguns medicamentos desencadeiam reações extrapiramidais (também denominadas reações extrapiramidais parkinsonianas porque esses sintomas também ocorrem na doença de Parkinson) como: dificuldade de falar; dificuldade de engolir; face com expressão de máscara; tremores e agitação das mãos e dedos; rigidez de braços e pernas; andar arrastado; perda do controle do balanço do corpo ao andar. Essas reações são mais comuns em idosos, ocorrem particularmente com as fenotiazinas denominadas piperazinas e estão geralmente relacionadas à dose.

 

FOLATO

Uma forma de ácido fólico (uma das vitaminas do complexo B).

 

GRANULÓCITOS

São os glóbulos brancos do sangue; eles contêm grânulos: neutrófilos, eosinófilos, basófilos.

 

HEPÁTICO

Relativo ao fígado.

 

HEPATOTÓXICO

Que causa toxicidade no fígado.

 

HEMOLÍTICO

Que causa hemólise, a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias).

 

HIPERCALCEMIA

Aumento do cálcio no sangue.

 

HIPERCALEMIA

Aumento do potássio no sangue (também chamada de hiperpotassemia).

 

HIPERFOSFATEMIA

Aumento do fosfato no sangue.

 

HIPERGLICEMIA

Aumento da glicose no sangue.

 

HIPERLIPIMIA (ou hiperlipidemia)

Aumento das taxas de lípides (gorduras) no sangue (colesterol, triglicérides).

 

HIPERLIPIDEMIA (ou hiperlipimia)

Aumento das taxas de lípides (gorduras) no sangue (colesterol, triglicérides).

 

HIPERMAGNESEMIA

Aumento do magnésio no sangue.

 

HIPERNATREMIA

Aumento do sódio no sangue.

 

HIPERPIREXIA

Febre extremamente alta.

 

HIPERPOTASSEMIA

Aumento do potássio no sangue (também chamada de hipercalemia).

 

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Aumento da pressão sanguínea.

 

HIPERTERMIA

Elevação da temperatura corporal.

 

HIPERTIREOIDISMO

Condição resultante da grande produção de hormônio tireoideano pela glândula tireoide. Sintomas: batimentos cardíacos acelerados; nervosismo; aumento da pressão arterial; apetite aumentado; perda de peso; diarreia; olhos inchados e vermelhos; olhos com sensibilidade à luz; fraqueza; dificuldades para dormir; olhar fixo; pele úmida; suores; tremores.

 

HIPERTONIA MUSCULAR

Aumento anormal do tônus muscular.

 

HIPOCALEMIA

Diminuição do potássio no sangue (também chamada de hipopotassemia)

 

HIPOFOSFATEMIA

Diminuição do fosfato no sangue.

 

HIPOGLICEMIA

Diminuição da glicose no sangue.

 

HIPOMAGNESEMIA

Diminuição do magnésio no sangue.

 

HIPOMANIA

Alterações do humor que se assemelham à mania (indivíduo sente, fala e age com excitação, sem poder se controlar), mas em menor intensidade.

 

HIPOPOTASSEMIA

Diminuição do potássio no sangue (também chamada de hipocalemia).

 

HIPONATREMIA

Diminuição do sódio no sangue.

 

HIPOTENSÃO

Queda da pressão arterial.

 

HIPOTENSÃO POSTURAL

Queda de pressão ao se mudar de posição (a pressão cai quando o indivíduo estando deitado, sentado ou abaixado, se levanta).

 

HIPOTERMIA

Queda da temperatura normal corporal.

 

HIPOTIREOIDISMO

Condição resultante da pequena produção de hormônio tireoideano pela glândula tireoide. Sintomas: pele seca e áspera; rouquidão; fala lenta; pulso lento; depressão mental; expressão facial de estupidez; ganho de peso; sensibilidade ao frio; inchaço na face e olhos (face edemaciada); inchaço no pescoço; constipação intestinal; perda de cabelos.

 

HIPOTONIA MUSCULAR

Diminuição ou perda do tônus muscular.

 

HIPOVOLEMIA

Diminuição do volume sanguíneo.

 

ICTERÍCIA

Cor amarelada nos olhos ou na pele, frequentemente por problema no fígado.

