Lupron depot

LUPRON DEPOT com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LUPRON DEPOT têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LUPRON DEPOT devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

abbott

Apresentação LUPRON DEPOT

LUPRON DEPOT 22,5 MG: Cada caixa contém 1 fr.-ampola de dose única, c/ 22,5 mg de acetato de leuprolida em microesferas liofilizadas para administração intramuscular, 1 ampola de diluente, 1 seringa e 2 agulhas. Lista no M356.

LUPRON DEPOT – Indicações

LUPRON DEPOT® (acetato de leuprolida) 22,5 mg está indicado no tratamento paliativo da neoplasia avançada da próstata, oferecendo uma alternativa ao tratamento quando igualmente a orquiectomia ou estrogenoterapia não forem indicadas ou aceitáveis para o paciente. Nos estudos clínicos realizados, a segurança e eficácia do LUPRON DEPOT® (acetato de leuprolida) 22,5 mg em uso trimestral não diferem daquelas obtidas com o uso diário da injeção subcutânea e das apresentações de suspensão em depósito de uso mensal.

Contra indicações de LUPRON DEPOT

LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) é contra-indicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade ao acetato de leuprolida ou a nonapeptídeos similares ou a qualquer um de seus excipientes. Reação anafilática ao GnRH sintético tem sido relatada na literatura médica. É também contra-indicado em mulheres grávidas ou que possam engravidar durante o tratamento.

Advertências

Gerais: Pacientes com lesões vertebrais metastáticas e/ou obstrução do trato urinário devem ser observados atentamente nas primeiras semanas de tratamento. Neoplasia de próstata: casos isolados de piora dos sinais e sintomas durante as primeiras semanas de tratamento com acetato de leuprolida suspensão de depósito foram relatados. Um pequeno número de pacientes pode relatar aumento temporário na dor óssea. Assim como com outros agonistas do LH-RH, casos isolados de obstrução uretral e compressão da medula espinal foram observados, o que pode contribuir para paralisias, com ou sem complicações fatais. Nos pacientes sob risco, deve-se iniciar a terapêutica com LUPRON® (acetato de leuprolida) – apresentações para uso subcutâneo diário, nas primeiras duas semanas, para facilitar a interrupção do tratamento, caso isso seja necessário. Densidade mineral óssea: durante o tratamento podem ocorrer alterações da densidade mineral óssea. A perda de massa óssea pode ser reversível após a suspensão do tratamento com LUPRON DEPOT? (acetato de leuprolida). Exames laboratoriais: a resposta ao acetato de leuprolida deve ser monitorada pela avaliação dos níveis plasmáticos de testosterona, assim como do antígeno prostático específico. Na maioria dos pacientes, os níveis de testosterona se elevam acima dos valores basais na primeira semana de tratamento, retornando a esses valores ou abaixo deles no final da segunda semana. Níveis de castração são alcançados dentro de 2 a 4 semanas e, uma vez obtidos, são mantidos pelo tempo que o paciente utilizar o fármaco. Carcinogênese, mutagênese, prejuízo da fertilidade, teratogênese: foi realizado um estudo de carcinogenicidade de dois anos em ratos e camundongos. Em ratos, foi notada uma incidência dose-relacionada de hiperplasia hipofisária e adenomas hipofisários benignos, quando o medicamento foi administrado subcutaneamente por 24 meses, em altas doses diárias (0,6 a 4 mg/kg). Houve um significante aumento de adenomas de ilhotas pancreáticas nas fêmeas e de adenomas de células intersticiais testiculares nos machos, mas sem relação com a dose (incidência maior em grupos com baixas doses). Em camundongos não foi observada qualquer anormalidade hipofisária em doses tão altas quanto 60 mg/kg, por 2 anos. Pacientes foram tratados com leuprolida durante até 3 anos com doses tão altas quanto 10 mg/dia e por 2 anos com doses tão altas quanto 20 mg/dia. Sinais clínicos de anormalidade hipofisária não foram observados em quaisquer desses pacientes. Estudos de mutagenicidade foram realizados com acetato de leuprolida em sistemas bacterianos e de mamíferos. Tais estudos não mostraram evidências de um potencial mutagênico para esse fármaco. Estudos clínicos e farmacológicos em adultos, com análogo similar ou com o acetato de leuprolida, mostraram completa reversão da supressão da fertilidade quando o medicamento foi interrompido após administração contínua por períodos de até 24 semanas.

