Videx ec

VIDEX EC com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VIDEX EC têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VIDEX EC devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

bristol

Apresentação VIDEX EC

VIDEX EC (didanosina) é apresentado na forma farmacêutica de cápsula gelatinosa dura contendo grânulos com revestimento gastroresistente de liberação retardada nas concentrações de 250 mg ou 400 mg em frascos contendo 30 cápsulas.

VIDEX EC – Indicações

VIDEX EC é indicado em combinação com outros agentes antirretrovirais no tratamento da infecção do HIV1.
1CID Z21: Estado de infecção assintomática pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
2CID B24: Doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) não especificada.

Contra indicações de VIDEX EC

VIDEX EC é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade clinicamente significativa à didanosina ou a qualquer dos componentes das formulações.
A co-administração de VIDEX EC com estavudina é contraindicada devido ao potencial de eventos graves e / ou com risco de vida, especialmente como: acidose láctica, anomalias da função hepática, pancreatite e neuropatia periférica.

Advertências

Avisos e precauções específicas para classe de drogas
Os análogos de nucleos (t) ide podem afetar a função mitocondrial em um grau variável, que é mais pronunciado com estavudina, VIDEX EC e zidovudina.
A terapia com VIDEX EC está associada a vários efeitos colaterais graves, tais como acidose láctica, lipoatrofia e polineuropatia, para os quais um potencial mecanismo subjacente é a toxicidade mitocondrial.

Acidose Lática /Hepatomegalia grave com esteatose
Acidose lática e hepatomegalia grave com esteatose, incluindo casos fatais, foram relatados com o uso de análogos de nucleosídeos de forma isolada ou em combinação, incluindo didanosina e outros agentes antirretrovirais. A maioria dos casos foi relatada em mulheres. A obesidade e a exposição prolongada ao nucleosídeo podem ser fatores de risco. Foram relatados casos fatais de acidose lática em mulheres grávidas que receberam a combinação de didanosina e estavudina com outros agentes antirretrovirais. (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Gravidez). VIDEX EC deve ser administrado com cautela em pacientes com risco conhecido de doença hepática, no entanto também foram relatados casos em pacientes sem fatores de risco conhecidos. O tratamento com VIDEX EC deve ser suspenso em pacientes que apresentem resultados clínicos ou laboratoriais sugestivos de acidose lática ou de hepatotoxicidade pronunciada (que pode incluir hepatomegalia e esteatose, mesmo na ausência de elevações acentuadas das transaminases).

Desordens Hepáticas
Hepatotoxicidade e falência hepática resultando em morte foram relatadas durante a vigilância pós- comercialização em pacientes infectados por HIV tratados com agentes antirretrovirais em combinação com hidroxiureia. Eventos hepáticos fatais foram relatados mais frequentemente em pacientes tratados com uma combinação de hidroxiureia, didanosina e estavudina. Esta combinação deve ser evitada.
A segurança e eficácia de VIDEX EC não foram estabelecidas em pacientes com desordens hepáticas significativas. Durante a terapia de combinação antirretroviral, pacientes com disfunção hepática pré- existente, incluindo hepatite crônica ativa, que apresentam um aumento de frequência das anormalidades de função hepática, incluindo eventos adversos graves e potencialmente fatais, devem ser monitorados de acordo com a prática padrão. Se houver evidência de piora hepática nestes pacientes, a interrupção ou descontinuação do tratamento deve ser considerada. No caso de terapia antiviral para hepatite B ou C concomitante, verifique também as informações relevantes destes medicamentos.

Pancreatite
Casos de pancreatite fatal e não-fatal ocorreram durante a terapia com VIDEX EC, administrada de forma isolada ou em regimes antirretrovirais combinados, em pacientes com ou sem tratamento antirretroviral prévio, independentemente do grau de imunossupressão. Os pacientes tratados com VIDEX EC em combinação com estavudina, com ou sem hidroxiureia, podem ter um aumento no risco de apresentar pancreatite. VIDEX EC deverá ser interrompido em pacientes com sinais ou sintomas de pancreatite e descontinuado naqueles em que a pancreatite for confirmada. A suspensão do tratamento também deverá ser considerada quando os marcadores bioquímicos de pancreatite estiverem aumentados em níveis clinicamente significativos mesmo na ausência de sintomas.
Nos estudos clínicos, foram observadas taxas mais baixas de pancreatite nos pacientes em estágio inicial da infecção pelo HIV que haviam sido tratados nas doses recomendadas. A incidência de pancreatite nos estudos clínicos foi relacionada à dose. A pancreatite constitui-se também em uma complicação da infecção pelo HIV.
Quando for necessário o tratamento com medicamentos conhecidos por causar pancreatite (p. ex. pentamidina intravenosa) ou por aumentar a exposição ou a atividade da didanosina (p. ex. hidroxiureia ou alopurinol) recomenda-se a suspensão da terapia com VIDEX EC. Observou-se que o alopurinol aumenta a exposição à didanosina em pacientes com insuficiência renal e em voluntários sadios e que pode aumentar o risco de toxicidade relacionada à dose como a pancreatite. Recomenda-se que as duas drogas não sejam administradas concomitantemente (vide 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
VIDEX EC deve ser usado com cautela em pacientes com fatores de risco relacionados com pancreatite. Por exemplo, os pacientes a seguir podem ter um aumento do risco de desenvolver pancreatite e devem ser cuidadosamente monitorados quanto aos sinais e sintomas da pancreatite: pacientes com infecção avançada pelo HIV, pacientes com histórico de pancreatite, pacientes idosos e pacientes com comprometimento renal se tratados sem ajuste de dose.

Insuficiência hepática
A insuficiência hepática, de etiologia desconhecida, tem raramente ocorrido em pacientes tratados com VIDEX EC. Os pacientes devem ser observados quanto a elevações das enzimas hepáticas e VIDEX EC deve ser suspenso se as enzimas atingirem um nível clinicamente significativo. A reintrodução deve ser considerada apenas se o benefício potencial for claramente maior que o potencial risco.

Hipertensão portal não cirrótica
Ocorrências de hipertensão portal não cirrótica tem sido relatadas, incluindo casos que levaram à transplante de fígado ou morte. Casos de hipertensão portal não cirrótica associada com didanosina foram confirmados por biópsia de fígado em pacientes com nenhuma evidência de hepatite viral. O aparecimento de sinais e sintomas variou de meses a anos após o início da terapia com didanosina. As características presentes comuns incluíram: elevação de enzimas hepáticas, varizes de esôfago, hematêmese, ascite e esplenomegalia. Os pacientes recebendo VIDEX EC devem ser monitorados para os primeiros sinais de hipertensão portal (por ex.: trombocitopenia e esplenomegalia) durante as visitas médica de rotina. Exames de laboratório apropriados incluindo enzimas hepáticas, bilirrubina sérica, albumina, hemograma completo, razão normatizada internacional (RNI) e ultrassonografia devem ser considerados. VIDEX EC deve ser descontinuado em pacientes com evidência de hipertensão portal não cirrótica.

Alterações na retina ou no nervo óptico
Despigmentação da retina e neurite óptica foram reportadas em pacientes adultos. Exames periódicos da retina devem ser considerados para pacientes em tratamento com VIDEX EC. Deve-se considerar a modificação do tratamento com base na avaliação médica quanto ao risco/benefício da terapia.