 

IMAO (INIBIDOR DA MONOAMINA-OXIDASE)

Produto que inibe a monoamina-oxidase. Inibindo a enzima monoamina-oxidase ocorre a diminuição da degradação das substâncias denominadas aminas, como: tiramina, serotonina, norepinefrina (noradrenalina), epinefrina (adrenalina) e dopamina.

 

INIBIDOR DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (INIBIDOR DA ECA)

Uma classe de produtos anti-hipertensivos que atuam inibindo essa enzima. Inibindo a ECA, diminui-se a transformação da angiotensina I em angiotensina II, que é um vasoconstritor. Exemplos de inibidores da ECA: benazepril; captopril; cilazapril; enalapril; fosinopril; lisinopril; perindopril; quinapril; ramipril; trandolapril.

 

INIBIDOR DA MONOAMINA OXIDASE (IMAO)

Produto que inibe a monoamina-oxidase. Inibindo a enzima monoamina-oxidase ocorre a diminuição da degradação das substâncias denominadas aminas, como: tiramina, serotonina, norepinefrina (noradrenalina), epinefrina (adrenalina) e dopamina.

 

INIBIDOR DA ECA (ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA)

Uma classe de produtos anti-hipertensivos que atuam inibindo essa enzima. Inibindo a ECA, diminui-se a transformação da angiotensina I em angiotensina II, que é um vasoconstritor. Exemplos de inibidores da ECA: benazepril; captopril; cilazapril; enalapril; fosinopril; lisinopril; perindopril; quinapril; ramipril; trandolapril.

 

INIBIDOR MODERADO DO CITOCROMO P-450, ISOENZIMA 3A4 (CYP3A4)

Aprepitanto, diltiazem, eritromicina, fluconazol,fosamprenavir, suco de toronja (grapefruit) ou verapamil.

 

INIBIDOR POTENTE DO CITOCROMO P-450, ISOENZIMA 3A4 (CYP3A4)

Atazanavir, cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir ou telitromicina.

 

LEUCOPENIA

Diminuição dos glóbulos brancos no sangue.

 

MANIA

Condição em que o indivíduo sente, fala e age com excitação, sem poder se controlar.

 

MAO (MONOAMINA-OXIDASE)

Enzima que degrada substâncias denominadas aminas, como: tiramina, serotonina, norepinefrina (noradrenalina), epinefrina (adrenalina) e dopamina.

 

MEDICAMENTOS ANTICOLINÉRGICOS

Inibem as ações da acetilcolina ou dos medicamentos denominados colinérgicos. Exemplos de anticolinérgicos: atropina; beladona; diciclomina; escopolamina; hiosciamina; homatropina; ipratrópio.

Medicamentos com outras indicações mas que também possuem ação anticolinérgica: antidepressivos IMAO (inibidores da monoamina-oxidase); antidepressivos tricíclicos; anti-histamínicos; biperideno; buclizina; carbamazepina; ciclobenzaprina; clozapina; digoxina; disopiramida; fenotiazinas; maprotilina; orfenadrina; oxibutinina; pimozida; procainamida; quinidina; tioxantenos; triexifenidila.

 

MEDICAMENTOS DEPRESSORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Alcaloides da rauwolfia; aminoglutetimida; analgésicos opioides (narcóticos); anestésicos gerais; anestésicos injetáveis locais; anticonvulsivantes; antidepressivos IMAO (inibidores da monoamina-oxidase); antidepressivos tricíclicos; antidiscinéticos (a maior parte); anti-histamínicos (a maior parte); azelastina; baclofeno; barbituratos; benzodiazepinas; betabloqueadores; escopolamina; buclizina; carbamazepina; clonidina; clozapina; difenoxilato e sulfato de atropina; dissulfiram; droperidol; etomidato; fenotiazinas; guanabenzo; haloperidol; hidroxizina; interferons alfa; sulfato de magnésio injetável; maprotilina; metildopa; metoclopramida; mirtazapina; mitotano; nefazodona; olanzapina; pimozida; procarbazina; prometazina; propofol; quetiapina; relaxantes musculares de ação central; risperidona; tioxantenos; trazodona; zolpidem.

Atenção: lembrar que também o álcool é depressor do sistema nervoso central.

 

MEDICAMENTOS ESTIMULADORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Amantadina; anfetaminas; anestésicos locais com vasoconstritores; anorexígenos (simpaticomiméticos); bupropiona; cafeína; fluorquinolonas; metilfenidato; selegilina; simpaticomiméticos; teofilina.