Interações medicamentosas de LUPRON DEPOT

Não foram realizados estudos específicos sobre interação do acetato de leuprolida com outras substâncias. Entretanto, considerando que a leuprolida é um peptídeo principalmente metabolizado pela peptidase e não pelas enzimas do citocromo P450, conforme observado em estudos específicos, e que a substância é apenas cerca de 46% ligada às proteínas plasmáticas, não são esperadas interações medicamentosas. Alterações em exames laboratoriais durante o tratamento A administração de acetato de leuprolida em suspensão de depósito em mulheres resulta na supressão do sistema hipofisário-gonadal. A função normal geralmente é recuperada em até 3 meses após a descontinuação do tratamento. Portanto, os exames de diagnóstico da função hipofisária gonadotrófica e gonadal realizados durante o tratamento até 3 meses após a descontinuação do produto podem não ser conclusivos.

Reações adversas / efeitos colaterais de LUPRON DEPOT

Na maioria dos pacientes, os níveis de testosterona aumentaram acima dos valores basais durante a primeira semana, diminuindo depois disso aos níveis basais ou inferiores, no final da segunda semana de tratamento. Esse aumento transitório nos níveis hormonais foi ocasionalmente associado com uma piora temporária dos sinais e sintomas. Atenção especial deve ser dedicada aos pacientes com metástases vertebrais e/ou obstrução urinária ou hematúria, pois um potencial agravamento dos sinais e sintomas no início do tratamento pode acarretar problemas neurológicos, tais como fraqueza e/ou parestesia dos membros inferiores ou piora dos sintomas urinários. Em estudos clínicos, as seguintes reações adversas ocorreram em 5% ou mais dos pacientes que receberam LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) (foram reunidas as reações consideradas como possível ou provavelmente relacionadas com o uso da medicação): Geral: Astenia, dor generalizada, cefaléia, reação no local da injeção. Sistema cardiovascular: Fogachos*, sudorese*. Sistema gastrointestinal: Alterações gastrointestinais. Sistema musculoesquelético: Alterações articulares. Sistema nervoso central/periférico: Tonturas, vertigens, insônia, alterações do sono, alterações neuromusculares. Sistema respiratório: Alterações respiratórias. Sistema tegumentar: Reações da pele. Sistema urogenital: Atrofia testicular, alterações urinárias. Laboratório: Anormalidades de certos parâmetros laboratoriais foram observadas, embora sejam de difícil avaliação neste grupo de pacientes. Foram registrados aumento de uréia, hiperglicemia, hiperlipidemia (colesterol total, LDL-colesterol, triglicérides), hiperfosfatemia, testes anormais de função hepática, aumento do TP e TTP, diminuição de plaquetas, diminuição de potássio, aumento de glóbulos brancos. Nesses mesmos estudos, as seguintes reações adversas foram relatadas em menos de 5% dos pacientes (foram reunidas as reações consideradas como possível ou provavelmente relacionadas com o uso da medicação): Geral: Aumento abdominal, febre. Sistema cardiovascular: Hipertensão, hipotensão, arritmia, bradicardia, insuficiência cardíaca, varizes. Sistema gastrointestinal: Anorexia, úlcera duodenal, aumento do apetite, sede e boca seca. Sistema sangüíneo e linfático: Anemia, linfedema. Alterações metabólicas e nutricionais: Desidratação, edema. Sistema nervoso central/periférico: Ansiedade, desilusão, depressão, hiperestesia, diminuição da libido*, nervosismo, parestesia. Sistema respiratório: Epistaxes, faringites, derrame pleural, pneumonia. Órgãos dos sentidos: Visão anormal, ambliopia, olhos secos, tinnitus. Sistema urogenital: Ginecomastia*, impotência*, alterações penianas, alterações testiculares. Reações adversas adicionais foram relatadas em outros estudos clínicos e em registros de farmacovigilância pós-comercialização: Sistema cardiovascular: Hipotensão, alterações no ECG/isquemia, infarto do miocárdio, murmúrio, flebite/trombose, embolia pulmonar, episódio isquêmico transitório. Sistema gastrointestinal: Constipação, disfagia, distúrbios e sangramento gastrointestinais, disfunção hepática, úlcera péptica, pólipos retais. Sistema respiratório: Tosse, atrito pleural, fibrose pulmonar, infiltrado pulmonar, alterações respiratórias, congestão sinusal. Sistema endócrino: Sensibilidade ou dor no peito (mama), aumento da libido, aumento da tireóide. Sistema sangüíneo e linfático: Diminuição de glóbulos brancos. Sistema musculoesquelético: Sintomas similares aos de tenossinovite, espondilite anquilosante, dores articulares, fibrose pélvica. Sistema nervoso central/periférico: Neuropatia periférica, fraturas/paralisia espinhal, visão borrada, tontura, alterações auditivas e do paladar, letargia, desordens de memória, oscilações de humor, entorpecimento, síncope/perda de consciência. Sistema tegumentar: Exantema, urticária, reações de fotossensibilidade, carcinoma de pele/orelha, pele seca, equimoses, perda de cabelos, prurido, pigmentação e lesões de pele. Sistema urogenital: Dor prostática, espasmos de bexiga, incontinência, aumento de volume peniano, obstrução urinária, infecção do trato urinário. Laboratório: Aumento de cálcio e de ácido úrico, hipoproteinemia, aumento de uréia e de creatinina. Miscelânea: Reações no local da injeção, incluindo dor, inflamação, abscesso estéril, enduração e hematoma, hipoglicemia, depressão, infecção/inflamação, alterações oftalmológicas, tumorações (osso temporal) e casos isolados de anafilaxia (* Efeitos fisiológicos da diminuição da testosterona).