Disfunção renal
Pacientes com disfunção renal (clearance de creatinina menor que 60 mL/min/1,73 m2) têm maiores chances de desenvolver toxicidade com didanosina devido à diminuição do clearance do medicamento (vide 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída (menor que 60mL/min/1,73m2) (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR: Pacientes com disfunção renal).

Neuropatia periférica
Pacientes com histórico de neuropatia periférica ou aqueles que estejam recebendo didanosina em combinação com outras drogas neurotóxicas podem ter um aumento do risco de desenvolver neuropatia periférica. Estes pacientes devem ser cuidadosamente observados. Neuropatia periférica, sendo grave em alguns casos, foi relatada em pacientes infectados pelo HIV recebendo hidroxiureia em combinação com agentes antirretrovirais incluindo didanosina, com ou sem estavudina (vide 9. REAÇÕES ADVERSAS).

Síndrome da Reconstituição Imune
A Síndrome da Reconstituição Imune foi relatada em pacientes tratados em combinação com terapia antirretroviral, incluindo VIDEX EC. Em pacientes com deficiência imune grave no período de inicio da combinação de terapia antirretroviral, uma reação inflamatória por patógenos oportunistas indolentes ou residuais pode aumentar e causar condições clínicas sérias ou agravamento dos sintomas. Exemplos relevantes são as retinitis por citomegalovirus, infecções generalizadas e/ou por micobactérias focal e pneumonia por Pneumocystis jiroveci (PCP). Qualquer sintoma inflamatório deve ser avaliado e o tratamento iniciado, quando necessário.
As doenças autoimunes (como a Doença de Graves) também foram relatadas durante o ajuste da reativação imunológica, no entanto, o início desses eventos é mais variável e podem ocorrer diversos meses após o início do tratamento.

Lipoatrofia
Com base na toxicidade mitocondrial, VIDEX EC demonstrou causar perda de gordura subcutânea, que é mais evidente na face, membros e nádegas. A incidência e a gravidade da lipoatrofia estão relacionadas com a exposição cumulativa, e muitas vezes não são reversíveis quando o tratamento com VIDEX EC é interrompido. Os pacientes que recebem VIDEX EC devem ser frequentemente examinados e questionados quanto a sinais de lipoatrofia. Quando tal desenvolvimento é encontrado, o tratamento com VIDEX EC deve ser descontinuado.

Peso e parâmetros metabólicos
Pode ocorrer um aumento de peso e níveis de lipideos no sangue e glicose durante a terapia anti-retroviral. Tais mudanças podem estar ligadas, em parte, ao controle da doença e ao estilo de vida. Em alguns casos, para os lipídeos, há evidências de um efeito do tratamento. Enquanto para ganho de peso não há nenhuma evidência forte que relacione isto a qualquer tratamento particular. Para monitorização dos lipídeos sanguíneos e glicose é feita referência às diretrizes estabelecidas para o tratamento do HIV. Os distúrbios lipídicos devem ser administrados como clinicamente apropriados.

Pacientes em dieta de restrição de sódio
O sódio contido é mínimo, 1,06 mg para a formulação da cápsula de 250 mg e 1,70 mg para a cápsula de 400 mg.

Gravidez e Lactação
Gravidez
O Registro de Gravidez Anti-retroviral (APR) relatou elevação das taxas de malformação congênita com a exposição à VIDEX EC. Com base na experiência humana VIDEX EC pode causar malformações congênitas quando administrado durante a gravidez. A frequência de malformações congênitas em lactentes expostos durante o primeiro trimestre é maior do que em lactentes não expostos.
Não há estudos adequados e bem controlados de didanosina em mulheres grávidas. VIDEX EC deve ser usada durante a gravidez somente quando o benefício potencial justificar o risco envolvido.
Acidose lática fatal foi relatada em mulheres grávidas que receberam a combinação de didanosina e estavudina com outros agentes antirretrovirais. Não se tem conhecimento se a gravidez aumenta o risco da síndrome de acidose lática/esteatose hepática relatada com pacientes não grávidas recebendo análogos de nucleosídeos (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Acidose Lática/Hepatomegalia grave com esteatose). Os profissionais de saúde cuidando de mulheres grávidas que recebem didanosina devem estar atentos para um diagnóstico precoce da síndrome de acidose lática/esteatose hepática.
Estudos teratogênicos em ratos e coelhos não constataram evidência de embriotoxicidade, fetotoxicidade ou efeitos teratogênicos. Um estudo em ratos demonstrou que a didanosina e/ou seus metabólitos são transferidos aofeto através da placenta. Os estudos de reprodução em animais não são sempre predizentes da resposta humana.
Categoria de risco na gravidez: B

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Lactação
Não se tem conhecimento se a didanosina é excretada no leite humano. Como vários medicamentos são excretados no leite materno, recomenda-se que a mulher que esteja tomando VIDEX EC não amamente devido ao potencial de ocorrência de reações adversas sérias em crianças recebendo aleitamento materno. Para evitar a transmissão pós-natal, mães infectadas com HIV devem ser aconselhadas a não amamentar.
Em níveis de dosagem de 1000 mg/kg/dia em ratos, a didanosina foi associada à ingestão reduzida de alimento e ganho de peso corporal em fêmeas e filhotes durante a lactação média e tardia, porém o desenvolvimento físico e funcional da prole não foi alterado. Um outro estudo em ratos demonstrou que, após administração oral, a didanosina e/ou seus metabólitos foram eliminados no leite de lactantes.

Reprodução
A didanosina não comprometeu a capacidade de reprodução de ratos machos ou fêmeas, após tratamento prévio e durante o acasalamento, a gestação e a lactação, com doses diárias de didanosina de até 1000 mg/kg/dia. Em estudos de reprodução perinatal e pós-natal com ratos, a didanosina não induziu a efeitos tóxicos.

Carcinogênese /Mutagênese
Estudos de carcinogenicidade foram conduzidos em camundongos e ratos durante o período de vida de 22 a 24 meses, respectivamente. Não se observou neoplasias relacionadas à droga, em qualquer grupo de camundongos tratados com didanosina, durante ou ao final do período de tratamento. Em ratos, foram observados aumentos estatisticamente significativos de tumores de células granulosas em fêmeas com altas doses, fibrossarcomas subcutâneos e sarcomas histiocíticos em machos com doses altas e hemangiomas em machos com doses intermediárias e altas.
Estes aumentos foram atribuídos à variação biológica ou a outros fatores, como aumento da longevidade com doses altas, que são conhecidos por influenciarem a variabilidade do índice de tumores espontâneos e não foram considerados um efeito toxicológico significativo.
Resultados de estudos genotóxicos sugerem que a didanosina não é mutagênica em doses biologicamente e farmacologicamente relevantes. Em doses significativamente elevadas in vitro, os efeitos genotóxicos da didanosina foram similares em magnitude aos observados com os nucleosídeos naturais do DNA.

Medidas de Higiene
VIDEX EC não impede o paciente infectado com HIV-1 de transmitir o vírus para outras pessoas.
O paciente deve praticar sexo seguro e ter as devidas precauções para evitar o contato de outras pessoas com seu sangue ou fluídos corporais.

Capacidade de dirigir e operar máquinas
O efeito de VIDEX EC sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado.

Outras Infecções
Pacientes recebendo didanosina podem continuar desenvolvendo infecções oportunistas e outras complicações da infecção por HIV.

Uso Pediátrico
Não há recomendação de dose em relação ao uso de VIDEX EC em pacientes pediátricos.