 

MEDICAMENTOS HEMOLÍTICOS

Causam hemólise, ou seja, destruição dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). Exemplos: ácido mefenâmico; antidiabéticos (sulfonilureias); furazolidona; metildopa; nitrofuranos; primaquina; procainamida; quinidina; quinina; sulfonamidas; sulfonas.

 

MEDICAMENTOS HEPATOTÓXICOS

Que causam toxicidade no fígado. Exemplos: ácido valpróico; acitretina; amiodarona; anabolizantes esteroides; androgênios; anti-inflamatórios não esteroides; asparaginase; carbamazepina; carmustina; cetoconazol oral; citarabina; compostos do ouro; dapsona; daunorrubicina; dissulfiram; divalproato de sódio; eritromicinas; estrogênios; fenitoína; fenotiazinas; ferro (em superdosagem); fluconazol; flutamida; halotano; inibidores da redutase HMG-CoA (Hidroxi-Metil-Glutaril Coenzima A) (fluvastatina; lovastatina; pravastatina; sinvastatina); inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina); isoniazida; itraconazol; mercaptopurina; metildopa; metotrexato; naltrexona; nevirapina; nilutamida; nitrofuranos; paracetamol; propiltiouracila; rifampicina; sulfametoxazol e trimetoprima; sulfonamidas; tacrina; tiamazol; tizanidina; tolcapona; tretinoína; vitamina A (superdosagem em uso prolongado); zidovudina.

Atenção: o álcool também causa toxicidade no fígado.

 

MEDICAMENTOS INIBIDORES DA AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA

Ácido acetilsalicílico; ácido valpróico; anti-inflamatórios não esteroides; clopidogrel; dextrano; dipiridamol; divalproato de sódio; pentoxifilina; ticarcilina; ticlopidina.

 

MEDICAMENTOS INDUTORES DE ENZIMAS HEPÁTICAS

Barbituratos; carbamazepina; efavirenz; fenilbutazona (também pode inibir); fenitoína; griseofulvina; nevirapina; primidona; rifampicina; também erva de São João.

Atenção: também o álcool em uso crônico pode induzir enzimas do fígado.

 

MEDICAMENTOS INIBIDORES DE ENZIMAS HEPÁTICAS

Ácido valpróico; alopurinol; anticoncepcionais orais contendo estrogênios; antidepressivos IMAO (inibidores da monoamina-oxidase); anfúngicos azólicos; cimetidina; claritromicina; cloranfenicol; diltiazem; dissulfiram; divalproato de sódio; efavirenz; eritromicinas; fenilbutazona (também pode induzir); fluorquinolonas; fluoxetina; fluvoxamina; indinavir; isoniazida; metoprolol; nefazodona; nelfinavir; omeprazol; paroxetina; propranolol; quinidina; ritonavir; saquinavir; sertralina; tamoxifeno; venlafaxina; verapamil; também suco de toronja (grapefruit).

 

MEDICAMENTOS NEFROTÓXICOS

Causam toxicidade para os rins (toxicidade renal). Exemplos: aciclovir injetável; aminoglicosídeos injetáveis; anfotericina B injetável; anti-inflamatórios não esteroides; carmustina; ciclosporina; ciprofloxacino; cisplatina; compostos do ouro; deferoxamina em uso prolongado; edetato dissódico; ifosfamida; lítio; metotrexato em doses altas; neomicina oral; pamidronato; paracetamol em altas doses; penicilamina; polimixina injetável; rifampicina; salicilatos; sulfametoxazol e trimetoprima; sulfonamidas; tetraciclinas (exceto a doxiciclina e a minociclina); tretinoína; vancomicina injetável.

 

MEDICAMENTOS NEUROTÓXICOS

Que causam toxicidade para o tecido nervoso. Exemplos: aminoglicosídeos injetáveis; hidantoína; asparaginase; carbamazepina; carboplatina; ciclosporina; ciprofloxacino; cisplatina; citarabina; cloranfenicol; cloroquina; didanosina; dissulfiram; docetaxel; estavudina; etambutol; hidroxicloroquina; imipenem; interferons alfa; isoniazida; lincomicinas; lítio; metotrexato intratecal; metronidazol; mexiletina; nitrofurantoína; oxaminiquina; penicilinas injetáveis; polimixina injetável; vitamina B6 em uso prolongado; quinidina; quinina; tetraciclinas; vincristina; zalcitabina.