LUPRON DEPOT – Posologia

LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) deve ser administrado sob supervisão do médico assistente. A posologia recomendada de LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) é de uma injeção a cada 3 meses pelo tempo determinado pelo médico. Devido às diferentes características de liberação, o fracionamento da apresentação de LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) não é equivalente para as mesmas doses das apresentações de Lupron depot 3,75 mg e Lupron depot 7,5 mg e, portanto, não deve ser realizado. LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) é apresentado em microesferas liofilizadas, devendo ser previamente reconstituído por meio de adição de diluente, para administração a cada 3 meses através de dose única intramuscular. As recomendações para a reconstituição de LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) são as seguintes: 1. Usando a seringa com uma das agulhas calibre 22, retirar 1,5 ml de diluente da ampola (qualquer quantidade remanescente de diluente deve ser desprezada). 2. Após retirar a tampa externa de proteção do frasco, injetar o diluente dentro do mesmo. 3. Agitar bem o frasco até a obtenção de uma suspensão uniforme. A suspensão pode ter uma aparência leitosa. 4. Imediatamente após a reconstituição, retirar o conteúdo total do frasco através das mesmas seringa e agulha. Fazer a assepsia do local da injeção e injetar o medicamento por via intramuscular, utilizando a segunda agulha incluída na embalagem. Embora a potência da suspensão reconstituída de LUPRON DEPOT 22,5 MG (acetato de leuprolida) tenha mostrado ser estável por 24 horas, deve ser descartada se não for usada imediatamente, visto que o produto não contém preservativos. Seguindo a mesma orientação para outras drogas administradas por injeção, os locais de aplicação devem ser variados periodicamente.

Super dosagem

Informação não disponível para esta bula.