Uso Geriátrico
De forma geral, não foram observadas diferenças em relação à segurança entre pacientes idosos e jovens, exceto uma maior frequência de pancreatite em idosos (10%) do que em jovens (5%) relatada a partir do
Programa de Acesso Expandido que envolveu pacientes com infecção avançada pelo HIV (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Pancreatite).
Como os pacientes idosos são mais propensos a apresentarem diminuição da função renal, cuidados devem ser tomados na escolha da dose de VIDEX EC. A função renal deve ser monitorada. VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída (menor que 60mL/min/1,73m2) (vide 8. POSOLOGIA E COMO USAR: Pacientes com disfunção renal).

Interações medicamentosas de VIDEX EC

A co-administração de VIDEX EC com medicamentos conhecidos por causarem neuropatia periférica ou pancreatite pode aumentar o risco destas toxicidades (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Pancreatite e Neuropatia Periférica).
alopurinol: quando os comprimidos de didanosina foram co-administrados com alopurinol em dois pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina de 15-18 mL/min), a AUC da didanosina aumentou aproximadamente em 4 vezes. Em 14 voluntários saudáveis, a AUC média da didanosina aumentou aproximadamente 2 vezes quando os comprimidos de didanosina foram administrados com alopurinol. Assim, o risco de toxicidade relacionada à dose, como pancreatite (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Pancreatite), pode aumentar se didanosina e alopurinol forem co-administrados. É recomendado que esses dois medicamentos não sejam co-administrados.
metadona: quando os comprimidos de didanosina foram administrados em pacientes dependentes de opiáceos (n=16) tratados cronicamente com metadona, a exposição a didanosina, conforme mensurada pela AUC, diminuiu cerca de 57% comparado ao controle de pacientes não tratados (n=10). Não houve impacto clinico significativo à exposição à metadona. Resultados de farmacocinética nos estudos de interações medicamentosas são apresentados na tabela 2. Se a coadministração de metadona e didanosina for necessária, VIDEX EC é a formulação recomendada. Os pacientes devem ser monitorados quanto à resposta clínica adequada quando VIDEX EC e metadona são coadministrados, incluindo monitoramento para alterações na carga viral de RNA do HIV.
tenofovir disoproxil fumarato: a exposição à didanosina aumenta quando coadministrada com tenofovir. Aumento da AUC da didanosina em relação à didanosina administrada de forma isolada foi observado quando comprimidos mastigáveis / dispersáveis foram administrados 1 hora antes de tenofovir, ambos em jejum (aumento de 44%); quando VIDEX EC foi administrado em jejum 2 horas antes de tenofovir com uma refeição leve (aumento de 48%) e quando VIDEX EC foi administrado com tenofovir e uma refeição leve (aumento de 60%). Administração de doses reduzidas de VIDEX EC com tenofovir e uma refeição leve resultaram em exposição à didanosina (AUC) similar às doses recomendadas de VIDEX EC administradas sozinhas em jejum. Portanto, uma redução da dose de VIDEX EC é recomendada quando co-administrada com tenofovir. Cautela deve ser usada quando co-administrando doses reduzidas de didanosina, tenofovir e um NNRTI (inibidor de transcriptase reversa não-nucleosídeo) em pacientes virgens de tratamento com alto nível de carga viral basal dado que tal uso foi associado com relatos de altas taxas de falha viral e de surgimento de resistência em estágio inicial. Supressão de contagens de células CD4 foram observadas em pacientes recebendo tenofovir disoproxil fumarato com 400 mg de didanosina diárias. Todos os pacientes recebendo concomitantemente tenofovir disoproxil fumarato e didanosina devem ser cuidadosamente monitorados para eventos adversos relacionados à didanosina e resposta clínica.
Não há interação medicamentosa entre VIDEX EC cápsula e indinavir. Sendo assim, estes dois produtos podem ser administrados concomitantemente.
VIDEX EC cápsulas pode ser administrado concomitantemente com medicamentos que possam ser afetadas pelo ácido gástrico (como exemplo, os antifúngicos azólicos orais, como o cetoconazol e o itraconazol), tendo em vista a ausência de componentes antiácidos na formulação das cápsulas de VIDEX EC.
Uma vez que VIDEX EC cápsula não contém componentes antiácidos em sua formulação, as cápsulas de revestimento gastroresistente podem ser administradas concomitantemente com tetraciclina e agentes antimicrobianos da classe das quinolonas.
Baseado em dados in vitro, ribavirina aumenta os níveis de trifosfato intracelular de didanosina. Falência hepática fatal, assim como neuropatia periférica, pancreatite e hiperlactatemia/ acidose láctica sintomáticas foram relatadas em pacientes recebendo didanosina e ribavirina com ou sem estavudina. A administração de didanosina e ribavirina deve ser evitada a não ser que o potencial benefício justifique o risco. Pacientes devem ser monitorados para as toxicidades relacionadas à didanosina.

Interação com exames laboratoriais
Vide 9. REAÇÕES ADVERSAS: Anormalidades laboratoriais.

Interação com alimentos
A ingestão de didanosina com alimentos reduz significantemente a quantidade de didanosina absorvida, independentemente da formulação utilizada (vide 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). VIDEX EC deve ser administrado com estômago vazio, pelo menos 1,5 horas antes ou 2 horas após a refeição (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR e 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).

Interação com álcool
Os pacientes devem ser advertidos sobre o uso de medicamentos ou outras substâncias, incluindo álcool, que pode exacerbar a toxicidade de VIDEX EC.