 

MEDICAMENTOS OTOTÓXICOS

Causam toxicidade para os ouvidos. Exemplos: aminoglicosídeos injetáveis; anti-inflamatórios não esteroides; bumetanida injetável; carboplatina; cloroquina; cisplatina; deferoxamina (em altas doses e uso prolongado); eritromicinas (em altas doses quando há diminuição da função renal); furosemida; hidroxicloroquina; quinidina; quinina; salicilatos; tobramicina; vancomicina injetável.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM DEPRESSÃO DA MEDULA ÓSSEA

Anfotericina B; azatioprina; bussulfano; carboplatina; carmustina; ciclofosfamida; cisplatina; citarabina; cladribina; cloranfenicol; clorambucil; clozapina; colchicina; daunorrubicina; didanosina; docetaxel; doxorrubicina; etoposídeo; flucitosina; fluorouracila; hidroxiuréia; idarrubicina; ifosfamida; inteferons alfa; lomustina; melfalano; mercaptopurina; metotrexato; mitomicina; mitoxantrona; paclitaxel; procarbazina; teniposídeo; tioguanina; vimblastina; vincristina; zidovudina.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM DISCRASIA SANGUÍNEA

Ácido valpróico; antidepressivos tricíclicos; antidiabéticos (sulfonilureias); anti-inflamatórios não esteroides; antitireoideanos; carbamazepina; clozapina; cloranfenicol; compostos do ouro; dapsona; divalproato de sódio; fenotiazinas; inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina); hidantoína; levamisol; maprotilina; mirtazapina; penicilamina; pimozida; pirimetamina; primaquina; primidona; procainamida; propafenona; rifampicina; sulfasalazina; sulfametoxazol e trimetoprima; sulfonamidas; ticlopidina; tioxantenos; trimetoprima.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM HIPERCALEMIA (aumento do potássio no sangue)

Inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina); anti-inflamatórios não esteroides; ciclosporina; digitálicos (em superdosagem); diuréticos poupadores de potássio; heparina; penicilinas e outros medicamentos contendo potássio; succinilcolina.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM HIPOCALEMIA (diminuição do potássio no sangue)

Anfotericina B; bicarbonato de sódio; broncodilatadores adrenérgicos beta 2-seletivos (fenoterol; salbutamol; salmeterol; terbutalina); carbenicilina injetável; inibidores da anidrase carbônica; corticosteroides; diuréticos de alça; diuréticos tiazídicos; edetato dissódico (uso prolongado); indapamida; insulinas; laxativos (uso prolongado); manitol; salicilatos; ticarcilina; ticarcilina e clavulanato. Obs.: o álcool também causa diminuição do potássio no sangue.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM HIPOTENSÃO ARTERIAL (queda da pressão arterial)

Amantadina; analgésicos opioides; anestésicos gerais; antidepressivos IMAO (inibidores da monoamina-oxidase); antidepressivos tricíclicos; anti-hipertensivos; benzodiazepínicos (na pré-anestesia); betabloqueadores; bloqueadores do canal de cálcio; brimonidina; bromocriptina; cálcio injetável; carbidopa+levodopa; clozapina; deferoxamina (em doses altas por via intravenosa); diuréticos; droperidol; edetato dissódico; fenotiazinas; haloperidol; hidralazina; inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina); levodopa; lidocaína injetável; sulfato de magnésio injetável; mirtazapina; nefazodona; nitratos; olanzapina; paclitaxel; pentoxifilina; pimozida; procainamida; propofol; protamina; quetiapina; quinidina; risperidona; tioxantenos; trombolíticos; tizanidina; tolcapona.

Obs.: o álcool também causa hipotensão.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM HIPOTERMIA (diminuição da temperatura normal corporal)

Analgésicos opioides em altas doses; anestésicos gerais; barbituratos; betabloqueadores; bloqueadoresalfa-adrenérgicos; clonidina; insulina; minoxidil oral; vasodilatadores.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM LIBERAÇÃO DE HISTAMINA

Atracúrio; vancomicina.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM METEMOGLOBINEMIA (aumento no sangue de um tipo de hemoglobina denominada metemoglobina)

Alcatrão de hulha; azul de metileno em altas doses; benzocaína; cloroquina; dapsona; fenobarbital; flutamida; lidocaína; nitratos; nitrofurantoína; nitroglicerina; nitroprusseto; paracetamol; prilocaína; primaquina; quinina; sulfonamidas; tiopental.