Caracteristicas farmalogicas

Descrição: O acetato de leuprolida, substância ativa do medicamento LUPRON DEPOT® (acetato de leuprolida) 22,5 mg, é um nonapeptídeo sintético análogo do hormônio liberador da gonadotrofina natural (GnRH ou LH-RH). Possui maior potência que o hormônio natural, atua como um inibidor da produção de gonadotrofina e é quimicamente distinto dos esteróides. O acetato de leuprolida em LUPRON DEPOT® (acetato de leuprolida) 22,5 mg é apresentado como microesferas liofilizadas estéreis que, quando misturadas com o diluente, tornam-se uma suspensão para uso intramuscular a cada 3 meses. O acetato de leuprolida não é ativo quando administrado por via oral. Farmacodinâmica: O acetato de leuprolida – um agonista Gn-RH – age como um potente inibidor da secreção de gonadotrofina, quando administrado continuamente e em doses terapêuticas. Os estudos em animais e em humanos indicam que, seguindo-se a uma estimulação inicial, a administração crônica de acetato de leuprolida resulta em suspensão da esteroidogênese ovariana e testicular. Esse efeito é reversível com a descontinuação da terapêutica. A administração de acetato de leuprolida resultou na inibição de crescimento de tumores hormônio-dependentes (tumores prostáticos em ratos machos das espécies Noble e Dunning e tumores mamários DMBA-induzidos em ratas), assim como em atrofia de órgãos reprodutivos. Em humanos, a administração de acetato de leuprolida resulta num aumento inicial dos níveis circulantes do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículoestimulante (FSH), conduzindo a um transitório aumento dos níveis dos esteróides gonadais (testosterona e diidrotestosterona em homens; e estrona e estradiol em mulheres na pré-menopausa). Contudo, a administração contínua do acetato de leuprolida, nas doses recomendadas, resulta em diminuição dos níveis de LH, FSH e esteróides sexuais. Em homens, a testosterona é reduzida aos níveis de castração. Em mulheres na pré-menopausa, os estrógenos são reduzidos aos níveis pós-menopausa. A redução dos níveis desses hormônios ocorre dentro de um mês após o início do tratamento. Farmacocinética: Absorção: nível sérico máximo de 48,9 ng/mL foi observado 4 horas após uma única injeção da apresentação de LUPRON DEPOT® (acetato de leuprolida) 22,5 mg. Este nível declinou para 0,67 ng/mL em 12 semanas. A taxa de liberação do acetato de leuprolida estabiliza-se durante as 3 primeiras semanas, mantendo estável a sua concentração sérica por 12 semanas. Níveis de leuprolida foram verificados nas medições realizadas em todos os pacientes. O pico inicial é seguido de um declínio até atingir o estado de equilíbrio, similarmente à liberação verificada na formulação de administração mensal. Distribuição: o volume de distribuição da leuprolida, no estado de equilíbrio, após administração intravenosa, em bolus, em voluntários sadios do sexo masculino foi de 27 litros. A ligação às proteínas plasmáticas humanas in vitro variou de 43% a 49%. Metabolismo: em voluntários sadios do sexo masculino, uma injeção em bolus de 1 mg de leuprolida por via intravenosa, revelou que a depuração sistêmica média foi de 7,6 L/h, com meia-vida de eliminação final de aproximadamente três horas, com base em um modelo de dois compartimentos. Estudos em animais mostraram que a leuprolida marcada com C14 foi metabolizada em peptídeos menores inativos, um pentapeptídeo (Metabólito I), tripeptídeos (Metabólitos II e III) e um dipeptídeo (Metabólito IV). Esses fragmentos podem ser metabolizados posteriormente. As concentrações plasmáticas do principal metabólito (M-I) avaliadas em cinco pacientes com câncer de próstata que receberam acetato de leuprolida em suspensão de depósito (LUPRON DEPOT?), atingiram a concentração máxima em duas a seis horas depois da administração e foram aproximadamente 6% da concentração de pico da substância-mãe. Uma semana depois da administração, as concentrações plasmáticas médias de M-I foram aproximadamente 20% das concentrações médias da leuprolida. Eliminação: após a administração de 3,75 mg do acetato de leuprolida em suspensão de depósito a três pacientes, menos de 5% da dose administrada foi recuperada sob a forma de substância-mãe e metabólito M-I na urina em 27 dias. Populações especiais: a farmacocinética do acetato de leuprolida não foi determinada em pacientes com insuficiência hepática ou insuficiência renal. O crescimento e a função da próstata são dependentes de hormônio masculino, a testosterona. A obtenção de um estado de privação androgênica é o objetivo primordial do tratamento da neoplasia avançada da próstata. Em homens, a administração contínua do acetato de leuprolida resulta na diminuição da testosterona para níveis pré-puberais ou similares àqueles obtidos com a castração cirúrgica.

Resultados de eficacia

O acetato de leuprolida, substância ativa do medicamento LUPRON DEPOT? (acetato de leuprolida), é um hormônio sintético que age diminuindo a produção do hormônio gonadotrofina pelo corpo. Essa diminuição bloqueia a produção hormonal dos ovários e dos testículos. Esse bloqueio deixa de existir se o medicamento for descontinuado. O uso do acetato de leuprolida impede o desenvolvimento de alguns tumores dependentes de hormônios, como, por exemplo, alguns tipos de tumores de próstata.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em idosos: não há recomendações especiais para esta faixa etária. Uso em crianças e lactentes: Não há justificativa, pelos conhecimentos atuais, para uso desta apresentação em crianças e lactentes.

Armazenagem

LUPRON DEPOT? (acetato de leuprolida) 22,5 mg e sua respectiva ampola diluente devem ser armazenados em temperatura ambiente (15-30ºC) e protegidos da luz. Não congelar. Manter o produto na embalagem até seu uso. Se armazenado nas condições indicadas, este medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade de 24 meses, a partir da data de fabricação impressa na embalagem externa.

Dizeres legais

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LUPRON DEPOT – Bula para o paciente

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Data da bula

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