Reações adversas / efeitos colaterais de VIDEX EC

Uma grave toxicidade de VIDEX EC é a pancreatite. Foram observados casos de pancreatite resultando em morte com pacientes que receberam VIDEX EC de forma isolada ou em regimes combinados (incluindo combinações contendo estavudina) em estudos clínicos controlados e em relatos espontâneos (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Pacientes tratados com VIDEX EC em associação com a estavudina podem ter um aumento do risco de desenvolver pancreatite.
Outras toxicidades importantes incluem acidose láctica e hepatomegalia grave com esteatose, alterações da retina e neurite óptica (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) e neuropatia periférica (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Quando VIDEX EC é administrada em associação com outros agentes de toxicidade similar, a incidência destas toxicidades pode ser mais alta que quando o produto é administrado de forma isolada. Portanto, pacientes tratados em regimes combinados incluindo estavudina podem ter um maior risco de anormalidades hepáticas e neuropatia periférica (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Pacientes recebendo VIDEX EC podem desenvolver neuropatia periférica, normalmente caracterizada por dormência bilateral simétrica distal, formigamento, dor nos pés e, com menor frequência, nas mãos. Nos estudos clínicos, a frequência parece estar relacionada à dose e/ou ao estágio da doença; sendo que índices menores foram observados em pacientes com doença menos avançada. Nos estudos clínicos controlados, a neuropatia ocorreu com maior frequência em pacientes com história prévia de neuropatia ou administração concomitante em caso de terapia com droga neurotóxica, inclusive estavudina.
Em um estudo aberto (Estudo AI454-148) envolvendo 482 pacientes tratados com didanosina comprimidos com estavudina e nelfinavir e em um estudo aberto (AI454-152) que avaliou VIDEX EC cápsulas como parte de um regime triplo em 255 pacientes adultos infectados por HIV e virgens de tratamento, os seguintes efeitos indesejáveis (moderado a grave), que ocorreram em uma frequência ≥ 2% e que, baseado em julgamento do investigador, foram considerados possivelmente relacionados ao regime do estudo, foram relatados:
Observação: A frequência é definida como muito comum (>1/10); comum (>1/100, <1/10); incomum (>1/1000, <1/100).
Sistema Nervoso:
Comum: sintomas neurológicos periféricos (incluindo neuropatia) e cefaléia.
Gastrointestinal:
Muito comum: diarréia.
Comum: náusea, vômito, dor abdominal
Pele e tecidos subcutâneos:
Comum: erupção cutânea e prurido
Geral:
Comum: fadiga
Pancreatite resultando em morte foi observada em um paciente que recebeu didanosina mais estavudina e nelfinavir, um paciente que recebeu didanosina mais estavudina e indinavir e 2 dos 68 pacientes que receberam didanosina mais estavudina, indinavir e hidroxiureia (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Pancreatite).
Experiência durante a prática clínica
Os eventos adversos a seguir foram identificados após a aprovação do uso de VIDEX EC. Uma vez que estes eventos foram relatados voluntariamente a partir de uma população de tamanho não conhecido, não é possível realizar estimativas quanto à frequência. Estes eventos foram selecionados por sua gravidade, frequência de relato e/ou possível relação causal com a didanosina, ou uma combinação destes fatores:
Distúrbios gerais: alopecia, reação anafilática, astenia, febre/calafrios e dor.
Distúrbios digestivos: anorexia, dispepsia e flatulência.
Distúrbios das glândulas exócrinas: pancreatite (incluindo casos fatais) (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), sialodenite, aumento da glândula parótida, boca seca e olhos secos.
Distúrbios hematológicos: anemia, granulocitopenia, leucopenia e trombocitopenia .
Distúrbios hepáticos: acidose láctica e esteatose hepática; hepatite e insuficiência hepática; hipertensão portal não cirrótica (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Distúrbios metabólicos: diabetes mellitus, aumento do nível sérico de fosfatase alcalina, aumento do nível sérico de amilase, hipoglicemia e hiperglicemia.
Distúrbios musculoesqueléticos: mialgia (com ou sem elevação da creatina quinase), rabdomiólise incluindo insuficiência renal aguda e hemodiálise, artralgia e miopatia.
Distúrbios oftalmológicos: despigmentação da retina e neurite óptica (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Anormalidades laboratoriais
As anormalidades dos testes laboratoriais (grau 3 e 4) relatadas em pacientes recebendo didanosina comprimidos no estudo AI 454-148 e VIDEX EC cápsulas no estudo AI454-152 incluíram:

Parâmetro AI 454-148 AI 454-152
aumento da lípase 7% 5%
aumento de ALT 3% 6%
aumento de AST 3% 5%
aumento de ácido úrico 2% 2%
hiperbilirrubinemia 1% < 1%



Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações da Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

VIDEX EC – Posologia

VIDEX EC cápsulas deve ser administrado com estômago vazio pelo menos 1,5 horas antes ou 2 horas após a refeição.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Adultos
VIDEX EC cápsula deve ser engolido de forma intacta (sem ser mastigado ou aberto). A dose diária recomendada de VIDEX EC cápsulas é dependente do peso corporal, sendo administrada uma vez ao dia, conforme demonstrado abaixo.

Peso do paciente Dose Diária Total
Menor que 60 kg 250 mg
Maior ou igual a 60 kg 400 mg



Pacientes Pediátricos
Não existe recomendação de dose em relação ao uso de VIDEX EC em pacientes pediátricos.

Pacientes geriátricos
Considerando-se que os pacientes geriátricos apresentam uma maior propensão a reduções da função renal, deve-se usar de cautela na escolha de VIDEX EC para este grupo de pacientes. Além disso, a função renal nestes pacientes deve ser monitorada. VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída (<60mL/min/1,73m2). (vide 8. POSOLOGIA E COMO USAR: Pacientes com disfunção renal)

Pacientes com disfunção renal
Em pacientes adultos com disfunção renal, a dose de didanosina deve ser ajustada para compensar a menor taxa de eliminação. Considerando que as concentrações de VIDEX EC não estão disponíveis, VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída (clearance de creatinina menor que60mL/min/1,73m2). A redução recomendada na dose e/ou no intervalo da dose é apresentada na Tabela 4, com base no clearance de creatinina:

Tabela 2: Dose recomendada para pacientes com disfunção renal usando comprimidos de didanosina

  Peso do Paciente  
Clearance de creatinina (mL/min/1,73 m2) Maior ou igual a 60Kg Menor que 60 Kg Intervalo
Maior ou igual a 60 (dose normal) 400 250 Cada 24 horas
30 – 59 100 75 Cada 12 horas
10-29 150 100 Cada 24 horas
Menor que 10 100 75 Cada 24 horas



Nos pacientes sob diálise peritonial ou hemodiálise, a dose diária de didanosina deve ser administrada após a conclusão da mesma. Não é necessário administrar dose suplementar de didanosina após a hemodiálise.

Pacientes com disfunção hepática
Não existem alterações substanciais na farmacocinética da didanosina em pacientes com disfunção hepática, comparados com sujeitos saudáveis. Não é necessário ajuste de dose para pacientes com disfunção hepática. (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Pacientes com sintomas de neuropatia periférica
Caso ocorram sintomas de neuropatia periférica (vide 9. REAÇÕES ADVERSAS), o tratamento com VIDEX EC deve ser suspenso até a resolução dos sintomas. Após a resolução destes sintomas, estes pacientes podem tolerar uma dose reduzida de VIDEX EC.

Terapia concomitante
Tenofovir disoproxil fumarato: a redução da dose de VIDEX EC é recomendada quando co-administradocom tenofovir:
250 mg de VIDEX EC uma vez ao dia para pacientes com 60 kg ou mais ou 200mg de outras formulações disponíveis de didanosina para pacientes com menos de 60 kg, juntamente com tenofovir e uma refeição leve (≤ 400 calorias, ≤ 20% de gordura) ou em jejum.

Liberação de didanosina pelo VIDEX EC
O tempo total de liberação de didanosina é de aproximadamente 45 a 60 minutos, quando testado em condições semelhantes ao intestino delgado. Não existe informação disponível quanto à dose liberada por unidade de tempo.
Para segurança e eficácia desta apresentação, o VIDEX EC não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.

Super dosagem

Não há antídoto conhecido para a superdose de didanosina. Relatos em estudos iniciais nos quais a didanosina foi administrada inicialmente em doses 10 vezes superiores às doses atualmente recomendadas indicam que as complicações previstas de superdosagem crônica seriam pancreatite, neuropatia periférica, hiperuricemia e disfunção hepática. A didanosina não é dializável por diálise peritonial embora haja uma certa depuração por hemodiálise. A remoção fracionada da didanosina durante uma sessão média de hemodiálise de 3 a 4 horas é de aproximadamente 20% a 35% da quantidade presente no organismo no início da diálise.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Farmacodinâmica
– Mecanismo de Ação
A didanosina (também conhecida como 2´,3´-dideoxinosina ou ddI), um análogo sintético do nucleosídeo deoxiadenosina, é um inibidor da replicação in vitro do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em culturas celulares humanas e linhagens celulares. Depois da didanosina entrar na célula, ela é enzimaticamente convertida em dideoxiadenosina-trifosfato (ddATP), seu metabólito ativo. Em uma replicação do ácido nucléico viral, a incorporação do 2´,3´-dideoxinucleosídeo previne a extensão da cadeia e consequentemente inibe a replicação viral.
Adicionalmente, ddATP inibe a transcriptase reversa do HIV competindo com a deoxiadenosina 5´- trifosfato (dATP) pela ligação com o sítio ativo da enzima, prevenindo a síntese de DNA pró-viral.
A meia-vida celular da ddATP foi relatada por ser maior que 25 horas in vitro; a meia vida do ddATP intracelular in vivo não foi medida.
A relação entre susceptibilidade in vitro do HIV à didanosina e a resposta clínica à terapia não foi bem estabelecida e os resultados de sensibilidade in vitro variam muito. Boa correlação foi demonstrada in vivo entre as medidas de carga viral (por exemplo, através do método de reação em cadeira de RNA polimerase (PCR)) e na progressão clínica da doença.