 

MEDICAMENTOS QUE CAUSAM REAÇÕES EXTRAPIRAMIDAIS

Alcaloides da raulwolfia; droperidol; fenotiazinas; haloperidol; metoclopramida; olanzapina; pimozida; risperidona; tacrina; tioxantenos.

 

MEDICAMENTOS QUE PROLONGAM O INTERVALO QT NO ELETROCARDIOGRAMA (podem aumentar o risco de arritmias cardíacas)

Astemizol; cisaprida; disopiramida; eritromicina; fenotiazinas; pimozida; probucol; procainamida; quinidina.

 

MEDICAMENTOS SEROTONINÉRGICOS (estimulam as ações da serotonina ou desencadeiam ações semelhantes às da serotonina)

Amitriptilina; bromocriptina; buspirona; dextrometorfano; citalopram; clomipramina; fluoxetina; fluvoxamina; IMAO (inibidores da monoamina-oxidase, incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina); imipramina; levodopa; lítio; meperidina; naratriptano; nefazodona; paroxetina; sertralina; sibutramina; sumatriptano; tramadol; trazodona; venlafaxina.

 

METEMOGLOBINEMIA

Aumento no sangue de um tipo de hemoglobina denominada metemoglobina. A metemoglobina está presente em pequenas quantidades no sangue, mas quando em quantidades aumentadas causa problemas de saúde (porque esse tipo de hemoglobina não serve para transportar o oxigênio).

 

MIDRÍASE

Dilatação da pupila.

 

MIDRIÁTICO

Que causa midríase; que faz a pupila dilatar.

 

MIOSE

Contração da pupila.

 

MIÓTICO

Que causa miose; que faz a pupila contrair.

 

MONOAMINA-OXIDASE (MAO)

Enzima que degrada substâncias denominadas aminas, como: tiramina, serotonina, norepinefrina (noradrenalina), epinefrina (adrenalina) e dopamina.

 

NECRÓLISE

Esfoliação ou separação de um tecido (por exemplo a pele) devida à necrose.

 

NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (também chamada doença ou síndrome de Lyell)

Reação grave, com necrose e exfoliação da pele, geralmente causada por medicamento (mas pode ser também por infecção, ou outras doenças).

 

NEFROTÓXICO

Que causa toxicidade para os rins (toxicidade renal).

 

NEUROLÉPTICO

Termo utilizado para designar os medicamentos antipsicóticos.

 

NEUROTÓXICO

Que causa toxicidade para o tecido nervoso.

 

NEUTROPENIA

Diminuição dos neutrófilos no sangue.

 

OTOTÓXICO

Que causa toxicidade para os ouvidos.

 

PARESTESIA

Sensação anormal de queimação, formigamento ou agulhadas ao toque.

 

RABDOMIÓLISE

Condição em que o músculo sofre desintegração ou dissolução; a urina elimina uma proteína denominada mioglobina.

 

REAÇÃO ANAFILÁTICA (ANAFILAXIA)

Reação do tipo alérgico, grave e potencialmente fatal (com coceiras, urticária, inchaços, choque e problemas respiratórios graves) desencadeada quando um indivíduo se expõe novamente a um produto que já desencadeara anteriormente no seu organismo elementos contrários (anticorpos) a esse produto.

 

REAÇÃO ANAFILACTOIDE

Reação semelhante à reação anafilática, mas que acontece sem a exposição anterior ao produto; ocorre portanto logo na primeira exposição ao produto (cientificamente, embora igualmente grave, não é considerada reação alérgica clássica).

 

REAÇÕES ÁLCOOL-DISSULFIRAM (sintomas)

Aceleração dos batimentos cardíacos; confusão mental; desmaio; dor de cabeça; dor no peito; fraqueza intensa; náusea; respiração difícil; suores; tontura; vermelhidão na face; visão borrada; vômito. Às vezes: ataques cardíacos; convulsões; perda da consciência. Em casos extremos pode haver morte. As reações álcool-dissulfiram dependem da dose do medicamento e da quantidade ingerida de álcool; podem perdurar 30 minutos ou horas.