Farmacocinética
– Absorção
A didanosina é rapidamente degradada em pH ácido (por ex. ácido gástrico).
A didanosina contida nos grânulos das cápsulas de VIDEX EC é protegida contra o ácido gástrico por um revestimento gastroresistente, que dissolve quando os grânulos esvaziam-se no pH maior do intestino delgado, local de absorção da droga. O grau médio de absorção (área sob a curva concentração plasmática X tempo, ou AUC) é equivalente entre as cápsulas EC e os comprimidos mastigáveis/ dispersíveis. A concentração plasmática máxima (Cmáx) das cápsulas EC é 60% daquela dos comprimidos mastigáveis/ dispersáveis, o tempo para atingir a Cmáx (Tmáx) é de 2 horas após a administração da cápsula EC comparado com 0,67 horas para o comprimido mastigável/ dispersável.
A biodisponibilidade absoluta média da solução de didanosina é 37 (±14)% após 4 semanas de administração em doses terapêuticas. Embora haja variabilidade significante entre pacientes, os valores de Cmáx e de AUC aumentaram proporcionalmente à dose dentro da faixa de 50 a 400 mg.

– Efeito da alimentação
VIDEX EC cápsulas deve ser ingerido com o estômago vazio, pelo menos 1,5 horas antes ou 2 horas após a refeição. Comparado com as condições em jejum, na administração de VIDEX EC cápsulas com refeições gordurosas houve uma diminuição significativa de Cmáx (46%) e de AUC (19%) da didanosina. A coadministração de VIDEX EC cápsulas com refeições leves, ou 1 hora antes das refeições leves, ou 2 horas após as refeições leves resultaram em significante diminuição na Cmáx (22%, 15% e 15% respectivamente) e na AUC (27%, 24% e 10% respectivamente) da didanosina quando comparadas as condições de jejum. A administração de VIDEX EC cápsulas 1,5; 2 ou 3 horas antes das refeições leves resultaram em valores equivalentes de Cmáx e AUC comparado aos valores obtidos nas condições em jejum. Comparando cápsulas intactas administradas em jejum com a coadministração de grânulos de VIDEX EC com iogurte ou suco de maçã resultou em diminuição significativa de Cmáx (30% e 24% respectivamente) e AUC (20% e 18% respectivamente) da didanosina.

– Distribuição
In vitro, a ligação da didanosina às proteínas plasmáticas é menor que 5%, indicando que as interações do medicamento envolvendo o deslocamento dos sítios de ligação não são antecipadas. O volume de distribuição médio no estado de equilíbrio é de 54L após a administração intravenosa. A concentração média da didanosina no fluido cerebroespinhal, uma hora após a infusão da didanosina, é de 21% da concentração plasmática simultânea.

– Metabolismo
O metabolismo da didanosina em humanos não foi avaliado. Entretanto, baseado em estudos em animais, é presumível que ele siga as mesmas vias responsáveis pela eliminação das purinas endógenas.

– Eliminação
Após administração oral, a meia vida média de eliminação foi de 1,6 horas e a recuperação urinária da didanosina é de aproximadamente 20% da dose. O clearance renal, que é equivalente a aproximadamente 400 mL/min, representa uma média de 50% do clearance total do corpo, indicando que secreção tubular ativa, somada à filtração glomerular, é responsável pela eliminação renal da didanosina.
Parâmetros farmacocinéticos no estado de equilíbrio não são significativamente diferentes dos valores obtidos após a primeira dose oral, indicando que não há acúmulo.

– Disfunção renal
A farmacocinética da didanosina após a administração oral foi avaliada em pacientes HIV positivos com insuficiência renal grave (pacientes com necessidade de hemodiálise ou diálise peritoneal ambulatorial) em comparação aos pacientes HIV-positivos com função renal normal, e em indivíduos não infectados pelo HIV com vários graus de comprometimento renal em comparação com indivíduos não infectados pelo HIV com função renal normal. A biodisponibilidade absoluta não foi afetada, porém o clearance aparente do medicamento diminuiu conforme diminuição do clearance de creatinina. A meia-vida média de eliminação variou de 1,4 horas nos pacientes com função renal normal para 4,1 horas nos pacientes com insuficiência renal grave. A didanosina não foi detectada no líquido da diálise peritoneal, no entanto, a recuperação da didanosina no líquido da hemodiálise foi de 0,6% a 7,4% da dose em um período de diálise de 3 a 4 horas. vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR: Pacientes com disfunção renal).

– Disfunção hepática
A farmacocinética da didanosina foi comparada entre os seguintes grupos HIV-positivos: pacientes hemofílicos com elevações crônicas persistentes das enzimas hepáticas; pacientes hemofílicos com elevações menos graves ou com níveis normais de enzimas hepáticas; e pacientes não-hemofílicos HIV- positivos com níveis de enzimas normais. Não foram observadas diferenças significativas na farmacocinética da didanosina. A farmacocinética da didanosina foi estudada em 12 pacientes não infectados por HIV com disfunção hepática moderada (n=8) a grave (n=4) (Child-Pugh B ou C). Os valores médio da AUC e da Cmáx após uma dose de 400 mg de didanosina foram aproximadamente 13% e 19% maiores, respectivamente, em pacientes com disfunção hepática comparado a pacientes saudáveis equivalentes. Os valores da AUC e da Cmáx nestes pacientes com disfunção hepática foram semelhantes aos observados em pacientes saudáveis de outros estudos e estão dentro da variabilidade da farmacocinética da didanosina.

– Pacientes pediátricos
A farmacocinética da didanosina foi avaliada em pacientes na faixa etária de recém nascido até os 17 anos de idade. Embora exista variabilidade significante entre os pacientes, os valores de Cmáx e AUC aumentam proporcionalmente a dose. Não existe recomendação de dose em relação ao uso de VIDEX EC em pacientes pediátricos.

– Pacientes geriátricos
A farmacocinética da didanosina não foi estudada em pacientes com idade acima de 65 anos.

– Sexo
Não foram estudados os efeitos do sexo do paciente na farmacocinética da didanosina.

Atividade Antiviral em Cultura de Célula
A atividade anti-HIV-1 da didanosina foi avaliada em uma variedade de linhagens de células linfoblásticas infectadas por HIV-1 e culturas celulares de monócitos/ macrófagos. A concentração de didanosina necessária para inibir a replicação viral em 50% (CI50) variou de 2,5 a 10 µM (1µM = 0,24 µg/mL) em linhagem de células linfoblásticas e 0,01 a 0,1 µM em cultura de células monócito/macrófagos.

Resistência à droga
Isolados HIV-1 com sensibilidade reduzida à didanosina foram selecionados em culturas celulares e também obtidos de pacientes tratados com didanosina. Análises genéticas dos isolados de pacientes tratados com didanosina mostraram mutações no gene da transcriptase reversa que resultou nas substituições dos aminoácidos K65R, L74V e M184V. A mutação L74V foi mais frequentemente observada em isolados clínicos. Análises fenotípicas de isolados HIV-1 de 60 pacientes (alguns com tratamento anterior com zidovudina) recebendo 6 a 24 meses de monoterapia com didanosina, mostrou que isolados de 10 dos 60 pacientes exibiram uma diminuição média de 10 vezes na sensibilidade para a didanosina em culturas celulares comparados com os isolados controles. Isolados clínicos que exibem uma sensibilidade diminuída apresentaram uma ou mais substituições associadas à resistência a didanosina.

Resistência cruzada
Isolados HIV-1 de 2 de 39 pacientes recebendo terapia combinada por mais de 2 anos com zidovudina e didanosina mostraram sensibilidade diminuída a didanosina, lamivudina, estavudina, zalcitabina e zidovudina em cultura celular. Estes isolados apresentaram 5 substituições (A62V, V75I, F77L, F116Y e Q151M) no gene da transcriptase reversa. Em dados de estudos clínicos, a presença de mutações de análogos de timidina (M41L, D67N, L210W, T215Y, K219Q) tem demonstrado diminuir a resposta à didanosina.

Interações medicamentosas
As tabelas 2 e 3 resumem os efeitos sobre a AUC e Cmáx, com um intervalo de confiança (IC) de 90% quando disponível, após a administração concomitante de VIDEX EC com vários medicamentos. As recomendações clínicas com base nos estudos de interação medicamentosa para as drogas em ambas as formas estão incluídas no item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS.

Resultados de eficacia

O estudo AI454-152 foi um estudo aberto, randomizado, de 48 semanas que comparou VIDEX EC (400 mg uma vez ao dia) mais estavudina (40 mg duas vezes ao dia) mais nelfinavir (750 mg três vezes ao dia) com zidovudina (300 mg)/ lamivudina (150 mg) associadas duas vezes ao dia mais nelfinavir (750 mg três vezes ao dia) em 511 pacientes virgens de tratamento com uma média de contagens de células CD4 de 411 células/mm3 (variação de 39 a 1105 células/mm3) e com uma carga viral média de RNA HIV-1 de 4,71 log10 cópias/mL (variação de 2,8 a 5,9 log10 cópias/mL). Os pacientes eram principalmente homens (72%) e caucasianos (53%) com uma média de idade de 35 anos (variação de 18 a 73 anos).

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

VIDEX EC cápsulas deve ser armazenado em frascos bem fechados em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).
Prazo de validade: até 24 meses após a data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas
As cápsulas são de gelatina dura de duas peças, branca, opaca, com grânulos revestidos de cor branca a quase branca. A diferença entre elas é a cor da impressão (escrita sobre as cápsulas):
250 mg: impressão de cor azul;
400 mg: impressão de cor vermelha.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

Reg. MS – 1.0180.0150
Responsável Técnico:
Dra. Elizabeth M. Oliveira
CRF-SP nº 12.529

Fabricado por:
AstraZeneca Pharmaceuticals LP 4601 Highway 62 East
Mount Vernon – Indiana – EUA

Importado por:
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica LTDA.
Rua Verbo Divino, 1711 – Chácara Santo Antônio – São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07

VIDEX EC – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
VIDEX EC é indicado em combinação com outros agentes antirretrovirais no tratamento da infecção do HIV. VIDEX EC pertence a uma classe de medicamentos chamada de análogos de nucleosídeos.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
VIDEX EC é usado em combinação com outros medicamentos para o tratamento de adultos infectados pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana, o vírus causador da AIDS). VIDEX EC demonstrou promover um controle sobre os efeitos da AIDS. A didanosina interfere na capacidade do vírus HIV de se multiplicar. Por reduzir o crescimento do HIV, VIDEX EC ajuda seu organismo mantendo o suprimento de células CD4, que são importantes por combater o HIV e outras infecções. VIDEX EC não irá curar sua infecção pelo vírus.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
VIDEX EC é contraindiciado caso você apresente hipersensibilidade (reação alérgica) à didanosina ou a qualquer dos componentes das formulações (vide COMPOSIÇÃO).
VIDEX EC é contraindicado caso você esteja tomando estavudina devido ao potencial de eventos graves e / ou com risco de vida, especialmente como: acidose láctica, anomalias da função hepática, pancreatite e neuropatia periférica.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Avisos e precauções específicas para classe de drogas
Os análogos de nucleos (t) ide podem afetar a função mitocondrial em um grau variável, que é mais pronunciado com estavudina, VIDEX EC e zidovudina.
A terapia com VIDEX EC está associada a vários efeitos colaterais graves, tais como acidose láctica, lipoatrofia e polineuropatia, para os quais um potencial mecanismo subjacente é a toxicidade mitocondrial.

Acidose láctica e hepatomegalia grave com esteatose
Acidose láctica (acúmulo de ácido láctico no corpo) e hepatomegalia (aumento no tamanho do fígado) grave com esteatose (depósito de gordura no fígado), incluindo casos fatais, foram relatados com o uso de forma isolada ou em combinação desta classe de medicamentos, os análogos de nucleosídeos incluindo a didanosina e outros agentes antirretrovirais. A maioria dos casos foi relatada em mulheres. A obesidade e a exposição prolongada a esta classe de medicamentos podem ser fatores de risco. Foram relatados casos fatais de acidose láctica em mulheres grávidas que receberam a combinação de didanosina e estavudina com outros agentes antirretrovirais. VIDEX EC deve ser administrado com cautela em pacientes com risco conhecido de doença hepática. O tratamento com VIDEX EC deve ser suspenso em pacientes que apresentem resultados clínicos ou laboratoriais sugestivos de acidose láctica ou de hepatotoxicidade (tóxico ao fígado) pronunciada.

Desordens Hepáticas
Hepatotoxicidade e falência hepática (diminuição de função do fígado) resultando em morte foram relatadas durante a vigilância pós-comercialização em pacientes infectados por HIV tratados com agentes antirretrovirais, em combinação com hidroxiureia. Eventos hepáticos fatais foram relatados mais frequentemente em pacientes tratados com uma combinação de hidroxiureia, didanosina e estavudina. Esta combinação deve ser evitada.
A segurança e eficácia de VIDEX EC não foram estabelecidas em pacientes com desordens hepáticas significativas. Durante a terapia de combinação antirretroviral, pacientes com doença hepática pré-existente, incluindo hepatite crônica ativa, que apresentam um aumento de frequência das anormalidades de função hepática, incluindo eventos adversos graves e potencialmente fatais, devem ser monitorados de acordo com a prática padrão. Se houver evidência de piora hepática nestes pacientes, a interrupção ou descontinuação deve ser considerada.

Pancreatite
Há casos de pancreatite (inflamação do pâncreas) fatal e não-fatal durante o tratamento com VIDEX EC, usada de forma isolada ou em combinação com outros antirretrovirais. Os pacientes tratados com VIDEX EC juntamente a estavudina podem ter maior risco de apresentar pancreatite. Você deve procurar seu médico imediatamente se você apresentar dor e inchaço no estômago, náusea, vômito e febre.
O tratamento com medicamentos conhecidos por causar pancreatite (p. ex. pentamidina intravenosa) ou por aumentar a exposição ou a atividade da didanosina (p. ex. hidroxiureia ou alopurinol) pode aumentar o risco de pancreatite. Por isso, a terapia com VIDEX EC juntamente com estes medicamentos não é recomendada.
Há pacientes que apresentam maiores riscos relacionados com pancreatite. São pacientes que: apresentam infecção avançada pelo HIV; com histórico de pancreatite; pacientes idosos; ou com doença nos rins se tratados sem ajuste de dose. Se este for o seu caso, você deve utilizar VIDEX EC com cautela e deve sempre ter acompanhamento médico, para verificar sinais e sintomas de pancreatite.