 

REAÇÕES DISTÔNICAS PRODUZIDAS POR ALGUNS MEDICAMENTOS (também denominadas reações extrapiramidais distônicas)

Espasmos musculares na face, braços, pernas, pescoço, no corpo, fazendo com que o indivíduo adote posturas corporais não comuns ou expressões da face, com movimentos da língua para fora da boca, movimentos de contrações, ou tics; dificuldade para falar, respirar e engolir; movimentos de balanço do corpo e dificuldade para mover os olhos. Essas reações são mais comuns em adultos jovens, ocorrem particularmente com as fenotiazinas denominadas piperazinas e estão geralmente relacionadas à dose.

 

REAÇÕES EXTRAPIRAMIDAIS PRODUZIDAS POR ALGUNS MEDICAMENTOS (também denominadas reações extrapiramidais parkinsonianas, porque na doença de Parkinson também ocorrem esses sintomas)

Dificuldade de falar; dificuldade de engolir; face com expressão de máscara; tremores e agitação das mãos e dedos; rigidez de braços e pernas; andar arrastado; perda do controle do balanço do corpo ao andar. Essas reações são mais comuns em idosos, ocorrem particularmente com as fenotiazinas denominadas piperazinas e estão geralmente relacionadas à dose.

 

RENAL

Relativo ao rim (rins).

 

SEROTONINA

Uma substância existente no organismo e que serve como transmissor de mensagens no sistema nervoso (neurotransmissor).

 

SEROTONINÉRGICO

Diz-se do medicamento que estimula (ativa) as ações da serotonina ou que desencadeia ações semelhantes às da serotonina.

 

SIMPATICOMIMÉTICO

Medicamento que imita a estimulação do sistema nervoso simpático (adrenérgico); medicamento que possui ações semelhantes à epinefrina (adrenalina) ou norepinefrina (noradrenalina).

 

SÍNDROME

É um conjunto de sintomas (aquilo que se sente) e sinais ( aquilo que se vê) que definem uma doença.

 

SÍNDROME DE REYE

Síndrome rara, mas potencialmente fatal, que geralmente ocorre em crianças após doença infecciosa viral respiratória ou varicela; ocorrem alterações graves no fígado e outros órgãos, inclusive cérebro, com vômitos, agitação e depois letargia que pode culminar em coma e aumento da pressão intracraniana.

 

SÍNDROME DO HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO INAPROPRIADO

Condição adversa que pode acontecer raramente com o emprego de alguns medicamentos (por exemplo com a fluvoxamina). Cursa com dificuldade de urinar; fraqueza; espasmos musculares; irritabilidade.

 

SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA:

Um conjunto de reações adversas que pode acontecer raramente com o uso dos denominados neurolépticos (antipsicóticos), particularmente com os antipsicóticos fenotiazínicos. O indivíduo apresenta: salivação; batimentos cardíacos rápidos; febre; pressão arterial irregular (alta ou baixa); dificuldade para respirar ou respiração acelerada; diminuição da consciência (de confusão mental a coma); suores; rigidez muscular; perda do controle da bexiga; tremores ou abalos; dificuldade para falar ou para engolir.

 

SÍNDROME SEROTONINÉRGICA (síndrome serotonínica)

Síndrome rara, mas potencialmente fatal. Geralmente se manifesta horas ou dias após aumentos de doses de um medicamento denominado serotoninérgico, ou quando se associam dois medicamentos serotoninérgicos. Sintomas: agitação; diarreia; febre; suores; mudanças de humor ou comportamento; reflexos rápidos; batimentos cardíacos acelerados; incapacidade de permanecer quieto; tremores ou abalos musculares. Podem ainda ocorrer: arritmias cardíacas; coma; coagulação intravascular disseminada; hipertensão ou hipotensão; insuficiência renal; insuficiência respiratória; convulsões; hipertermia (aumento da temperatura) grave.

 

SUPERFÍCIE CORPORAL (cálculo da)

A superfície corporal é dada em termos de metros quadrados (m2), e calculada a partir da altura e peso do paciente.

m2 de superfície corporal = a raiz quadrada do que se obtiver: multiplicando a altura em centímetros (cm) pelo peso em quilogramas (kg), dividido por 3.600.

 

TALASSEMIA

Distúrbio no metabolismo da hemoglobina.

 

TAQUICARDIA

Aumento dos batimentos do coração.

 

TIRAMINA

ver ALIMENTOS RICOS EM TIRAMINA.

 

TROMBOCITOPENIA

Diminuição das plaquetas no sangue; também chamada plaquetopenia.

 

URTICÁRIA

Erupção na pele, com coceira.