Insuficiência hepática
Há casos raros de insuficiência hepática, durante o tratamento com VIDEX EC. Além disso, não se conhece a causa deste ocorrido.
O tratamento com VIDEX EC poderá ser suspenso se você apresentar elevação das enzimas do fígado. A reintrodução deste tratamento deve ser considerada de acordo com a avaliação médica.

Hipertensão portal não cirrótica
Ocorrências de hipertensão portal não cirrótica (aumento da pressão sanguínea na veia porta) durante a prática clínica tem sido relatadas, incluindo casos que levaram à transplante de fígado ou morte. O aparecimento de sinais e sintomas variou de meses a anos após o início do tratamento com didanosina. Seu médico deve monitorá-lo para os primeiros sinais de hipertensão portal, como trombocitopenia (diminuição de plaquetas no sangue) e esplenomegalia (aumento no tamanho do baço) durante visita médica de rotina. VIDEX EC deve ser descontinuado em pacientes com evidência de hipertensão portal não cirrótica.

Alterações na retina ou no nervo óptico
Alterações da retina e do nervo óptico foram relatadas em pacientes recebendo didanosina. Exames periódicos da retina devem ser considerados para pacientes em tratamento com VIDEX EC. A modificação do tratamento deverá ser avaliada pelo seu médico quanto ao risco/benefício da terapia.

Disfunção renal
Pacientes com disfunção renal (perda da função dos rins) têm maiores chances de apresentar toxicidade com didanosina, pois acabam eliminando a droga em menor quantidade do que a normal. VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída.

Neuropatia periférica
Pacientes que já apresentaram neuropatia periférica (lesão de um nervo periférico) ou que estejam recebendo didanosina em combinação com outros medicamentos tóxicos para o sistema nervoso, podem ter maior risco de desenvolver neuropatia periférica. Estes pacientes devem ser cuidadosamente observados.

Alterações no sistema imune (síndrome da reconstituição imune)
Seu sistema imunológico pode ficar mais forte ou começar a combater infecções incubadas no seu corpo por um longo período. Informe ao seu médico se você apresentar novos sintomas ou piora dos sintomas de infecção após o início do tratamento com antirretrovirais, como VIDEX EC. As doenças autoimunes também podem ocorrer após diversos meses do início do tratamento.

Lipoatrofia
VIDEX EC demonstrou causar perda de gordura nas nádegas, pernas, braços e rosto. Caso você perceba alguma alteração informe ao seu médico.

Peso e parâmetros metabólicos
Pode ocorrer um aumento de peso e níveis de gordura no sangue e glicose durante a terapia anti-retroviral. Seu médico tomará as ações aplicáveis caso isso ocorra.

Pacientes em dieta de restrição de sódio
As formulações de VIDEX EC cápsulas 250 mg e 400 mg contém respectivamente 1,06 mg e 1,70 mg de sódio.

Gravidez e Lactação
Se você estiver grávida, somente deverá usar VIDEX EC se o benefício justificar o risco envolvido. VIDEX EC pode causar malformações congênitas quando administrado durante a gravidez.
Foram relatados casos de acidose láctica fatal em mulheres grávidas que receberam a combinação de didanosina e estavudina com outros agentes antirretrovirais.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Amamentação
Recomenda-se que a mulher que esteja tomando VIDEX EC não amamente devido ao potencial de ocorrência de reações adversas sérias em crianças recebendo aleitamento materno. Para evitar a transmissão pós-natal, mães infectadas com HIV devem ser aconselhadas a não amamentar.
Você não deve usar este medicamento se estiver grávida ou amamentando, somente sob orientação médica. O médico deverá ser informado em casos de gravidez ou amamentação durante o uso deste medicamento.

Medidas de Higiene
VIDEX EC não impede o paciente infectado com HIV-1 de transmitir o vírus para outras pessoas.
Você deve praticar sexo seguro e ter as devidas precauções para evitar o contato de outras pessoas com seu sangue ou fluídos corporais.

Capacidade de dirigir e operar máquinas
O efeito de VIDEX EC sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado.

Outras infecções
Mesmo que você esteja utilizando didanosina, é possível que você continue a desenvolver infecções oportunistas e outras complicações da infecção por HIV.

Uso em crianças
Não há recomendação de dose em relação ao uso de VIDEX EC em pacientes pediátricos.

Uso em idosos
Houve uma maior frequência de pancreatite em pacientes idosos em relação à pacientes jovens.
Como os pacientes idosos apresentam maior risco de diminuição da função renal, a escolha de VIDEX EC deve ser cautelosa. Deve-se também ter acompanhamento médico em relação à função renal. VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída.

Interações medicamentosas
O uso de VIDEX EC em combinação com medicamentos conhecidos por causarem neuropatia periférica ou pancreatite pode aumentar o risco destas toxicidades.
-alopurinol: é recomendável que você não use alopurinol juntamente com VIDEX EC.
-metadona: caso você tenha que usar VIDEX EC com metadona, o seu médico poderá indicar um aumento na dosagem de VIDEX EC e você deverá ser monitorado quanto à resposta ao tratamento e alteração na sua carga viral de RNA do HIV.
-tenofovir disoproxil fumarato: se você estiver tomando tenofovir juntamente com VIDEX EC, seu médico indicará uma redução da dose de VIDEX EC. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a eventos adversos relacionados à didanosina e a resposta ao tratamento.
Não há interação medicamentosa entre VIDEX EC e o indinavir. Sendo assim, estes dois produtos podem ser administrados juntos.
Uma vez que VIDEX EC não contém componentes antiácidos em sua formulação, o VIDEX EC pode ser administrado com medicamentos que possam ser afetados pelo ácido gástrico, por exemplo, antifúngicos orais como cetoconazol e itraconazol. VIDEX EC também pode ser administrado com tetraciclina e agentes antimicrobianos da classe das quinolonas.
Você deve tomar cuidado quando usar ribavirina com VIDEX EC e você deverá ser monitorado quanto a eventos adversos relacionados à didanosina.

Interação com exames laboratoriais
Ver 8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR? Anormalidades laboratoriais.

Interação com alimentos
A ingestão de Videx EC com alimentos reduz significantemente a quantidade de didanosina absorvida. VIDEX EC deve ser usado de estômago vazio, pelo menos 1,5 horas antes ou 2 horas após a refeição.

Interação com álcool
Os pacientes devem ser advertidos sobre o uso de medicamentos ou outras substâncias, incluindo álcool, que pode exacerbar a toxicidade de VIDEX EC.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve armazenar VIDEX EC cápsulas em frascos bem fechados em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas
As cápsulas são de gelatina dura de duas peças, branca, opaca, com grânulos revestidos de cor branca a quase branca. A diferença entre elas é a cor da impressão (escrita sobre as cápsulas):
250 mg: impressão de cor azul;
400 mg: impressão de cor vermelha.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
VIDEX EC cápsulas deve ser administrado com estômago vazio, pelo menos 1,5 horas antes ou 2 horas após a refeição.
Você deve engolir as cápsulas de VIDEX EC por inteiro, de forma intacta, ou seja, sem ser mastigado ou aberto.

Posologia
O seu médico indicará a dose ideal para você, com base no seu peso corporal e função renal.

Adultos
A dose diária recomendada de VIDEX EC cápsulas depende do peso corporal, como descrito abaixo:

Esquema posológico para Adultos

Peso do paciente Dose Diária Total
Menor que 60 kg 250 mg
Maior ou igual a 60 kg 400 mg



Este medicamento deve ser utilizado somente uma vez por dia.

Pacientes Pediátricos
Não existe recomendação de dose em relação ao uso de VIDEX EC em pacientes pediátricos.

Pacientes com disfunção renal
Em pacientes adultos com função renal diminuída, a dose de didanosina deve ser ajustada para compensar a menor taxa de eliminação e o seu médico irá indicar a melhor dose de VIDEX EC. Considerando que as concentrações de VIDEX EC não estão disponíveis, VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída (observada através de um exame laboratorial, solicitado pelo seu médico, em que o clearance de creatinina seja menor que 60mL/min/1,73m2).
Nos pacientes sob diálise peritonial ou hemodiálise, a dose diária de didanosina deve ser administrada após a conclusão da mesma. Não é necessário administrar dose a mais de VIDEX EC após hemodiálise.

Pacientes idosos
Como os idosos podem apresentar maior risco de diminuição da função renal, a escolha da dose deve ser feita com cautela pelo médico. Além disso, estes pacientes devem ter acompanhamento médico, para monitorar a função renal. VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída.

Pacientes com disfunção hepática
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com disfunção hepática (diminuição da função do fígado).

Pacientes com sintomas de neuropatia periférica
Caso ocorram sintomas de neuropatia periférica, seu médico deverá interromper seu tratamento com VIDEX EC até que estes sintomas desapareçam. Após desaparecimento dos sintomas, seu médico poderá recomendar VIDEX EC com uma dose reduzida.

Tratamento concomitante
Seu médico poderá recomendar a redução da dose de VIDEX EC quando administrado concomitante com o medicamento tenofovir disoproxil fumarato.
Neste caso, recomenda-se a seguinte dose:
250 mg de VIDEX EC uma vez ao dia para pacientes com 60 kg ou mais ou 200 mg de outras formulações disponíveis de didanosina para pacientes com menos de 60 kg, juntamente com tenofovir e uma refeição leve (≤ 400 calorias, ≤ 20% de gordura) ou em jejum.

Liberação de didanosina pelo VIDEX EC
O tempo total de liberação de didanosina é de aproximadamente 45 a 60 minutos, quando testado em condições semelhantes ao intestino delgado. Não existe informação disponível quanto à dose liberada por unidade de tempo.
Para segurança e eficácia desta apresentação, o VIDEX EC não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

7. O QUE EU DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Tente não se esquecer de tomar VIDEX EC, mas se você esquecer, tome o mais rápido possível. Se já estiver perto do horário da próxima dose, pule a dose que foi esquecida e tome o medicamento no horário habitual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Uma grave toxicidade de VIDEX EC é a pancreatite (inflamação do pâncreas). Pacientes que receberam VIDEX EC isoladamente ou juntamente com estavudina podem ter um aumento de risco de desenvolver pancreatite resultando em morte.
Outras toxicidades importantes incluem acidose láctica (acúmulo de ácido láctico no corpo) e hepatomegalia (aumento no tamanho do fígado) grave com esteatose (depósito de gordura no fígado), alterações da retina e neurite óptica (inflamação do nervo óptico) e neuropatia periférica (lesão de um nervo periférico).
Quando VIDEX EC é usado com outros agentes que causam toxicidades parecidas, há maiores riscos destas toxicidades aparecerem do que quando este medicamento é utilizado de forma isolada. Este é o caso da administração de didanosina com estavudina, aumentando o risco de anormalidades hepáticas e neuropatia periférica.
Ao receber VIDEX EC, há possibilidade de você desenvolver neuropatia periférica, normalmente caracterizada por dormência nas extremidades de ambos os lados do corpo, formigamento, dor nos pés e, com menor frequência, nas mãos.
Em dois estudos clínicos com a didanosina juntamente com outros agentes antirretrovirais foram relatados efeitos indesejáveis (moderado a grave) que podem ocorrer durante o tratamento. A frequência é definida como:
-muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento),
-comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento),
-incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Sistema Nervoso:
Comum: sintomas neurológicos periféricos (incluindo neuropatia) e dor de cabeça.

Gastrointestinal:
Muito comum: diarreia.
Comum: náusea, vômito, dor abdominal.

Pele e tecidos subcutâneos:
Comum: erupção cutânea e prurido (coceira).

Geral:
Comum: cansaço.

Pancreatite:
Pancreatite resultando em morte foi observada em um paciente que recebeu didanosina com estavudina e nelfinavir, um paciente que recebeu didanosina com estavudina e indinavir e dois dos 68 pacientes que receberam didanosina com estavudina, indinavir e hidroxiureia.

Experiência durante a prática clínica
Os eventos adversos a seguir foram identificados após a aprovação do uso de VIDEX EC:

Distúrbios gerais: alopecia (queda de cabelo), reação anafilática (reação alérgica grave), astenia (cansaço e debilidade generalizada), febre/calafrios e dor.

Distúrbios digestivos: anorexia (diminuição do apetite), dispepsia (indigestão) e flatulência (gases).

Distúrbios das glândulas exócrinas: pancreatite (incluindo casos fatais), sialodenite (inflamação de glândulas sub maxilares), aumento da glândula parótida, boca seca e olhos secos.

Distúrbios das células sanguíneas: anemia, granulocitopenia (quantidade menor e anormal de granulócitos), leucopenia (quantidade menor e anormal de leucócitos) e trombocitopenia (quantidade menor e anormal de plaquetas).

Distúrbios do fígado: acidose láctica e esteatose hepática, hepatite e insuficiência hepática, hipertensão portal não cirrótica (pressão sanguínea elevada na veia porta do fígado).

Distúrbios metabólicos: diabetes mellitus, aumento do nível sanguíneo de fosfatase alcalina, aumento do nível sanguíneo de amilase, hipoglicemia (baixa quantidade de glicose no sangue) e hiperglicemia (alta quantidade de glicose no sangue).

Distúrbios musculoesqueléticos: mialgia (dor muscular), rabdomiólise (quebra rápida de músculo esquelético devido à lesão no tecido muscular) incluindo insuficiência renal aguda e hemodiálise, artralgia (dor nas articulações) e miopatia (inflamação de músculo).

Distúrbios oftalmológicos: despigmentação da retina (perda de cor da retina) e neurite óptica.

Anormalidades laboratoriais:
Foram relatadas alterações nos resultados dos testes laboratoriais em pacientes recebendo didanosina comprimidos e VIDEX EC cápsulas, incluindo: aumento da lípase (aumento de enzimas que atuam nos lipídeos/gorduras); aumento de ALT e AST (aumento de enzimas hepáticas no sangue); aumento de ácido úrico; e hiperbilirrubinemia (acumulação de bilirrubina no organismo).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Não há antídoto conhecido para a superdose de didanosina. Caso você tome este medicamento em uma quantidade maior do que a recomendada, é possível o aparecimento de pancreatite, neuropatia periférica, hiperuricemia (aumento de ácido úrico no sangue) e disfunção hepática.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

07/11/2017